Buscar

2.HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA DO TECIDO CONJUNTIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
1 
 
HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA DO TECIDO CONJUNTIVO 
Os tecidos conjuntivos caracterizam-se morfologicamente por 
apresentarem diversos tipos de células separadas por abundante material intercelular 
sintetizado por elas, sendo esse material intercelular formado por fibras e substância 
fundamental amorfa. Banhando as células, as fibras e a substância amorfa há uma 
pequena quantidade de fluido proveniente do sangue denominado LÍQUIDO 
INTERSTICIAL. No entanto, a maior parte da água extracelular presente no conjuntivo 
não está livre, mas sob a forma de água de solvatação das macromoléculas de 
proteína e glicosaminoglicanas. As gliocosaminoglicanas são polissacarídeos aniônicos 
(mucopolissacarídeos), sendo constituído por cadeias longas não-ramificadas com 
unidades repetidas contendo um ácido urônico e uma hexosamina. As moléculas de 
glicosaminoglicanas se associam a proteínas e formam a molécula de proteoglicana 
semelhante “a uma escova de limpar tubos de ensaio”. 
Os tecidos desse grupo desempenham as funções de sustentação, 
preenchimento, defesa, e nutrição. As funções de sustentação e preenchimento são as 
principais e tendem a obscurecer as outras. As cápsulas que revestem externamente 
os órgãos e a malha tridimensional interna que sustenta (suporta) suas células é 
constituída de tecido conjuntivo. Esse tecido, forma também TENDÕES, LIGAMENTOS 
e o TECIDO AREOLAR preenchendo os espaços entre órgãos. O tecido ósseo e o 
tecido cartilaginoso, principais responsáveis pela sustentação do corpo humano são 
variedades do tecido conjuntivo. 
 Tecido conjuntivo propriamente dito: frouxo 
 denso - modelado 
 - não modelado 
 
 
 
 Tecido conjuntivo de propriedades especiais: - tecido adiposo 
 - tecido elástico ou 
Tecidos Conjuntivos hemocitopoiético 
 (linfóide e mielóide) 
 - tecido mucoso 
 Tecido cartilaginoso 
 
Tecido ósseo 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
2 
 
 Defesa: o tecido conjuntivo contribui para a defesa do organismo 
por possuir células fagocitárias e células produtoras de anticorpos. As primeiras 
englobam partículas e microorganismos que penetram no corpo. As segundas 
sintetizam proteínas específicas chamadas anticorpos, capazes de se combinarem com 
proteínas estranhas. Ao se combinarem com as proteínas de certas bactérias e vírus, 
ou toxinas bacterianas os anticorpos podem destruir a atividade desses elementos 
tornando-os inócuos ao organismo. 
Nutrição: o papel do conjuntivo na nutrição dos outros tecidos decorre 
de sua íntima associação com os vasos sangüíneos. Tanto os nutrientes trazidos pelo 
sangue como os produtos de refugo do metabolismo que são levados para os órgãos 
de eliminação, atravessam o conjuntivo que envolve os capilares. 
1. HISTOGÊNESE 
A maior parte do conjuntivo origina-se do MESODERMA (o folheto 
embrionário intermediário), do qual se origina o mesênquima, o tecido conjuntivo 
embrionário. O mesênquima é caracterizado pela presença de células com 
prolongamentos e núcleos ovóides com cromatina fina mergulhadas em abundante 
substância intercelular amorfa pouco viscosa. 
2. CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO 
Fibroblastos: 
 São as principais células do tecido conjuntivo e também as mais 
comuns. São responsáveis pela formação das fibras e da substância fundamental 
amorfa. Os fibroblastos apresentam prolongamentos citoplasmáticos irregulares com 
núcleo ovóide e claro, grande quantidade de retículo endoplasmático granular, 
ribossomas e mitocôndrias. Os fibroblastos após exercerem sua função transformam-
se em células inativas, com poucas organelas e prolongamentos denominadas 
fibrócitos. Fibrócitos são células fusiformes e com núcleo elíptico e escuro. 
Célula Mesenquimal Indiferenciada: 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
3 
 
 Esta célula é derivada do mesênquima que por sua vez deriva-se do 
mesoderma. Possui a capacidade de se diferenciar e originar outra célula do tecido 
conjuntivo e está presente no organismo adulto. Situam-se geralmente ao redor dos 
capilares sendo chamadas células adventícias. São células menores do que os 
fibroblastos, alongadas e com núcleos também alongados e cromatina condensada. 
Representam uma reserva que pode ser mobilizada para reconstruir o tecido conjuntivo 
lesado. 
Macrófagos: 
 Fagocitam restos celulares, material intercelular alterado, bactérias e 
corpos estranhos. Representam a primeira linha de defesa do tecido conjuntivo, como 
são inespecíficos fagocitam qualquer partícula estranha que penetre no tecido. Se o 
antígeno (partícula estranha) for grande, essas células fundem-se e formam uma célula 
gigante multinucleada para tentar fagocitá-lo. 
 Plasmócitos: 
Originam-se de linfócitos B. São pouco numerosos no tecido conjuntivo 
normal com exceção de locais sujeitos a penetração de bactérias. Estão presentes 
também em locais de infecções crônicas. Ex.: mucosa intestinal. 
Função principal: produção de anticorpos. Quando o tecido conjuntivo é 
invadido pelo antígeno o macrófago fagocita-o e “mostra” o resto celular para o 
plasmócito que produz um anticorpo específico para aquele antígeno, por isso sua 
resposta é mais lenta e elaborada. Os anticorpos são jogados na circulação e tem 
tempo de vida variável. 
 
Mastócitos: 
São células que participam do processo alérgico. O mastócito é uma 
célula globosa, grande e com citoplasma carregado de grânulos basófilos que coram-
se intensamente. O núcleo do Mastócito é esférico e central mas freqüentemente não 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
4 
 
pode ser visto por estar coberto pelos grânulos citoplasmáticos. Estes grânulos, muito 
elétron-densos, são envolvidos por uma membrana (contém heparina, serotonina, 
histamina, fator quimiotático dos eosinófilos na anafilaxia). 
O mastócito possui receptor em sua superfície celular para IgE 
(imunoglobulina E), que é um anticorpo relacionado a reações alérgicas, quando o 
organismo entra em contato com o antigeno produz anticorpo que se liga na superfície 
do mastócito, se o organismo entrar em contato pela segunda vez com o antígeno, este 
irá se ligar ao anticorpo ( IgE) da superfície do mastócito, essa interação antígeno-
anticorpo promove a degranulação da célula ou seja, a liberação das substâncias 
presentes nos grânulos, entre elas a histamina que é um potente vasodilatador, essa 
substância aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos promovendo a passagem 
de liquido e proteínas de alto peso molecular do sangue para o tecido conjuntivo 
ocasionando o edema. São de difícil detecção no método de coloração HE. 
 
Célula Adiposa: 
Células especializadas no armazenamento de gorduras. 
Leucócitos: 
São encontrados com freqüência, geralmente são provenientes do 
sangue, através da parede dos vasos ou então produzidos no próprio tecido conjuntivo 
mas em menor proporção. Apresentam-se muito aumentados em número na 
inflamação.Sua migração através da parede dos capilares e vênulas chama-se 
diapedese. Os mais comuns são os eosinófilos e os linfócitos. 
Eosinófilos: grânulos citoplasmáticos acidófilos, núcleo com dois ou três 
ou mais lóbulos. Fagocitam complexos antígeno-anticorpo (Ag-Ac). Aumentam no 
tecido conjuntivo em alergias e doenças parasitárias, atraídos por fator quimiotático de 
eosinófilos liberados por mastócitos. 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
5 
 
Linfócitos são pequenos com núcleo que ocupa quase todo o 
citoplasma da célula e com cromatina densa. 
3. FIBRAS DO TECIDO CONJUNTIVO 
O tecido conjuntivo apresenta três tipos de fibras: 
Fibras colágenas: (1 a 20 m de diâmetro) 
Recebem este nome porque quando fervidas formam gelatina que 
serve como cola. São as mais comuns, são brancas e conferem esta cor aos tecidos 
onde predominam. Ex.: tendões. São constituídas por uma proteína chamada 
colágeno. As fibras colágenas são organizadas em feixes e são formadas por fibrilas 
com estrias transversais devido ao arranjo das moléculas de colágeno (tropocolágeno). 
O colágeno é a proteína mais abundante no organismo, chega a representar 30% do 
total de proteínas e existem vários tipos de colágenos já identificados. 
*Observadas ao M.O., as fibras colágenas são acidófilas, corando-se 
de róseo pela técnica HE, de azul pelo tricrômico de Mallory e de verde pelo tricômico 
de Masson. 
Fibras Elásticas (até 1 m de espessura) 
São mais delgadas que as de colágeno e não apresentam estrias, 
ramificam-se e ligam-se formando redes ou malhas irregulares. Apresentam cor 
amarelada e constituem-se de uma proteína chamada elastina. 
Cedem a trações mínimas e retornam a sua forma inicial, quando há o 
fim da tração (tão logo cesse a força deformante). São encontradas na pele. 
Pela técnica de hematoxilina e eosina, as fibras elásticas coram-se mal 
e irregularmente. Podem tomar a hematoxilina ou a eosina, porém mais comumente 
aparecem sem coloração quando esta técnica é usada. 
São sintetizadas por condrócitos e células musculares lisas, além de 
fibroblastos. 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
6 
 
A microscopia eletrônica mostrou que são formadas por fibrotúbulos 
com 10 nm de diâmetro (fibras ocas) e constituídos por uma glicoproteína estrutural – a 
fibrilina e pela proteina elastina. 
h)Fibras Reticulares: 
São fibras muito delicadas (0,5 a 2,0 m de espessura). 
Nos preparados pela HE. as fibras reticulares não são visíveis sendo 
evidenciadas por impregnação argêntica, ou técnica de PAS. São chamadas fibras 
argirófilas do tecido conjuntivo por sua afinidade por sais de prata. Aparecem em negro 
nas impregnações argênticas. São formadas pelo colágeno tipo III e elevado teor de 
glicídios. Ao M.E. exibem as estriações transversais das fibrilas colágenas. 
São formadoras do arcabouço dos órgãos hemopoiéticos (ex.: baço, 
linfonodos, medula óssea vermelha) além disso, formam redes em torno das células de 
muitos órgãos epiteliais como por exemplo o fígado, os rins e as glândulas endócrinas. 
4. SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA 
Tem este nome por ser um material incolor transparente e ser 
homogênea ao M.O. Preenche espaços entre células e as fibras do tecido conjuntivo. 
Tem propriedades de um gel semi-líquido. É de difícil observação ao microscópio 
quando em estado fresco e os fixadores histológicos preservam-na mal ficando como 
um material granuloso irregular entre os elementos figurados do conjuntivo. 
É formada principalmente por um complexo de glicosaminoglicanas e 
proteínas, as quais são modernamente denominados proteoglicanas associados a 
proteínas estruturais. 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
7 
 
5. CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS CONJUNTIVOS: 
5.1. Tecido conjuntivo propriamente dito 
De acordo com a organização estrutural e a predominância de células 
ou fibras, são classificados em Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo ou Denso. 
O tecido conjuntivo frouxo não apresenta predomínio de um dos 
elementos que o compõem, ou seja, células, fibras e substância fundamental amorfa. 
Esse tecido apresenta uma consistência delicada, é flexível e pouco resistente a 
tração. A função do tecido conjuntivo frouxo é principalmente de preenchimento. O 
tecido conjuntivo frouxo preenche espaços entre as fibras musculares, serve de apoio 
para os epitélios e reveste vasos sangüíneos e linfáticos. 
O tecido conjuntivo denso apresenta predomínio de fibras colágenas. 
É menos flexível que o frouxo e mais resistente a tração e considerando-se a 
orientação das fibras colágenas pode ser de dois tipos: não-modelado e modelado. 
Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado: Apresenta fibras 
orientadas em qualquer direção, apresentando resistência à tração em qualquer 
direção. Ex.: Pele. 
Tecido Conjuntivo Denso Modelado: É aquele que apresenta as 
fibras orientadas em um determinado sentido, normalmente paralelas umas às outras, 
conseqüentemente ele apresenta resistência à tração em um único sentido. Ex.: 
Tendões. 
5.2. Tecidos conjuntivos de propriedades especiais 
Tecido Elástico: 
É formado por fibras elásticas grossas paralelas, organizadas em feixes 
separados por tecido conjuntivo comum. Apresenta uma coloração amarela típica tem 
grande elasticidade e é pouco freqüente. Está presente no ligamento amarelo na 
coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
8 
 
Tecido Reticular : 
É formado por fibras reticulares em associação com células reticulares 
primitivas. Essas células são fibroblastos especializados na produção das fibras 
reticulares, possuem longos prolongamentos unidos às células vizinhas, núcleos 
grandes com cromatina fina e um ou mais nucléolos. Além disso, com freqüência, são 
encontrados macrófagos nas trabéculas formadas por células reticulares. É encontrado 
nos órgãos hemocitopoiéticos (baço, timo, linfonodos e na medula óssea), formando o 
arcabouço de suporte de células livres. 
Tecido Mucoso: 
É caracterizado pelo predomínio de substância fundamental amorfa, 
constituída principalmente de ácido hialurônico. Possui poucas fibras colágenas e raras 
fibras elásticas e reticulares. Quanto às células, predominam os fibroblastos. Apresenta 
consistência gelatinosa. É encontrado na polpa dentária jovem e no cordão umbilical do 
recém-nascido (Geléia de Warton). 
6. HISTOFISIOLOGIA DOS TECIDOS CONJUNTIVOS 
Além das funções citadas anteriormente (sustentação, preenchimento, 
defesa e nutrição), apresenta a função de regeneração – nos processos de 
cicatrização, e também de transporte – pela sua íntima associação com vasos 
sangüíneos (os nutrientes passam por difusão). 
O tecido conjuntivo é dotado de grande capacidade de regeneração, 
sendo as áreas de tecido conjuntivo destruídas por lesão inflamatória ou por trauma 
substituídas pela proliferação desse tecido. Além disso, o tecido conjuntivo tem 
importância na reparação de lesões em tecidos cuja capacidade de regeneração é 
baixa ou nula como o tecido muscular cardíaco, cujas áreas lesadas são substituídas 
por tecido conjuntivo formando as cicatrizes. 
O tecido conjuntivo é muito sensível a hidrocortisona e aos hormônios 
da tireóide. O cortisol ou hidrocortisona inibe a síntese de fibras do conjuntivo sendo 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
9 
 
que o Hormônio Adrenocorticotrófico tem o mesmo efeito porque leva ao aumento da 
secreção de cortisol dificultando a cicatrização de feridas. A deficiência de hormôniosda tireóide (no hipotireoidismo) leva a um acúmulo de proteoglicanas no tecido 
conjuntivo. 
A síntese normal de colágeno depende de aminoácidos, ácido 
ascórbico e outros metabólitos. O ácido ascórbico é cofator das enzimas prolina-
hidroxilase e lisina-hidroxilase, essenciais para a síntese de colágeno. No escorbuto 
(deficiência de vit c) ocorre “afrouxamento e perda de dentes” porque a renovação do 
colágeno, normalmente mais acelerada neste local, não ocorre como no indivíduo sem 
a deficiência vitamínica. 
O tecido conjuntivo armazena além de gorduras (triglicerídeos – 
ésteres de ácidos graxos e glicerol), água, sódio e outros eletrólitos e proteínas 
plasmáticas de baixo peso molecular. O aumento de água no meio extracelular é 
chamado edema, sendo causado por excesso de entrada ou dificuldade de drenagem 
de água do meio extracelular. Normalmente, há duas forças que atuam sobre a água 
contida nos capilares e que passa para o meio extracelular do tecido conjuntivo. Uma é 
a pressão hidrostática do sangue, forçando a saída de líquido dos vasos e a outra é a 
pressão osmótica do plasma sangüíneo, que atrai líquido para dentro dos vasos. Em 
condições normais ocorre a passagem de água para fora dos vasos na porção arterial 
dos capilares, onde a pressão hidrostática supera a pressão osmótica do sangue . A 
pressão sanguínea vai diminuindo à medida que se aproxima da extremidade venosa 
do capilar, havendo um aumento concomitante da pressão coloidosmótica pela saída 
de água do interior do capilar levando ao aumento da concentração de proteínas do 
plasma sangüíneo, com o aumento da pressão osmótica ocorre passagem de líquido 
do tecido conjuntivo para a extremidade venosa do capilar. A quantidade de água que 
sai de dentro dos capilares na porção arterial é maior que a quantidade de água que 
entra no capilar na extremidade venosa sendo que o restante retorna ao sangue por 
intermédio dos vasos linfáticos. Em condições patológicas como, por exemplo, 
infecções parasitárias, tumores, obstruções venosas ou dificuldades de retorno venoso 
desnutrição e aumento da permeabilidade vascular, existe alteração deste mecanismo 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 12 de novembro de 2012 
10 
 
de entrada e drenagem de água do conjuntivo levando ao aumento de líquido 
intersticial condição chamada de edema e caracterizada nos cortes histológicos por 
uma separação maior entre as fibras e as células do tecido conjuntivo.

Outros materiais