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TRABALHO ACADÊMICO INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO DIREITO Professor: Marcio Guimarães Aluna: Camila Ponciano 1 - DIREITO COMO NORMA Um sistema de regras obrigatórias que regula e trata os fenômenos sociais, estabelecendo normas de comportamento e conduta, com a finalidade de uma sociedade juridicamente organizada. Anterior a criação das normas jurídicas o homem vivia conforme as leis da natureza, como constituir família. O direito natural surge da necessidade do homem de seguir as leis de Deus impostas em seu intimo. Esta ligada a natureza social e racional do homem que tem a liberdade de segui-las ou não tendo a mesma eficácia independente de sua localização ou legislação. Para compreender a relação social do homem perante as leis da natureza surge o estudo positivo dessa relação como ciência considerando o direito tal como é e não o direito como deveria ser. Tais estudos científicos nomeados como direito positivo é o ordenamento jurídico real e valido dentro da sociedade. Através do positivismo veio a formação do Estado moderno, que por meio de órgãos públicos regem a organização e a vida social, denominado direito estatal. Dentro da hierarquia, há o conjunto de normas que organiza grupos sociais denominado direito não estatal que deve obedecer as regras impostas pelo direito estatal, ou seja, o poder publico. Estes grupos sociais são: contratos coletivos de trabalho, igrejas, condomínios residenciais, etc. 2 - ELEMENTOS DO DIREITO SUBJETIVO O sujeito de direito tem seus direitos subjetivos atribuídos pelo direito objetivo e pode ser tanto a pessoa natural (física), como pessoa jurídica; da criança que acaba de nascer ao empreendedor que busca ampliar sua empresa. O objeto de direito em suas ações legais podem ser móveis ou imóveis, tangíveis ou intangíveis, como o dono de um imóvel que pode alugar ou vendê-lo conforme a lei lhe permite, e também, a proteção legal de direitos autorais ou a criação de marcas e patentes. São relações de consequências jurídicas que unem duas ou mais pessoas dispostas num mesmo propósito legal de criar, manter e extinguir essas relações. Conforme a necessidade da situação, o sujeito tem a garantia do direito objetivo a seu favor sempre que necessário. Essa garantia é uma proteção normativa jurídica atribuída ao titular de defender seus direitos e proteger aquilo que lhe pertence. Sendo assim, direito subjetivo é a permissão que a norma jurídica concede ao individuo a proteção legal para ter, fazer e/ou exigir seus interesses de direito. 3 – DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO O direito público e privado abrangem simultaneamente tanto os interesses públicos quanto particulares. Órgãos públicos podem solicitar os poderes do direito privado, assim como um individuo em particular pode acionar o direito publico para solucionar suas questões. Ambos podem atingir direta ou indiretamente toda a coletividade ou um individuo. Seria equivoco afirmar que o direito privado determina a relações somente entre indivíduos e o direito público apenas o poder soberano, pois, num processo indenizatório o Estado pode ser o sujeito de direito privado. Uma das qualidades do direito público é abranger uma relação entre países e o direito constitucional é um exemplo de direito publico. O direito privado abrange o direito civil, direito do trabalhador, do consumidor, etc. Tratar de contratos de compra e venda prestação de serviços, alugueis de imóveis, etc. O direito a educação de um filho é importante (direito privado), mas também atinge toda uma sociedade no que se refere a uma educação básica de qualidade (direito público). Uma empresa planeja adquirir grandes áreas de terra para ampliar os negócios (direito privado), porém, o modo como essas terras serão utilizadas podem causar ou não danos ambientes (direito público). 4 - IMPERATIVIDADE A imperatividade do direito não exerce seu poder apenas a um individuo, mas a todos sem qualquer restrição, pois, todos são iguais perante suas normas. A norma jurídica impõe regras de comportamento e conduta aceitáveis tendo o conhecimento de que o homem e toda sociedade pode caminhar a um comportamento correto e sendo o ser humano passível de algum tipo de descontrole tanto moral quanto ético é que o direito traz sua essência imperativa para disciplinar o coletivo. É da natureza do homem viver conforme seus interesses e necessidade sociais, mas foi preciso regrar essa convivência com seus semelhantes para que um não invada o espaço do outro. O individuo que teve sua casa invadida por terceiros sem seu consentimento tem autorização da norma de processar os invasores por invasão de privacidade exigindo a reparação do mal que lhe foi causado. Ao contrário do direito natural, onde o homem tinha a liberdade de seguir ou não às leis da natureza impostas por Deus, a imperatividade da norma ao contrário, prevê sanções de cunho penal nos casos de suas regras serem infringidas. 5 - COERCITIVIDADE O direito traz em sua essência algumas liberdades e concessões, por outro lado, a execução de suas regras deve ser atendida de imediato. Seu poder de coação é fazer com que o individuo cumpra com suas obrigações sem hesitação para que a ordem social permaneça inabalável. Sua força coercitiva pode parecer tirana, mas é necessária para garantir seu cumprimento. Pais que não cumprem com as ordens de pagamento de pensão alimentícia podem ser detidos. A falta desse pagamento desorganiza a educação e a qualidade de vida de seus descendentes. É uma ordem jurídica determinada por um juiz que deve ser obedecido. O inquilino que não paga o aluguel em dia pode sofrer uma ação de despejo e se recusando a cumprir o ordenamento se faz necessária a interferência dos órgãos competentes para fazer valer sua força. Inúmeras famílias que constroem moradias irregulares em uma propriedade particular ou de domínio público sofrem ações de despejo e como sempre acontece por resistência dessas famílias de deixar suas casas é que a justiça utilizar sua força jurídica para retirar os moradores e acomodá-los em áreas apropriadas. 6 - HETERONOMIA É atribuída ao direito a garantia de que a liberdade e a ordem da sociedade não sejam ameaçadas, mas para isso é preciso que a sociedade cumpra o que ela determina independente de estarmos de acordo ou não com suas regras. O direito não permite nem espera pelo livre arbítrio do individuo para exercer sua natureza coercitiva. A grande maioria da população não concorda em pagar pedágios e outros tantos impostos em vigor no país, mas, a norma jurídica determina que motoristas de qualquer veículo automotor pague estes impostos concordando ou não. Durante o período eleitoral, é obrigatório o voto de todos os cidadãos acima dos 18 anos, mesmo com resistência de grande parte da população em não querer votar. Seu descumprimento impedi o cidadão de prestar concursos públicos, receber salário, retirar passaportes, além do titulo de eleitor ser cancelado. É indiferente para o direito a aceitação ou não da sociedade em cumprir suas ordens, ela esta disposta a ser obedecida para que a organização social seja mantida. 7 - ATRIBUTIVIDADE, EXIGIBILIDADE, COERCITIVIDADE É atributivo de a norma jurídica garantir que a liberdade e a ordem da sociedade não sejam ameaçadas, conferindo os direitos e zelando pelos cidadãos. É atribuída ao direito a qualidade de conceder ao cidadão saúde básica de qualidade e obrigando que profissionais da saúde atendam de maneira digna os pacientes. Esta característica concede ao individuo o poder de exigibilidade num comportamento especifico de outra pessoa numa determinadarelação, como por exemplo, a maneira de como devemos nos comportar juridicamente diante de um magistrado ou diante de um chefe de Estado, uma autoridade. Essas condutas são exigidas coercitivamente pela norma jurídica que tem a garantia legal de coação para que o individuo faça o que ela determina. A norma jurídica atribui qualidades essenciais, como ordem, disciplina, comportamentos devidos, liberdade de agir quando algo causa danos de natureza material e moral, exigindo que seus ordenamentos sejam respeitados, obedecidos e cumpridos. Tal poder de coação é para o bem tanto da integridade física e moral do individuo como do bem estar de toda sociedade. 8 - DIREITO NATURAL O direito natural é a essência das leis de Deus postas no coração do homem para que vivesse em concordância com as leis da própria natureza. Com a consciência do homem de que não pode viver sozinho e por sua vez buscando a integração social com outros indivíduos com a mesma finalidade, pôs-se a conduzir sua vida sem que leis impostas pelo próprio homem comandasse sua existência. O homem em épocas primitivas constituía família casando e gerando filhos, cultivava seu próprio alimento, comercializava seus produtos com base no sistema de troca, criava animais para servir de tração no plantio e nas colheitas e se alimentava deles. Tudo isso de forma natural e instintiva sem que houvesse normas reais e validas de forma escrita por indivíduos que, posteriormente seriam conhecidos por legisladores. A eficácia da lei natural é tão sentida em todos os povos tanto quanto a eficácia da lei positiva. Sem que houvesse árbitros ou juízes de direito, era comum que diversos povos julgassem suas relações sociais dentro do critério do era justo para eles, como por exemplo, nas relações comerciais, nos crimes praticados, na união de família mediante o casamento, etc. 9 - DIFERENÇAS ENTRE POSITIVSMO E JUSNATURALISMO A distinção entre o positivismo e o jusnaturalismo está na maneira como cada individuo concede obediência as suas características. Quando o primeiro zela pela obediência do valor e execução de suas regras, o segundo prima pelo ideal de convivência, dos princípios essenciais atribuídos a Natureza, uma forma de lei legitima. Para o positivista a norma jurídica tem valor fundamental para regular e organizar a sociedade. Essa valoração tem a finalidade de disciplinar a conduta social. É o poder que a norma jurídica válida exerce sobre a sociedade que se traz a disciplina nas relações humanas. Este traz à sociedade um conjunto de regras válidas que devem ser observadas e cumpridas. O jusnaturalista defende o direito natural como uma forma ideal de convivência entre as pessoas tendo seu valor e eficácia independente da localização do grupo social. Seu valor esta na liberdade de seguir ou não suas regras conforme sua razão. O individuo observa e obedece as leis impostas pela natureza como ordem suprema vinda de Deus. 10 - PLURALIDADE A pluralidade dos conteúdos normativos jurídicos de cada país teve influência do direito romano. Desde então, os costumes e as culturas da sociedade foram se modificando com o passar do tempo e mudanças foram acontecendo, porém, a base do direito continuava a mesma que era e ainda é regular, organizar e disciplinar o coletivo. Em tempos remotos como nos países do continente africano as normas de conduta eram extremamente rígidas. Mulheres prestavam obediência total aos homens da família como marido, filhos e irmãos. Se são pegas em adultério eram condenadas a morte ou tinham o nariz cortado como no antigo Egito. Durante o período medieval, havia uma pluralidade de grupos sociais, conhecidos como clãs. Cada um desses grupos dispunha de um ordenamento jurídico próprio com base em seus costumes e tradições. A variação das normas no comportamento humano permanece nos tempos atuais coordenando as relações sócias. Cada federação tem sua característica cultural e social, e se estamos em seus países devemos nos portar a suas regras. Se em nosso país estamos acostumados a um tipo de contato físico como aperto de mãos e abraços, há países onde essa atitude é inaceitável. É uma característica nossa manter a união social e consequentemente a ordem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diniz, Maria Helena – Teoria Geral do Direito Civil. Bobbio, Norberto – Positivismo Jurídico, Lições de Filosofia do Direito.
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