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Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 1 Sistemas Prediais de Suprimento de Água Fria – Sistemas e Componentes Introdução Uma instalação predial de água fria (temperatura ambiente) constitui-se no conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, destinados ao abastecimento dos aparelhos e pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento. A norma que fixa as exigências e recomendações relativas a projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria é a NBR 5626, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 2 Introdução De acordo com a norma, as instalações prediais de água fria devem ser projetadas de modo que, durante a vida útil do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos: • preservar a potabilidade da água. • garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais componentes. • promover economia de água e energia. • possibilitar manutenção fácil e econômica. • evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente. • proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo às demais exigências do usuário. Introdução Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 3 Sistemas de alimentação Uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de duas formas: pela rede pública de abastecimento ou por um sistema privado, quando a primeira não estiver disponível. PÚBLICO A alimentação da edificação é feita através de rede de água da concessionária. PARTICULAR A alimentação é feita através de fontes como poços artesianos, etc. Sistemas de alimentação Quando a instalação for alimentada pela rede pública, a entrada de água no prédio será feita por meio do ramal predial, executado pela concessionária pública responsável pelo abastecimento, que interliga a rede pública de distribuição de água à instalação predial. Antes de solicitar o fornecimento de água, porém, o projetista deve fazer uma consulta prévia à concessionária, visando a obter informações sobre as características da oferta de água no local de execução da obra. É importante obter informações a respeito de eventuais limitações de vazão, do regime de variação de pressões, das características da água, da constância de abastecimento, e outros que julgar relevantes. Quando for prevista utilização de água proveniente de poços, o órgão público responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos deverá ser consultado previamente. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 4 Sistemas de alimentação Existem três sistemas de abastecimento da rede predial de distribuição. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETO A alimentação da rede predial de distribuição é feita diretamente da rede pública de abastecimento. Não existe reservatório domiciliar, e a distribuição é feita de forma ascendente, ou seja, as peças de utilização de água são abastecidas diretamente da rede pública. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 5 Sistemas de distribuição Vantagens: • Água de melhor qualidade devido a presença de cloro residual na rede de distribuição • Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas, registros de bóia, etc. Desvantagens: • Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de distribuição; • Grandes variações de pressão ao longo do dia devido aos picos de maior ou de menor consumo na rede pública; • Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade; Sistemas de distribuição SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO No sistema indireto, adotam-se reservatórios para minimizar os problemas referentes à intermitência ou a irregularidades no abastecimento de água e a variações de pressões da rede pública. No sistema indireto, consideram-se três situações: sem bombeamento, com bombeamento e hidropneumático. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 6 Sistemas de distribuição Indireto sem bombeamento Esse sistema é adotado quando a pressão na rede pública é suficiente para alimentar o reservatório superior. O reservatório interno da edificação ou do conjunto de edificações alimenta os diversos pontos de consumo por gravidade; portanto, ele deve estar sempre a uma altura superior a qualquer ponto de consumo. É o caso comum em residências de até dois pavimentos. Sistemas de distribuição Indireto com bombeamento No sistema indireto a rede de distribuição do edifício é alimentada a partir de um reservatório elevado. Usado se a pressão na rede que abastece o edifício é insuficiente para alimentar o reservatório superior. Nesse caso, adota-se um reservatório inferior, de onde a água é bombeada até o reservatório elevado, por meio de um sistema de recalque. É o caso mais comum nos grandes edifícios. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 7 Sistemas de distribuição Hidropneumático Esse sistema de abastecimento requer um equipamento para pressurização da água a partir de um reservatório inferior. Ele é adotado sempre que há necessidade de pressão em determinado ponto da rede, que não pode ser obtida pelo sistema indireto por gravidade, ou quando, por razões técnicas e econômicas, se deixa de construir um reservatório elevado. Além do custo adicional, exige manutenção periódica. Além disso, caso falte energia elétrica na edificação, ele fica inoperante, necessitando de gerador alternativo para funcionar. Sistemas de distribuição Hidropneumático Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 8 Sistemas de distribuição SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO Vantagens: • Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no fornecimento, tem-se um volume de água assegurado no reservatório; • Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia; Desvantagens: • Possível contaminação da água reservada devido à deposição de lodo no fundo dos reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos mesmos; • Menores pressões, no caso da impossibilidade de elevar o reservatório; • Maior custo da instalação devido a necessidade de reservatórios, registros de bóia e outros acessórios. Sistemas de distribuição MISTO No sistema de distribuição mista, parte da alimentação da rede de distribuição predial é feita diretamente pela rede pública de abastecimento e parte pelo reservatório superior. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 9 Sistemas de distribuição Recomenda-se como mais conveniente, para as condições médias brasileiras, o sistema de distribuição indireta por gravidade, admitindo o sistema misto desde que apenas alguns pontos de utilização, como torneira de jardim, torneiras de pias de cozinha e de tanques, situados no pavimento térreo, sejam abastecidos no sistema direto. A utilização dos sistemas de distribuição direta ou indireta hidropneumática deve ser convenientemente justificada. Sistema Predial de Água Fria Subsistema de alimentação: • ramal predial; • cavalete / hidrômetro; • alimentador predial. Subsistema de reservação: • reservatório inferior; • estação elevatória; • reservatório superior. Subsistema de distribuição interna: • barrilete; • coluna; • ramal; • sub-ramal.Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 10 Sistema Predial de Água Fria Subsistema de alimentação Ramal predial, hidrômetro e alimentador predial De maneira geral, todo sistema público que fornece água exige a colocação de um medidor de consumo, chamado “hidrômetro”. Esse dispositivo é instalado em um compartimento de alvenaria ou concreto, juntamente com um registro de gaveta, e a canalização ali existente é chamada de “cavalete”. Os equipamentos de medição de água serão instalados pela concessionária, em local previamente preparado, dentro da propriedade particular, preferencialmente no limite do terreno com a via pública, em parede externa da própria edificação, em muros divisórios, e servirá para medir o consumo de água da edificação. O compartimento que abriga o cavalete deve ser localizado no projeto arquitetônico de modo a facilitar a leitura pela concessionária fornecedora de água. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 11 Subsistema de alimentação Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 12 Subsistema de alimentação Subsistema de reservação Reservatórios e estação elevatória Muitos projetos arquitetônicos omitem informações importantes sobre os reservatórios, como: localização, altura, tipo, capacidade etc. Outros sequer preveem o reservatório. O projetista deve verificar a necessidade ou não da reserva técnica de incêndio (RTI), que deverá ser acrescida à capacidade destinada ao consumo quando colocada no reservatório superior ou inferior. Ele deve prever ainda uma altura adequada para o barrilete, com facilidade de acesso, para facilitar futuras operações de manobra de registros e manutenção das canalizações. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 13 Subsistema de reservação RTI: Reserva Técnica de Incêndio Sistema de hidrantes ou de mangotinhos: Sistema de combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios. A determinação da RTI é feita no Projeto de Prevenção Contra Incêndio, porém deve ser estimada no Projeto Hidrossanitário. Legislação Estadual: Instruções Normativas do CBM (Corpo de Bombeiros Militar) de SC. http://www.cbm.sc.gov.br/dat/index.php/instrucoes-normativas-in Dimensionamento: reservatórios Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 14 Dimensionamento: reservatórios Dimensionamento: reservatórios 1. Verificar se o sistema é exigigo para a edificação em questão IN 001/2015: Da Atividade Técnica Verifica-se a necessidade do sistema para edificação, de acordo com a ocupação, área e número de pavimentos. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 15 Dimensionamento: reservatórios 2. Se for necessário o sistema, verificar o risco de incêndio da edificação de acordo com sua ocupação. IN 003/2015: Carga de Incêndio No Art. 5o são indicadas as edificações por classe de risco Dimensionamento: reservatórios 3. Verificar a área total construída da edificação. 4. Verificar o volume mínima da RTI. IN 007/2017: Sistema Hidráulico Preventivo Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 16 Subsistema de reservação A adequada localização dos reservatórios deve ser estudada, de modo a ser otimizada a sua utilização, face suas características funcionais, tais como ventilação, iluminação, garantia da potabilidade da água, operação e manutenção. Estas características são vitais para a garantia da qualidade do sistema, tendo em vista que os reservatórios, pela sua natureza, são focos potenciais de problemas de potabilidade da água, devendo ser cuidadosamente projetados. No caso de edifícios altos ou edificações de maior vulto, a reservação inferior é imprescindível, tendo em vista o volume de água necessário. Esta reserva inferior se justifica, também, pelos critérios técnicos e econômicos (área ocupada, peso adicional na estrutura). Subsistema de reservação Reservatório superior O reservatório superior pode ser alimentado pelo sistema de recalque ou diretamente, pelo alimentador predial. Nas residências de pequeno e médio porte, os reservatórios, normalmente, localizam-se sob o telhado. Nos prédios com mais de três pavimentos, o reservatório superior é locado, geralmente, sobre a caixa de escada, em função da proximidade de seus pilares. Na execução ou instalação do reservatório elevado, é importante prever a facilidade de acesso, como a utilização de escadas ou portas independentes. O acesso ao interior do reservatório, para inspeção e limpeza, deve ser garantido por meio de uma abertura mínima de 60 cm, em qualquer direção. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 17 Subsistema de reservação Reservatório inferior O reservatório inferior se faz necessário em prédios com mais de três pavimentos (acima de 9 m de altura), pois, geralmente, até esse limite, a pressão na rede pública é suficiente para abastecimento do reservatório elevado. O reservatório inferior deve ser instalado em locais de fácil acesso, de forma isolada, e afastado de tubulações de esgoto, para evitar eventuais vazamentos ou contaminações pelas paredes. Quando localizados no subsolo, as tampas deverão ser elevadas pelo menos 10 cm em relação ao piso acabado, e nunca rentes a ele, para evitar a contaminação pela infiltração de água. Subsistema de reservação No projeto arquitetônico deve ser previsto um espaço físico para localização do sistema elevatório, denominado “casa de bombas”, suficiente para a instalação de dois conjuntos de bomba, sendo um de reserva. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 18 Subsistema de reservação Elementos complementares dos reservatórios a) Extravasor O extravasor (ladrão) é uma tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água do reservatório, evitando o seu transbordamento. Ele evidencia falha na torneira de boia ou dispositivo de interrupção do abastecimento. b) Dispositivo de controle de nível Todo reservatório necessita de um dispositivo controlador da entrada de água e manutenção do nível operacional desejado, além de prevenir contra eventuais contaminações do ramal de alimentação do reservatório. Subsistema de reservação c) Torneira de boia Aparelho para controlar o nível operacional de água em reservatórios prediais, com ciclo de abertura e fechamento automáticos. É obrigatoriamente utilizada na parte final da alimentação do reservatório predial, interrompendo a entrada de água, quando esta atingir o nível operacional máximo previsto do reservatório, dispositivo este usualmente utilizado quando o abastecimento se dá por gravidade, ou seja, não se tem recalque, possuindo balão plástico ou metálico. Deve-se atentar para a necessidade de desconexão da rede predial na alimentação do reservatório, prevenindo eventuais refluxos (retrossifonagens ou pressões negativas), que poderiam contaminar a água da rede pública com a água eventualmente poluída de reservatórios particulares, por conseguinte, é necessária uma distância mínima entre a cota do extravasor e a cota da torneira de boia. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 19 Subsistema de reservação d) Automático de boia Quando se tem recalque, adotam-se automáticos de boia (eletronível automático) que são dispositivos de comando automático, pelo próprio nível da água. Localiza dos em ambos os reservatórios, em cotas convenientes, fazem com que contatos elétricos sejam acionados ligando o motor da bomba tão logo onível da água atinja o nível mínimo determinado, no reservatório superior, desligando-se ao atingir o nível máximo do reservatório. Desta maneira, o sistema funciona por si mesmo, o que ocorre várias vezes ao longo do dia, não necessitando intervenção humana. Devem permitir o acionamento manual, quando de manutenção. Subsistema de reservação e) Tomada de água (saída) A tubulação de saída deve, preferencialmente, ser localizada na parede oposta à parede da alimentação, no caso de reservatórios de grande comprimento, visando- -se evitar a estagnação da água, bem como situar-se em cota apropriada, elevada em relação ao fundo do reservatório. f) Tubulação de limpeza Uma tubulação de limpeza, com registro de fechamento, é obrigatória não só para esta finalidade periódica, como para total esvaziamento em caso de manutenção, posicionada em um dos cantos do reservatório. Para grandes reservatórios, prever declividade do fundo na direção desta tubulação. No caso de reservatórios inferiores, a retirada da água poderá ser efetuada, até o nível da válvula de pé, pela bomba de sucção, com a devida manobra dos registros, retirando-se a água para um local apropriado, caso não haja possibilidade de escoamento por gravidade. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 20 Subsistema de reservação Subsistema de reservação Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 21 Subsistema de reservação Reservatórios: Os tipos de materiais mais utilizados na fabricação de caixas d’água são os seguintes: Concreto Armado: tem a vantagem de serem concebidos com dimensões adequadas, com formas adaptáveis às restrições de espaço físico. Em edifcíos é habitual posicionar o reservatório sobre pilares da caixa da escada ou poços de elevadores. Fibra de vidro: utilizado na fabricação de piscinas e reservatórios de grande capacidade. É constituído pela mistura de resina e fibra de vidro. É leve, de fácil limpeza, manuseio e instalação. Subsistema de reservação Polietileno: é um tipo de plástico feito de polímeros a base de petróleo, as suas principais características são a leveza, proteção contra raios UV, resistência no transporte, fácil manuseio, facilidade de instalação e limpeza. Fibrocimento: constituída basicamente por cimento e fibras de amianto. Entre todas as opção é a pior escolha, sendo um produto pouco resistente a impactos, baixa durabilidade e transmite para a água substâncias que prejudicam a saúde dos indivíduos que consomem a água. * PL Nº 179/2008 Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 22 Subsistema de distribuição interna Barrilete, coluna de distribuição, ramal e subramal Barrilete Caso haja muitos pontos a abastecer, deve ser instalado um barrilete a partir do reservatório superior, abastecendo as colunas de distribuição. Barrilete é o conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição. O barrilete pode ser: concentrado ou ramificado. O tipo concentrado tem a vantagem de abrigar os registros de operação em uma área restrita, facilitando a segurança e o controle do sistema, possibilitando a criação de um local fechado, embora de maiores dimensões. O tipo ramificado é mais econômico, possibilita uma quantidade menor de tubulações junto ao reservatório, os registros são mais espaçados e colocados antes do início das colunas de distribuição. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 23 Subsistema de distribuição interna Colunas de distribuição As colunas de distribuição de água fria derivam do barrilete, descem na posição vertical e alimentam os ramais nos pavimentos. Recomenda-se que cada coluna possua um registro de gaveta posicionado à montante do primeiro ramal. Subsistema de distribuição interna Deve-se utilizar coluna exclusiva para válvulas de descarga para evitar interferências com os demais pontos de utilização. Entretanto, devido à economia, muitos projetistas utilizam a mesma coluna, que abastece a válvula para alimentar as demais peças de utilização. Isso deve ser evitado, principalmente, quando se utilizar aquecedor de água, jamais ligá-lo a ramal servido por coluna que também atenda a ramal com válvula de descarga, pois o golpe de aríete acabará por danificar o aquecedor. 1: Reservatório 2: Barrilete 3: Coluna de distribuição 4: Ramal 5: Subramal 6: Dispositivo de controle 7: Peças de utilização Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 24 Subsistema de distribuição interna Ramais Ramais são as tubulações derivadas das colunas de distribuição e destinadas a alimentar os sub-ramais, os quais, por sua vez, ligam os ramais aos pontos de utilização (pontos de utilização e aparelhos sanitários). Observar o posicionamento do registro de fechamento, a montante do primeiro sub- ramal. Sistema de Medição Coletiva x Individualizada Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 25 Sistema de Medição Coletiva x Individualizada A medição de água através de um único hidrômetro, em edifícios multifamiliares, está sendo gradativamente substituída pela medição de água individualizada que se constitui sinônimo de economia de água e justiça social (o consumidor paga efetivamente pelo seu consumo). O sistema consiste na instalação de um hidrômetro no ramal de alimentação de cada unidade habitacional, de modo que seja medido todo o seu consumo, com a finalidade de racionalizar o seu uso e fazer a cobrança proporcional ao volume consumido. A medição individual de água em condomínios prediais é importante por várias razões, dentre as quais, destacam-se: redução do desperdício de água e, consequentemente, do volume efluente de esgotos; economia de energia elétrica devido à redução do volume bombeado para o reservatório superior; redução do índice de inadimplência; identificação de vazamentos de difícil percepção. Sistema de Medição Coletiva x Individualizada Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 26 Sistema de Medição Coletiva x Individualizada Sistemas Prediais de Suprimento de Água Fria – Dimensionamento Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 27 Dimensionamento • Dimensionamento Reservatórios • Dimensionamento Barrilete • Dimensionamento Colunas de Distribuição (CAF) • Dimensionamento Ramais Dimensionamento Determinação do consumo diário: Para obtenção do CD deve-se classificar a edificação corretamente quanto à utilização e analisar sua ocupação atual e futura. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 28 Dimensionamento Dimensionamento Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 29 Dimensionamento Consumo Diário (Cd): Cd = C . P Cd: consumo diário total (l/dia) C: consumo diário “per capita” (l/dia) P: população do edifício Volume de Reserva: Deve-se reservar água para 1 à 3 dias. 1 Cd ≤ VR ≤ 3 Cd Geralmente considera-se reserva técnica de água para dois dias de consumo. VR = Cd . 2 Dimensionamento Volume dos Reservatórios: a reserva poderá ser dividida em dois reservatórios (inferior e superior), sendo: Volume do Reservatório Inferior (RI): VRI = 0,6 . VR Volume do Reservatório Superior (RS): VRS = (0,4 . VR)+ RTI Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 30 Dimensionamento RTI: Reserva Técnica de Incêndio A determinação da RTI é feita no Projeto de Prevenção Contra Incêndio, porém deve ser estimada no Projeto Hidrossanitário. Legislação Estadual: InstruçõesNormativas do CBM de SC. http://www.cbm.sc.gov.br/dat/index.php/instrucoes-normativas-in Dimensionamento Capacidade (L) Dimensões (m) A B C D E 4.000 1,82 1,66 2,12 2,02 1,52 5.000 1,85 1,64 2,34 2,23 1,86 6.000 1,92 1,70 2,45 2,31 2,00 7.500 2,27 2,01 2,57 2,45 2,00 8.000 2,39 2,09 2,62 2,57 2,00 10.000 2,31 2,00 2,82 2,70 2,38 10.000* 2,82 2,50 2,70 2,50 2,00 12.000 2,46 2,12 3,05 2,89 2,48 15.000 2,94 2,59 3,09 2,95 2,50 20.000 (a) 3,67 3,26 3,25 3,08 2,41 20.000 4,10 3,79 2,96 2,91 2,35 25.000 4,39 4,09 3,34 3,31 2,42 A - Altura com tampa B - Altura sem tampa C - Diâmetro com Tampa D - Diâmetro sem Tampa E - Diâmetro da Base.
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