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PT E7 UFRB Gilo.doc.

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OFCINA TEMÁTICA IMPRESSÃO DIGITAL REALIZADA NO
VI WORKSHOP DE QUÍMICA – PIBID QUÍMICA UFRB-CFP
Kayalla Marielly Silva Gilo* (ID). Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Licencianda em Química. Email: mariellygilo@live.com
Jorge F.S. Menezes1 (PQ). Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Professor/Coordenador -Grupo de Materiais Fotônicos.
Eixo 7: Ensino de Ciências e Matemática.
Resumo
Os desenhos que são formados nas pontas dos dedos das mãos e pés são popularmente conhecidos como impressão digital tendo como proveito a identificação das pessoas, sendo utilizada nas carteiras de identidade e para a identificação de suspeitos em crimes. Existem várias técnicas para revelação de impressão digital que são usadas pelos peritos durante a análise de uma cena de crime, algumas séries investigativas retratam como isso acontece, os alunos relataram assistir e gostar desses programas de TV. Durante a realização da oficina impressão digital foi mostrado para os alunos do ensino médio algumas das técnicas utilizadas de revelação, realizando, em seguida, o experimento que utiliza o vapor de iodo para obter a digital do aluno no papel, a oficina temática foi aplicada durante o VI Workshop de Química da UFRB e contou com a participação dos próprios alunos que cederam suas digitas para serem reveladas e se mostraram entusiasmados com a participação durante a execução do experimento.
Palavras chave: Iodo, Impressão digital, Revelação, Alunos.
Introdução
Datilograma ou dermatoglifo é o desenho formado pelas papilas que são as relevâncias nas pontas dos dedos das mãos e pés. Esses desenhos são conhecidos como impressão digital e uma característica única em cada indivíduo.
A impressão digital de cada ser é formada durante o sexto mês de gestação, não sendo alterada até o fim da vida. Algumas pessoas não apresentam impressões nas pontas dos dedos, isso ocorre devido uma doença rara chamada síndrome de Nagali.
O uso da impressão digital vem desde a antiguidade, onde eram utilizadas para selar acordos.
Henry Faulds um cirurgião Britânico realizou vários estudos sobre impressão digital ao notar marcas em cerâmicas pré-históricas, ele reconheceu as impressões digitais como um meio de identificação e inventou um método de classificação para as mesmas.
Em 1880, ele publicou um artigo onde discutia sobre a impressão digital como meio de identificação e o uso de impressão para obter as marcas formadas pelas papilas. Embasado nos estudos de Faulds, Francis Galton um antropólogo Britânico publicou o livro “impressões digitais” onde fala sobre o sistema de classificação das impressões digitais caracterizadas por três padrões básicos: laçada, arqueada e verticilo distribuídas entre os dez dedos das mãos.
Papiloscopia é a ciência que estuda a identificação através das papilas presentes na palma da mão e sola dos pés. Papiloscopista é o profissional da papiloscopia, que trata da coleta, análise, pesquisa de padrões, arquivamento entre outros serviços relacionados as digitais.
Há quatro tipos fundamentais de impressão digital, classificados em arco, presilha interna, presilha externa e verticilo. Existem várias técnicas para a realização de impressão digital, a escolha da técnica a ser usada depende dos aspectos encontrados pelos peritos em uma cena de crime.
Objetivo
 Mostrar aos alunos algumas técnicas utilizadas para revelação da impressão digital, com foco e prática da técnica que utiliza o vapor de iodo utilizando a impressão dos próprios alunos.
Metodologia
A técnica que utiliza vapor de iodo baseia-se na absorção do iodo pela gordura contida no suor. Atualmente é considerado como uma simples absorção física. Esta técnica também é muito usada na química forense para a identificação de impressões digitais de crimes ocorridos e de difícil identificação dos suspeitos. 
O procedimento de realização do experimento consiste no recolhimento de impressões digitais de alguns alunos em um papel de ofício cortado em retângulos pequenos, onde eles pressionaram os seus dedos polegares no papel, o iodo sólido foi aquecido e sublimou, o papel contendo a digital foi passado no vapor com a ajuda de uma pinça até o aparecimento da impressão digital e mostrado aos alunos. 
Resultado e discussão
O procedimento foi todo realizado com luvas para que não houvesse nenhum contato que não fosse o do estudante com sua digital no papel.
Por se tratar de uma prática forense, os alunos demonstraram bastante interesse e curiosidade pela oficina que foi realizada em uma sala do Centro de Formação de Professores.
Os discentes mostraram que assistem a séries relacionadas a investigações criminais, o que foi muito proveitoso para que o objetivo fosse alcançado, todos possuíam a carteira de identidade onde está localizada a impressão digital de cada um.
Ao pedir voluntários para a execução da prática todos se mostraram curiosos e interessados em participar e saber o que ia acontecer com a marca do dedo no papel que a olho nu não dava para ver.
O papel contendo a impressão quando colocado em contato com o vapor de iodo de imediato tornou visível a marca da digital no papel, os alunos ficaram espantados com o resultado do experimento, pois, mesmo após de pressionar o dedo no papel ele continuava branco e depois de passado no vapor o desenho da impressão digital se tornou visível. Foi explicado para eles que quando o vapor de iodo entra em contato com a gordura deixada no papel pelo dedo ela absorve o iodo tornando a digital visível.
O iodo sólido quando aquecido atinge diretamente o estado gasoso, o vapor que é liberado possui coloração castanha e quando entra em contato com a impressão revelando-a passa a ter coloração marrom amarelada, a cor é uma característica importante neste procedimento, já que a marca deixada pela digital é invisível. 
Conclusão
A prática foi realizada com sucesso e contou com a participação dos alunos que se mostraram muito contentes e satisfeitos, o objetivo da oficina temática foi alcançado. A técnica utilizando vapor de iodo é utilizada em objetos pequenos e quando a impressão digital não é visível.
Os alunos compreenderam sobre a importância e porque temos as marcas nas pontas dos dedos tanto das mãos quanto dos pés, cada indivíduo tem a sua e que é intransferível e carregamos até a morte, não havendo alterações exceto em casos de queimaduras ou algum acidente que danifique toda ou parcialmente a digital.
Referências
Impressões digitais: sublimação do iodo. Disponível em:
<http://quimicaeocrime.blogspot.com.br/2013/10/impressoes-digitais-sublimacao-do-iodo.html> Acesso em 31/03/2016
Ciência forense: Impressões digitais. Disponível em:
<http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2006dez_forense1.pdf> Acesso em 31/03/2016
CASTRO, S. T. Identificação de Impressões Digitais Baseada na Extração de Minúcias, Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, UFJF, 2008.
Papiloscopia. Disponível em: 
< http://www.papiloscopia.com.br/historia.html> Acesso em: 01/04/2016
Histórico dos processos de identificação. Disponível em:
<http://www.institutodeidentificacao.pr.gov.br/arquivos/File/forum/historico_processos.pdf> Acesso em: 31/03/2016
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