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Cadeia de Transporte de elétrons e fosforilação oxidativa 1)Definir Potencial de óxido-redução (E) e potencial de óxido-redução padrão (Eo). O potencial de oxidação-redução (E) mede a afinidade de um substrato por elétrons. O potencial de óxido-redução padrão (Eo) é tomada utilizando-se a afinidade do par H+/1/2H2 e é considerado o marco zero para definir o E de outros pares. 2) Citar os compostos que fazem parte da cadeia de transporte de elétrons e caracteriza-los quimicamente. Complexos I, II, III, e IV, além de coenzima Q e citocromo C. 3) Esquematizar a sequência dos compostos da cadeia de transporte de elétrons, indicando os transportadores de elétrons e os transportadores de prótons e elétrons. I 4) Indicar a localização celular da cadeia de transporte de elétrons. A cadeia transportadora de elétrons esta presenta na membrana interna da mitocôndria. 5) Citar três inibidores da cadeia de transporte de elétrons, indicando os transportadores sobre os quais atuam. Barbituricos e rotenona(agem no complexo I) e cianeto (age no complexo IV) 6) Verificar se é possível a oxidação de malato e de succinato em presença de rotenona. Em presença de rotenona (inibidor da cadeia de transporte de elétrons) haverá acumulo de NADH e FADH2, provocando bloqueio do ciclo de Krebs, impedindo a oxidação de malato e do succinado. 7) Qual seria o estado de oxidação (oxidado/reduzido) dos componentes da cadeia de transporte de elétrons em presença de malato e de antimicina A? Uma vez que o malato inibe o complexo II, o succinato estaria na forma reduzida e o FAD na forma oxidada. Em relação ao antimicina A que inibe o complexo III, a coenzima Q permaneceria reduzida e o citocromo c estaria oxidado. 8) Definir fosforilação oxidativa. Transformação de ADP + Pi em ATP utilizando energia derivada da oxidação de coenzimas. A fosforilação oxidativa é o processo metabólico de síntese de ATP a partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória. Todo o processo depende de dois fatores, a energia livre obtida do transporte de elétrons e armazenada na forma de gradiente de íons hidrogênio e uma enzima transportadora denominada ATPsintase. Durante o fluxo de elétrons há liberação de energia livre suficiente para a síntese de ATP em 3 locais da cadeia respiratória: Complexos I, III e IV. Estes locais são denominados "SÍTIOS DE FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA". Nestes locais a liberação de energia livre é em quantidade equivalente à necessária para a síntese do ATP. 9) Descrever a hipótese do acoplamento quimiosmótico para a fosforilação oxidativa. Segundo Mitchell, as condições para que ocorra a fosforilação oxidativa são um bombeamento de prótons pela cadeia respiratória, criando um fluxo da matriz para o citosol e uma membrana mitocondrial interna impermeável a prótons e íntegra. A partir desta situação, Mitchell prevê os seguintes eventos na membrana mitocondrial interna: a Cadeia Respiratória, ao transportar os elétrons, bombeia prótons da matriz para o citosol; a membrana mitocondrial interna, por ser impermeável a prótons, impede o retorno destes à matriz; cria-se um GRADIENTE DUPLO - de pH e eletrostático - através da membrana mitocondrial interna, que gera uma situação de alta instabilidade e, por conseqüência, uma força que atrai os prótons de volta. Esta força, chamada força próton-motriz, dirige o refluxo de prótons à matriz mitocondrial através dos canais de prótons da enzima ATPase; a passagem dos prótons pela ATPase determina a síntese do ATP. 10) Indicar o número de ATP sintetizados para cada NADH e FADH2 oxidados. Cada par de elétrons do NADH rende 3 ATPs, e cada par de elétrons do FADH2 rende 2 ATPs. 11) Citar exemplos de processos biológicos que utilizam ATP. Contração muscular, transporte ativo de substâncias (na célula). 12) Definir desacoplador e citar um exemplo. Processo que dissocia o transporte de elétrons (cadeia respiratória) da fosforilação oxidativa. As substancias capazes de promover essa dissociação são chamadas de desacopladores, sendo o mais conhecido deles o DNP, que por ser hidrofóbico, atravessa a membrana interna da mitocôndria, impedindo a formação do gradiente de prótons, aumento o consume de oxigênio e impedindo a síntese de ATP. 13) Definir inibidor de fosforilação oxidativa e citar um exemplo. Inibidores de fosforilação oxidativa são substâncias capazes de bloquear a produção de ATP à partir de ADP + Pi utilizando a energia proveniente da oxidação de coenzima. O exemplo mais conhecido é a oligomicina. 14) Definir controle respiratório. Regulação da velocidade de oxidação de coenzimas exercido pela presença de ADP. 15) Definir fosforilação ao nível do substrato e citar as reações onde ocorre esta fosforilação. Fosforilação ao nível de substrato é a síntese de ATP nas vias metabólicas da glicólise ou do ciclo de Krebs. Na glicólise: Glicose + ADP +Pi → acido pirúvico + ATP Glicose + 2ADP+2Pi → 2 lactato+ 2ATP+2H2O DHAP + Gliceroldeido 3-P → Fosfoenol Piruvato + ATP Ciclo de Krebs: Succinil Coa + succinado desidrogenase → succinato +ATP 16) A membrana interna da mitocôndria é impermeável a ATP e NADH. Mostrar como: a. o NADH produzido na via glicolítica pode ser oxidado na cadeia respiratória (lançadeiras do malato e do); Com a ajuda do glicerol-fosfato os elétrons do NADH são transferidos para o FADH, formado o FADH2 dentro da mitocôndria. Além disso, os elétrons do NADH podem ser transferidos para outro NAD+, em presença de malato, formando um NADH dentro da mitocôndria. b. o ATP produzido na mitocôndria pode ser utilizado no citossol. Em presença de ATP/ADP translocase, uma ATP da matriz mitocondrial é exportada para matriz extramitocondrial, sendo substituída por uma ADP vinda do meio externo. Via das pentoses fosfato glicerol-fosfato 1. Citar as funções da via das pentoses fosfato; analisar a via quanto à produção de ATP. Entre as funções da via da pentose fosfato pode-se mencionar a síntese de Ribose 5-fosfato (fase oxidativa) e a produção de NADPH (fase não oxidativa). Nesta via não existe a produção de ATP, entretanto, a energia armazenada no NADPH. 2. Citar os compostos comuns à via das pentoses e via glicolítica. Glicose 6-fosfato, frutose 6-fosfato e gliceraldeido 6-fosfato. 3. Hemácias, adipócitos, hepatócitos e fibras musculares foram incubadas com glicose marcada com 14C na presença e ausência de altas concentrações de fluoreto (F-), um potente inibidor de enolase e mediu-se a formação de 14CO2. Os resultados encontra- se na tabela seguinte, onde o numero de sinais (+) indica a intensidade da produção de 14CO2 e o sinal (-) a ausencia de produção. Produção de CO2 sem F- com F- hemacias + + Adipócitos (via da Pentose) +++ + Hepatócitos (via da Pentose) +++ + fibras musculares +++ - a. indicar o processo de oxidaçcão da glicose nos diferentes tipos de células. Hemácias: não apresentam mitocôndria, sendo assim todo o CO2 é proveniente da via das pentoses. Adipócitos e Hepatócitos: o CO2 produzido é proveniente da via das pentoses (+) e do ciclo de Krebs (++). Fibras musculares: Todo o CO2 é proveniente do Ciclo de Krebs (fibras musculares não fazem a via oxidativa das pentoses). b. Que composto sofre redução paralelamente a produção de 14CO2. Na hemácia ocorre a redução do NADP, enquanto que nos adipócitos, hepatócitos e fibras musculares NADH e FADH são reduzidos.
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