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CURSO DE PEDAGOGIA DISCIPLINA HISTORIA DA EDUCAÇÃO PROFESSORA ANA PAULA CERQUEIRA FERNANDES 2º SEM/2014 HUMANISMO, MODERNIDADE E EDUCAÇÃO REFORMADA Homem Vitruviano Leonardo da Vinci _ 1490 FATORES HISTÓRICOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO MODERNO Humanismo Renascentista (século XV_XVI) Reforma protestante (século XVI) Revolução Científica (século XVII) e a redescoberta do ceticismo. “ O racionalismo e a revolução científica moderna introduziram um novo paradigma cultural através de um processo de secularização , iniciado no renascimento, que enfraqueceu progressivamente a força e o poder da Igreja”. ( D’Angelo, 2014,p. 52) CONTEXTO HISTÓRICO • Transformações no mundo europeu do séc. XV-XVI • Descoberta do Novo Mundo (Américas) • Surgimento de grandes núcleos urbanos em algumas regiões (Florença – Itália) • Desenvolvimento da atividade econômica, sobretudo mercantil e industrial HUMANISMO RENASCENTISTA - SÉC. XV / XVI O humanismo rompe com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico-medieval Há uma valorização do homem ( considerado um ser em si mesmo) A Retomada do ideal clássico greco-romano em oposição à escolástica medieval Os temas pagãos são centrais nas obras de arte; mas quando há uma abordagem religiosa , esta se aproxima das referencias da Antiguidade Clássica. REFORMA PROTESTANTE _ SÉCULO XVI A reforma defendia o pressuposto de que a fé é suficiente para que o indivíduo compreenda a mensagem divina nos textos sagrados (regras da fé) não necessitando da intermediação da Igreja, dos teólogos, da doutrina dos Concílios Esta atitude representa a defesa do individualismo contra a autoridade externa, contra o saber adquirido, contra as instituições tradicionais, todos colocados sob suspeita. A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão culminado no início do século XVI por Martinho Lutero, na Alemanha, quando através da publicação de suas 95 teses, em 1517 na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana, propondo uma reforma no catolicismo romano. Revolução Científica (século XVII) e a redescoberta do ceticismo Nicolau Copérnico 1473/1543 Galileu Galilei 1564 / 1642 Isaac Newton 1642 / 1727 Revolução Científica (século XVII) e a redescoberta do ceticismo Nicolau Copérnico rejeita o modelo geocêntrico (modelo Ptolomaico) de cosmo e defende o modelo heliocêntrico. “ Não consigo acreditar que o mesmo Deus que nos deu inteligência, razão e bom senso nos proíba de usá-los” Galileu Galilei “ Não sei o que posso parecer aos olhos do mundo, mas aos meus pareço apenas ter sido como um menino brincando à beira-mar, divertindo-me em encontrar de vez em quando um seixo mais liso ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente desconhecido à minha frente” . Isaac Newton RESUMINDO... NO AMBITO EDUCACIONAL... As mudanças que apontamos permitem constatar que os séculos XVI, XVII e XVIII foram marcados por uma intensa busca de conhecimentos e novos saberes; A sociedade tornou-se mais heterogênea; Crescem as criticas a pedagoga escolástica e começa a tomar corpo uma pedagogia de caráter humanista que evidencia os limites das práticas educacionais até então em vigor. Vejamos algumas críticas postuladas pelos humanistas : 1. O desinteresse pela alfabetização da população pobre; 2. A restrição ao ensino do latim e a não valorização do vernáculo ; 3. A negligência quanto aos saberes do quadrivium ( ou “ciências das coisas”, que abraçava as disciplinas de aritmética, geometria, astronomia e música); 4. O emprego dos castigos físicos muitas vezes extremos; FOCOS DA PEDAGOGIA HUMANISTA Era unanimidade entre os pedagogos humanistas as seguintes propostas: 1. A ampliação dos currículos , incluindo a língua materna; 2. Inclusão das “belas letras”_ gregos, hebraico; 3. Preponderância dos estudos de retórica: esta disciplina assume função diferenciada na medida em que desenvolve a elegância da expressão, fator importante para a vida na corte; 4. Incentivo ao estudo das ciências em geral / destaque para as matemáticas, artes e estética 5. Educação para as crianças ( filhos dos burgueses e aristocratas) 6. Literatura especifica para instruir os pais sobre como cuidar dos filhos- formação moral, cultura geral, regras de convivência em sociedade No livro Alguns Pensamentos Referentes à Educação, Jonh Locke( 1708) afirma que "é possível levar, facilmente, a alma das crianças numa ou noutra direção, como a água". Formar um aluno, sob o aspecto intelectual ou moral, seria exclusivamente um resultado do trabalho das pessoas que os educam - pais e professores, a quem caberia sobretudo dar o exemplo de como pensar e se comportar, treinando a criança para agir adequadamente. O aprendizado deveria ser feito por meio de atividades. A idéia era que a criança, pelo hábito, acabaria por entender o que está fazendo. Para Locke, a educação ideal seria promovida em casa, por um preceptor, papel que ele próprio desempenhou para os filhos de alguns amigos. "Locke pensou somente nos homens burgueses, destinados a ser os novos governantes, pois acreditava que por intermédio do exemplo dado por eles seriam educados os demais“. A conduta e a ética do gentleman (o cavalheiro burguês), incluindo as boas maneiras, tinham prioridade sobre a instrução. A saúde e o controle do corpo também ganharam destaque porque Locke preconizava certo endurecimento físico para facilitar a autodisciplina e o domínio das paixões. INICIATIVAS PARA A EDUCAÇÃO DE POBRES Em alguns estados protestantes : a alfabetização no vernáculo estendeu-se para meninos e meninas. 1. Ações de Lutero, Calvino 2. A Congregação Laica “ OS IRMÃOS DA VIDA COMUM “( atuando na Holanda e na Alemanha) 3. Na França: a atuação dos IRMÃOS DAS ESCOLAS CRISTÃS 4. As iniciativas dos padres jesuítas que fundaram diferentes colégios para atendimento diversificado conforme a origem social dos estudantes. O RATIO STUDIORUM : um plano que constava desde a regulamentação dos estudos e da vida nos colégios até a disciplina, dando ênfase ao método de ensino BIBLIOGRAFIA BÁSICA VEIGA, Cynthia Greive. História da Educação. São Paulo:Editora Ática, 2007. CONSTA NO MATERIAL DA UNESA
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