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AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA Introdução ENFERMAGEM HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NOÇÕES GERAIS DA PROFISSÃO:DEFINIÇÃO E HISTÓRICO Nenhuma ocupação pode ser compreendida inteligentemente sem ter sido pelo menos em alguns de seus aspectos, analisada à luz da história é interpretada sob o ponto de vista humano. O enfermeiro que conhece apenas os conhecimentos do presente deixa não somente de usufruir de uma fonte perene de interesse, como também se torna incapaz de avaliar e julgar corretamente os conhecimentos atuais que afetam sua própria carreira. ONDE SURGIU A ENFERMAGEM? Podemos dividir a história da enfermagem nas seguintes unidades: 1. Período antes de cristo; 2. Período da unidade cristã 3. Período crítico da enfermagem; 4. Primeiros movimentos da reforma da enfermagem 5. Sistema nightingale; 6. Enfermagem no brasil DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE Intimamente associado a estruturas sociais e épocas diversas. Cada período histórico é determinado por uma formação social específica. O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE Os cuidados existiam desde quando surge a vida, uma vez que os seres humanos necessitam para sua sobrevivência MEDITERRÂNEO Medicina empírica (de magos), medicina se baseava em crendices e magias. • Sol, fogo, chuva e o vento eram espíritos que se manifestavam através de doenças. ASSÍRIA E BABILÔNIA Os sacerdotes comercializavam talismãs com orações, contra ataques demoníacos que eles achavam que era causadores de doenças, como se fosse milagre de deus, curas. • Obs: documentos: não há menção nem a hospitais nem a enfermagem. CHINA Tradução e difusão dos escritos de Hipócrates. Os doentes eram cuidados com plantas medicinas nos templos por sacerdotes. Era divido em três categorias; Benignas, médias e malignas. Os tratamentos para cura eram: 1. Espírito 2. Alimento 3. Medicamento 4. O corpo 5. Acupuntura 6. Maxa Construíram hospitais e casas de repouso (benevolência, compaixão ou cura), conheciam a arte da cirurgia, eles tratavam da varíola e sífilis, anestesiavam com ópio; • Legado: equilíbrio interior e estado de harmonia do ser humano com o universo = yin (feminino) e Yang (masculino). Prevenção de doenças para manutenção do equilíbrio. EGITO Receitas médicas: acompanhadas de recitação de fórmula mágico-religiosas. Utilizavam a interpretação de sonhos e o hipnotismo na cura de doenças. • Ambulatórios gratuitos: hospitalidade e auxílio aos necessitados. Leide: religiosos Papiros Smith: cirúrgica Ebbers: clínica AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA ÍNDIA (3.500 A.C) Tinham conhecimentos de anatomia; construíram vários hospitais: musicoterapia e narradores de história para distração dos enfermos; Faziam procedimentos como suturas, amputações e correções de fraturas. São os únicos que citam enfermeiros, exigindo destes conhecimentos científicos, habilidades e elevados princípios morais MEDITERRANEO (GRÉCIA) Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos; faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, tinham casas para tratamento dos doentes. • Tratamentos: recursos da natureza (banho de sol, ar puro, agua pura, sangrias, massagens e dietas. Hipócrates (pai da medicina): dissociou a crendice das práticas de saúde (cientificismo); • Os templos eram locais de cura, tinham dois tipos de sacerdotes o Ocultos o Técnicos: médicos. Havia referencias e enfermeiros com indícios de que os primeiros homens, as mulheres cabiam a função de orar. Nos escritos de Hipócrates é citado um assistente de medico, que auxiliava na aplicação de emplastos, compressas frias e banhos quentes. MEDITERRANEO (ROMA) Presença de hospitais militares, habilidade na medicina da guerra, sem relatos de enfermagem; o cuidado era realizado pelos próprios militares, cuidado realizado pelos próprios militares. • Higiene e saúde pública: arqueadutos, esgotos, cisternas e banhos públicos. ORIGEM DA PROFISSÃO Surgiu do desenvolvimento e evolução de praticas de saúde no decorrer dos períodos históricos, eram associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prática do cuidar, praticas de saúde instintivas. Fase do empirismo: enfermagem como prática leiga – entre os séculos V e XIII : Pratica domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada ENFERMAGEM NA ERA CRISTÃ INICIO DA ERA CRISTÃ A igreja católica se tornou a instituição mais importante e poderosa do medievo, nas suas mãos estava o poder espiritual (poder sobre a família e sociedade) e o poder temporal (autoridade sobre a política, bens, etc.) Mantinham obras de caridade, leprosários, orfanatos, asilos além de escolas e centros culturais. Não era uma célula única se dividindo em ordens religiosas. CONSOLIDAÇÃO DO PERÍODO CRISTÃO Ordens religiosas: • Baneditinos, dominicanos e franciscanos. • Ordem dos cavaleiros de são lázaro; • Ordem dos cavaleiros hospitalares teutónicos • Cavaleiros de malta • Cavaleiros de roda ENFERMAGEM RELIGIÃO • Monjas e monges • Diaconisas e as viúvas • Virgens • Presbiterianas • Canônicas • Irmãs de caridade Os primeiros hospitais surgiram a partir dos monastérios Quando ocorreu a decadência da igreja começou os anos negros da enfermagem AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA CONTRARREFORMA DA IGREJA CATÓLICA Companhia das irmãs de caridade, fundada no ano e 1633, na França, por padre Vicente Paulo (1576- 1660) e luisa de marillac (1591-1660) – ordem de filhas da caridade. Condições de admissão das candidatas a irmãs de caridade: • Filhas legitimas de família honesta; • Cor branca • Ter pelo menos 1,50 cm de altura • Idade compreendida entre 16 e 28 anos; • Ter forças suficientes • Instrução primaria completa • Boa reputação • Estar sobretudo, resolvida a servir a deus, ser muito submissas aos superiores, aceitando indiferentemente qualquer trabalho. INFLUENCIAS DA IGREJA LEGADO DA IGREJA PARA A PROFISSÃO: Uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à enfermagem • Abnegação • Espírito de serviço • Obediência • Sacerdócio A IDADE CONTEMPORÂNE FINAL DO SÉCULO XVIII ATÉ OS DIAS ATUAIS Uma população saudável é sinônimo de opulência e poder, isso significa que a população tinha que está bem para trabalhar, trabalho sem limites. REORGANIZAÇÃO HOSPITALAR E O SURGIMENTO DA ENFERMAGEM MODERNA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760 E 1850): • Fabricas se instalaram principalmente nos aglomerados urbanos; • Trabalho em ambientes fechados (fabricas); • Péssimas condições de trabalho (e ambiente): alteração o perfil de adoecimento dos trabalhadores – acidentes ocupacionais e desenvolver doenças nas áreas fabris; • Preocupação com a força de trabalho: perdas econômicas, suscitou a intervenção dos governos dentro das fabricas; • Inicio do século XIX: presença de médicos em fábricas. A VIDA NAS FÁBRICAS O trabalho era repetitivo e as jornadas eram muito longas, os homens, mulheres e crianças trabalhavam de 14 a 18 horas por dia. Não existiam leis trabalhista, os trabalhadores sofriam ameaças e até castigos físicos. Os salários eram miseráveis e ainda tinham os descontos: multas por atraso,por se estar sujo, ou por ter cochilado ou assobiado em serviço. Quando sofriam mutilações, perdiam dedos ou mãos, braços ou pernas, não recebiam nenhum auxilio. Apenas demissão; MEDICINA POLÍTICA E SOCIAL: • Importância política: grupos políticos e elite -> econômica PODER; • SAÚDE: instrumento de manutenção e reprodução da força de trabalho; SAÚDE = OBJETO DE CONSUMO A saúde é uma necessidade, e o objeto de consumo que vai gerar lucro. UNIVERSIDADES: • Modernização • Descobertas anatomopatológicas e terapêuticas; • Pesquisas em ritmo acelerado: teoria e prática médica. INTERESSES POLÍTICOS: • Reorganização dos hospitais: o Agentes de manutenção da força de trabalho; o Empresas produtoras de serviços de saúde; AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA IDEIAS DA ÉPOCA “aproveitamento máximo do indivíduo”: espaços disciplinados. • Hospitais: o Mecanismos disciplinares: introduzidos pelo médico; o Nova posição: projeção a medicalização. DISCIPLINARIZAÇÃO HOSPITALAR: • Controle: o Desenvolvimento das ações (tratamento) o Distribuição espacial dos indivíduos (cuidados) o vigilância perpétua. INICIO DO SÉCULO XVIII As primeiras organizações hospitalares na Europa era o hospital marítimo (trafego de mercadorias/desordem econômica), hospital militar (investimento, formação para uso de armas), lazaretos (isolamento/quarentena). Com isso teve a reorganização administrativa/política/econômica técnica disciplinar militar. Poder disciplinar confiado ao médico devido à transformação de seu saber. -> medicalização do hospital. REORGANIZAÇÃO HOSPITALAR E O SURGIMENTO DA ENFERMAGEM MODERNA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM • ações burocráticas: praticas administrativa do enfermeiro; o instrumentos normativos e regimentais; o afastamento progressivo da assistência direta ao paciente. o Vigilância perpétua; • Poder disciplinar no hospital: O enfermeiro delega o exercício das funções controladoras do pessoal de enfermagem. • Hospitais: o Espaço insalubre: doenças infectocontagiosas; o • Ricos -> mantinham os hospitais -> eram atendidos em seus domicílios. • Pobres -> atendidos em hospitais -> tornavam- se objeto de instrução e experiencia -> para melhor conhecimento sobre as doenças; ORIGEM DA PROFISSÃO Com o avanço da medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. Na revolução industrial no século XVI – surgimento da enfermagem moderna. As ações de saúde em especial a enfermagem, sob ótica do sistema político econômico da sociedade capitalista. ENFERMAGEM MODERNA ENFERMEIRAS: “ donzelas sem inclinação para o casamento nem recursos para abraçar a vida religiosa, mais dispostas a se dedicarem ás obras de caridade” (irmãs de caridade) 1830 – 1840 – PERMITIR O ESTABELECIMENTO DE IRMANDADES Até meados do século XIX, a enfermagem hospitalar na grã-bretanha era dominada pelas matrons e pelas nurses, as irmãs de caridade: • Trabalho esporádico • Desqualificado • Socialmente desvalorizado e mal remunerado; AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA • Ausência de especificidade de função e de autonomia técnica; • Condições de trabalho altamente penosas nos hospitais; • Dificuldades de recrutamento de pessoal; • Ausência de estruturas de formação; FLORENCE NIGHTINGALE Nasceu no dia 12 de maio de 1820 e faleceu em 13 de agosto de 1910. • Nascida em Florença (Itália); • Sua educação foi vasta e abrangente, integrando latim, grego, história, filosofia, matemática, línguas modernas e música; • Falava fluentemente: inglês, francês, alemão, italiano, grego e latim. • Recebeu “o chamado” de deus; • Desenvolveu estudos estatísticos, era pioneira nos estudos epidemiológicos. • Considerada uma grande visionária GUERRA DA CRIMEIA (1853 – 1856) Foi originada no conflito entre russos e otomanos que, posteriormente, envolveu a França e a Inglaterra. Cerca de 250 mil pessoas morreram, para casa lado, em grande parte devido à alta incidência de doenças infectocontagiosas. Foi selecionado um grupo de enfermeiras para a guerra, nomeando Florence nightingale para superintendente do grupo. FLORENCE NA GUERRA DA CRIMEIA Ela implementou uma medida estratégica inicial: criou uma lavanderia no hospital, conseguiu baixar a mortalidade de 40% para 2%. Conquistou o respeito da rainha Vitória (recebeu desta a ordem de mérito) e de toda a população britânica; Instaurou reformas nos hospitais civis e estabeleceu um instituto para formação de enfermeiras: nightingale fund. Em Maio de 1857, ela foi nomeada para a Royal comission on the health of the army. Das atividades desta comissão resultou a criação imediata de army medical school; • Iniciou o cálculo das estatísticas de mortalidade. • O Nightingale fund criou um sistema baseado na: o Formação o Treino o Dedicação o Disciplina de ferro! o Forte estratificação hierárquica segundo um modelo misto, conventual e militar. Em 1860 as negociações culminaram na fundação da nithghtingale school for nurses, anexa ao St. Thoma’s hospital, considerada a primeira escola profissional de enfermagem em todo mundo. Nos primeiros anos a escola nightingale distinguia-se por: • Ser independente, mas fisicamente ligada ao hospital. • Atribuir total autoridade à matrona do hospital sobre as enfermeiras estagiarias; - disponibilizar um lar para as estagiarias residirem. • Ter como professores das estagiarias os funcionários do hospital (irmãs e médicos) • Submeter as estagiarias à avaliação das irmãs e matrona do hospital. • Atribuir um pequeno salário as estagiarias durante a formação; • Ensino metódico, seleção de candidatos sob aspectos intelectuais, morais e aptidões; • Estabeleceu um contrato com as estagiarias que as obrigava, depois da formação, aceitarem um lugar num hospital à escolha do nightingale’s fund, sendo politica desta instituição enviar grupo de enfermeiras formadas para outros AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA hospitais, com o objetivo de divulgar o sistema de formação de Florence. Florence desenvolveu teorias focadas no ambiente, no ambiente com o doente, enfermeira com o ambiente, enfermeira com o doente. • Lady-nurse: famílias ricas com funções intelectuais. • Nurse: níveis sociais mais baixo, função manual. ENFERMAGEM NO BRASIL TRÊS FASES PRINCIPAIS: • Organização da enfermagem sob o controle de ordens religiosas. • Desenvolvimento da educação em enfermagem no brasil. • Processo de profissionalização da enfermagem. A ORGANIZAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SOCIEDADE BRASILEIRA PERÍODO COLONIAL Colonização portuguesa no brasil: • Processo de expansão do capitalismo europeu -> base agrícola. • Importação maciça de gêneros essenciais -> não havia estímulo para a criação de um mercado interno voltado para as necessidades da população -> custo de vida dispendioso. Ações de saúde: • Vinculadas aos rituais místicos -> pajés e feiticeiros: forças da natureza e espíritos de antepassados. • Praticas domésticas -> mulheres índias para o cuidado de crianças, idosos e enfermos. • Colonizador europeu e negro africano: doenças infectocontagiosas (TB,FA, varíola, MH, malária e ITS – DST’s = cenário nosológico brasileiro0 • Proliferação do curandeirismo: escassez de professores; • Medicina popular portuguesa: conhecimentos empíricos, trazida por navegantes, colonos e missionários. • Colonizaçãobrasileira -> o estado português teve forte ligação com a igreja. • Primeira forma de assistência aos doentes após a colonização: religiosa (inicialmente por padres) • Rede missionária das ordens religiosas: difundiu-se rapidamente no brasil (beneditos, carmelitanos e jesuítas) • Santa Casas de misericórdia – fundada a partir de 1543: voluntários e escravos -> atendimentos aos doentes pobres. Doméstica e empírica. • Mais instintiva que técnica -> atendendo prioritariamente a fins lucrativos. • Seus executores eram, na maioria, do sexo masculino. Fundação dos hospitais militares -> preservação da vida do soldado -> interesses financeiros (formação e manutenção de tropas); • Políticas de saúde: inexistentes. • Iniciativa privada e filantropia: mantenedoras dos hospitais militares e as santas Casas de misericórdia. PERÍODO IMPERIAL 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na cidade de cachoeira, na província da Bahia; ficou viúva aos 30 anos. Seus dois filhos um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a pátria durante a guerra do Paraguai (1864-1870) Ana Néri não resiste à separação da família e escreve ao presidente da província, colocando-se à disposição de sua pátria; AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam; • Após 5 anos, retorna ao brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros; • O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha; • Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880; • A primeira escola de enfermagem fundada no brasil recebeu seu nome. • Recebeu o título de “Mãe dos Brasileiros” PERÍODO REPUBLICANO O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM NO BRASIL: • Final do século XIX: imenso território e um contingente populacional pouco elevado e disperso. • Desenvolvimento industrial brasileiro: intensificou o crescimento urbano. • EPIDEMIAS -> Problema econômico social: ameaça a expansão comercial brasileira. • Intervenção estatal -> diretoria geral de saúde pública – Oswaldo crus: modelo campanhista. • Formação de pessoal de enfermagem -> para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e, posteriormente, às atividades de saúde publica. • A primeira escola de enfermagem brasileira -> o governo provisório da Republica assina o decreto federal 791, de 27 de setembro de 1890: escola profissional de enfermeiros e enfermeiras. • I guerra mundial -> cruz vermelha brasileira: preparação de voluntárias para o trabalho de enfermagem. • o processo de medicalização da sociedade -> iniciativa dos EUA quanto à expansão dos programas de educação em enfermagem. • Fundação Rockfeller: patrocínio do projeto de organização do serviço de enfermagem de saúde pública, no brasil sob a orientação de enfermeiras norte americanas. • Governo americano + governo brasileiro -> a criação da escola de enfermeiras do departamento nacional de saúde publica -> redimensiona o modelo da enfermagem profissional no brasil. ENFERMAGEM NO BRASIL MODERNO: Década de 1930 a 1960: • Era Vargas: • Governo Kubitschek (segunda metade da década de 1950): integração ao sistema capitalista. • 1964: regime autoritarista. o século XX da ciência, do progresso, da eletricidade, da engenharia e da medicina. Foi no inicio deste século a situação de saúde no Brasil foi considerada uma vergonha nacional. ENFERMAGEM MODERNA NO BRASIL (1930-1960) PERÍODO VARGAS: o Objetivos: desenvolvimento econômico. Eliminar quadro de doenças infecciosas e parasitárias, criação do instituto de aposentadoria e pensões (IAPs); • 1930: ministério do trabalho, indústria e comercio (MTIC) • Criação de instituições como SENAI e SENAC. • Corte das despesas médicas • Auge das campanhas sanitárias: serviço nacional de febre amarela e serviço de malária do nordeste. • Criação do ministério de educação e saúde pública (MESP) – 1934 • Criação do ministério de saúde (1953) • Investimento: medicina curativa; • Educação em enfermagem -> atuação hospitalar. o 1949: curso com duração de 36 meses. Criação do curso de auxiliar: duração 18 meses; crescimento de outras categorias -> atender as novas exigências do mercado de trabalho. • Juscelino Kubitschek: 50 anos em 5. o Criação do plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e energia); o Departamento nacional de endemias rurais-DNRU (1946) o 3° conferência nacional de saúde; o Plano de metas: aumento de 70% dos leitos hospitalares. o Surgimento de empresas privadas AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA o Emergência de doenças modernas (crônico degenerativas, acidentes de trabalho e de trânsito) o Investimento na assistência médico hospitalar aos associados dos IAPs. o Construção de hospitais por parte do IAPs. IAP -> INPS • Privatização do setor saúde • Crescimento do setor privado • Reflexo na educação em enfermagem: ensino especializado. o Proliferação de cursos de atendentes, auxiliares e mais tarde de técnicos de enfermagem DECADA DE 1930 – 1960 Composição heterogênea de enfermagem: fragmentação e a subdivisão do trabalho na área. • Enfermeiros práticos • Práticos de enfermagem • Enfermeiros assistentes • Assistentes de enfermagem • Enfermeiro militar • Enfermeiro atendentes ENFERMAGEM NO BRASIL MODERNO: A existência de varias categorias e a divisão do trabalho na enfermagem -> DIFICULDADE NO RECONHECIMENTO SOCIAL -> confusão entre os agentes. Despolitização -> fraca participação da categoria nas entidades de classe e nas lutas pelas reivindicações profissionais -> desvantagem com relação aos grupos hegemônicos. DÉCADA DE 1970 A 1980 • Dicotomia de saúde: o MS -> cuidados preventivos e de alcance coletivo. o OS -> assistência individual e curativa • Declaração de Alma-Ata: prioridade e assistência profilática, sem, contudo, descuidar dos aspectos curativos e de reabilitação. • Reforma sanitária brasileira. • 1973: criação do conselho federal de enfermagem -> órgão disciplinador do exercício profissional. Aumento progressivo da produção cientifica em enfermagem -> incremento de cursos de pós- graduação -> ABEn (1979) cria: CEPEn – centro de estudos e pesquisas em enfermagem. Especialização -> atender a demanda da especialização crescente da medicina e aos padrões sofisticados da tecnologia hospitalar -> centralização na assistência curativa. • Desafio para a enfermagem na implantação do SUS: redefinição das praticas nos serviços e o redirecionamento da formação do pessoal de enfermagem. • 1986: Lei 7.498 -> novas disposições sobre regulamentação do exercício profissional. • 1990: enfermagem -> duas posições distintas: o Especialização maciça -> expectativas médicas – hospitalares. o Menor grupo -> resgate da saúde publica no brasil. • Saúde coletiva: tecnologia simplificada e de baixo custo -> FOCO principal: educação em saúde com ênfase no autocuidado. • Consulta de enfermagem: cumprimento da lei. • Nova postura: incentivo à interdisciplinaridade, multidisciplinaridade = integralidade. AULA 1 – INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM CAMILA CERQUEIRA
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