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DERIVADA DERIVADA Muitos fenômenos físicos envolvem grandezas que variam como a velocidade de um foguete, a inflação da moeda, o número de bactérias em uma cultura, a intensidade dos tremores de um terremoto, a voltagem de um sinal elétrico e assim por diante. Vamos desenvolver o conceito de derivada, que é a ferramenta matemática usada para estudar taxas nas quais variam as grandezas físicas. Vamos mostrar que há uma estreita relação entre taxas de variação e retas tangentes a gráficos e mostraremos como a idéia familiar de velocidade pode ser vista como uma taxa de variação. Vimos que as funções estabelecem uma relação entre duas variáveis; a derivada será um instrumento que permitirá comparar a variação de uma variável com a variação de outra variável. Sejam x1 e x2, dois valores do domínio de uma f(x) dada. Chama- se taxa de variação de f(x), para x variando de x1 e x2, à expressão: )()( 12 xfxff -=D taxa de variação Façamos x1=x e x2=x+h; a taxa de variação passa a ser: )()( xfhxff -+=D Exemplo: 1) Seja f(x) = x2. Quando x varia de 1 a 5, f(x) sofre uma variação de 24 unidades: 24125)1()5( =-=-=D fff x f(x) 1 5 h=4 25 1 24=Df 2) Supondo um objeto solto a 2000m de altura e que f(t)=2000 – 10t2, indique a altura do objeto ao solo no instante t (medido em segundos). Então: f(0)=2000 f(5)=1750 nos primeiros 5 segundos o objeto cai: m fff 250 20001750)0()5(1 -= -=-=D f(5)= 1750 f(10)=1000 nos próximos 5 segundos o objeto cai: m fff 750 17501000)5()10(2 -= -=-=D o que nos mostra que, para uma mesma variação de t, a função tem taxa de variação diferente em cada intervalo. Significa então, que a velocidade do objeto está aumentando. A velocidade média em cada intervalo considerado será , isto é: h fD sm h f sm h f /150 5 750 /50 5 250 2 1 -= - = D -= - = D t f(t) 5 100 200 h1 h2 1750 1000 2000 1fD 2fD A taxa média de variação da função f(x) (ou razão incremental) no intervalo [x, x+h] é: h xfhxf h f )()( -+ = D O limite da taxa média de variação, quando h 0 é a velocidade instantânea do objeto no instante t=5. Se existe e é finito o limite de , para h 0, onde ® h fD ® ,)()( h afhaf h f -+ = D esse limite é a derivada da função f(x) no ponto a e indica-se f’(a) ou ).(adx df Obs.: O ponto a deve ao D(f).Î h afhafafa dx df h )()(lim)(')( 0 -+ == ® Exemplo: a derivada de f(x)=x2, no ponto x=10 é: 20)20(lim )10()10(lim)10(' 0 0 =+ = -+ = ® ® h h fhff h h aplicando à função f(x)=x2, temos: h h hh h hh h h += + = -++ = -+ 20)20( 1002010010)10( 222 Exemplo: Consideremos e determinemos g’(0), isto é, a derivada de g(x) no ponto zero. 3)( xxg = +¥=== = -+ = ®®® ® 2030 3 0 0 1limlimlim )0()0(lim)0(' hh h h h h ghgg hhh h logo, g’(0) não existe porque o limite não é finito. Definição da Derivada de uma Função Definimos a derivada de f como sendo , onde ax afxf ax - - ® )()(lim .),( axfDa ¹Î ax afxfaf ax - - = ® )()(lim)(' x y a x=a+h f(a) f(x) P Q hx =D yD f(x) h afhaf x y )()( -+ = D D razão dos acréscimos ou taxa de variação Notação: dx dyxfxDf == )(')( Equação da Reta Tangente ))((' 000 xxxfyy -=- f’(x0) é o coeficiente angular da reta tangente no ponto x0. 11lim )(lim)(' 0 0 = = -+ = ® ® h h h xhxxf 1)(' =xf Função identidade tg 45°=1 2- Derivadas Simples 0)(' =kf A declividade da reta é zero – função constante. K = constante 1- xxf 2)(' 2 = 1)(' -= nn nxxf 3- xhx h hxh h xhhxx h xhxxf h h h h 2)2(lim )2(lim 2lim )(lim)(' 0 0 222 0 22 0 =+ = + = -++ = -+ = ® ® ® ® 4- 0, 2 1)(' >= x x xf5- 6- 2 1)1(' xx f -= Encontre a derivada de f(x)=x3+2x por um processo de limite. 23233lim 233lim )2()(2)(lim )()(lim)(' 222 0 322 0 33 0 0 +=+++ = +++ = +-+++ = -+ = ® ® ® ® xhxhx h hhxhhx h xxhxhx h xfhxfxf h h h h Álgebra das Derivadas 0'=k '')'( vuvu +=+ Considere u = f(x) , v=g(x) e k como uma constante qualquer. ')'( kuku = '')'( uvvuuv += 2 ')'1( u u u -= 2 '')'( v uvvu v u - = 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- )ln' '()'( uv u vuuu vv += Derivadas Trigonométricas xdxx dx x x xfdx x x x x 1- 2 1- 2 1- 1 2 1- 2 2 cotg f'- x1 1 tgf' )9 1 1cos f' )8 cos' 1 1sen f' 7) dx x cotg . x cossec- x cossec f' 6) dx x tg. x sec x sec f' 5) dx cossec- x cotg f' 4) dx sec x tgf' 3) dxsen x - x cos f' 2) dx x cos sen x f' )1 = + = - -= -= - = = = = = = = - dx xx x xdx xx x dxx 1 1- cossecf' )12 cossec f'- 1 1secf' )11 x1 1- cotg f' )10 2 1- 1- 2 1- 2 1- - = = - = + = Derivadas Exponenciais e Logarítmicas dx x x dxx xf a f a 1. lna 1 log f' 6) dx x 1 ln x f' )5 )ln1( x xf' 4) dx ax ')3 dx lna a f' 2) dx e e ' )1 a xx 1-a xx xx = = += = = = a-constante Diferenciação Implícita Algumas vezes, equações nas quais as funções não aparecem explicitamente em termos da variável independente x, como nas equações por exemplo. Como elas não estão resolvidas para y, tais equações são ditas definir y implicitamente em função de x, e a função y é dita estar em forma implícita. Digamos que você queira encontrar a derivada de uma função assim e que não seja tão simples isolar o y para então derivar. yxyyx xyyx 232 56 32 332 +=+ +=- Ex.: Encontre (ou y’), se dx dy yxyyx 232 32 +=+ derive ambos os lados em relação a x (y em função de x) yxyyx 232 32 +=+ Aqui dentro tem x e é por isso que devemos derivá-lo também. 26 23' 23)26(' 23'2'6' '23'62' 22 22 22 22 -+ - = -=-+ -=-+ +=++ yx xyy xyyxy xyyyyyx yyyxyyx isole y’ Ex.: Encontre a inclinação da reta que é tangente à curva quando x=2. xyyx +=- 332 56 222 3 3222 3222 2322 332 153 21' 21)153(' 21'15'3 1'152'3. 56 yyx xyy xyyyxy xyyyyyx yyxyyyx xyyx - - = -=- -=- +=+ +=- antes de substituir x=2 na função derivada, é preciso verificar x=2 na função f(x). 2 8 2564 2562 56 3 33 332 332 -= -= +=- +=- +=- y y yy yy xyyx em x=2 agora substitua x=2 e y=-2 na função derivada. 4 11' )2.(15)2.(2.3 )2.(2.21' 153 21' 222 3 222 3 -= = --- -- = = - - = y y yyx xyy Regra da Cadeia Conhecendo as derivadas de f e g, como podemos usá-las para encontrar a derivada da composição fog? A chave para a solução desse problema está na introdução de variáveis dependentes. ))(())(( xgfxfogy == )(xgu =e tal que )(ufy = )(' uf du dy = )(' xg dx du = derivadas conhecidas dx xgfd dx dy ))](([ = derivada que queremos encontrar Em outras palavras: queremos usar as taxas de variação conhecidas e para encontrarmos a taxa de variação . du dy dx du dx dy dx du du dy dx dy .= f’(u) g’(x)Teorema (Regra da Cadeia) Se g for diferenciável no ponto x e f for diferenciável no ponto g(x), então a composição fog é diferenciável no ponto x. Além disso, se ))(( xgfy = )(xgu =e então )(ufy = e dx du du dy dx dy .= uy cos4= Exemplo: Encontre se Seja u=x3, assim Pela Regra da Cadeia: dx dy )cos(4 3xy = )sen(12x- 3).4sen(x- 3x .4senu - ][].cos4[. 32 23 2 3 x x x dx du du d dx du du dy dx dy = = = == Exemplo: Seja então: 232 )1()( +-= xxxf 12 +-= xxu 23)( uuf = )12.()1(23 )1(.)1(2323 ][])1[( 222 222222 23232 -+- =+-+-= ==+- xxx xx dx dxx dx duu u dx dxx dx d Algumas Demonstrações 1) Se f(x) = c, c R, então f’(x) = 0, xÎ " Prova: cqd. 0lim )(' 00 h f : .,0)()( 0h = D = == D "=-=-+=D ® h fxf h Então xccxfhxff 2) Se f(x) = xn, então, f’(x) = n.xn-1, x." Prova: provaremos para n pertencente aos naturais, mas é válido para n pertencente aos reais também. nnnn nnnnnn nn hhx n n hx n hx n f xhhx n n hx n hx n xf xhxf +÷ ø ö ç è æ - ++÷ ø ö ç è æ +÷ ø ö ç è æ =D -+÷ ø ö ç è æ - ++÷ ø ö ç è æ +÷ ø ö ç è æ +=D -+=D --- --- 11221 11221 1 ... 21 1 ... 21 )( Então: h hhx n n hx n hx n xf nnnn h +÷ ø ö ç è æ - ++÷ ø ö ç è æ +÷ ø ö ç è æ = --- ® 11221 0 1 ... 21 lim)(' 11 1 )(' -- =÷ ø ö ç è æ = nn nxx n xf cqd Prova: 3) Se f(x) = ax, então, f’(x) = ax.ln a, x, a>0 e a 1. " ¹ ( ) cqd ln.a (x)f' aln . f(x) (x)f' ln f(x) (x)f' 0 . x a1.ln )('. f(x) 1 a)ln .(x f' f(x))(ln f' aln . x f(x) ln aln )(ln expressão a todaemln aplique )( x x a a xf xf axf x = =Þ= += = = = = 4) Regra do Produto Se f e g forem diferenciáveis em x, então o produto f . g também será. '.'.)'.( fggfgf += Prova: h xgxfhxghxfxgxf dx d h )().()().(lim)]().([ 0 -++ = ® h xgxfxghxfxghxfhxghxf h )()())()(())()(()()(lim 0 -+++-++ = ® ])()()()()()([lim 0 h xfhxfxg h xghxghxf h -+ + -+ += ® estratégia h xfhxfxg h xghxghxf hhhh )()(lim).(lim)()(lim).(lim 0000 -+ + -+ += ®®®® '.'.)]([)()]([)( )]([)](lim[)]([)](lim[ 00 fggfxf dx dxgxg dx dxf xf dx dxgxg dx dhxf hh +=+= ++= ®® cqd 5) Regra da Adição/Subtração Prova: h xgxfhxghxfxgxf dx d h )]()([)()(lim)]()([ 0 +-+++ =+ ® h xghxg h xfhxf hh )()(lim)()(lim 00 -+ + -+ = ®® cqd )]([)]([)]()([ xg dx dxf dx dxgxf dx d +=+ h xghxgxfhxfxgxf h )]()([)]()([lim)]'()([ 0 -+--+ =+ ® )(')(' )]([)]([ xgxf xg dx dxf dx d += += Derivada Segunda, Terceira,..., Enésima Se a derivada f’ de uma função f for ela mesma diferenciável, então a derivada de f’ será denotada por f’’, sendo chamada de derivada segunda de f. À medida que tivermos diferenciabilidade, poderemos continuar o processo de diferenciar derivadas para obter as derivadas terceira, quarta,..., enésima. f’’=(f’)’, f’’’=(f’’)’,... Exemplo: Se f(x) = 3x4 – 2x3 +x2 –4x +2, então, f’(x) = 12x3 – 6x2 + 2x –4 f’’(x) = 36x2 – 12x +2 f’’’(x) = 72x – 12 f(4)(x) = 72 f(5)(x) = 0 ... f(n)(x) = 0 Notação para Derivadas Enésimas )())(()( ... )())(('')('' )())((')(' )()( 2 2 2 2 2 yDxf dx d dx ydyxf yDxf dx d dx ydyxf yDxf dx d dx dyyxf n xn n n n nn x x ==== ==== ==== Teorema de L’Hôpital Se f(x) e g(x) são funções deriváveis tais que é da forma então, se existe o )( )(lim xg xf ax® ¥ ¥ou 0 0 )(' )('lim )( )(lim xg xf xg xf axax ®® = . )(' )('lim xg xf ax® Obs.: Outras formas indeterminadas como 0. , podem ser reduzidas a essas duas, antes da utilização da regra. ¥ Resolução por L’Hôpital: 1° passo: verifique é uma forma indeterminada, caso contrário, essa regra não poderá ser usada; 2° passo: diferencie separadamente f e g; 3° passo: ache . Se esse limite for finito, + ou - , então ele é igual a . Exemplo: )( )(lim xg xf ax® )( )(lim xg xf ax® ¥ ¥ )(' )('lim xg xf ax® 4 1 2lim 2 4 lim 0 0 2 4lim )1 2 2 2 2 2x == - - Þ - - ®® ® x x dx d x dx d x x xx 2 1 2cos2lim )( 2(sen lim2senlim 0 02senlim)2 0 00 0 = == Þ ® ®® ® x x dx d x dx d x x x x x xx x +¥= = - = - Þ - ® ®® ® 20 30 30 30 3 lim )( )1( lim1lim 0 01lim)3 x e x dx d e dx d x e x e x x x x x x x x
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