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Seguridade Social
Autor: Maria Lucimar Pereira
Tema 01
A Consagração da Seguridade 
Social no Brasil
seç
ões
Tema 01
Seguridade Social
PEREIRA, Maria Lucimar. Seguridade Social: 
A Consagração da Seguridade Social no Brasil. 
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017. 
SeçõesSeções
LEITURAOBRIGATÓRIA
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
GABARITO
CONTEÚDOSEHABILIDADES
AGORAÉASUAVEZ
GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES
4
Tema 01
Seguridade Social
5
Nesta unidade você vai aprender sobre a evolução da Seguridade Social nas constituições 
brasileiras. O ser humano se adapta na intenção da redução dos efeitos das adversidades 
da vida, como as doenças, a velhice, a fome e o desemprego. Assim, a proteção social é 
conveniente para as famílias e, embora essa proteção na família muitas vezes seja precária 
e insuficiente, é necessária a intervenção do Estado. Esta unidade, portanto, tratará da 
trajetória da proteção social no Brasil, bem como da influência europeia e dos trabalhadores 
para a construção da Seguridade Social brasileira. Ainda apresentará o contexto da 
elaboração da Constituição Federal de 88 e a consagração do tripé da Seguridade Social 
formada pelas políticas de previdência, saúde e assistência social. É preciso destacar 
que em cada época houve uma divisão segundo preconização cronológica de evolução 
da Seguridade Social no Brasil e, por isso, não se pode desconsiderar os precedentes 
históricos, políticos, econômicos e sociais de sua formação.
A Seguridade Social no Brasil, aprovada a partir da última Constituição Federal, expressou 
grande avanço para a proteção social, entretanto, antes mesmo de ser operacionalizada 
foi inviabilizada com a implantação do projeto neoliberal, onde o Estado foi afastado do 
enfrentamento das expressões da questão social.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
1.1 Trajetória Histórica da Proteção Social no Brasil
Fundada em 1543 por Brás Cubas, a Santa Casa de Misericórdia visava a entrega de 
prestações assistenciais. Paralelamente, para seus empregados foi criado o plano de 
pensão, que estendeu-se para a Santa Casa do Rio de Janeiro e de Salvador, abrangendo 
ainda empregados de outros hospitais, asilos e orfanatos. 
6
LEITURAOBRIGATÓRIA
Posteriormente, em setembro de 1793, o Príncipe Regente D. João VI aprova o plano dos 
oficiais da marinha, assegurando pensão às viúvas dos falecidos a um custo equivalente 
ao desconto de um dia de vencimento. Em 1º de outubro de 1821, o decreto de Dom Pedro 
de Alcântara concedeu aposentaria, após 30 anos de serviço, para mestres e professores, 
assegurando ainda o abono de ¼ dos ganhos aos que continuassem em atividade.
No decorrer das sete alterações constitucionais vê-se inúmeras mudanças no que diz 
respeito à trajetória da proteção social no Brasil.
Uma tímida previsão que podemos chamar de Proteção Social data da Constituição de 
1824, em que o artigo 179 preconiza a constituição dos socorros públicos.
Em 1891, pela primeira vez a palavra aposentadoria aparece na Constituição, em que pese 
o fato de que só poderia ser dada a funcionários públicos e em caso de invalidez a serviço 
da nação. 
Destaca-se a Lei Eloy Chaves, de janeiro de 1923, como marco inicial da Previdência 
Social no Brasil. Esta lei criou as Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAPs - para os 
empregados ferroviários de nível nacional; previa aposentadoria por invalidez equivalente à 
aposentadoria por tempo de serviço, assistência médica e pensão por morte.
Behring e Boschetti (2006) revelam que na Constituição de 1934, instituída no governo de 
Getúlio Vargas, o Estado passa a assumir compromissos com a organização da sociedade, 
especialmente com os trabalhadores. 
Em relação à assistência social, esta mesma Constituição previa que a competência era 
do governo federal. Este centralizava as orientações e a condução. Quanto à saúde, a 
competência de zelar por esta ficava para os Estados. A forma tríplice de contribuição se 
efetiva nesta Constituição pela criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões – os IAPs, 
ou seja, o financiamento da previdência social por meio dos IAPs era pelos trabalhadores, 
empregadores, e na década de 30 iniciava a participação do Estado.
Em 1946, após findar o Estado Novo do governo de Getúlio Vargas, foi elaborada outra 
Constituição Federal. Em 1960 foi promulgada a Lei Orgânica da Previdência Social - 
LOPS, depois de 13 anos de discussão no Congresso. A principal proposta da LOPS era 
a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensão – IAPs em um único Instituto, bem 
como a unificação dos benefícios previdenciários. Apesar de a Lei ser de 1960, a mesma 
só foi implantada em 1967, a partir de então a previdência social estrutura-se no Instituto 
mariana.agulhari
Comentário do texto
negrito
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Nacional de Previdência Social – INPS. 
A próxima alteração no sistema previdenciário ocorre com a Constituição Federal de 1988, 
desta vez constituindo de fato com a construção de um sistema de proteção social a todos 
os cidadãos brasileiros, não mais apenas aqueles inseridos no mundo do trabalho, desta 
vez universalizando a concepção de proteção e seguridade social.
Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, também conhecida como Constituição 
Cidadã, foi reordenada a estrutura do sistema da Seguridade Social, criando agora o 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, além de alterar o Ministério de Previdência 
Social e Assistência Social em Ministério de Assistência e Promoção Social; e Ministério 
da Previdência Social.
A Constituição Federal 1988, no artigo 3º, que trata sobre os objetivos fundamentais 
da República Federativa do Brasil, especialmente sobre a erradicação da pobreza e a 
marginalização e redução das desigualdades sociais, utilizou como uma das estratégias a 
implantação de programas de transferência de renda no país, mas este processo foi lento, 
iniciou em alguns municípios e em meados da década de 1990, após a regulamentação da 
política assistencial. 
O investimento nestes programas se deu a partir de iniciativas municipais, como nos 
municípios de Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Santos (SP) e Salvador (BA), todos 
criados em 1995. Foi a partir da década de 2000 que iniciou a implantação de dois programas 
de alcance nacional.
Apesar das iniciativas municipais de implantação de alguns programas de transferência 
de renda nos anos de 1990, a proteção social sofre inúmeras mudanças devido à reforma 
do Estado, e a Seguridade Social passa por reformas políticas como parte da restrição de 
gastos para a implantação do projeto neoliberal. 
Pensando nisso, diversas ações de programas de enfrentamento às crises são desenvolvidas 
pela sociedade a partir do estímulo do governo, pois esta era a sua maior participação. Apesar 
do arcabouço jurídico responsabilizar o Estado para a proteção de toda a população, neste 
período - década de 1990 – é o momento onde o Estado mais se afasta do enfrentamento 
dos problemas sociais, deixando mais uma vez a população à mercê de sua própria sorte. 
A concepção de proteção social passa a ser utilizada tanto para benefícios assegurados 
como direito e serviços quanto para programas dirigidos ao enfrentamento das privações, 
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
vulnerabilidades e riscos; sendo prestados por instituições diversas, públicas e/ou privadas. 
A proteção social é então definida como a intervenção pública com o intuito de auxiliar 
sujeitos, domicílios e/ou comunidades a administrar riscos ou a apoiar os pobres.
1.2 A Experiência Europeia e a Contribuição para o Brasil
Nas décadas de 1970 a 2010 o mundo ocidental foi marcado pela dominação do capitalismo, 
dentro de um contexto de globalização e de forte hegemonia do mercado financeiro. A 
ideologia liberal ganhou força e se transformou num pensamento unificado de ajuste global.
No campo da proteção social o Welfare State foi deixado de lado e a reforma do Estado 
apoiou-se em focar nos mais pobres, na privatização dos serviços e dos bens nalógica 
do Seguro Social; na supressão dos direitos trabalhistas e sindicais. O que resta dessa 
experiência toda não é dos mais positivos. 
UNESCO (2010) coloca que as desigualdades sociais cresceram muito, ganhando 
proporções de mais de 100 milhões de pessoas empurradas para baixo da linha de pobreza, 
segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). 
O principal conceito de Seguridade Social advém de uma construção histórica diretamente 
relacionada aos contextos políticos, econômicos e sociais que proporcionaram o surgimento 
e desenvolvimento dos chamados regimes de Welfare State nos diferentes países 
industrializados. 
No final do século XIX, na Alemanha, ocorre a origem do modelo de regime. A destruição 
de muitas cidades causada pela guerra (Primeira Guerra Mundial) implica aos países 
enfrentar uma realidade de desproteções diversas, em que milhões de pessoas se tornaram 
incapacitadas.
Destacam-se as políticas keynesianas que visavam o pleno emprego e que aparecem em 
especial na Suécia e nos Estados Unidos. No período entre 1945 e 1975 os regimes de 
Welfare State tiveram seu período de maior desenvolvimento. Diversos fatores envolvem o 
processo em questão, como os pactos capital-trabalho no contexto da Guerra Fria. 
No intuito de reconstruir os países afetados pela Segunda Guerra Mundial ocorre então 
essa política de humanização do capitalismo, partilhando um sentimento de solidariedade 
nas incertezas de um futuro ameaçado pela realidade da guerra. 
É nessa perspectiva que se desenvolve um contexto de políticas econômicas que visavam o 
mariana.agulhari
Comentário do texto
inserir em todas as páginas que tenha conteúdo de leitura obrigatória 
9
pleno emprego e a instituição do Estado de Bem-Estar Social, tornando-os em instrumentos 
no trato das disfunções decorrentes da economia de mercado vigente.
A contratação coletiva, uma vez consolidada, ampliou a segurança do emprego. O salário 
passou a ser reconhecido como um elemento de papel importante para a elevação de 
padrão de consumo. Políticas de pleno emprego ampliaram os gastos sociais como um 
marco no fenômeno de desenvolvimento capitalista no pós-guerra. 
Na Europa Ocidental, no início dos anos 1930, estava protegida somente a metade da força 
de trabalho; já em 1970, mais de 90% já possuía seguro contra a perda de renda por idade, 
enfermidade ou invalidez; uma média de 80% possuía cobertura para casos de acidente e 
60% já estava protegida contra o desemprego.
Com o crescimento e evolução do sistema econômico capitalista, os compromissos do 
capital com o trabalho vão se rompendo. Os padrões de competitividade e produtividade 
ampliam-se na proporção que a ideologia liberal passa a crescer.
Na intenção de obter apoio político e econômico dos governos centrais e dos organismos 
internacionais, os países passaram a se ajustar a uma nova ordem capitalista mundial, com 
a adesão a políticas macroeconômicas de estabilização vinculadas à reformas estruturais 
liberalizantes, como ajustes fiscais, privatizações do setor público e redução do Estados, 
visto que a crítica neoliberal está para o fato do excesso de intervenção do Estado no 
Welfare State, em especial no que diz respeito à Seguridade Social e os direitos sindicais 
e trabalhistas. 
Nessa perspectiva, em inversão do Welfare State, as ações do Estado passam a ser 
admitidas somente se voltadas às pessoas abaixo da linha de pobreza, criando inclusive 
um consenso de que pobre é quem recebe menos de dois dólares por dia. Assim, qualquer 
programa social direcionado às pessoas acima da linha de pobreza não poderia ser 
executado, perpetuando a desigualdade e incentivando a benevolência aos ricos.
A busca do bem-estar social antecedia o crescimento econômico e dependia desse 
diretamente, considerando ainda a valorização do salário mínimo e a criação de emprego 
e renda para além da necessidade de políticas sociais que assegurassem a Seguridade 
Social.
No Brasil, a origem da proteção social data do início da década de 1930 e está em constante 
e progressiva evolução desde então. A Constituição da República aprovada em 1988 
10
restabeleceu a democracia e consagrou as bases de um sistema de proteção social que 
podemos dizer era baseado no Estado de Bem-Estar Social, ancorado nos princípios da 
universalidade, da cidadania plena e seguridade.
1.3. A Constituição Federal e o Tripé da Seguridade Social
A Constituição Federal de 1988 é a nossa atual versão da Carta Magna brasileira. É a 
sétima Constituição elaborada no Brasil, mas é a sexta do período da República, ou seja, 
desde 1889. A primeira foi em 1824, no período do Império, e teve sua importância atribuída 
ao fato de ter estipulado a soberania no Brasil após a Independência.
A última Constituição brasileira foi conquistada após reivindicação da sociedade por 
mudanças necessárias no país, que passava por longos anos de ditadura militar, onde os 
direitos políticos haviam sido suspensos.
Além de ser a última versão, também significou a transição do regime autoritário, que 
vigorou no país de 1964 a 1985. Foi construída por mais de 550 mãos, isso significa que 
participaram 559 parlamentares de diferentes posições políticas. Foi considerada uma das 
mais avançadas constituições da época, além de devolver as liberdades básicas, também 
estabeleceu diversos princípios modernos, como a igualdade de gênero, a criminalização 
do racismo e da tortura.
Depois de 19 meses de trabalho, a Constituição foi promulgada em 05 de outubro de 1988 e 
chamada mundialmente de Constituição Cidadã. Behring e Boschetti (2006) relembram que 
este importante documento jurídico levou este apelido por registrar os avanços em vários 
aspectos, por exemplo, no dos direitos políticos, por pautar-se em parâmetros de equidade 
e direitos universais pela primeira vez na história brasileira. 
Registrou em seu artigo 6º as conquistas no campo dos direitos sociais, sendo a educação, 
a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. 
Além disso, equiparou os direitos dos trabalhadores rurais com os urbanos, concedeu o 
direito à organização profissional e sindical, direito à greve, além de consagrar a seguridade 
social, entre outros.
Behring e Boschetti (2006) ressaltam que foi apenas com a promulgação da Constituição 
Federal de 1988 que as políticas sociais de previdência, saúde e assistência social passaram 
a compor o Sistema de Proteção Social brasileiro por meio da Seguridade Social, e foram 
(re)organizadas e (re)estruturadas a partir de novos princípios e diretrizes. 
11
Esse sistema de proteção social estabelece direitos híbridos, adquire características 
distintas e atende segmentos sociais específicos. Nem todas as políticas são destinadas a 
toda população. 
Cada uma destas políticas tem suas especificidades e critérios. Tem aquela que é 
derivada do trabalho, a política da previdência social, aquela que é de acesso universal, 
ou seja, os cidadãos brasileiros têm direito de acessar, independentemente de contribuição 
previdenciária, a política de saúde, e aquela que é de direito seletivo, como é o caso da 
política de assistência social. 
O artigo 194 da Constituição Federal define o conceito de Seguridade Social, sendo: “A 
seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência 
e à assistência social ” (BRASIL, 2016).
A nova concepção da proteção social destaca o Estado como o responsável na condução 
das políticas sociais brasileiras e ainda a proteção como direito dos cidadãos, sendo estes 
direitos imprescindíveis para a manutenção da vida. 
Vale destacar que até aquele momento, algumas, poucas ações do Estado chegavam 
para a população, na forma de caridade, favor, assistencialismo dos governantes, e pior... 
especialmente em períodos de eleições.Para concretizar a proteção social, a mesma legislação, ou seja, a Constituição Federal de 
1988, em seu art. 195, prevê o financiamento da Seguridade Social, que deve ser de todos, 
do Estado e de toda a sociedade, tanto de forma direta como indireta, por meio de recursos 
dos orçamentos dos três entes: União, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Behring e Boschetti (2006) destacam que para a operacionalização da Seguridade Social 
é necessário atentar-se aos seus objetivos, que são: “universalidade; uniformidade e 
equivalência dos benefícios; a seletividade e a distribuição na prestação de serviços, a 
irredutibilidade do valor de benefícios; a diversidade das bases de financiamento; caráter 
democrático e descentralizado” (2008, p. 142). 
A intenção dos princípios da Seguridade Social era direcionar a implantação das políticas que 
a compõem na perspectiva de construir um sistema amplo e de fato protetor, entretanto isso 
não ocorreu, pois a Constituição Federal estava na contramão do neoliberalismo, que inicia 
sua gestação logo no início da década de 1990, também quando inicia a regulamentação 
da Constituição Federal.
12
De um lado, a Seguridade Social brasileira oferece um novo modelo de proteção social com 
características inovadoras e com princípios universais e de igualdade, e ainda propondo 
a operacionalização de ações integradas entre as políticas que a compõem para, de fato, 
proporcionar a segurança para os cidadãos. Por outro lado, estas orientações constitucionais 
se deparam com governos que impedem a implantação e implementação, desviando as 
ações do Estado para atender às finalidades do ajuste neoliberal.
13
Estudo da Trajetória do Sistema de Proteção Social Brasileiro até a Abertura 
Democrática
Década de 80, período em que iniciou o processo de transição para o fim do regime 
militar e a construção para a retomada da democracia no país. A construção do 
sistema de proteção social brasileiro data deste mesmo período. 
A reconstrução da trajetória histórica da proteção social no Brasil perpassa pelo 
reconhecimento conceitual socioeconômico nacional. A Previdência Social no Brasil 
desde a década de 1920, especialmente em 1923 com a Lei Eloy Chaves, tem seu eixo 
organizado pelas políticas sociais de âmbito nacional. Podemos afirmar que foi a 
partir do sistema previdenciário que se pode pensar num Estado de Bem-Estar Social 
nacional. 
A consolidação da Constituição de 1988 amplia a cidadania a todos os brasileiros, 
universalizando o direito à proteção social. Verifique na web o artigo apresentado no 
Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração 
- ANPAD que trabalha os conceitos da trajetória do Sistema de Proteção Social 
brasileiro, contribuindo com uma reflexão quanto ao desenvolvimento da legislação 
social e os compromissos do Estado frente à questão da proteção social. 
<http://www.anpad.org.br/admin/pdf/APS1285.pdf>. Acesso em: 13 set. 2017.
Modelo Brasileiro de Proteção Social não Contributiva: concepções fundantes
Proteção social é um conceito muito abrangente e recente. Surgiu no Brasil 
tardiamente, apenas no século XX, em meio ao desenvolvimento industrial e à 
organização e mobilização de trabalhadores. A proteção social diz respeito a um 
sistema de garantia de segurança em relação aos riscos, perdas e danos sociais e/
ou pessoais que possam afetar as condições materiais de existência dos cidadãos. 
LINKSIMPORTANTES
mariana.agulhari
Comentário do texto
tirar negrito e usar cor preta 
mariana.agulhari
Comentário do texto
14
Segurança essa que diz respeito não somente aos bens materiais, mas também aos 
culturais que garantam a integração dos sujeitos na vida social. No texto que você 
deve acompanhar na web, além da compreensão acerca dos direitos sociais, poderá 
reconhecer a trajetória histórica de desenvolvimento da Assistência Social.
<http://www.ceprosom.sp.gov.br/portal/wp-content/uploads/2015/05/TEXTO-ALDAIZA-1.
pdf>. Acesso em: 9 set. 2017.
Seguridade Social e Previdência Social no Brasil
O Programa Debate Brasil é produzido pela AEPET (associação dos engenheiros da 
Petrobras). No programa de 13 de junho de 2007, José Augusto Ribeiro entrevista a 
Profª Drª Denise Lobato Gentil, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sobre sua 
tese de doutorado. Considerando a construção teórica acerca do desenvolvimento 
da Seguridade Social no país, eles debatem quanto a suposta falência do sistema e 
sobre as minúcias da Proteção Social no Brasil. Assista ao vídeo:
<https://www.youtube.com/watch?v=9R3XOu5M4_Y&t=854s>. Acesso em: 9 set. 2017.
Seguridade Social – Minuto Direito
Assista ao vídeo. Na fala da advogada Dra. Tatiane Nascimento é possível compreender 
de forma simples e objetiva qual o significado amplo dado à expressão Tripé da 
Seguridade Social, que compreende a proteção social a partir do acesso a três 
políticas sociais. 
No vídeo ela trabalha conceitos do direito para explicitar o que determina o plano de 
desenvolvimento da Seguridade Social.
<https://www.youtube.com/watch?v=BImTcNYokrU> Acesso em: 9 set. 2017.
LINKSIMPORTANTES
mariana.agulhari
Comentário do texto
tirar negrito e usar cor preta 
mariana.agulhari
Comentário do texto
tirar negrito e usar cor preta 
mariana.agulhari
Comentário do texto
tirar negrito e usar cor preta 
mariana.agulhari
Comentário do texto
tirar negrito e usar cor preta 
15
Instruções: 
Agora chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você 
encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo 
pedido. Bom estudo! 
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
De acordo com o texto constitucional, a 
Seguridade Social compreende um con-
junto integrado de ações de iniciativa dos 
poderes públicos e da sociedade civil, des-
tinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. 
Pode-se afirmar que há um compromisso 
do Estado frente à questão da proteção so-
cial? Reflita e responda justificando.
Questão 2:
O principal conceito de Seguridade Social 
advém de uma construção histórica direta-
mente relacionada aos contextos políticos, 
econômicos e sociais que proporcionaram 
o surgimento e desenvolvimento dos cha-
mados
a) Regimes de Welfare State.
b) Regimes de proteção social.
c) Regimes de economia participativa.
d) Regimes de economia igualitária.
Questão 3:
A Constituição Federal de 1988 é a atu-
al versão da Carta Magna brasileira. Esta 
Constituição foi conquistada após reivin-
dicação da sociedade por mudanças ne-
cessárias no país, que passava por longos 
anos de ditadura militar, onde os direitos 
políticos haviam sido suspensos. Com 
base no conteúdo teórico apresentado no 
Tema 1, reflita acerca do significado dado 
à CF/88 e explique-o.
16
AGORAÉASUAVEZ
Questão 5:
No decorrer das diversas alterações consti-
tucionais vê-se inúmeras mudanças no que 
diz respeito à trajetória da proteção social no 
Brasil. No que diz respeito à garantia de re-
cebimentos quanto à aposentadoria, há des-
taque para o texto da Constituição de 1988. 
Considerando o material estudado, qual a 
contribuição da primeira menção à aposenta-
doria em texto constitucional se comparada à 
Constituição de 88?
Questão 4:
Para concretizar a proteção social, o finan-
ciamento da Seguridade Social deve ser 
de todos, do Estado e de toda a socieda-
de, tanto de forma direta como indireta, por 
meio de recursos dos orçamentos dos três 
entes: União, Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. Para a operacionalização 
da Seguridade Social é necessário atentar-
-se aos seus objetivos, que são:
a) somente a seletividade e a 
distribuição na prestação de serviços e a 
irredutibilidade do valor de benefícios.
b) diversidade das bases de 
financiamento, apenas.
c) universalidade, uniformidade e 
equivalência dos benefícios, entre outros.
d) somente universalidade, uniformidade 
e equivalência dos benefícios.
17
FINALIZANDO
Nestetema você aprendeu que a Seguridade Social no Brasil se consagrou a partir de um 
referencial de desenvolvimento legal, sob influência de padrões de experiências europeias e 
norte-americanas. Verificou que apesar o sistema econômico praticado tem caráter objetivo 
sobre as decisões que direcionam a vida dos sujeitos.
Você pôde identificar os diferentes termos que envolvem a compreensão da formação e 
fundamentação da Seguridade Social no Brasil e transitar pelos mais diferentes momentos 
que constituíram a trajetória da proteção social no país.
Além do que, você foi capaz de compreender de forma crítica o processo sócio-histórico 
que envolve o tema Seguridade Social no Brasil, ampliando seu conhecimento.
18
GLOSSÁRIO
Previdência Social: é um seguro público cuja função é a de garantir que o trabalhador e 
sua família tenham fontes de renda em caso de perda da capacidade laborativa por algum 
tempo ou de forma permanente. São casos passíveis dessa cobertura: doença, acidente, 
maternidade, morte, invalidez e/ou velhice.
Proteção Social: É a garantia de direitos do cidadão oferecida pelo Estado diante das 
inseguranças sociais. Parte importante da sociedade não acessa a proteção da família e da 
comunidade, como ocorriam nas microssociabilidades. Diante das fragilidades dos ciclos 
da vida, como mulheres em momentos de gravidez, cuidados com os filhos pequenos, em 
momentos de doenças, perdas, idades avançadas e outras.
Seguridade Social: De acordo com a Constituição Federal, a Seguridade Social compreende 
um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade civil, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Welfare State: Também conhecido como Estado de Bem-Estar Social, serve para designar 
o Estado assistencial que garante padrões mínimos de educação, saúde, habitação, renda 
e seguridade social a todos os cidadãos de um país.
Política Social: modalidade de política pública de ação de governo com objetivos específicos.
Neoliberalismo: doutrina proposta por economistas na primeira metade do século XX, na 
qual o Estado deveria controlar minimamente o funcionamento do mercado. Defende a 
liberdade de mercado e a restrição das intervenções estatais sobre a economia.
19
Questão 1
Resposta: 
No Brasil, a origem da proteção social data do início da década de 1930. Os diferentes 
textos constitucionais demonstram as conclusões, e está em constante e progressiva 
evolução desde então. 
A Constituição da República aprovada em 1988 restabeleceu a democracia e consagrou as 
bases de um sistema de proteção social que, podemos dizer, era baseado no Estado de Bem-
Estar Social, ancorado nos princípios da universalidade, da cidadania plena e seguridade. 
No entanto, não se pode afirmar que há um real compromisso do Estado na garantia da 
proteção social, visto que a implementação do Estado Mínimo cada vez mais forte inibe 
ações reais de atendimento às pessoas em situação de desproteções socioeconômicas.
Questão 2
Resposta: 
a) Regimes de Welfare State (alternativa correta)
De acordo com o texto, a alternativa que complementa a afirmativa do enunciado é: “O 
principal conceito de Seguridade Social advém de uma construção histórica diretamente 
relacionada aos contextos políticos, econômicos e sociais que proporcionaram o surgimento 
e desenvolvimento dos chamados regimes de Welfare State”.
Questão 3
Resposta: 
Além do fato de ser a última versão publicada, a CF/88 também significou a transição do 
GABARITO
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regime autoritário, que vigorou no país de 1964 a 1985. Ela foi construída por muitas mãos, 
o que significa que diversos parlamentares participaram deste processo. Foi considerada 
uma das mais avançadas constituições da época; além de devolver as liberdades básicas, 
também estabeleceu diversos princípios modernos, como a igualdade de gênero, a 
criminalização do racismo e da tortura.
Questão 4
Resposta: 
C) Universalidade, uniformidade e equivalência dos benefícios, entre outros.
De acordo com o texto de referência no Tema 1, Bering e Boschetti (2008) afirmam que 
para a operacionalização da Seguridade Social é necessário atentar-se aos seus objetivos, 
que são: “universalidade; uniformidade e equivalência dos benefícios; a seletividade e a 
distribuição na prestação de serviços e a irredutibilidade do valor de benefícios; a diversidade 
das bases de financiamento; caráter democrático e descentralizado” (2008, p. 142); logo, a 
alternativa correta é a que especifica não somente três dos objetivos, mas acrescenta haver 
outros.
Questão 5
Resposta: 
A presença da palavra aposentadoria na Constituição de 1981 preconizou o que resultaria 
na Lei Eloy Chaves em janeiro de 1923, sendo este o marco inicial da Previdência Social 
no Brasil. A partir desta lei foram criadas as Caixas de Aposentadoria e Pensões, cuja 
evolução resultou nos Institutos de Aposentadoria e Pensões, e em seguida no Instituto 
Nacional de Seguridade Social. Assim, foi fundamental que a expressão da lei trouxesse 
menção à necessidade de cobertura para situações diversas a que pudessem estar sujeitos 
os trabalhadores, visto que a aposentadoria era a primeira das previsões possíveis, sendo 
posteriormente ampliadas para questões de saúde, acidente, morte, entre outros.
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REFERÊNCIAS
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social: percursos e dilemas. São Paulo: Cortez, 2008.
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TEIXEIRA, Denilson Victor Machado. “Manual de direito da seguridade social.” Leme, 
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mariana.agulhari
Comentário do texto
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 2016. Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/ id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf?sequence=1?concurso=CFS%202%202018>. Acesso em: 20 set. 2017. 
mariana.agulhari
Comentário do texto
UNESCO. Políticas sociais para o desenvolvimento: superar a pobreza e pro­mover a inclusão. Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Social. Organiza­doras: Maria Francisca Pinheiro Coelho, Luziele Maria de Souza Tapajós e Monica Rodrigues. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, UNES­CO, Brasília, 2010. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/ images/0019/001907/190752por.pdf>. Acesso em: 28 set. 2017.

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