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Aula 41 42 - Manejo e conservação de Recursos Hidricos

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Colorado do Oeste- RO
Setembro 2010
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental
Disciplina: MCSA - Manejo e Conservação do Solo e da Água
Planejamento do
Manejo e Conservação do Solo e Água
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Como resolver os problemas?
Tradicionalmente: expansão da oferta
		
	Captação do manancial mais próximo
rios
lagos
fontes
Obras hidráulicas
reservatórios (regularização dos rios)
 poços (lençol subterrâneo)
 transposições
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“...Se não tem carne,
 Eu compro um osso 
 Se não tem água,
 Eu furo um poço....”
(Lamento do Morro)
“...Dê emprego ao nosso povo
 Encha os rios de barragem...”
(Vozes da Seca)
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Expansão da Oferta
Visão tradicional: isolada, fragmentada
água como recurso inesgotável
Sem consideração:
ciclo hidrológico, bacia hidrográfica
integração águas superficiais e 	subterrâneas
integração quantidade e qualidade
Sem preocupação: 
Como a água está sendo 
usada pela sociedade?
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Como resolver os problemas?
Da visão tradicional à visão moderna
Gestão de recursos hídricos
gestão da oferta
gestão da demanda
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O que é gestão de recursos hídricos?
“conjunto de ações que permite a 
compatibilização entre oferta e demanda 
resolvendo ou minimizando os conflitos”
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O que é gestão de recursos hídricos?
“aplicação de medidas estruturais e não 
estruturais para controlar os sistemas hídricos 
(naturais e artificiais) em benefício humano e 
atendendo a objetivos ambientais”
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O que é gestão de recursos hídricos?
“conjunto de princípios, diretrizes e estratégias de ações determinadas pelos agentes sócio-econômicos (públicos e privados) que interagem no processo de uso dos recursos hídricos garantindo-lhes sustentabilidade”
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Lei no 9.433 (08/01/97) - Lei das Águas
Política Nacional de Recursos Hídricos e Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Fundamentos (art. 1)
a água é bem de domínio público
a água é recurso natural limitado, dotado de valor econômico
situação de escassez: consumo humano/animais
uso múltiplo de águas
bacia hidrográfica: unidade de planejamento
Gestão: descentralizada e participativa
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Lei no 9.433/97 
Objetivos da Política (art. 2)
assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água
utilização racional e integrada
prevenção e defesa contra eventos hidrológicos críticos
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Gestão da Água
Prof.: Ricardo Andrade
Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97):
CAPÍTULO I – dos Fundamentos:
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Conselhos de Recursos Hídricos – nacional, estaduais e DF;
 Agência Nacional de Águas – ANA;
 Comitês de bacias hidrográficas;
 Órgãos governamentais de recursos hídricos; 
 Agências de Água
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Gestão da Água
Prof.: Ricardo Andrade
Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97):
CAPÍTULO IV – dos Instrumentos
Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:
I - os Planos de Recursos Hídricos;
II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo seus usos preponderantes; 
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
 CONAMA 357/2005
 Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.
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RESOLUÇÃO CNRH
ASSUNTO
RESOLUÇÃO Nº.357/2005
Enquadramento de corpos de água em classes segundo os usos preponderantes.
RESOLUÇÃO Nº. 13/2000
Diretrizes para a implementação do SNIRH.
RESOLUÇÃO Nº. 16/2001
Estabelece critérios gerais para a outorga de direito de uso de recursos hídricos.
RESOLUÇÃO Nº. 17/2001
Estabelece diretrizes para elaboração dos PRH.
RESOLUÇÃO Nº. 48/2005
Estabelece critérios gerais para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
RESOLUÇÃO Nº. 4/1999
Institui, em caráter de urgência,  as Câmaras Técnicas Permanentes do PNRH e Assuntos Legais e Institucionais.
RESOLUÇÃO Nº. 5/2000
Estabelece diretrizes para a formação e funcionamento dos Comitês de Bacia Hidrográfica.
RESOLUÇÃO Nº. 15/2001
Estabelece diretrizes gerais para a gestão de águas subterrâneas.
RESOLUÇÃO Nº. 21/2002
Institui a Câmara Técnica Permanente de Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos.
RESOLUÇÃO Nº. 32/2003
Institui a Divisão Hidrográfica Nacional.
RESOLUÇÃO Nº. 58/2006
Aprova o Plano Nacional de Recursos Hídricos
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Planos de Recursos Hídricos (9.433/97)
planos diretores implantar a política e o gerenciamento dos recursos hídricos (art. 6)
conteúdo mínimo (art. 7)
diagnóstico
balanço disponibilidades e demandas
metas de racionalização de uso 
medidas, programas, projetos
prioridades para a outorga
diretrizes para a cobrança
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Planos de Recursos Hídricos
Resolução CNRH nº 17/01
“Os Planos de Recursos Hídricos deverão levar em consideração os planos, programas, projetos e demais estudos relacionados a recursos hídricos existentes na área de abrangência das respectivas bacias.”
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POLÍTICAS PÚBLICAS
ETAPAS DE
PLANEJAMENTO
ESPAÇOS GEOGRÁFICOS
ENTIDADES COORDENADORAS
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Plano Nacional
 de 
Recursos Hídricos
Plano de Bacia Hidrográfica *
Plano Estadual 
de 
Recursos Hídricos
Plano de Bacia Hidrográfica **
POLÍTICAS ESTADUAIS DE RECURSOS HÍDRICOS
PAÍS
Bacia Hidrográfica *
ESTADOS
Comitê de Bacia Hidrográfica *
Comitê de Bacia Hidrográfica **
Conselho Nacional de 
Recursos Hídricos
SRH
Conselho Estadual de
Recursos Hídricos
Bacia Hidrográfica **
Estudos de Viabilidade
Projetos Executivos
Projetos Básicos
PROGRAMAS
E/OU
PROJETOS
Entidades setoriais públicas ou privadas, com atribuições específicas relativas às intervenções
OBS.: Bacias hidrográficas:
* de rios de domínio da União 
 ** de rios de domínio dos Estados 
Elaboração: LANNA (1999)
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Quem elabora os planos de bacias?
 Agências de Bacia
 Supervisionados e aprovados pelos respectivos comitês de Bacia
Na ausência da Agência: entidades ou órgãos gestores de RH.
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Complexidade dos planos de bacias de rios de domínio da União
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PNRH - Programas
 I. Estudos estratégicos sobre RH
 II. Desenvolvimento institucional da GIRH no Brasil
 III. Desenvolvimento e implementação de instrumentos de GRH
 IV. Desenvolvimento tecnológico, capacitação, comunicação e difusão de informações
 V. Articulação intersetorial, interinstitucional e intra-institucional da GRH
 VI. Usos múltiplos e GIRH
 VII. Setoriais voltados aos RH
 
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PNRH - Programas
 VIII. Nacional de Águas Subterrâneas
 IX. GRH integrados ao gerenciamento costeiro
 X. Gestão ambiental de RH na região Amazônica
 XI. Conservacão das águas no Pantanal
 XII. Gestão sustentável de RH e convivência com o semi-árido
 XII. Gerenciamento executivo e de monitoramento e avaliação da implementação do Plano (PNRH) 
 
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Outorga dos direitos de uso de RH
 Resolução CNRH nº 16/01 
“É o ato administrativo mediante o qual a autoridade outorgante faculta ao outorgado o Direito de uso de recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato.” 
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Como obter outorga para uso da água?
1º PASSO – Identificar se a outorga
é necessária (usos insignificantes ou não – PB: < 2000 l/h)
2º PASSO – Identificar o corpo hídrico e a dominialidade
3º PASSO – Solicitar a outorga para o Uso da Água
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Quais os órgãos responsáveis pela outorga?
 I - Domínio da União
 ANA - Agência Nacional de Águas
 
II - Domínio Estadual (Paraíba)
 SEDAM
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Enquadramento dos corpos d’água
 Resolução CNRH nº 12/00
“Enquadramento de corpos de água refere-se ao estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido em um dado segmento do corpo de água ao longo do tempo.”
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Objetivos
 Assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas
 Diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes
As classes de corpos de água são estabelecidas pela legislação ambiental – Resolução CONAMA n°357/05
Toda outorga de direito de uso da água deve respeitar a classe em que o corpo de água estiver enquadrado. 
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Procedimentos
 Etapas:
I - Diagnóstico do uso e da ocupação do solo e dos recursos hídricos na bacia hidrográfica
II - Prognóstico do uso e da ocupação do solo e dos recursos hídricos na bacia hidrográfica
III - Elaboração da proposta de enquadramento
IV - Aprovação da proposta de enquadramento e respectivos atos jurídicos.
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A cobrança pelo uso da água (9.433/97)
Quais são os objetivos da cobrança (art. 19)?
 Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor
 Incentivar a racionalização do uso da água
 Obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos Planos de Recursos Hídricos.
Art. 20º Serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos a outorga.
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Onde serão aplicados os valores arrecadados com a cobrança? 
Art. 22º ... prioritariamente na bacia em que foram gerados e serão utilizados:
I - no financiamento de estudos, programas, projetos e obras, incluídos nos Planos de Recursos Hídricos; 
II – no pagamento de despesas de implantação e de custeio administrativo dos órgãos e entidades integrantes do SINGREH. 
 § 1º A aplicação nas despesas previstas no inciso II é limitada a 7,5% do total arrecadado
	
Cobrança (9.433/97)
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Resolução CNRH nº 48/2005
Critérios gerais a serem obedecidos pela União, Distrito Federal e Estados 
Quem efetuará a cobrança?
Art. 5º A cobrança será efetuada pela entidade ou órgão gestor ou, por delegação destes, pela Agência de Bacia Hidrográfica ou entidade deligatária.
	
Cobrança pelo uso da água 
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 Art. 6º A que está condicionada a cobrança?
I - À proposição das acumulações, derivações, captações consideradas insignificantes pelo CBH e sua aprovação pelo CRH;
II - Ao processo de regularização de usos de recursos hídricos sujeitos à outorga na respectiva bacia, incluindo o cadastramento dos usuários;
III - Ao programa de investimentos definido no respectivo Plano de Recursos Hídricos devidamente aprovado;
IV - À aprovação pelo CRH da proposta de cobrança encaminhada pelo respectivo CBH;
V - À implantação da respectiva Agência de Bacia ou entidade delegatária do exercício de suas funções
	
Resolução CNRH nº 48/2005
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Exemplos de implementação da Gestão no Brasil 
Estágio diferenciado nos estados 
Paraíba:
Implementação ainda incipiente
Planos em algumas bacias; PERH
Três comitês instalados (Paraíba, Litoral Sul, Litoral Norte)
Conselho Estadual instalado
Rios de domínio da União: 
Bacia do rio Paraíba do Sul (avançada)
Bacia do rio São Francisco (intermediário)
Bacia do rio Piranhas-Açu (iniciada) 
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11 anos da Lei 9.433, 
 	há o que comemorar?
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Avanços 
 “O Brasil dispõe de uma legislação moderna, pautada por conceitos consistentes e arrojados de gestão compartilhada dos recursos hídricos, que deve ser exercida por intermédio de um modelo institucional descentralizado e participativo, ao qual se acrescentam instrumentos de gestão que superam os mecanismos tradicionais de comando e controle, notadamente a cobrança pelo uso da água e a construção social de planos de bacias hidrográficas, com metas e objetivos a serem negociados com os diversos atores sociais.”
Manifestação pública da ABRH - 2007
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Em Gestão de Recursos Hídricos:
Estamos melhores hoje do que ontem 
 
No aparato legal e institucional 
Na formação de recursos humanos em gestão de recursos hídricos
No conhecimento técnico em recursos hídricos
No entendimento das questões ambientais
Na mobilização social (comitês de bacia)
No aprendizado mútuo entre participantes de colegiados (CRH e CBH) – flexibilidade e respeito
Na percepção de que o “modelo ideal” pode sofrer alguns ajustes (sem perda dos princípios) 
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Gestão da Água
Prof.: Ricardo Andrade
Gerenciamento dos Recursos Hídricos :
 Índices de qualidade de águas:
 IQA – Índice de qualidade das água;
 IAP – Índice para fins de abastecimento público;
 IVA – Índice de proteção da vida aquática;
 IB - Índice de balneabilidade.
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