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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 06 Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do Presidente da República I. PODER EXECUTIVO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3 II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) --------------------------------------------------------------------- 4 III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) ---------------------------------------------------------- 16 IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE) ---------------------------------------------------------------------- 17 V. DO PODER REGULAMENTAR -------------------------------------------------------------------------------------- 20 VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA------------------------------------ 24 VII. GOVERNADORES (Gov) ----------------------------------------------------------------------------------------------- 32 VIII. QUESTÕES DA AULA ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 63 IX. GABARITO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 76 X. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ----------------------------------------------------------------------------------- 77 Olá futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR! Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96? Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Poder Executivo De todos os três poderes, sem dúvida, é o assunto de mais fácil assimilação e de menor conteúdo. Além disso, o conteúdo da aula de hoje é bastante palpável, teremos até alguns vídeos para demonstrar como a teoria funciona na prática. Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 46 questões comentadas! Na aula de hoje, teremos APENAS 24 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 2 Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento. Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email robertoconstitucional@gmail.com. Vamos então à nossa aula! CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 3 I. PODER EXECUTIVO Meu caro aluno e futuro Técnico Judiciário do TRT/PR, é importante que você tenha uma visão do todo antes de estudar cada detalhe da matéria. Assim, observe o esquema a seguir e veja a estrutura do conteúdo que iremos estudar na aula de hoje. 1 - Funções do Poder Executivo - Típicas - Atípicas 2 - Presidente da República 2.1 - Funções do PR 2.2 - Investidura 2.3 - Impedimentos e vacância 2.4 - Atribuições do PR 3 - Vice-Presidente da República 4 - Ministros de Estado 5 - Poder Regulamentar 6 - Responsabilização do PR 6.1 - Crimes de responsabilidade 6.2 - Crimes comuns 7 - Governadores de Estado e do DF Você se lembra que cada um dos poderes possui funções típicas e também atípicas? Pois bem, o Poder Executivo possui como função típica a de administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o Presidente da República elabora uma lei delegada ou uma Medida Provisória) e a de julgar (ex. quando a Administração Pública julga os processos administrativos). Veja: a) Função Típica - Administração b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...) - Julgar (decisões nos processos adm)1 . F u n çõ es d o P od er E xe cu ti vo P od er E xe cu ti vo CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 4 II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) 2.1 FUNÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA O Presidente da República é o chefe do Poder Executivo Federal e exerce duas funções: a de Chefe de Estado, quando representa o Brasil em suas relações internacionais e a de Chefe de Governo, quando exerce a direção superior da Administração Federal. Assim, quem exerce o Poder Executivo é o Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 2.2 INVESTIDURA Sistema eleitoral: O Presidente da República é eleito pelo sistema majoritário de dois turnos. Explicando melhor: existem dois sistemas eleitorais. O primeiro é o sistema proporcional, onde cada partido obtém um número de vagas proporcionais à soma dos votos em todos os seus candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais votados daquele partido. O segundo é o sistema majoritário, onde o candidato eleito será aquele que conseguir a maioria dos votos. Este último sistema pode ainda ser subdividido em dois: o sistema majoritário simples (ou puro) e o sistema majoritário de dois turnos. O sistema majoritário simples ou puro é aquele onde o candidato vencedor da eleição será aquele que obtiver mais votos em um só turno, independentemente da diferença de votos. Esse sistema é usado para a eleição de senadores e de prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores. Já o sistema majoritário de dois turnos é aquele onde o vencedor das eleições será o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, não computados os brancos e os nulos. Caso ninguém consiga esse número no primeiro turno, haverá segundo turno em 20 dias, concorrendo os dois candidatos mais votados. Em caso de morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do segundo turno, convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes. Caso haja empate, em qualquer caso, terá preferência o mais idoso. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 5 Esse sistema é utilizado nas eleições de Presidente da República, Governador e prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores. Data das eleições: As eleições para Presidente da República ocorrerão, em 1º turno, no 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente e, em 2º turno, no último domingo de outubro. Mandato: O mandato presidencial terá duração de 4 anos, com início em 1º de janeiro do ano seguinte à eleição. Reeleição: O Presidente da República pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ. Assim, ao final de dois mandatos consecutivos, o Presidente não pode se candidatar a um terceiro mandato. Observe que nada impede que alguém seja eleito Presidente da República três, quatro, cinco, dez vezes ao longo da vida. Isso pode ocorrer. O que é proibido é que alguém tenha mais de dois mandatos consecutivos. Requisitos de elegibilidade do Presidente da República (PR) e do Vice- Presidente da República (VP): A CF estabelece como requisitos para que alguém seja Presidente da República e Vice-Presidente da República: - Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro naturalizado); - Idade mínima: 35 anos - Estar no pleno gozo dos direitos políticos; - Alistamento eleitoral; - Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma, ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio de um partido político. Além disso,a CF não estabelece prazo mínimo de filiação para que alguém se candidate a Presidente. - Não ser inelegível. Posse: A Constituição estabelece que a posse do Presidente e do Vice- Presidente da República se dará em sessão conjunta do Congresso Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 6 Esquematizando: 2. Presidente da República 2.1. Funções do PR a) Chefe de Estado: representar o Brasil nas suas relações internacionais b) Chefe de Governo: Exerce a direção superior da Administração Federal - Exerce o Poder Executivo, auxiliado pelos MinEx Sistema - Puro/simples - Ganha quem tiver mais votos em um só turno majoritário - Independentemente da diferença de votos - Eleição de - Senadores - Prefeitos de mun com menos de 200 mil eleitores - De 2 turnos - Ganha quem tiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos - Não computados os em branco e os nulos - Se ninguém conseguir a MA no 1º turno, concorrem em 2º turno os dois mais votados - Prazo: 20 dias - Empate: o mais idoso - Morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do 2º turno: convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes - Empate: o mais idoso - Eleição de - Presidente da República - Governador - Prefeitos de mun com mais de 200 mil eleitoresx Data da eleição 1º turno: 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente 2º turno: último domingo de outubrox Mandato - Duração: 4 anos - Início: 1º de janeiro do ano seguinte à eleiçãox Reeleição - PR pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ - Pode ser PR + de 2 vezes, o que não pode é ter + d 2 mandatos consecutivos - Para garantir a alternância de poderx Requisitos de elegibilidade - Ser brasileiro nato do PR e do VP - Idade mín: 35 anos - Estar no pleno gozo dos direitos políticos - Alistamento eleitoral - Filiação partidária (Vedado candidatura avulsa / autônoma) - Não ser inelegívelx Posse - Em sessão conjunta do CN - No dia 1º de janeiro - Cargo será declarado vago se o PR/VP não assumirem em 10d salvo força maior 2. 2. I n ve st id u ra CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 7 2.3 IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente. Nesse caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o afastamento definitivo do chefe do Poder Executivo devido à morte, renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso, ele será sucedido pelo Vice, que assumirá o mandato pelo tempo restante. Assim, por exemplo, se o Presidente da República morre, o vice assumirá a presidência pelo tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente. Roberto, o que ocorrerá caso haja vacância nos cargos de Presidente E Vice- Presidente? Ou seja, se os dois cargos vagarem? Nesse caso, dependerá de quando os dois cargos ficarem vagos. Se as vagas ocorrerem nos dois primeiros anos do mandato, haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois de aberta a última vaga. Eleição direta significa que o povo vai às urnas novamente para eleger o novo Presidente e Vice-Presidente da República. Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do mandato, ocorrerá eleição INDIRETA pelo Congresso Nacional em até 30 dias depois de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o povo que vai às urnas para votar, mas sim os representantes do povo (Congresso Nacional) que elegem o Presidente da República. Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato somente pelo tempo restante do mandato original (mandato tampão). Observe o desenho: Vaga nos 2 primeiros anos: Eleição direta pelo povo Novo mandato (mandato-tampão) 1º ano CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 8 Como visto, quem substitui o Presidente nos casos de impedimento ou o sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da República. Na falta dos dois, serão sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da República (nessa ordem): 1. Presidente da Câmara dos Deputados 2. Presidente do Senado Federal 3. Presidente do STF Observe que esses três somente ocuparão o cargo de Presidente da República temporariamente. A Constituição Federal ainda estabelece que o Presidente da República e o Vice não poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Pelo princípio da simetria, essa regra é de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente aos governadores e às respectivas assembleias legislativas, não podendo as constituições estaduais ampliar ou reduzir esse período. Essa proibição se aplica a ambos os cargos: Presidente da República e Vice- Presidente da República, independentemente de esse último estar ou não substituindo. Esquematizando: Vaga nos 2 últimos anos: Eleição indireta pelo CN Novo mandato (mandato-tampão) 1º ano CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 9 a) Impedimento - É o afastamento temporário do PR - Vice-Presidente SUBSTITUI o PR - O PR e o VP não poderão, sem licença do CN, ausentar-se do país por mais de 15 dias, sob pena de perda do cargo Ɣ Regra de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente aos gov e as respectivas assembleias legislativas Ɣ Princípio da simetria b) Vacância - É o afastamento definitivo do PR - Decorre de i. Morte ii. Renúncia iii. Perda do cargo - VP SUCEDE o PR e termina seu mandato pelo tempo restante c)Vacância dos i. Nos 2 primeiros - Eleição direta cargos de PR e VP anos do mandato - Em 90 dias depois de aberta a última vaga ii. Nos 2 últimos - Eleição indireta pelo CN anos do mandato - 30 dias depois de aberta a última vaga - Nos dois casos, o mandato é somente pelo tempo restante: (mandato- tampão) d) Linha sucessória: Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão sucessivamente chamados para a Presidência 1. Presidente da CD 2. Presidente do SF 3. Presidente do STF 2. 3. Im pe d im en to e V ac ân ci a CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 10 2.4 ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA As atribuições do Presidente da República estão previstas no artigo 84 da Constituição Federal, que traz uma lista exemplificativa. Dessa forma, pode haver outras atribuições presidenciais não elencadas nesse dispositivo. Para fins de prova, marcarei em negrito e comentarei as mais importantes, o que não significa que você pode esquecer as demais, combinado? Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; Observe que o Congresso Nacional não possui qualquer interferência na escolha ou exoneração dos Ministros de Estado. No entanto, o Legislativo tem participação em casos especiais: (não são Ministros de Estado!) x Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central, os chefes de missão diplomática de caráter permanente (embaixadores) e outros servidores, quando determinado em lei: são escolhidospelo Presidente da República, mas devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal. x PGR: Embora nomeado pelo presidente da República para um mandato de dois anos, a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. Cuidado para não confundir o Procurador-Geral da República (PGR) com o Advogado-Geral da União (AGU). Este último não precisa de aprovação do Senado Federal. XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 11 XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei (art. 48, XI). VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; Observe que o Presidente da República celebra os tratados internacionais e o Congresso Nacional os referenda. Dessa forma, cuidado para não confundir a atribuição do Presidente (celebrar o tratado) com a do Congresso (referendá-lo). Confira o texto da CF: Art. 49. “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre (referendar) tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.” CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 12 IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; A CF confere ao Presidente da República a competência para DECRETAR (e não aprovar) o estado de defesa e o estado de sítio. No entanto, o Congresso Nacional pode SUSPENDER essas medidas. Observe o art. 49: “Compete ao Congresso Nacional IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.” X - decretar e executar a intervenção federal; A intervenção federal é a limitação temporária da autonomia de um ente da federação (estado, DF ou município localizado em território) e existem vários motivos que podem levar à decretação da intervenção (confira o art. 34). Saiba que quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente da República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. No entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Resumindo: x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depoisx Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depoisx Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; Observe que a audiência dos órgãos instituídos em lei não é obrigatória. XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 13 XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; Observe que a declaração de guerra e a mobilização nacional devem, em regra, ser AUTORIZADAS pelo Congresso Nacional. No entanto, caso o Parlamento esteja em recesso, o Presidente primeiro as declara e, depois, o Congresso as REFERENDA (aprova). XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da federação. Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses prazos. XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; Somente o Presidente da República pode editar as medidas provisórias, não podendo delegar essa atribuição a mais ninguém. Os Governadores e Prefeitos também podem editar MPs, desde que elas estejam previstas na Constituição Estadual e na Lei Orgânica Municipal. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 14 XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. (A lista é exemplificativa, lembra?) Uma informação bastante cobrada em provas é que, em regra, as atribuições acima são indelegáveis, no entanto, o Presidente da República pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as seguintes: VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo) Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 15 x Art. 84x Lista exemplificativax São extensíveis aos governadores e prefeitosx Regra: indelegáveis - Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut) a) organizaçãoe funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;x Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos, quando vagos; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo) - Delegar ao - MinE - AGU - PGR x Tratados Internacionais: o PR celebra os tratados internacionais e o CN os referendax Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depoisx Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depoisx Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidasx OBS: PR escolhe, mas devem - Min STF aprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores - Gov Territ - Presidente e diretores do BACEN - Chefes de missão dipl. de caráter permanente - PGR 2. 4. A tr ib u iç õe s do P R - Nomeado pelo PR para um mandato de 2 anos, mas a destituição do PGR por iniciativa do PR, deverá ser precedida de autorização da MA do SF - Não confundir PGR com AGU (que não precisa de aprovação do SF) CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 16 III.DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) Quanto ao Vice-Presidente da República, somente duas informações são importantes para fins de prova. A primeira é que a eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente. Assim, os cidadãos não podem escolher o vice separadamente. A segunda informação necessária se refere às atribuições do Vice-Presidente da República. Observe o esquema: a) Atribuições i. Substituição do Presidente nos casos de impedimento (temporário) ii. Sucessão do Presidente nos casos de vacância (definitivo) iii. Participação no - Conselho da República - Conselho de Defesa Nacional iv. Auxiliar o Presidente quando convocado para missões especiais v. Outras atribuições conferidas por Lei Complementar b) Investidura: A eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente3 . V ic e- P re si d en te d a R ep ú b li ca CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 17 IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE) Os Ministros de Estado são auxiliares do Presidente da República, que os escolhe e os exonera (exonerar = tirar do cargo) livremente, sem necessidade de motivação. São requisitos para que alguém seja nomeado Ministro de Estado: - Ser brasileiro (nato ou naturalizado); Importante ressaltar que o único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro da DEFESA. - Ser maior de 21 anos; - Estar no exercício dos direitos políticos. Além de auxiliar o Presidente da República, são atribuições dos Ministros de Estado: i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal; ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência; iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR; iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério; vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente. Observe que os Ministros podem exercer inclusive atribuições privativas do PR, caso tenha havido delegação. Os Ministros de Estado possuem foro privilegiado e são julgados pelas infrações penais comuns no Supremo Tribunal Federal. Já nos crimes de responsabilidade, deve-se saber se estes possuem ou não conexão com crimes de mesma natureza (de responsabilidade) praticados pelo Presidente ou Vice- Presidente da República. Caso possuam conexão, os Ministros de Estado CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 18 serão julgados pelo Senado Federal e, caso não possuam, serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Além dos casos previstos em lei, são crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado: x Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições, deixarem de comparecer injustificadamente; ou x Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de informações das Mesas da Câmara e do Senado; x Demais casos previstos na Lei. Por fim, a criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública é da competência do Congresso Nacional e deve ser feita por meio de lei de iniciativa privativa do Presidente da República e COM sanção presidencial (art. 48, XI + 61, § 1º, II, “e”). Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 19 a) Investidura - Requisitos - Ser brasileiro (nato ou naturalizado)x O único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro da DEFESA - Maior de 21 anos - No exercício dos direitos políticos - Escolha e exoneração: livre do Presidente, sem necessidade de motivação b) Atribuições i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente Ɣ Podem exercer inclusive atribuições privativas do PR, caso tenha havido delegação c) Responsabilização i. Crime de 1) Conexos com crimes de mesma natureza responsabilidade (resp) cometidos pelo PR ou VP 2) Não conexos com PR ou VP ii. Infrações penais comuns d) Outras hipóteses de crimes de responsabilidade - Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições, deixarem de comparecer injustificadamente - Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de informações das Mesas da Câmara e do Senado - Casos previstos na Lei e) Criação ou extinção de ministérios e órgãos - Competencia do CN - Lei de iniciativa do PR - Com sanção do PR 4. M in is tr os d e E st ad o SF STF STF CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 20 V. DO PODER REGULAMENTAR O poder regulamentar é a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para editar DECRETOS E REGULAMENTOS, destinados a dar fiel execução às leis. Uma das formas de externalização desse poder é através do Decreto Regulamentar. Observe que existem três tipos de decreto: 1) Decreto Regulamentar ou de Execução: É o ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução de determinada lei. (é sobre esse tipo de decreto que nós estamos falando!) x Ato normativo secundário ou derivado é aquele que não deriva diretamente da CF e sim de uma lei. Assim, ele depende da existência de uma lei, não podendo existir sem ela e sendo hierarquicamente inferior. x Ter conteúdo geral, impessoal e abstrato significa dizer que o decreto não se refere a nenhum caso concreto e não possui destinatário certo,sendo aplicado a todos aqueles que se encaixarem nas situações previstas no decreto. Esse tipo de decreto tem por base o art. 84, VI da CF, não é passível de delegação pelo Presidente da República e deriva do poder regulamentar a ele conferido. 2) Decreto autônomo: é o ato através do qual o Presidente da República dispõe sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos ou sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Ele foi inserido no ordenamento pátrio pela Emenda Constitucional nº 32/2001. O decreto autônomo é um ato normativo primário, ou seja, deriva da própria Constituição (art. 84, VI) e tem força de lei. Além disso, esta competência pode ser delegada aos Ministros de Estado, PGR e AGU. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 21 Portanto, atenção! O decreto autônomo não pode regulamentar leis, para isso, existe o decreto regulamentar! 3) Decreto Específico/Individual: é um ato de efeito concreto que possui destinatário certo e provê situações individuais, particulares, tais como nomeação, exoneração, desapropriação etc. Este não é um ato normativo e não é derivado do poder regulamentar. Roberto, ainda estou meio confuso... Dá pra deixar mais claro? Lógico! Quando uma lei é editada, é praticamente impossível prever todas as situações englobadas nela. Além disso, uma lei, geralmente, também não prevê a forma como os seus comandos serão executados. Assim, para que a lei seja cumprida da melhor forma possível (e com menos margem de interpretações divergentes), existe o poder regulamentar. Esse poder não cria direitos ou obrigações, mas apenas explica melhor como os comandos da lei serão executados. Exemplo (em palavras muuuuito simples e sem a devida técnica, mas apenas para que você entenda melhor): Uma LEI falaria assim: "os servidores públicos terão 30 dias de férias". Ela não explicou como as férias devem ser tiradas e nem as condições ou o procedimento para tal. Já um DECRETO EMANADO DO PODER REGULAMENTAR falaria o seguinte: "para que um servidor tire férias, ele deverá I - preencher um pedido; II - autuar um processo; III - ter autorização por escrito do chefe imediato; IV - não poderão gozar férias, simultaneamente, mais de 25% de cada setor. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 22 Percebeu que o decreto não criou e nem modificou o direito de tirar férias? Ele apenas explicou melhor como esse direito deve ser exercido. É para isso que serve o poder regulamentar. Leis Delegadas e o poder do Congresso Nacional de sustar atos do Poder Executivo Além dos atos normativos vistos acima, o Presidente da República pode elaborar Leis Delegadas. Funciona assim: 1. Em regra, quem elabora as leis é o Poder Legislativo. Até aqui, sem novidades. 2. O Presidente pode solicitar (pedir) autorização ao Congresso Nacional para que ele (o Presidente) elabore uma lei. 3. O Poder Legislativo pode ou não autorizar que o Presidente elabore a lei, mas, caso o faça, essa autorização deve ser limitada e específica, ou seja, não pode ser uma carta em branco para que o PR elabore a lei do jeito que quiser. 4. Caso seja autorizado pelo CN, o Presidente da República elabora uma lei, chamada de Lei Delegada. O procedimento de elaboração e demais características da Lei Delegada são estudados em processo legislativo. Não se preocupe com isso agora. O que você deve saber, por enquanto, é que o Congresso Nacional pode sustar a LEI DELEGADA, caso o Presidente da República a elabore fora dos limites da delegação do Congresso. O Congresso pode ainda sustar os demais ATOS NORMATIVOS (atos administrativos não!) do Poder Executivo que extrapolem do poder regulamentar (estamos falando aqui dos decretos regulamentares e demais regulamentos expedidos utilizando-se o poder regulamentar). Confira o texto do art. 49: “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.” Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 23 a) Conceito: É a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para editar decretos e regulamentos, destinados a dar fiel execução às leis i. Regulamentar - CF, art. 84, IV (de execução) - É ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução de determinada lei - Depende da existência de lei: é ato normativo derivado - Competência não passível de delegação - Expedido no exercício do Poder Regulamentar b) Decreto ii. Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF) - Art. 84, VI - Competência passível de delegação - Pode dispor sobre: I) Organização e funcionamento da administração federal desde que não implique em aumento de despesa ou na criação/extinção de órgãos públicos II) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos iii - Decreto Específico - Ato de efeito concreto, provê situações particulares (individual) - Ex: Nomeação e exoneração, desapropriação etc - Não é ato normativo c) O CN pode sustar - Lei delegada, caso extrapole os limites da delegação - Demais atos normativos, caso extrapolem o poder regulamentarx Não pode sustar atos administrativos do Executivo 5. P od er R eg u la m en ta r CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 24 VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA O Presidente da República pode ser responsabilizado tanto por crimes comuns quanto pelos crimes de responsabilidade. No entanto, a depender da natureza do crime, alguns detalhes devem ser observados: 6.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas, definidas em lei especial federal. A Constituição traz uma lista exemplificativa dos crimes de responsabilidade do Presidente da República: Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Caso o Presidente da República cometa algum crime de responsabilidade, ele será processado e julgado pelo Senado Federal. No entanto, para que o Senado o julgue, deve haver, primeiro, a autorização da Câmara dos Deputados. Dessa forma, o procedimento funciona em dois passos: 1- Autorização da Câmara dos Deputados: por 2/3 de seus membros. A CD faz um juízo de admissibilidade de natureza política, portanto, com forte grau de discricionariedade. Além disso, o Presidente da República já terá direito ao contraditório e a ampla defesa na Câmara dos Deputados (MS 21.564) e qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o Presidente à Câmara. 2- Julgamento pelo Senado Federal: após autorização da Câmara dos Deputados, o Presidente da República será processado e julgado pelo CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIOPROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 25 Senado Federal. Apesar de o julgamento possuir natureza política (assim como a autorização da Câmara), o Senado atuará como órgão judicial e não como órgão legislativo. A votação será nominal e aberta, a sessão deve ser presidida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, assim como o quorum da Câmara para autorização do processo, o quorum de votação para condenação no Senado é de 2/3 dos membros. Observe que a autorização da Câmara obriga o Senado a julgar o Presidente da República. Dessa forma, a Câmara Alta (o Senado) não possui discricionariedade se julga ou não o Presidente. Obviamente, o chefe do Executivo pode ser absolvido ou condenado no julgamento, mas este (o julgamento) deve ocorrer. O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado Federal. Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo Senado, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o resultado do julgamento para “inocente”. No entanto, o Tribunal Maior pode intervir para que o processo seja feito corretamente, por exemplo, para garantir o contraditório e a ampla defesa ao Presidente da República. A sentença será externalizada por uma Resolução do Senado Federal e, caso o Presidente seja condenado, a pena será da perda do cargo E inabilitação, por exatamente 8 anos, para o exercício de qualquer função pública (mandato eletivo, concurso público, cargo de confiança etc), sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. Observe que as duas penas são aplicadas em conjunto e que a inabilitação não é de “até 8 anos” e sim de “exatamente 8 anos”. Dessa forma, o Senado Federal não pode aplicar somente uma dessas penas ou aplicar a inabilitação por tempo inferior aos 8 anos. Por fim, caso o Presidente renuncie ao mandato depois de iniciado o julgamento no Senado Federal, este não será paralisado e prosseguirá até o fim. A pena da perda do cargo não terá mais efeitos (uma vez que o Presidente renunciou ao mandato). No entanto, ainda poderá ser aplicada a inabilitação para o exercício de funções públicas por 8 anos, por isso, o julgamento continua. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 26 Somente a título de curiosidade e para que você veja como o processo ocorre na prática, separei alguns vídeos no youtube. Portanto, caro aluno, perceba que ao estudarmos o Direito Constitucional, estamos estudando um conteúdo altamente prático, e não somente teorias sem valor em uma folha de papel. Vídeo 1: http://youtu.be/MKxUdBIiehs Vídeo 2: http://youtu.be/S7cqhhnL53E Vídeo 3: http://youtu.be/7Bh7iIGDAzc Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 27 x Conceito: Infrações político-administrativas, definidas em lei especial federalx Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa) i. A existência da União ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais iv. A segurança interna do País v. A probidade na administração vi. A lei orçamentária vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais 1. Autorização - 2/3 dos membros da CD - Juízo de admissibilidade - Natureza política (discricionário) - Qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o PR à CD - PR tem direito a contraditório e ampla defesa (MS 21.564/DF) 2. Julgamento - Julgamento de natureza políticax Processo pelo SF - Atua enquanto órgão judicial e não como órgão legislativo - 2/3 dos membros - Votação nominal e aberta - Presidido pelo Presidente do STF - Admissão da CD obriga o SF a julgar o PR - O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do SF, mas pode intervir para que o processo seja feito corretamente Ɣ Ex: para garantir o contraditório e a ampla defesa OBS.: a) PR ficará suspenso de suas funções: Nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado b) Decorrido o prazo de 180 dias, se o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do PR (mas o processo continua)x Condenação - Perda do cargo - Inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública (impeachment) Ɣ Não é até 8 anos. É exatamente 8 anos Ɣ QUALQUER função pública: mandato eletivo, concurso público, cargo de confiança etc - Sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis - Sentença externalizada por uma Resolução do SFx Renúncia: se for apresentada quando o julgamento já tiver sido iniciado, não paralisa o processo de impeachment (MS 21.689-1) 6. 1) C ri m es d e R es po n sa bi li da d e CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 28 6.2 CRIMES COMUNS Diferentemente dos parlamentares federais, o Presidente da República não possui imunidades materiais. Dessa forma, o chefe do Executivo pode ser responsabilizado por suas opiniões e palavras, ainda que no exercício da função presidencial. Por outro lado, o Presidente possui as seguintes imunidades processuais (formais): 1. Imunidade a prisões temporárias: a Constituição estabelece que o Presidente da República somente poderá ser preso por sentença condenatória do STF. Assim, ele não poderá ser preso por prisões cautelares, como as prisões preventivas, provisórias, etc. 2. Atos estranhos ao mandato: os “atos estranhos ao mandato” aqui referidos são os crimes comuns que não guardem pertinência com o exercício da presidência. Assim, NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o Presidente da República não responderá pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções. Não é que a pessoa do Presidente jamais poderá ser processada pelos crimes que cometeu. No entanto, ele responderá por eventual crime que não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma irresponsabilidade temporária. Obviamente, enquanto durar o mandato, a prescrição também será suspensa. Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui um certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um crime. Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19 anos de idade e nunca foi processado por isso. Não pode o Estado querer fazê-lo quando o sujeito tiver 99 anos de idade. Existe um tempo (que, aliás, é bastante razoável) para que o Estado possa processar e julgar o criminoso. A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as providências necessárias ao cumprimento da lei. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 29 Dessa forma, como não há a possibilidade jurídica de se processar a pessoa do Presidente por atos estranhos ao mandato durante o mesmo, não seria razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Portanto, o prazo de prescrição fica suspenso enquanto durar o mandato. Observe que essa imunidade formal somente é válida para atos de natureza penal: o Presidente pode responder durante o mandato por atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária. 3. Necessidade de autorização da Câmara dos Deputados para instauração do processo por crime comum que guarde pertinência com o exercícioda presidência: Nós já vimos que o Presidente, durante seu mandato, somente pode ser processado por crimes comuns se estes guardarem pertinência com o exercício da presidência. Nesse caso, assim como nos crimes de responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há a necessidade da autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados. Igualmente, esse juízo de admissibilidade possui natureza política e fortemente discricionária. Caso seja aprovado pela Câmara, o julgamento do Presidente pelos crimes comuns (e que guardem pertinência com o exercício do mandato) será realizado pelo STF. Diferentemente do Senado Federal, que é obrigado a julgar o Presidente pelos crimes de responsabilidade, caso a Câmara tenha autorizado, o Supremo não é obrigado a instaurar o processo contra o Presidente. Outra observação importante é que a autorização da Câmara não é necessária para instauração de inquéritos policiais contra o Presidente da República. Lembre-se de que o inquérito policial é um procedimento de instrução penal anterior à instauração do processo. A necessidade de licença não impede o inquérito policial (procedimento anterior ao processo), nem tampouco o oferecimento da denúncia (feita pelo Ministério Público), porém, apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro ato de prosseguimento praticado pelo STF (Alexandre de Moraes). CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 30 Afastamento do cargo do Presidente da República A Constituição Federal estabelece que o Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nos crimes de responsabilidade, após a INSTAURAÇÃO do processo pelo Senado Federal. II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o mandato), SE RECEBIDA a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal. A denúncia é o ato no qual o representante do Ministério Público apresenta sua acusação perante o Judiciário para que este julgue o crime. Ela é a peça inicial dos processos criminais que envolvam crimes de ação pública, ou seja, naqueles em que a iniciativa do processo judicial é do Ministério Público. Já a queixa-crime é o equivalente à denúncia nos crimes de ação penal privada. Assim, nada acontece se o Ministério Público oferecer a denúncia, mas, caso o Supremo a receba (primeiro ato de prosseguimento do processo praticado pelo STF), aí sim o Presidente será afastado. Dessa mesma forma, não é a autorização da Câmara dos Deputados que promove a suspensão do Presidente, mas sim o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF ou a instauração do processo pelo Senado Federal. O prazo máximo de afastamento é de 180 dias. Caso esse período seja esgotado sem o julgamento, o Presidente da República retornará ao cargo, mas isso não impede que o processo continue normalmente. Caso seja condenado por crime comum, o Presidente da República perderá seus direitos políticos e, consequentemente, o cargo. Caso o mandato acabe e o Supremo Tribunal Federal ainda não tenha julgado o processo, este seguirá para a justiça comum competente, uma vez que o foro privilegiado somente dura enquanto durar o mandato. Esquematizando: Foro de julgamento - crimes comuns: STF do Presidente - crimes de responsabilidade: Senado CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 31 x Imunidades materiais: Não possui: O PR não é inviolável por opiniões e palavras, ainda que no exercício da função presidencialx Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier processuais sentença condenatória do STF (formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares 2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o ao exercício do exercício da presidência mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato, o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções - PR responderá por eventual crime que não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o término do mandato, perante a Justiça Comum Ɣ Suspende a prescrição enquanto durar o mandato Ɣ Somente vale para atos de natureza penal: o PR pode responder durante o mandato por atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária 3) Formação - Crimes comuns que guardem pertinência com o mandato do processo - Necessidade de autorização da CD (2/3 dos membros) - Juízo de admissibilidade (Natureza política) - Julgamento perante o STF - O STF NÃO é obrigado a instaurar o processo Ɣ Lembrando que o SF é obrigado a julgar o PR nos crimes de resp, caso a CD autorize a instauração do processo por 2/3 dos membros - Não precisa de autorização da CD para instaurar inquérito policial (sempre no STF) ou para o MP OFERECER a denuncia – mas precisa da autorização para o STF RECEBER a denúncia (1º ato praticado pelo STF)x Afastamento Ɣ O PR ficará suspenso de suas funções: do Presidente I - nos crimes de resp, após a instauração do processo pelo SF II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF; Ɣ Prazo máximo de afastamento: 180 dias Ɣ Caso esgote o prazo sem julgamento: o PR retorna ao cargo, mas o processo continua normalmente Ɣ�Se condenado por crime comum: perde direitos políticos e o cargo de PR Ɣ Se o mandato acabar e o processo ainda não tiver sido julgado pelo STF: o processo vai para a justiça competente 6. 2) C ri m es C om u n s CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 32 VII. GOVERNADORES (Gov) Os governadores dos estados e do Distrito Federal, por sua vez, somente possuem uma imunidade formal: autorização de instauração do processo por 2/3 da Assembleia Legislativa. Dessa forma, as Constituições Estaduais não podem conferir aos governadores as imunidades para as prisões temporárias e nem as imunidades para que somente sejam processados por atos que guardem pertinência com o exercício da função (ADI 1.021/SP). Esquematizando: x Única imunidade formal: autorização de instauração do processo por 2/3 da Assembleia Legislativax CEs NÃO podem estender aos gov - imunidades para as prisões temporárias - imunidades para que somente sejam processados por atos que guardem pertinência com o exercício da função - ADI 1.021/SP 7) G ov er n ad or es CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 33 EXERCÍCIOS 1. (FCC – 2012 – TST – Analista) A Presidente da República Federativa do Brasil, no exercício de suas funções, pretende delegar uma de suas atribuições expressamente previstas na Constituição Federal de 1988. Nesta hipótese, poderá a Presidente da República delegar sua competência privativa para a) convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, ao Advogado Geral da União. b) enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição a um dos Ministros de Estado. c) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei, ao Presidente do Congresso Nacional. d) prover Cargos Públicos federais na forma da Lei, a um dos Ministros de Estado. e) nomear e exonerar os Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República. Tranquila essa questão, hein galera! Em regra, as competências privativas do Presidente da República, em regra, não podem serdelegadas. No entanto, a própria CF prevê expressamente algumas situações onde o Presidente pode delegar suas atribuições ao PGR, ao AGU ou aos Ministros de Estado. São elas: (art. 84, parágrafo único) VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo) CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 34 Gabarito: D. 2. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Cabe ao Presidente da República, entre outras competências, a) editar decretos para criação de cargos públicos. b) nomear os Ministros do Tribunal de Contas da União, observadas as disposições constitucionais pertinentes. c) suspender a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. d) fiscalizar as contas do Congresso Nacional. e) fiscalizar as contas do Supremo Tribunal Federal. Item A – ERRADO. A criação de cargos públicos depende de lei (art. 48, X), em qualquer caso. Para a extinção, existe a possibilidade via decreto autônomo (art. 84, VI, “b”), se estiverem vagos. Item B – CERTO. Isso mesmo, os ministros do TCU são nomeados pelo Presidente da República (art. 84, XV). Item C – ERRADO. Isso não é atribuição do Presidente da República, mas sim do Senado Federal (art. 52, X). Itens D e E – ERRADOS. Dica quente: o Presidente da República não fiscaliza as contas de nenhum outro poder! Fica mais fácil, né? Gabarito: B. 3. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Há previsão de eleição indireta para os cargos de Presidente e de Vice-Presidente da República, a ser realizada pelo Congresso Nacional, na hipótese de vacância dos dois cargos nos primeiros dois anos do período presidencial. O erro é sutil, porém fatal: a eleição indireta (pelo Congresso Nacional) só acontecerá se a vacância dos dois cargos ocorrer nos dois últimos anos do período correspondente ao mandato presidencial. Caso ocorra nos dois primeiros anos, o povo irá às urnas novamente, realizando-se eleições diretas. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 35 Gabarito: Errado. 4. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a trinta dias, sob pena de perda do cargo. Esse prazo é mais apertado: quinze dias, conforme o art. 83. Gabarito: Errado. 5. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, na hipótese de processo contra o Presidente da República por crime comum, em relação a fatos estranhos ao exercício do mandato, deverá o processo ser suspenso, com a consequente suspensão do prazo prescricional, apenas com relação aos fatos ocorridos antes ao início de seu mandato. Não importa se os fatos são ocorridos antes ou após o início de seu mandato. Ele só responderá por fatos estranhos ao exercício do mandato após o término deste. Isto decorre do art. 86, §4º: “O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”. Em relação ao prazo prescricional, está certo: ele fica suspenso enquanto o processo estiver suspenso. Gabarito: Errado. 6. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) Em relação ao tema responsabilidade do Presidente da República, considere: I. Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente da República nos crimes de responsabilidade, podendo sancioná-lo com pena de privação de liberdade e inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública. II. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. III. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 36 b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Item I – ERRADO. O julgamento de crime de responsabilidade proferido pelo Senado Federal não pode decretar a prisão do Presidente, somente a perda do cargo e a inabilitação, por oito anos, para o exercício da função pública (art. 52, parágrafo único). Item II – CERTO. Essa é a cópia do art. 86, §4º. Item III – CERTO. Agora a cópia foi do art. 86, §3º. Já viram que esse artigo é importante, certo? Gabarito: D. 7. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário) Compete privativamente ao Presidente da República a) nomear, após a aprovação do Congresso Nacional, Ministros do Supremo Tribunal Federal. b) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional. c) exercer, com o auxílio dos Deputados e Senadores, a direção superior da administração federal. d) nomear e exonerar Ministros de Estado com a anuência do Congresso Nacional. e) prestar, trimestralmente, ao Senado Federal, as contas referentes ao exercício de seu mandato. Item A – ERRADO. Quem aprova o nome do Ministro do STF a ser nomeado é o Senado Federal. Item B – CERTO. É a cópia do inciso XX do art. 84. O responsável pelo ato de celebração de paz é o Presidente da República. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 37 Item C – ERRADO. Os auxiliares do Presidente da República na direção superior da administração federal são os Ministros de Estado, conforme o art. 84, II. Item D – ERRADO. A nomeação e exoneração dos Ministros de Estado são livres. O Presidente da República não precisa de autorização para realizar estes atos. Item E – ERRADO. A prestação de contas do Presidente é anual e será para o Congresso Nacional. Gabarito: B. 8. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário) Nas infrações penais comuns, o Presidente da República será submetido a julgamento perante o a) Supremo Tribunal Federal, não sendo necessária prévia autorização da Câmara dos Deputados. b) Supremo Tribunal Federal, desde que a Câmara dos Deputados admita a acusação contra ele, por dois terços de seus membros. c) Senado Federal, desde que a Câmara dos Deputados admita a acusação contra ele, por dois terços de seus membros. d) Senado Federal, não sendo necessária prévia autorização da Câmara dos Deputados. e) Senado Federal, desde que a Câmara dos Deputados admita a acusação contra ele, por três quintos de seus membros. Nos crimes comuns que guardem pertinência com o mandato, o Presidente da República será julgado pelo STF. No entanto, este processo deve ser autorizado por dois terços da Câmara dos Deputados. Esse é o entendimento trazido pelo art. 86: “Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade”. Gabarito: B. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIOPROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 38 9. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Atos do Presidente da República que contrariem a probidade na administração e o descumprimento das decisões judiciais, dentre outros, são considerados: a) respectivamente crimes de responsabilidade e infrações penais comuns. b) infrações penais comuns, apenas. c) respectivamente infrações penais comuns e crimes de responsabilidade. d) crimes de responsabilidade, apenas. e) infrações penais comuns e crimes políticos. Para responder essa questão, bastava que se tivesse memorizado bem o art. 85 da CF/88, que traz uma lista exemplificativa dos crimes de responsabilidade que podem ser praticados pelo PR: Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Gabarito: D. 10.(FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Presidente da República: a) exerce a função de chefe de governo, mas não a de chefe de Estado. b) toma posse em sessão da Câmara dos Deputados, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 39 c) tem competência para avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes. d) edita medidas provisórias, com força de lei. e) nomeia Ministros de Estado, após a escolha ser aprovada pelo Congresso Nacional. Item A – ERRADO. O PR exerce tanto a função de Chefe de Estado, quando representa o Brasil em suas relações internacionais, como a de Chefe de Governo, quando exerce a direção superior da Administração Federal. Item B – ERRADO. A CF/88 estabelece que a posse do PR e do VP se dará em sessão conjunta do Congresso Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro. Item C – ERRADO. Essa é uma das competências do Senado Federal, descrita no inciso XV do art. 52 da CF/88, e não do Presidente da República. Item D – CERTO. Literalidade do inciso XXVI do art. 84 da CF. Somente o Presidente da República possui competência para editar as medidas provisórias, sendo a mesma INDELEGÁVEL. Item E – ERRADO. A escolha dos Ministros de Estado é efetuada exclusivamente pelo PR e não necessita passar pelo crivo de nenhum outro Poder, seja ele o Legislativo ou o Judiciário, para ser efetivada. Gabarito: D. 11.(FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Vice-Presidente da República: a) deve ser brasileiro nato ou naturalizado. b) exerce competências taxativamente definidas na Constituição e em leis ordinárias. c) substitui o Presidente, no caso de impedimento, e sucede-lhe, no caso de vacância. d) poderá ser julgado, por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 40 e) deve ter a idade mínima de trinta anos como condição de sua elegibilidade. Item A – ERRADO. Somente um brasileiro NATO pode ser Presidente da República. Como o Vice-Presidente o substitui ou o sucede, exercendo efetivamente a presidência, ele também deverá ser um brasileiro nato. Item B – ERRADO. O VP exerce atribuições que lhe forem conferidas por LEI COMPLEMENTAR, e não por lei ordinária, conforme art. 79, parágrafo único: “O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.” Item C – CERTO. É a dicção do art. 79 da CF/88. O VP tem por atribuição exatamente substituir o Presidente da República em caso de impedimento e de suceder-lhe em caso de vacância. Item D – ERRADO. Em crimes de responsabilidade, o VP será julgado pelo SENADO FEDERAL, não pelo Congresso Nacional. Item E – ERRADO. A idade mínima estabelecida pela CF/88 é de 35 anos, não de 30 anos, como afirma a questão. Gabarito: C. 12.(FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Se o Presidente da República atira contra seu próprio primo e comete um crime de homicídio, na vigência de seu mandato, motivado, apenas, por violento ciúme em relação à esposa, a) não poderá ser responsabilizado pelo ato enquanto durar seu mandato. b) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Supremo Tribunal Federal. c) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Senado Federal, e, caso seja considerado culpado, sofrerá a pena de impeachment. d) será submetido a um primeiro julgamento perante o Congresso Nacional, o qual decidirá sobre a manutenção da decretação da prisão preventiva. e) poderá ficar afastado do cargo, por decisão do Senado Federal, até que se ultime o julgamento no Supremo Tribunal Federal. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 41 NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o Presidente da República não responderá pela prática de crimes comuns que não guardem pertinência com o exercício de suas funções (art. 86,§ 4º, da CF/88), respondendo por ele somente após o término do mandato, ficando a prescrição suspensa durante esse período. Como o homicídio cometido pelo PR contra seu primo não guarda qualquer relação com o exercício das funções presidenciais, a persecução criminal somente poderá ser iniciada após o término do mandato em razão dessa irresponsabilidade temporária. Gabarito: A. 13.(FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente da República, Plínio, Presidente do Supremo Tribunal Federal, será chamado ao exercício da Presidência da República após serem chamados sucessivamente Adolfo e Irineu que são respectivamente, segundo a Constituição Federal, o: a) Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal. b) Ministro Chefe da Casa Civil e o Ministro da Justiça c) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e o Ministro Chefe da Casa Civil. d) Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro da Justiça. e) Presidente da Câmara dos Deputados e o Ministro Chefe da Casa Civil. Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTE a Presidência: 1. Presidente da CD 2. Presidente do SF 3. Presidente do STF Gabarito: A. 14.(FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) É lícito ao Presidente da República, delegar ao Ministro de Estado, a atribuição de: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 42 a) exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos. b) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. c) dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesanem criação ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. d) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei. e) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional, conferir condecorações e distinções honoríficas e enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Em regra, as competências atribuídas ao PR pelo art. 84 da CF/88 são indelegáveis. Entretanto, algumas delas são excepcionadas e podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, quais sejam: VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo) Gabarito: C. 15.(FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Nos termos da Constituição Federal, a competência privativa do Presidente da República poderá ser delegada no caso de: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 43 a) decretação do estado de defesa, de sítio e intervenção federal. b) concessão de indulto e comutação de penas. c) elaboração de decretos e regulamentos para a fiel execução da lei. d) edição de medidas provisórias com força de lei. e) celebração de tratados, convenções e atos internacionais. Dentre as competências privativas do Presidente da República que são passíveis de delegação estão a concessão de indultos e a comutação de penas (art. 84, parágrafo único). Vamos revisar as competências que podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União: VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo) Gabarito: B. 16.(FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministro do Planejamento participa como membro nato do Conselho: a) dos Municípios, que se reune trimestralmente no Congresso Nacional. b) da República. c) Nacional de Justiça. d) dos Estados, que se reúne bimestralmente no Congresso Nacional. e) de Defesa Nacional. O Ministro do Planejamento é membro nato apenas do Conselho de Defesa Nacional, que é órgão de consulta do Presidente da República CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 44 nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático (art. 91, VII). Gabarito: E. 17.(FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considera-se função atípica do Poder Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República: a) vetar e sancionar projetos de lei. b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis. d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo Congresso Nacional. e) editar leis delegadas e medidas provisórias. A função típica do Poder Executivo é a de administrar, sendo funções atípicas a de legislar e a de julgar. Os itens A, C e D trazem atribuições típicas do Poder Executivo, uma vez que guardam relação com as funções de comando ou governo, de decisões políticas e de administração, portanto errados. Atente-se também para o item D, o Presidente da República nomeia os Ministros do STF após arguição do Senado Federal e não do CN (art. 84, XIV). O item B trata de função típica do Poder Legislativo, uma vez que está no rol de competências atribuídas pelo art. 52 da CF ao Senado Federal. O item E descreve uma função atípica do Executivo, qual seja, a edição de leis delegadas e medidas provisórias, atribuições características da função de legislar. Gabarito: E. 18.(FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) O exercício de atribuições normativas pelo chefe do Poder Executivo, nos termos da Constituição da República, CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 45 a) compreende, excepcionalmente, atividade de natureza legislativa, função atípica para a qual se exige, conforme o caso, autorização prévia ou aprovação posterior pelos órgãos do Poder titular da função legislativa. b) abrange a edição de decretos sobre organização e funcionamento da administração federal, independentemente de prévia lei, ainda que implique extinção de órgãos ou cargos públicos, estes quando vagos. c) não comporta, em hipótese alguma, delegação interna corporis. d) restringe-se à sua participação no processo legislativo por meio de iniciativa, nos casos previstos na Constituição, e aos atos de sancionar, promulgar e fazer publicar as leis. e) não autoriza a expedição de decretos senão para o fim de fiel execução da lei, à qual a atividade regulamentar do Poder Executivo se subordina. Item A – CERTO. O Poder Executivo possui a função atípica de legislar (e também de julgar). Ele a exerce quando edita uma Lei Delegada, necessitando autorização prévia do Poder Legislativo. Outra forma de o Executivo exercer sua função atípica é com a edição de medidas provisórias, que devem ser aprovadas pelo legislador em momento posterior. Item B – ERRADO. Este item trata do decreto autônomo, previsto no art. 84, VI. De fato, não é necessária lei anterior para que o Presidente da República disponha sobre a organização e funcionamento da administração federal, porém somente poderá fazê-lo quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Item C – ERRADO. Um exemplo da delegação interna corporis (dentro do corpo/dentro do poder executivo) é que o Presidente da República pode delegar a edição do Decreto Autônomo aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou Advogado-Geral da União (art. 84, parágrafo único). Item D – ERRADO. Além das atribuições descritas no item, o PR poderá editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da CF ou ainda editar leis delegadas (art. 68). CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 46 Item E – ERRADO. Além dos decretos regulamentares, expedidos para a fiel execução das leis, o Presidente da República pode dispor, mediante Decreto Autônomo, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; Gabarito: A. 19.(FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário) Lírio, Presidente da República, no intuito
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