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Aula 27 - Direito Constitucional - Aula 06

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 06
Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do 
Presidente da República 
I. PODER EXECUTIVO ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3 
II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) --------------------------------------------------------------------- 4 
III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) ---------------------------------------------------------- 16 
IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE) ---------------------------------------------------------------------- 17 
V. DO PODER REGULAMENTAR -------------------------------------------------------------------------------------- 20 
VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA------------------------------------ 24 
VII. GOVERNADORES (Gov) ----------------------------------------------------------------------------------------------- 32 
VIII. QUESTÕES DA AULA ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 63 
IX. GABARITO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 76 
X. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ----------------------------------------------------------------------------------- 77 
Olá futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR!
Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96?
Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Poder Executivo
De todos os três poderes, sem dúvida, é o assunto de mais fácil assimilação e 
de menor conteúdo. Além disso, o conteúdo da aula de hoje é bastante 
palpável, teremos até alguns vídeos para demonstrar como a teoria funciona 
na prática.
Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine 
muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 46 questões 
comentadas!
Na aula de hoje, teremos APENAS 24 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS 
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o 
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e 
agradável!
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Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Vamos então à nossa aula!
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO
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I. PODER EXECUTIVO
Meu caro aluno e futuro Técnico Judiciário do TRT/PR, é importante que você 
tenha uma visão do todo antes de estudar cada detalhe da matéria. Assim, 
observe o esquema a seguir e veja a estrutura do conteúdo que iremos 
estudar na aula de hoje.
1 - Funções do Poder Executivo - Típicas
- Atípicas
2 - Presidente da República 2.1 - Funções do PR 
2.2 - Investidura
2.3 - Impedimentos e vacância
2.4 - Atribuições do PR
3 - Vice-Presidente da República 
4 - Ministros de Estado
5 - Poder Regulamentar 
6 - Responsabilização do PR 6.1 - Crimes de responsabilidade
6.2 - Crimes comuns
7 - Governadores de Estado e do DF
Você se lembra que cada um dos poderes possui funções típicas e também 
atípicas? Pois bem, o Poder Executivo possui como função típica a de 
administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o Presidente 
da República elabora uma lei delegada ou uma Medida Provisória) e a de 
julgar (ex. quando a Administração Pública julga os processos 
administrativos). Veja:
a) Função Típica - Administração
b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)
- Julgar (decisões nos processos adm)1
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II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR)
2.1 FUNÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
O Presidente da República é o chefe do Poder Executivo Federal e exerce
duas funções: a de Chefe de Estado, quando representa o Brasil em suas 
relações internacionais e a de Chefe de Governo, quando exerce a direção 
superior da Administração Federal. Assim, quem exerce o Poder Executivo é o 
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
2.2 INVESTIDURA 
Sistema eleitoral: O Presidente da República é eleito pelo sistema 
majoritário de dois turnos. Explicando melhor: existem dois sistemas 
eleitorais. O primeiro é o sistema proporcional, onde cada partido obtém um 
número de vagas proporcionais à soma dos votos em todos os seus 
candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais
votados daquele partido. 
O segundo é o sistema majoritário, onde o candidato eleito será aquele que 
conseguir a maioria dos votos. Este último sistema pode ainda ser subdividido 
em dois: o sistema majoritário simples (ou puro) e o sistema majoritário de
dois turnos.
O sistema majoritário simples ou puro é aquele onde o candidato vencedor 
da eleição será aquele que obtiver mais votos em um só turno, 
independentemente da diferença de votos. Esse sistema é usado para a eleição 
de senadores e de prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores.
Já o sistema majoritário de dois turnos é aquele onde o vencedor das 
eleições será o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, não 
computados os brancos e os nulos.
Caso ninguém consiga esse número no primeiro turno, haverá segundo turno
em 20 dias, concorrendo os dois candidatos mais votados. Em caso de morte, 
desistência ou impedimento legal de candidato antes do segundo turno,
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes. Caso haja empate, 
em qualquer caso, terá preferência o mais idoso.
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Esse sistema é utilizado nas eleições de Presidente da República,
Governador e prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores.
Data das eleições: As eleições para Presidente da República ocorrerão, em 
1º turno, no 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do 
mandato presidencial vigente e, em 2º turno, no último domingo de 
outubro.
Mandato: O mandato presidencial terá duração de 4 anos, com início em 1º 
de janeiro do ano seguinte à eleição.
Reeleição: O Presidente da República pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ.
Assim, ao final de dois mandatos consecutivos, o Presidente não pode se 
candidatar a um terceiro mandato.
Observe que nada impede que alguém seja eleito Presidente da República três, 
quatro, cinco, dez vezes ao longo da vida. Isso pode ocorrer. O que é proibido 
é que alguém tenha mais de dois mandatos consecutivos.
Requisitos de elegibilidade do Presidente da República (PR) e do Vice-
Presidente da República (VP): A CF estabelece como requisitos para que 
alguém seja Presidente da República e Vice-Presidente da República:
- Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro 
naturalizado);
- Idade mínima: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos;
- Alistamento eleitoral;
- Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma, 
ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio 
de um partido político. Além disso,a CF não estabelece prazo mínimo 
de filiação para que alguém se candidate a Presidente.
- Não ser inelegível.
Posse: A Constituição estabelece que a posse do Presidente e do Vice-
Presidente da República se dará em sessão conjunta do Congresso 
Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia 
1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o 
Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias.
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Esquematizando:
2. Presidente da República 
2.1. Funções do PR a) Chefe de Estado: representar o Brasil nas suas relações internacionais
b) Chefe de Governo: Exerce a direção superior da Administração Federal
- Exerce o Poder Executivo, auxiliado pelos MinEx Sistema - Puro/simples - Ganha quem tiver mais votos em um só turno
majoritário - Independentemente da diferença de votos
- Eleição de - Senadores
- Prefeitos de mun com menos de 200 mil eleitores
- De 2 turnos - Ganha quem tiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos
- Não computados os em branco e os nulos
- Se ninguém conseguir a MA no 1º turno, concorrem em 2º turno os 
dois mais votados
- Prazo: 20 dias
- Empate: o mais idoso
- Morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do 2º turno: 
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes
- Empate: o mais idoso
- Eleição de - Presidente da República
- Governador
- Prefeitos de mun com mais de 200 mil eleitoresx Data da eleição 1º turno: 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato 
presidencial vigente
2º turno: último domingo de outubrox Mandato - Duração: 4 anos
- Início: 1º de janeiro do ano seguinte à eleiçãox Reeleição - PR pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ
- Pode ser PR + de 2 vezes, o que não pode é ter + d 2 mandatos consecutivos
- Para garantir a alternância de poderx Requisitos de elegibilidade - Ser brasileiro nato
do PR e do VP - Idade mín: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos
- Alistamento eleitoral
- Filiação partidária (Vedado candidatura avulsa / autônoma)
- Não ser inelegívelx Posse - Em sessão conjunta do CN
- No dia 1º de janeiro
- Cargo será declarado vago se o PR/VP não assumirem em 10d salvo força maior
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2.3 IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente. Nesse 
caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o afastamento definitivo do chefe 
do Poder Executivo devido à morte, renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso, 
ele será sucedido pelo Vice, que assumirá o mandato pelo tempo restante.
Assim, por exemplo, se o Presidente da República morre, o vice assumirá a 
presidência pelo tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente.
Roberto, o que ocorrerá caso haja vacância nos cargos de Presidente E Vice-
Presidente? Ou seja, se os dois cargos vagarem? Nesse caso, dependerá de 
quando os dois cargos ficarem vagos. Se as vagas ocorrerem nos dois 
primeiros anos do mandato, haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois 
de aberta a última vaga. Eleição direta significa que o povo vai às urnas 
novamente para eleger o novo Presidente e Vice-Presidente da República.
Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do mandato,
ocorrerá eleição INDIRETA pelo Congresso Nacional em até 30 dias depois 
de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o povo que vai às urnas 
para votar, mas sim os representantes do povo (Congresso Nacional) que 
elegem o Presidente da República.
Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato somente pelo 
tempo restante do mandato original (mandato tampão). Observe o desenho:
Vaga nos 2 primeiros anos: 
Eleição direta pelo povo 
Novo mandato 
(mandato-tampão) 
1º ano 
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Como visto, quem substitui o Presidente nos casos de impedimento ou o 
sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da República. Na falta dos 
dois, serão sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a 
Presidência da República (nessa ordem):
1. Presidente da Câmara dos Deputados
2. Presidente do Senado Federal
3. Presidente do STF
Observe que esses três somente ocuparão o cargo de Presidente da República 
temporariamente.
A Constituição Federal ainda estabelece que o Presidente da República e o Vice 
não poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do 
Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Pelo princípio da simetria, 
essa regra é de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente 
aos governadores e às respectivas assembleias legislativas, não podendo as 
constituições estaduais ampliar ou reduzir esse período.
Essa proibição se aplica a ambos os cargos: Presidente da República e Vice-
Presidente da República, independentemente de esse último estar ou não 
substituindo.
Esquematizando:
Vaga nos 2 últimos anos: 
Eleição indireta pelo CN 
Novo mandato 
(mandato-tampão) 
1º ano 
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a) Impedimento - É o afastamento temporário do PR
- Vice-Presidente SUBSTITUI o PR
- O PR e o VP não poderão, sem licença do CN, ausentar-se do país por 
mais de 15 dias, sob pena de perda do cargo
Ɣ Regra de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente 
aos gov e as respectivas assembleias legislativas
Ɣ Princípio da simetria
b) Vacância - É o afastamento definitivo do PR
- Decorre de i. Morte
ii. Renúncia
iii. Perda do cargo
- VP SUCEDE o PR e termina seu mandato pelo tempo restante
c)Vacância dos i. Nos 2 primeiros - Eleição direta
cargos de PR e VP anos do mandato - Em 90 dias depois de aberta a última vaga
ii. Nos 2 últimos - Eleição indireta pelo CN
anos do mandato - 30 dias depois de aberta a última vaga
- Nos dois casos, o mandato é somente pelo tempo restante: (mandato-
tampão)
d) Linha sucessória: Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão 
sucessivamente chamados para a Presidência 1. Presidente da CD
2. Presidente do SF
3. Presidente do STF
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2.4 ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
As atribuições do Presidente da República estão previstas no artigo 84 da 
Constituição Federal, que traz uma lista exemplificativa. Dessa forma, pode 
haver outras atribuições presidenciais não elencadas nesse dispositivo. Para 
fins de prova, marcarei em negrito e comentarei as mais importantes, o que 
não significa que você pode esquecer as demais, combinado?
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
Observe que o Congresso Nacional não possui qualquer interferência na 
escolha ou exoneração dos Ministros de Estado. No entanto, o Legislativo tem 
participação em casos especiais: (não são Ministros de Estado!)
x Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, 
os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, 
o presidente e os diretores do banco central, os chefes de missão 
diplomática de caráter permanente (embaixadores) e outros 
servidores, quando determinado em lei: são escolhidospelo 
Presidente da República, mas devem ser aprovados pela maioria 
absoluta do Senado Federal.
x PGR: Embora nomeado pelo presidente da República para um mandato de 
dois anos, a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa 
do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da 
maioria absoluta do Senado Federal.
Cuidado para não confundir o Procurador-Geral da República (PGR) com o 
Advogado-Geral da União (AGU). Este último não precisa de aprovação do 
Senado Federal.
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores 
de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os 
diretores do banco central e outros servidores, quando determinado 
em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal 
de Contas da União;
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XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, 
e o Advogado-Geral da União;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da 
administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando 
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre 
ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei 
(art. 48, XI).
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus 
representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional;
Observe que o Presidente da República celebra os tratados internacionais e 
o Congresso Nacional os referenda. Dessa forma, cuidado para não 
confundir a atribuição do Presidente (celebrar o tratado) com a do Congresso 
(referendá-lo).
Confira o texto da CF: Art. 49. “É da competência exclusiva do Congresso 
Nacional: I - resolver definitivamente sobre (referendar) tratados, acordos ou 
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao 
patrimônio nacional.”
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IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
A CF confere ao Presidente da República a competência para DECRETAR (e 
não aprovar) o estado de defesa e o estado de sítio. No entanto, o Congresso 
Nacional pode SUSPENDER essas medidas. Observe o art. 49: “Compete ao 
Congresso Nacional IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, 
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.”
X - decretar e executar a intervenção federal;
A intervenção federal é a limitação temporária da autonomia de um ente da 
federação (estado, DF ou município localizado em território) e existem vários 
motivos que podem levar à decretação da intervenção (confira o art. 34).
Saiba que quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente 
da República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. No 
entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso 
Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Resumindo:
x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depoisx Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depoisx Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião 
da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as 
providências que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, 
dos órgãos instituídos em lei;
Observe que a audiência dos órgãos instituídos em lei não é obrigatória.
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus 
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
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XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo 
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das 
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, 
a mobilização nacional;
Observe que a declaração de guerra e a mobilização nacional devem,
em regra, ser AUTORIZADAS pelo Congresso Nacional. No entanto, 
caso o Parlamento esteja em recesso, o Presidente primeiro as declara 
e, depois, o Congresso as REFERENDA (aprova).
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de 
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas 
referentes ao exercício anterior;
Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da federação. 
Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses prazos.
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do 
art. 62;
Somente o Presidente da República pode editar as medidas provisórias, não 
podendo delegar essa atribuição a mais ninguém. Os Governadores e Prefeitos 
também podem editar MPs, desde que elas estejam previstas na Constituição 
Estadual e na Lei Orgânica Municipal.
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XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. (A lista é 
exemplificativa, lembra?)
Uma informação bastante cobrada em provas é que, em regra, as atribuições 
acima são indelegáveis, no entanto, o Presidente da República pode delegar 
aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União as seguintes:
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos 
órgãos instituídos em lei;
XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir 
somente se estiver vago – decreto autônomo)
Esquematizando:
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x Art. 84x Lista exemplificativax São extensíveis aos governadores e prefeitosx Regra: indelegáveis
- Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut)
a) organizaçãoe funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;x Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos, 
quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei;
(extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)
- Delegar ao - MinE
- AGU
- PGR
x Tratados Internacionais: o PR celebra os tratados internacionais e o CN os referendax Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depoisx Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depoisx Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidasx OBS: PR escolhe, mas devem - Min STF
aprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores
- Gov Territ
- Presidente e diretores do BACEN
- Chefes de missão dipl. de caráter permanente
- PGR
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- Nomeado pelo PR para um mandato de 2 
anos, mas a destituição do PGR por iniciativa 
do PR, deverá ser precedida de autorização 
da MA do SF
- Não confundir PGR com AGU (que não 
precisa de aprovação do SF)
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III.DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP)
Quanto ao Vice-Presidente da República, somente duas informações são 
importantes para fins de prova. A primeira é que a eleição do Presidente 
importará a do Vice-Presidente. Assim, os cidadãos não podem escolher o vice 
separadamente.
A segunda informação necessária se refere às atribuições do Vice-Presidente 
da República. Observe o esquema:
a) Atribuições i. Substituição do Presidente nos casos de impedimento (temporário)
ii. Sucessão do Presidente nos casos de vacância (definitivo)
iii. Participação no - Conselho da República
- Conselho de Defesa Nacional
iv. Auxiliar o Presidente quando convocado para missões especiais
v. Outras atribuições conferidas por Lei Complementar
b) Investidura: A eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente3
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IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE)
Os Ministros de Estado são auxiliares do Presidente da República, que os 
escolhe e os exonera (exonerar = tirar do cargo) livremente, sem necessidade 
de motivação. 
São requisitos para que alguém seja nomeado Ministro de Estado:
- Ser brasileiro (nato ou naturalizado); Importante ressaltar que o 
único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro da DEFESA.
- Ser maior de 21 anos;
- Estar no exercício dos direitos políticos.
Além de auxiliar o Presidente da República, são atribuições dos Ministros de 
Estado:
i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal;
ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades 
da administração federal na área de sua competência;
iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR;
iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério;
vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou 
delegadas pelo Presidente.
Observe que os Ministros podem exercer inclusive atribuições privativas 
do PR, caso tenha havido delegação.
Os Ministros de Estado possuem foro privilegiado e são julgados pelas 
infrações penais comuns no Supremo Tribunal Federal. Já nos crimes de 
responsabilidade, deve-se saber se estes possuem ou não conexão com crimes
de mesma natureza (de responsabilidade) praticados pelo Presidente ou Vice-
Presidente da República. Caso possuam conexão, os Ministros de Estado 
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serão julgados pelo Senado Federal e, caso não possuam, serão julgados 
pelo Supremo Tribunal Federal.
Além dos casos previstos em lei, são crimes de responsabilidade dos Ministros 
de Estado:
x Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para 
prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições, 
deixarem de comparecer injustificadamente; ou 
x Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de 
informações das Mesas da Câmara e do Senado;
x Demais casos previstos na Lei.
Por fim, a criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública
é da competência do Congresso Nacional e deve ser feita por meio de lei
de iniciativa privativa do Presidente da República e COM sanção
presidencial (art. 48, XI + 61, § 1º, II, “e”).
Esquematizando:
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a) Investidura - Requisitos - Ser brasileiro (nato ou naturalizado)x O único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro 
da DEFESA
- Maior de 21 anos
- No exercício dos direitos políticos
- Escolha e exoneração: livre do Presidente, sem necessidade de motivação
b) Atribuições i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal
ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da 
administração federal na área de sua competência 
iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR
iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos
v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério
vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou 
delegadas pelo Presidente
Ɣ Podem exercer inclusive atribuições privativas do PR, caso tenha 
havido delegação
c) Responsabilização i. Crime de 1) Conexos com crimes de mesma natureza 
responsabilidade (resp) cometidos pelo PR ou VP
2) Não conexos com PR ou VP
ii. Infrações penais comuns 
d) Outras hipóteses de crimes de responsabilidade
- Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para prestar informações 
sobre assuntos inerentes a suas atribuições, deixarem de comparecer injustificadamente
- Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de informações das 
Mesas da Câmara e do Senado
- Casos previstos na Lei
e) Criação ou extinção de ministérios e órgãos - Competencia do CN
- Lei de iniciativa do PR
- Com sanção do PR
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V. DO PODER REGULAMENTAR
O poder regulamentar é a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do 
Poder Executivo para editar DECRETOS E REGULAMENTOS, destinados a dar 
fiel execução às leis. Uma das formas de externalização desse poder é 
através do Decreto Regulamentar.
Observe que existem três tipos de decreto:
1) Decreto Regulamentar ou de Execução: É o ato normativo 
secundário, de conteúdo geral, impessoal e abstrato, expedido para 
possibilitar a fiel execução de determinada lei. (é sobre esse tipo de 
decreto que nós estamos falando!)
x Ato normativo secundário ou derivado é aquele que não deriva 
diretamente da CF e sim de uma lei. Assim, ele depende da 
existência de uma lei, não podendo existir sem ela e sendo 
hierarquicamente inferior.
x Ter conteúdo geral, impessoal e abstrato significa dizer que o 
decreto não se refere a nenhum caso concreto e não possui 
destinatário certo,sendo aplicado a todos aqueles que se 
encaixarem nas situações previstas no decreto.
Esse tipo de decreto tem por base o art. 84, VI da CF, não é passível 
de delegação pelo Presidente da República e deriva do poder 
regulamentar a ele conferido.
2) Decreto autônomo: é o ato através do qual o Presidente da República 
dispõe sobre organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos ou sobre a extinção de funções ou cargos públicos, 
quando vagos. Ele foi inserido no ordenamento pátrio pela Emenda 
Constitucional nº 32/2001.
O decreto autônomo é um ato normativo primário, ou seja, deriva da 
própria Constituição (art. 84, VI) e tem força de lei. Além disso, esta 
competência pode ser delegada aos Ministros de Estado, PGR e AGU.
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Portanto, atenção! O decreto autônomo não pode regulamentar 
leis, para isso, existe o decreto regulamentar!
3) Decreto Específico/Individual: é um ato de efeito concreto que possui 
destinatário certo e provê situações individuais, particulares, tais como 
nomeação, exoneração, desapropriação etc. Este não é um ato 
normativo e não é derivado do poder regulamentar.
Roberto, ainda estou meio confuso... Dá pra deixar mais claro? Lógico!
Quando uma lei é editada, é praticamente impossível prever todas as situações 
englobadas nela. Além disso, uma lei, geralmente, também não prevê a forma 
como os seus comandos serão executados.
Assim, para que a lei seja cumprida da melhor forma possível (e com menos 
margem de interpretações divergentes), existe o poder regulamentar. Esse 
poder não cria direitos ou obrigações, mas apenas explica melhor como os 
comandos da lei serão executados.
Exemplo (em palavras muuuuito simples e sem a devida técnica, mas apenas 
para que você entenda melhor):
Uma LEI falaria assim: "os servidores públicos terão 30 dias de férias".
Ela não explicou como as férias devem ser tiradas e nem as condições ou o 
procedimento para tal.
Já um DECRETO EMANADO DO PODER REGULAMENTAR falaria o seguinte: 
"para que um servidor tire férias, ele deverá
I - preencher um pedido;
II - autuar um processo;
III - ter autorização por escrito do chefe imediato;
IV - não poderão gozar férias, simultaneamente, mais de 25% de cada 
setor.
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Percebeu que o decreto não criou e nem modificou o direito de tirar férias? Ele 
apenas explicou melhor como esse direito deve ser exercido. É para isso que 
serve o poder regulamentar.
Leis Delegadas e o poder do Congresso Nacional de sustar atos do 
Poder Executivo 
Além dos atos normativos vistos acima, o Presidente da República pode 
elaborar Leis Delegadas. Funciona assim:
1. Em regra, quem elabora as leis é o Poder Legislativo. Até aqui, sem 
novidades.
2. O Presidente pode solicitar (pedir) autorização ao Congresso Nacional 
para que ele (o Presidente) elabore uma lei.
3. O Poder Legislativo pode ou não autorizar que o Presidente elabore a lei, 
mas, caso o faça, essa autorização deve ser limitada e específica, ou 
seja, não pode ser uma carta em branco para que o PR elabore a lei do 
jeito que quiser.
4. Caso seja autorizado pelo CN, o Presidente da República elabora uma lei, 
chamada de Lei Delegada.
O procedimento de elaboração e demais características da Lei Delegada são 
estudados em processo legislativo. Não se preocupe com isso agora.
O que você deve saber, por enquanto, é que o Congresso Nacional pode 
sustar a LEI DELEGADA, caso o Presidente da República a elabore fora 
dos limites da delegação do Congresso.
O Congresso pode ainda sustar os demais ATOS NORMATIVOS (atos 
administrativos não!) do Poder Executivo que extrapolem do poder 
regulamentar (estamos falando aqui dos decretos regulamentares e demais 
regulamentos expedidos utilizando-se o poder regulamentar).
Confira o texto do art. 49: “É da competência exclusiva do Congresso 
Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do 
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.”
Esquematizando:
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a) Conceito: É a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para 
editar decretos e regulamentos, destinados a dar fiel execução às leis
i. Regulamentar - CF, art. 84, IV
(de execução) - É ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e 
abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução de
determinada lei
- Depende da existência de lei: é ato normativo derivado
- Competência não passível de delegação
- Expedido no exercício do Poder Regulamentar
b) Decreto ii. Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF)
- Art. 84, VI
- Competência passível de delegação 
- Pode dispor sobre:
I) Organização e funcionamento da administração federal
desde que não implique em aumento de despesa ou na 
criação/extinção de órgãos públicos
II) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos
iii - Decreto Específico - Ato de efeito concreto, provê situações particulares
(individual) - Ex: Nomeação e exoneração, desapropriação etc
- Não é ato normativo
c) O CN pode sustar - Lei delegada, caso extrapole os limites da delegação
- Demais atos normativos, caso extrapolem o poder regulamentarx Não pode sustar atos administrativos do Executivo 
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VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA
O Presidente da República pode ser responsabilizado tanto por crimes comuns 
quanto pelos crimes de responsabilidade. No entanto, a depender da natureza 
do crime, alguns detalhes devem ser observados:
6.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas,
definidas em lei especial federal. A Constituição traz uma lista 
exemplificativa dos crimes de responsabilidade do Presidente da República:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem 
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos 
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Caso o Presidente da República cometa algum crime de responsabilidade, ele 
será processado e julgado pelo Senado Federal. No entanto, para que o 
Senado o julgue, deve haver, primeiro, a autorização da Câmara dos 
Deputados. Dessa forma, o procedimento funciona em dois passos:
1- Autorização da Câmara dos Deputados: por 2/3 de seus membros.
A CD faz um juízo de admissibilidade de natureza política, portanto, 
com forte grau de discricionariedade.
Além disso, o Presidente da República já terá direito ao contraditório e a 
ampla defesa na Câmara dos Deputados (MS 21.564) e qualquer cidadão 
pode oferecer acusação contra o Presidente à Câmara.
2- Julgamento pelo Senado Federal: após autorização da Câmara dos 
Deputados, o Presidente da República será processado e julgado pelo 
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Senado Federal. Apesar de o julgamento possuir natureza política
(assim como a autorização da Câmara), o Senado atuará como órgão 
judicial e não como órgão legislativo. 
A votação será nominal e aberta, a sessão deve ser presidida pelo 
Presidente do Supremo Tribunal Federal e, assim como o quorum da 
Câmara para autorização do processo, o quorum de votação para 
condenação no Senado é de 2/3 dos membros.
Observe que a autorização da Câmara obriga o Senado a julgar o
Presidente da República. Dessa forma, a Câmara Alta (o Senado) não 
possui discricionariedade se julga ou não o Presidente. Obviamente, o 
chefe do Executivo pode ser absolvido ou condenado no julgamento, mas 
este (o julgamento) deve ocorrer.
O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado 
Federal. Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo 
Senado, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o 
resultado do julgamento para “inocente”. No entanto, o Tribunal Maior 
pode intervir para que o processo seja feito corretamente, por exemplo, 
para garantir o contraditório e a ampla defesa ao Presidente da 
República.
A sentença será externalizada por uma Resolução do Senado Federal e, 
caso o Presidente seja condenado, a pena será da perda do cargo E
inabilitação, por exatamente 8 anos, para o exercício de qualquer
função pública (mandato eletivo, concurso público, cargo de confiança 
etc), sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Observe que as duas penas são aplicadas em conjunto e que a 
inabilitação não é de “até 8 anos” e sim de “exatamente 8 anos”. Dessa
forma, o Senado Federal não pode aplicar somente uma dessas penas ou 
aplicar a inabilitação por tempo inferior aos 8 anos.
Por fim, caso o Presidente renuncie ao mandato depois de iniciado o 
julgamento no Senado Federal, este não será paralisado e prosseguirá até o 
fim. A pena da perda do cargo não terá mais efeitos (uma vez que o Presidente 
renunciou ao mandato). No entanto, ainda poderá ser aplicada a inabilitação 
para o exercício de funções públicas por 8 anos, por isso, o julgamento 
continua.
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Somente a título de curiosidade e para que você veja como o processo ocorre 
na prática, separei alguns vídeos no youtube. Portanto, caro aluno, perceba 
que ao estudarmos o Direito Constitucional, estamos estudando um 
conteúdo altamente prático, e não somente teorias sem valor em uma 
folha de papel.
Vídeo 1: http://youtu.be/MKxUdBIiehs 
Vídeo 2: http://youtu.be/S7cqhhnL53E 
Vídeo 3: http://youtu.be/7Bh7iIGDAzc
Esquematizando:
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x Conceito: Infrações político-administrativas, definidas em lei especial federalx Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa)
i. A existência da União
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades 
da Federação
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
iv. A segurança interna do País
v. A probidade na administração
vi. A lei orçamentária
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais
1. Autorização - 2/3 dos membros
da CD - Juízo de admissibilidade
- Natureza política (discricionário)
- Qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o PR à CD
- PR tem direito a contraditório e ampla defesa 
(MS 21.564/DF)
2. Julgamento - Julgamento de natureza políticax Processo pelo SF - Atua enquanto órgão judicial e não como órgão legislativo
- 2/3 dos membros
- Votação nominal e aberta
- Presidido pelo Presidente do STF
- Admissão da CD obriga o SF a julgar o PR
- O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do SF, mas 
pode intervir para que o processo seja feito corretamente
Ɣ Ex: para garantir o contraditório e a ampla defesa
OBS.: a) PR ficará suspenso de suas funções: Nos crimes de responsabilidade, 
após a instauração do processo pelo Senado
b) Decorrido o prazo de 180 dias, se o julgamento não estiver 
concluído, cessará o afastamento do PR (mas o processo continua)x Condenação - Perda do cargo 
- Inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública (impeachment)
Ɣ Não é até 8 anos. É exatamente 8 anos
Ɣ QUALQUER função pública: mandato eletivo, concurso público, 
cargo de confiança etc
- Sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis
- Sentença externalizada por uma Resolução do SFx Renúncia: se for apresentada quando o julgamento já tiver sido iniciado, não paralisa o 
processo de impeachment (MS 21.689-1)
6.
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6.2 CRIMES COMUNS
Diferentemente dos parlamentares federais, o Presidente da República não 
possui imunidades materiais. Dessa forma, o chefe do Executivo pode ser 
responsabilizado por suas opiniões e palavras, ainda que no exercício da 
função presidencial.
Por outro lado, o Presidente possui as seguintes imunidades processuais 
(formais):
1. Imunidade a prisões temporárias: a Constituição estabelece que o 
Presidente da República somente poderá ser preso por sentença 
condenatória do STF. Assim, ele não poderá ser preso por prisões 
cautelares, como as prisões preventivas, provisórias, etc.
2. Atos estranhos ao mandato: os “atos estranhos ao mandato” aqui 
referidos são os crimes comuns que não guardem pertinência com o 
exercício da presidência. Assim, NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o 
Presidente da República não responderá pela prática de atos 
estranhos ao exercício de suas funções.
Não é que a pessoa do Presidente jamais poderá ser processada pelos 
crimes que cometeu. No entanto, ele responderá por eventual crime que 
não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o 
término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma 
irresponsabilidade temporária.
Obviamente, enquanto durar o mandato, a prescrição também será 
suspensa. Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui 
um certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um crime. 
Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19 anos de idade 
e nunca foi processado por isso. Não pode o Estado querer fazê-lo 
quando o sujeito tiver 99 anos de idade. Existe um tempo (que, aliás, é 
bastante razoável) para que o Estado possa processar e julgar o 
criminoso. 
A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para 
estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as 
providências necessárias ao cumprimento da lei.
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Dessa forma, como não há a possibilidade jurídica de se processar a 
pessoa do Presidente por atos estranhos ao mandato durante o mesmo, 
não seria razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma 
vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma 
impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Portanto, o 
prazo de prescrição fica suspenso enquanto durar o mandato.
Observe que essa imunidade formal somente é válida para atos de 
natureza penal: o Presidente pode responder durante o mandato por 
atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária.
3. Necessidade de autorização da Câmara dos Deputados para 
instauração do processo por crime comum que guarde
pertinência com o exercícioda presidência:
Nós já vimos que o Presidente, durante seu mandato, somente pode ser 
processado por crimes comuns se estes guardarem pertinência com o 
exercício da presidência. Nesse caso, assim como nos crimes de 
responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há a necessidade 
da autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados.
Igualmente, esse juízo de admissibilidade possui natureza política e
fortemente discricionária.
Caso seja aprovado pela Câmara, o julgamento do Presidente pelos 
crimes comuns (e que guardem pertinência com o exercício do mandato) 
será realizado pelo STF. Diferentemente do Senado Federal, que é 
obrigado a julgar o Presidente pelos crimes de responsabilidade, caso a 
Câmara tenha autorizado, o Supremo não é obrigado a instaurar o 
processo contra o Presidente.
Outra observação importante é que a autorização da Câmara não é 
necessária para instauração de inquéritos policiais contra o Presidente da 
República. Lembre-se de que o inquérito policial é um procedimento de 
instrução penal anterior à instauração do processo.
A necessidade de licença não impede o inquérito policial
(procedimento anterior ao processo), nem tampouco o 
oferecimento da denúncia (feita pelo Ministério Público), porém, 
apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro ato de 
prosseguimento praticado pelo STF (Alexandre de Moraes).
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Afastamento do cargo do Presidente da República
A Constituição Federal estabelece que o Presidente ficará suspenso de suas 
funções:
I - nos crimes de responsabilidade, após a INSTAURAÇÃO do 
processo pelo Senado Federal.
II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o 
mandato), SE RECEBIDA a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo 
Tribunal Federal.
A denúncia é o ato no qual o representante do Ministério Público apresenta sua 
acusação perante o Judiciário para que este julgue o crime. Ela é a peça inicial 
dos processos criminais que envolvam crimes de ação pública, ou seja, 
naqueles em que a iniciativa do processo judicial é do Ministério Público. Já a 
queixa-crime é o equivalente à denúncia nos crimes de ação penal privada.
Assim, nada acontece se o Ministério Público oferecer a denúncia, mas, caso o 
Supremo a receba (primeiro ato de prosseguimento do processo praticado pelo
STF), aí sim o Presidente será afastado.
Dessa mesma forma, não é a autorização da Câmara dos Deputados que 
promove a suspensão do Presidente, mas sim o recebimento da denúncia ou 
queixa-crime pelo STF ou a instauração do processo pelo Senado Federal.
O prazo máximo de afastamento é de 180 dias. Caso esse período seja 
esgotado sem o julgamento, o Presidente da República retornará ao cargo, 
mas isso não impede que o processo continue normalmente.
Caso seja condenado por crime comum, o Presidente da República perderá 
seus direitos políticos e, consequentemente, o cargo. Caso o mandato acabe e 
o Supremo Tribunal Federal ainda não tenha julgado o processo, este seguirá 
para a justiça comum competente, uma vez que o foro privilegiado somente 
dura enquanto durar o mandato. 
Esquematizando: 
Foro de julgamento - crimes comuns: STF
do Presidente - crimes de responsabilidade: Senado
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x Imunidades materiais: Não possui: O PR não é inviolável por opiniões e palavras, ainda que no 
exercício da função presidencialx Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier 
processuais sentença condenatória do STF 
(formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares 
2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o 
ao exercício do exercício da presidência
mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato, 
o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao 
exercício de suas funções 
- PR responderá por eventual crime que não tenha conexão 
com o exercício da presidência somente após o término do 
mandato, perante a Justiça Comum
Ɣ Suspende a prescrição enquanto durar o mandato
Ɣ Somente vale para atos de natureza penal: o PR pode 
responder durante o mandato por atos de natureza civil, 
administrativa, fiscal ou tributária
3) Formação - Crimes comuns que guardem pertinência com o mandato
do processo - Necessidade de autorização da CD (2/3 dos membros)
- Juízo de admissibilidade (Natureza política)
- Julgamento perante o STF
- O STF NÃO é obrigado a instaurar o processo
Ɣ Lembrando que o SF é obrigado a julgar o PR nos 
crimes de resp, caso a CD autorize a instauração do 
processo por 2/3 dos membros
- Não precisa de autorização da CD para instaurar inquérito 
policial (sempre no STF) ou para o MP OFERECER a
denuncia – mas precisa da autorização para o STF RECEBER
a denúncia (1º ato praticado pelo STF)x Afastamento Ɣ O PR ficará suspenso de suas funções:
do Presidente I - nos crimes de resp, após a instauração do processo pelo SF
II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o 
mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF;
Ɣ Prazo máximo de afastamento: 180 dias
Ɣ Caso esgote o prazo sem julgamento: o PR retorna ao cargo, mas o processo 
continua normalmente
Ɣ�Se condenado por crime comum: perde direitos políticos e o cargo de PR
Ɣ Se o mandato acabar e o processo ainda não tiver sido julgado pelo STF: o
processo vai para a justiça competente
6.
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VII. GOVERNADORES (Gov)
Os governadores dos estados e do Distrito Federal, por sua vez, somente 
possuem uma imunidade formal: autorização de instauração do processo 
por 2/3 da Assembleia Legislativa.
Dessa forma, as Constituições Estaduais não podem conferir aos governadores 
as imunidades para as prisões temporárias e nem as imunidades para que 
somente sejam processados por atos que guardem pertinência com o exercício 
da função (ADI 1.021/SP).
Esquematizando:
x Única imunidade formal: autorização de instauração do processo por 2/3 da Assembleia 
Legislativax CEs NÃO podem estender aos gov - imunidades para as prisões temporárias
- imunidades para que somente sejam processados por 
atos que guardem pertinência com o exercício da 
função
- ADI 1.021/SP
7)
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EXERCÍCIOS
1. (FCC – 2012 – TST – Analista) A Presidente da República Federativa do Brasil, 
no exercício de suas funções, pretende delegar uma de suas atribuições 
expressamente previstas na Constituição Federal de 1988. Nesta hipótese, 
poderá a Presidente da República delegar sua competência privativa para
a) convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, ao 
Advogado Geral da União.
b) enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição 
a um dos Ministros de Estado.
c) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei, ao Presidente do Congresso Nacional.
d) prover Cargos Públicos federais na forma da Lei, a um dos Ministros de 
Estado.
e) nomear e exonerar os Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da 
República.
Tranquila essa questão, hein galera! Em regra, as competências 
privativas do Presidente da República, em regra, não podem serdelegadas. No entanto, a própria CF prevê expressamente algumas 
situações onde o Presidente pode delegar suas atribuições ao PGR, ao 
AGU ou aos Ministros de Estado. São elas: (art. 84, parágrafo único)
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos 
órgãos instituídos em lei;
XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir 
somente se estiver vago – decreto autônomo)
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Gabarito: D.
2. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Cabe ao Presidente da 
República, entre outras competências,
a) editar decretos para criação de cargos públicos. 
b) nomear os Ministros do Tribunal de Contas da União, observadas as 
disposições constitucionais pertinentes.
c) suspender a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva 
do Supremo Tribunal Federal. 
d) fiscalizar as contas do Congresso Nacional. 
e) fiscalizar as contas do Supremo Tribunal Federal. 
Item A – ERRADO. A criação de cargos públicos depende de lei (art. 48, 
X), em qualquer caso. Para a extinção, existe a possibilidade via 
decreto autônomo (art. 84, VI, “b”), se estiverem vagos.
Item B – CERTO. Isso mesmo, os ministros do TCU são nomeados pelo 
Presidente da República (art. 84, XV). 
Item C – ERRADO. Isso não é atribuição do Presidente da República, 
mas sim do Senado Federal (art. 52, X).
Itens D e E – ERRADOS. Dica quente: o Presidente da República não 
fiscaliza as contas de nenhum outro poder! Fica mais fácil, né?
Gabarito: B.
3. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Há previsão de eleição indireta para 
os cargos de Presidente e de Vice-Presidente da República, a ser realizada pelo
Congresso Nacional, na hipótese de vacância dos dois cargos nos primeiros 
dois anos do período presidencial.
O erro é sutil, porém fatal: a eleição indireta (pelo Congresso 
Nacional) só acontecerá se a vacância dos dois cargos ocorrer nos dois 
últimos anos do período correspondente ao mandato presidencial. 
Caso ocorra nos dois primeiros anos, o povo irá às urnas novamente, 
realizando-se eleições diretas.
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Gabarito: Errado.
4. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) O Presidente e o Vice-Presidente da 
República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do 
País por período superior a trinta dias, sob pena de perda do cargo.
Esse prazo é mais apertado: quinze dias, conforme o art. 83.
Gabarito: Errado.
5. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Segundo entendimento do Supremo 
Tribunal Federal, na hipótese de processo contra o Presidente da República por 
crime comum, em relação a fatos estranhos ao exercício do mandato, deverá o 
processo ser suspenso, com a consequente suspensão do prazo prescricional, 
apenas com relação aos fatos ocorridos antes ao início de seu mandato.
Não importa se os fatos são ocorridos antes ou após o início de seu 
mandato. Ele só responderá por fatos estranhos ao exercício do 
mandato após o término deste. Isto decorre do art. 86, §4º: “O
Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser 
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”. Em 
relação ao prazo prescricional, está certo: ele fica suspenso enquanto 
o processo estiver suspenso.
Gabarito: Errado.
6. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) Em relação ao tema 
responsabilidade do Presidente da República, considere: 
I. Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente 
da República nos crimes de responsabilidade, podendo sancioná-lo com pena 
de privação de liberdade e inabilitação, por oito anos, para o exercício de 
função pública. 
II. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser 
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
III. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o 
Presidente da República não estará sujeito à prisão. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas.
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b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Item I – ERRADO. O julgamento de crime de responsabilidade 
proferido pelo Senado Federal não pode decretar a prisão do 
Presidente, somente a perda do cargo e a inabilitação, por oito anos, 
para o exercício da função pública (art. 52, parágrafo único).
Item II – CERTO. Essa é a cópia do art. 86, §4º.
Item III – CERTO. Agora a cópia foi do art. 86, §3º. Já viram que esse 
artigo é importante, certo?
Gabarito: D.
7. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário) Compete 
privativamente ao Presidente da República 
a) nomear, após a aprovação do Congresso Nacional, Ministros do Supremo 
Tribunal Federal.
b) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional.
c) exercer, com o auxílio dos Deputados e Senadores, a direção superior da 
administração federal.
d) nomear e exonerar Ministros de Estado com a anuência do Congresso 
Nacional.
e) prestar, trimestralmente, ao Senado Federal, as contas referentes ao 
exercício de seu mandato.
Item A – ERRADO. Quem aprova o nome do Ministro do STF a ser 
nomeado é o Senado Federal.
Item B – CERTO. É a cópia do inciso XX do art. 84. O responsável pelo 
ato de celebração de paz é o Presidente da República.
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Item C – ERRADO. Os auxiliares do Presidente da República na direção 
superior da administração federal são os Ministros de Estado, 
conforme o art. 84, II.
Item D – ERRADO. A nomeação e exoneração dos Ministros de Estado 
são livres. O Presidente da República não precisa de autorização para 
realizar estes atos.
Item E – ERRADO. A prestação de contas do Presidente é anual e será 
para o Congresso Nacional.
Gabarito: B.
8. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário) Nas infrações penais 
comuns, o Presidente da República será submetido a julgamento perante o 
a) Supremo Tribunal Federal, não sendo necessária prévia autorização da 
Câmara dos Deputados.
b) Supremo Tribunal Federal, desde que a Câmara dos Deputados admita a 
acusação contra ele, por dois terços de seus membros.
c) Senado Federal, desde que a Câmara dos Deputados admita a acusação 
contra ele, por dois terços de seus membros.
d) Senado Federal, não sendo necessária prévia autorização da Câmara dos 
Deputados.
e) Senado Federal, desde que a Câmara dos Deputados admita a acusação 
contra ele, por três quintos de seus membros.
Nos crimes comuns que guardem pertinência com o mandato, o 
Presidente da República será julgado pelo STF. No entanto, este 
processo deve ser autorizado por dois terços da Câmara dos 
Deputados. Esse é o entendimento trazido pelo art. 86: “Admitida a
acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara 
dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado 
Federal, nos crimes de responsabilidade”.
Gabarito: B.
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9. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Atos do Presidente da República 
que contrariem a probidade na administração e o descumprimento das 
decisões judiciais, dentre outros, são considerados:
a) respectivamente crimes de responsabilidade e infrações penais comuns.
b) infrações penais comuns, apenas.
c) respectivamente infrações penais comuns e crimes de responsabilidade.
d) crimes de responsabilidade, apenas.
e) infrações penais comuns e crimes políticos.
Para responder essa questão, bastava que se tivesse memorizado bem 
o art. 85 da CF/88, que traz uma lista exemplificativa dos crimes de 
responsabilidade que podem ser praticados pelo PR:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem 
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e 
dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Gabarito: D.
10.(FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Presidente da 
República:
a) exerce a função de chefe de governo, mas não a de chefe de Estado.
b) toma posse em sessão da Câmara dos Deputados, prestando o 
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição.
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c) tem competência para avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema 
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes.
d) edita medidas provisórias, com força de lei.
e) nomeia Ministros de Estado, após a escolha ser aprovada pelo Congresso 
Nacional.
Item A – ERRADO. O PR exerce tanto a função de Chefe de Estado,
quando representa o Brasil em suas relações internacionais, como a de 
Chefe de Governo, quando exerce a direção superior da Administração 
Federal.
Item B – ERRADO. A CF/88 estabelece que a posse do PR e do VP se 
dará em sessão conjunta do Congresso Nacional (não é da Câmara dos 
Deputados e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro. 
Item C – ERRADO. Essa é uma das competências do Senado Federal,
descrita no inciso XV do art. 52 da CF/88, e não do Presidente da 
República.
Item D – CERTO. Literalidade do inciso XXVI do art. 84 da CF. Somente 
o Presidente da República possui competência para editar as medidas 
provisórias, sendo a mesma INDELEGÁVEL.
Item E – ERRADO. A escolha dos Ministros de Estado é efetuada 
exclusivamente pelo PR e não necessita passar pelo crivo de nenhum 
outro Poder, seja ele o Legislativo ou o Judiciário, para ser efetivada.
Gabarito: D.
11.(FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Vice-Presidente da 
República:
a) deve ser brasileiro nato ou naturalizado.
b) exerce competências taxativamente definidas na Constituição e em leis 
ordinárias.
c) substitui o Presidente, no caso de impedimento, e sucede-lhe, no caso de 
vacância.
d) poderá ser julgado, por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional.
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e) deve ter a idade mínima de trinta anos como condição de sua elegibilidade.
Item A – ERRADO. Somente um brasileiro NATO pode ser Presidente da 
República. Como o Vice-Presidente o substitui ou o sucede, exercendo 
efetivamente a presidência, ele também deverá ser um brasileiro nato.
Item B – ERRADO. O VP exerce atribuições que lhe forem conferidas 
por LEI COMPLEMENTAR, e não por lei ordinária, conforme art. 79, 
parágrafo único: “O Vice-Presidente da República, além de outras 
atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o 
Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.”
Item C – CERTO. É a dicção do art. 79 da CF/88. O VP tem por 
atribuição exatamente substituir o Presidente da República em caso de 
impedimento e de suceder-lhe em caso de vacância.
Item D – ERRADO. Em crimes de responsabilidade, o VP será julgado 
pelo SENADO FEDERAL, não pelo Congresso Nacional.
Item E – ERRADO. A idade mínima estabelecida pela CF/88 é de 35 
anos, não de 30 anos, como afirma a questão.
Gabarito: C.
12.(FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Se o Presidente da 
República atira contra seu próprio primo e comete um crime de homicídio, na 
vigência de seu mandato, motivado, apenas, por violento ciúme em relação à 
esposa, 
a) não poderá ser responsabilizado pelo ato enquanto durar seu mandato.
b) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Supremo 
Tribunal Federal.
c) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Senado 
Federal, e, caso seja considerado culpado, sofrerá a pena de impeachment.
d) será submetido a um primeiro julgamento perante o Congresso Nacional, o 
qual decidirá sobre a manutenção da decretação da prisão preventiva.
e) poderá ficar afastado do cargo, por decisão do Senado Federal, até que se 
ultime o julgamento no Supremo Tribunal Federal.
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NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o Presidente da República não 
responderá pela prática de crimes comuns que não guardem 
pertinência com o exercício de suas funções (art. 86,§ 4º, da CF/88),
respondendo por ele somente após o término do mandato, ficando a 
prescrição suspensa durante esse período.
Como o homicídio cometido pelo PR contra seu primo não guarda 
qualquer relação com o exercício das funções presidenciais, a
persecução criminal somente poderá ser iniciada após o término do 
mandato em razão dessa irresponsabilidade temporária.
Gabarito: A.
13.(FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do 
Presidente e do Vice-Presidente da República, Plínio, Presidente do Supremo 
Tribunal Federal, será chamado ao exercício da Presidência da República após 
serem chamados sucessivamente Adolfo e Irineu que são respectivamente, 
segundo a Constituição Federal, o:
a) Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal.
b) Ministro Chefe da Casa Civil e o Ministro da Justiça
c) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e o Ministro Chefe da Casa Civil.
d) Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro da Justiça.
e) Presidente da Câmara dos Deputados e o Ministro Chefe da Casa Civil.
Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão
sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTE a
Presidência:
1. Presidente da CD 
2. Presidente do SF 
3. Presidente do STF
Gabarito: A.
14.(FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) É lícito ao 
Presidente da República, delegar ao Ministro de Estado, a atribuição de:
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a) exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes 
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e 
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.
b) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes 
diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional.
c) dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da 
administração federal, quando não implicar aumento de despesanem criação 
ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos.
d) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o 
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e 
outros servidores, quando determinado em lei.
e) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional, 
conferir condecorações e distinções honoríficas e enviar ao Congresso Nacional 
o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
Em regra, as competências atribuídas ao PR pelo art. 84 da CF/88 são 
indelegáveis. Entretanto, algumas delas são excepcionadas e podem 
ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da 
República ou ao Advogado-Geral da União, quais sejam: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos 
instituídos em lei; 
XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver 
vago – decreto autônomo)
Gabarito: C.
15.(FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Nos termos da Constituição 
Federal, a competência privativa do Presidente da República poderá ser 
delegada no caso de:
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a) decretação do estado de defesa, de sítio e intervenção federal.
b) concessão de indulto e comutação de penas.
c) elaboração de decretos e regulamentos para a fiel execução da lei.
d) edição de medidas provisórias com força de lei.
e) celebração de tratados, convenções e atos internacionais.
Dentre as competências privativas do Presidente da República que são 
passíveis de delegação estão a concessão de indultos e a comutação 
de penas (art. 84, parágrafo único). Vamos revisar as competências 
que podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral 
da República ou ao Advogado-Geral da União:
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos 
instituídos em lei; 
XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver 
vago – decreto autônomo)
Gabarito: B.
16.(FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministro do Planejamento 
participa como membro nato do Conselho:
a) dos Municípios, que se reune trimestralmente no Congresso Nacional.
b) da República.
c) Nacional de Justiça.
d) dos Estados, que se reúne bimestralmente no Congresso Nacional.
e) de Defesa Nacional.
O Ministro do Planejamento é membro nato apenas do Conselho de 
Defesa Nacional, que é órgão de consulta do Presidente da República 
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nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do 
Estado democrático (art. 91, VII).
Gabarito: E.
17.(FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considera-se função atípica do Poder 
Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão 
constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República:
a) vetar e sancionar projetos de lei.
b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal 
Federal.
c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis.
d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo 
Congresso Nacional.
e) editar leis delegadas e medidas provisórias.
A função típica do Poder Executivo é a de administrar, sendo funções 
atípicas a de legislar e a de julgar.
Os itens A, C e D trazem atribuições típicas do Poder Executivo, uma 
vez que guardam relação com as funções de comando ou governo, de 
decisões políticas e de administração, portanto errados. Atente-se 
também para o item D, o Presidente da República nomeia os Ministros 
do STF após arguição do Senado Federal e não do CN (art. 84, XIV).
O item B trata de função típica do Poder Legislativo, uma vez que está 
no rol de competências atribuídas pelo art. 52 da CF ao Senado 
Federal.
O item E descreve uma função atípica do Executivo, qual seja, a edição 
de leis delegadas e medidas provisórias, atribuições características da 
função de legislar.
Gabarito: E.
18.(FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) O exercício de 
atribuições normativas pelo chefe do Poder Executivo, nos termos da 
Constituição da República,
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a) compreende, excepcionalmente, atividade de natureza legislativa, função 
atípica para a qual se exige, conforme o caso, autorização prévia ou aprovação 
posterior pelos órgãos do Poder titular da função legislativa.
b) abrange a edição de decretos sobre organização e funcionamento da 
administração federal, independentemente de prévia lei, ainda que implique 
extinção de órgãos ou cargos públicos, estes quando vagos.
c) não comporta, em hipótese alguma, delegação interna corporis.
d) restringe-se à sua participação no processo legislativo por meio de 
iniciativa, nos casos previstos na Constituição, e aos atos de sancionar, 
promulgar e fazer publicar as leis.
e) não autoriza a expedição de decretos senão para o fim de fiel execução da 
lei, à qual a atividade regulamentar do Poder Executivo se subordina.
Item A – CERTO. O Poder Executivo possui a função atípica de legislar 
(e também de julgar). Ele a exerce quando edita uma Lei Delegada, 
necessitando autorização prévia do Poder Legislativo. Outra forma de 
o Executivo exercer sua função atípica é com a edição de medidas 
provisórias, que devem ser aprovadas pelo legislador em momento 
posterior.
Item B – ERRADO. Este item trata do decreto autônomo, previsto no 
art. 84, VI. De fato, não é necessária lei anterior para que o Presidente 
da República disponha sobre a organização e funcionamento da 
administração federal, porém somente poderá fazê-lo quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos. 
Item C – ERRADO. Um exemplo da delegação interna corporis (dentro 
do corpo/dentro do poder executivo) é que o Presidente da República 
pode delegar a edição do Decreto Autônomo aos Ministros de Estado, 
Procurador-Geral da República ou Advogado-Geral da União (art. 84, 
parágrafo único).
Item D – ERRADO. Além das atribuições descritas no item, o PR poderá 
editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da 
CF ou ainda editar leis delegadas (art. 68).
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Item E – ERRADO. Além dos decretos regulamentares, expedidos para 
a fiel execução das leis, o Presidente da República pode dispor, 
mediante Decreto Autônomo, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou 
extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Gabarito: A.
19.(FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário) Lírio, Presidente da 
República, no intuito

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