Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Resíduos sólidos: panorama atual, aterro 
sanitário e outras 
soluções 
 
Adriana Vilela Montenegro Felipetto 
 
 
IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIAS E 
TRATAMENTO DE RESÍDUOS 
 
Brasil – Do século XIX ao XXI 
 
Central de Tratamento de Resíduos 
O desafio de erradicar os lixões do Brasil 
Depois, área recuperada 
2004 
situação antes da desativação 
e recuperação ambiental da área. 
Encerramento e Recuperação Ambiental do Lixão da Marambaia 
 
Depois, 2010 
2004 
Encerramento e Recuperação Ambiental de Itaoca 
 
Antes 
Depois, recuperado em 2011 
Recuperação Ambiental do Morro do Bumba 
Período de Obras 
Antes, abril 2010 
Depois, recuperado em 2011 
Antes, abril 2010 
Recuperação Ambiental do Morro do Céu 
Período de Obras 
 
Atual Lixão de Itaguaí 
 
 
Lixão de Itaguaí, RJ 
Erradicação de Lixões 
Mudança de Cenário – Os aterros sanitários 
PREFEITURA 
AGÊNCIAS 
AMBIENTAIS 
INVESTIDORES 
MP 
OUTROS 
 
• Modelo adotado nos empreendimentos: 
CTR Nova Iguaçu, CTR São Gonçalo, Ciclus 
Rio de Janeiro, CTR Barra Mansa, CTR Belo 
Horizonte 
 
• Concessões de longo prazo (lei das 
concessões – usuário único) 
 
• Evolução para PPP’s (lei das PPP’s) – 
fundo garantidor 
 
• Parceria da Prefeitura local em receitas 
acessórias do empreendimento 
 
• Os créditos de carbono podem funcionar 
como um suporte financeiro para 
recuperação de lixões mas não financiam a 
construção e operação de um novo aterro 
sanitário; 
 
Viabilidade para CTRs - Modelo Institucional 
Modelo de Gestão de Resíduos que pode ser 
replicado em outras regiões do Brasil. 
 
CONCESSIONÁRIA 
• Primeiro projeto de MDL registrado na ONU do 
mundo. O projeto foi desenvolvido na CTR nova 
Iguaçu 
 
• Foi a primeira transação de crédito de carbono 
efetuada pelo Banco Mundial (ERPA – Emissions 
Reductions Purchase Agreement - Nov/2005); 
 
• Parceria firmada com o Banco Mundial para 
comprar pelo menos 20% de todos os créditos de 
carbono gerados pelos outros projetos da 
Novagerar (fev/2007) 
O projeto Novagerar 
 
 
Realidade antes da CTR Nova Iguaçu - Lixão 
Lixão de Marambaia – situação antes da desativação e da recuperação ambiental da área. 
CTR Nova Iguaçu - Composição 
Aterro Sanitário Bioenergético 
Sistema de impermeabilização 
 
 Instalação da Manta PEAD de 1,5mm 
 
 
Execução da Ancoragem da Manta PEAD 
 
 
Instalação do Geotêxtil sobre a Camada de Areia 
 
Instalação dos sensores 
Aterro Sanitário: domiciliar, industrial e bienergético 
 
Proteção Mecânica da Geomembrana 
Aterro Sanitário Bioenergético 
Sistema de Aproveitamento do Biogás 
CTR Nova Iguaçu 
Fase 1: 
Flaring e Monitoramento Contínuo 
CTR Nova Iguaçu - Fases do Projeto 
Fase 2: 
Geração de Eletricidade 
Monitoramento das emissões para a certificação 
Créditos de carbono 
Conversão Térmica de RSU com aproveitamento energético. 
 
 
 
WTE no mundo 
 
• Presente em 35 países. 
• População global atendida: 2.6 bilhões. 
• Reduz em 90% o volume original dos resíduos. 
Entrada:: Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). 
Saída: Energia elétrica, vapor, água gelada e combustível 
Tecnologias Verdes – transformando passivos em ativos 
Waste to energy (WTE) 
Conversão térmica de RSU com aproveitamento energético. 
 
 
 
 
Tratamento de Chorume Tecnologia verde - Tratamento de chorume 
Encerramento de Gramacho + Operação CTR Ciclus =
Mitigação estimada de 1,9 milhão de toneladas 
de CO2 na atmosfera por ano =
1,4 milhão de carros a gasolina a menos circulando na cidade =
Redução recorde na emissão de gases estufa que cumpre a meta
da Prefeitura do Rio de redução de 8% até 2012,
prevista no Plano Rio Sustentável.
Aproveitamento do Metano – Redução de emissões
Política Nacional de Resíduos Sólidos - DESAFIOS 
 
Seção II - Do Plano Nacional de Resíduos Sólidos 
 
Art. 15. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do 
Meio Ambiente, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (...) horizonte 
de 20 (vinte) anos (...) conteúdo mínimo: 
 
III - metas de redução, reutilização, reciclagem , entre outras, com 
vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados 
para disposição final ambientalmente adequada; 
 
IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas 
unidades de disposição final de resíduos sólidos; 
 
V - metas para a eliminação e recuperação de lixões (...); 
 
PNRS – Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 
Desafios da PNRS 
• Como aparelhar os mais de 5 mil municípios para que consigam atingir as 
metas ambientais das novas políticas? 
• Como preservar a continuidade das políticas públicas do setor, sendo que 
hoje a rotina é a descontinuidade nas trocas do poder executivo municipal a 
cada quatro anos? 
• Como garantir recursos para o setor se sabemos que a taxa de limpeza 
urbana cobrada pelos municípios aos munícipes mal paga a varrição das 
ruas? 
• Como criar segurança jurídica para vultosos investimentos privados que 
podem chegar à cifras de mais de R$ 300 milhões para plantas de 
mitigação de gases de efeito estufa, geração de energia através do gás de 
aterros sanitários, usinas de “waste to energy” e outras tecnologias? 
• Como podem os Estados interferir para que as metas da política sejam 
cumpridas? 
 
Competência 
• A Lei 11.445/2007 estabeleceu as diretrizes nacionais do setor de 
saneamento básico e foi regulamentada no final de 2010, por meio do 
Decreto 7.217/2010. 
• A PNRS também define expressamente a titularidade do serviço de gestão 
integrada dos resíduos em seus territórios aos Municípios e ao Distrito 
Federal 
 
• Art. 11. Observadas as diretrizes e demais determinações estabelecidas 
nesta Lei e em seu regulamento, incumbe aos Estados: 
• I – promover a integração da organização, do planejamento e da execução 
das funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos 
resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 
microrregiões, nos termos da lei complementar estadual prevista no § 3º 
do art. 25 da Constituição Federal; 
Delegação dos serviços 
 
• Nos estritos moldes da Lei 8.666/93, Lei de 
Licitações Públicas; 
 
• Concessão comum da Lei 8.987/95, Lei das 
Concessões; 
 
• Parceria Público-Privada (PPP) da Lei 
11.079/04, Lei das PPP´s. 
 
Vantagens da Parceria Público-Privada 
•Licitação Simples: 
 
- Impossibilidade do contratado financiar o objeto e 
investimentos; 
-Prazo exíguo do contrato; 
 
•Concessão: 
 
-Dever do concessionário se remunerar exclusivamente 
por tarifa – exceção para o usuário único; 
- Exigência de determinação prévia e minuciosa do objeto 
contratado; 
- Falta de cooperação entre concessionário e 
Administração. 
• Como aparelhar os mais de 5 mil municípios para que consigam 
atingir as metas ambientais das novas políticas? 
 
• - Pequenos municípios realmente não têm capacidade de possuir um 
sistema complexo de gerenciamento de resíduos sólidos. A varrição e a 
coleta são serviços básicos que podem ser prestados pelo próprio 
município ou através de delegação para empresas privadas. Porém, o 
tratamento e a destinação final podem ser compartilhados com outros 
municípios, em consórcios de municípios ou microregiões, com a 
necessária interveniência do Estado. 
 
• - Municípios Médios e Grandes: a melhor opção, conforme visto nos 
capítulos anteriores é a delegação dos serviços através das PPP´s 
municipais ou, no caso de regiões metropolitanas, PPP´s estaduais. 
Voltando aos Desafios da PNRS 
• Como preservar a continuidade das políticaspúblicas do setor, sendo 
que hoje a rotina é a descontinuidade nas trocas do poder executivo 
municipais a cada quatro anos? 
 
• - As parcerias público-privadas resolvem este problema, visto que trazem 
segurança jurídica para aplicação de tecnologia e investimentos privados 
de longo prazo. 
 
• Como garantir recursos para o setor se sabemos que a taxa de 
limpeza urbana cobrada pelos municípios aos munícipes mal paga 
somente a varrição das ruas? 
 
• - As PPP´s podem ajudar a resolver o problema juntamente com uma 
revisão da taxa de limpeza urbana cobrada pelo município. 
 
Voltando aos Desafios da PNRS 
• Como criar segurança jurídica para vultosos investimentos privados 
que podem chegar a cifras de mais de R$ 300 milhões para plantas de 
mitigação de gases de efeito estufa, geração de energia através do 
gás de aterros sanitários, usinas de “waste to energy” e outras 
tecnologias? 
 
• - As PPP´s de longo prazo com fundos garantidores bem constituídos e 
lastreados em recebíveis firmes. 
 
 
 
 
Voltando aos Desafios da PNRS 
• Como podem os Estados interferir para que as metas da política 
sejam cumpridas? 
 
• - Nos municípios de pequeno porte é fundamental a participação e 
interveniência do Estado, seja criando microrregiões ou intervindo em 
consórcios municipais. 
 
• - Nos demais, através da fiscalização, licenciamento ambiental e convênio 
com os municípios, para que agências reguladoras estaduais possam 
supervisionar e regular os contratos de concessão. Desta forma, é possível 
uma desvinculação dos fatores políticos locais que somente prejudicam os 
serviços técnicos de gestão e de tratamento de resíduos. 
Voltando aos Desafios da PNRS 
PPP Barra Mansa 
• Concorrência Pública para contratação de Parceria Público-Privada, 
na Modalidade Concessão Administrativa, para prestação de 
serviço público de Implantação e Operação do Sistema de 
Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos do 
Município De Barra Mansa; 
• Concessão Administrativa; 
• Receitas Acessórias; 
• Recuperação do Lixão; 
• 20 anos; 
• Metas bem estabelecidas; 
• Fundo Garantidor previsto mas não estabelecido. 
 
 
PPP Belo Horizonte 
• Concorrência Pública do tipo menor valor da contraprestação a 
ser paga pela Administração Pública, visando à contratação de 
empresa de engenharia através de Parceria Público-Privada na 
modalidade Concessão Administrativa, tendo por escopo a 
prestação do serviço público de disposição final em aterro sanitário 
e tratamento dos resíduos sólidos urbanos classificados segundo a 
ABNT como sendo Classe II-A e Classe II-B, provenientes da 
limpeza urbana do Município de Belo Horizonte; 
 
• 25 anos; 
 
 
Análise comparativa 
• Diferentemente de Barra Mansa, a PPP de Belo Horizonte visa selecionar 
uma CTR dentre as opções privadas (empreendimentos privados que já 
tratam resíduos industriais e/ou resíduos de outros municípios) já 
existentes e em operação na região; 
 
• Ambas visam dar garantias ao concessionário baseadas na taxa de coleta 
de lixo ou fundo garantidor a ser constituído. No caso de Barra Mansa, o 
Fundo não foi efetivamente estabelecido, o que gera fragilidade e 
insegurança à empresa parceira; 
 
• A PPP de Belo Horizonte não define metas nem remuneração variável do 
parceiro privado vinculada ao seu desempenho, conforme padrões de 
qualidade e disponibilidade definidos no contrato; 
 
• Ambas se adéquam à nova Política Nacional de Resíduos Sólidos visto que 
visam destinar os resíduos do município a uma Central licenciada e com 
tecnologias de tratamento. 
 
Conclusões 
• As parcerias público-privadas têm sido utilizadas em todo o mundo com o 
objetivo de melhorar a prestação de serviços públicos, principalmente os 
serviços básicos de infraestrutura; 
 
• A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/10, pretende 
revolucionar a gestão de resíduos sólidos do país, o que já era há muito 
necessário; 
 
• Para que seja possível dar efetividade à nova Política, caberá ao Poder 
Público empreender um forte investimento no setor e dar continuidade aos 
serviços; 
 
• O instituto da Parceria Público-Privada se apresenta como a melhor opção 
para a criação e manutenção no longo prazo dos serviços de 
gerenciamento integrado de resíduos sólidos que atendam o estabelecido 
pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
Conclusões 
• A questão do tratamento dos resíduos não é tecnológica, pois podemos 
dizer que hoje, no mundo, existe tecnologia para tudo. 
 
• A questão é: como adequar a tecnologia às restrições econômicas e 
orçamentárias dos municípios brasileiros e como garantir a continuidade 
das tecnologias e técnicas ambientalmente corretas, visto que os 
municípios trocam de prefeito a cada quatro anos? 
 
• Como o Estado pode participar na regulação e fiscalização das concessões 
para tentar “blindar” as concessionárias das questões políticas locais que 
tanto atrapalham a qualidade e continuidade dos serviços? 
 
• O papel das agências reguladoras estaduais. 
 
Muito obrigada!! 
Adriana Vilela Montenegro Felipetto 
adriana.felipetto@haztec.com.br 
	Slide Number 1
	Slide Number 2
	Slide Number 3
	Slide Number 4
	Slide Number 5
	Slide Number 6
	Slide Number 7
	Slide Number 8
	Slide Number 9
	Slide Number 10
	Slide Number 11
	Slide Number 12
	Slide Number 13
	Slide Number 14
	Slide Number 15
	Slide Number 16
	Slide Number 17
	Slide Number 18
	Slide Number 19
	Slide Number 20
	Slide Number 21
	Slide Number 22
	Slide Number 23
	Slide Number 24
	Slide Number 25
	Slide Number 26
	Slide Number 27
	Slide Number 28
	Slide Number 29
	Slide Number 30
	Slide Number 31
	Slide Number 32
	Política Nacional de Resíduos Sólidos - DESAFIOS
	Slide Number 34
	Desafios da PNRS
	Competência
	Delegação dos serviços
	Vantagens da Parceria Público-Privada 
	Voltando aos Desafios da PNRS
	Voltando aos Desafios da PNRS
	Voltando aos Desafios da PNRS
	Voltando aos Desafios da PNRS
	PPP Barra Mansa
	PPP Belo Horizonte
	Análise comparativa
	Conclusões
	Conclusões
	Slide Number 48

Mais conteúdos dessa disciplina