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Efeitos Sociais
Trabalho do judiciário brasileiro. 
 O Poder Judiciário do Brasil é o conjunto dos órgãos públicos aos quais a Constituição Federal brasileira (a atual é de 1988) atribui a função jurisdicional.
 O Poder Judiciário é regulado pela Constituição Federal nos seus artigos 92 a 126, sendo seus órgãos o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, os Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
 Em geral, os órgãos judiciários brasileiros exercem dois papéis. O primeiro, sua função típica, é a função jurisdicional, também chamada jurisdição. Trata-se do poder-dever e da prerrogativa de compor os conflitos de interesses em cada caso concreto, através de um processo judicial, com a aplicação de normas gerais e abstratas, transformando os resultados das ações em lei (fenômeno da coisa julgada material).
 Uma das manifestações ou espécies da jurisdição se dá no controle de constitucionalidade. Tendo em vista que as normas jurídicas só são válidas se conformarem à Constituição Federal, a ordem jurídica brasileira estabeleceu um método para evitar que atos legislativos e administrativos contrariem regras ou princípios constitucionais. A Constituição Federal adota, para o controle da constitucionalidade, dois sistemas: 1º difuso - todos os órgãos do Poder Judiciário investidos de jurisdição (visto que o CNJ não possui jurisdição) podem exercê-lo e suas decisões a esse respeito são válidas apenas para o caso concreto que apreciam; 2º concentrado - em alguns casos, os ocupantes de certos cargos públicos detêm a prerrogativa de arguir a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, federal ou estadual, perante o Supremo Tribunal Federal, por meio de ação direta de inconstitucionalidade. Nesse caso, a decisão favorável ataca a lei ou ato normativo em tese. Analogamente, há outros agentes públicos legitimados à arguição de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face de dispositivos da Constituição Estadual, perante o respectivo Tribunal de Justiça.
 Dessa forma, o sistema de controle de constitucionalidade brasileiro é híbrido, ou seja, combina elementos originados na doutrina estadunidense (controle difuso) com outros inspirados no direito europeu continental (controle concentrado).
 Além da jurisdição, o Judiciário também pratica a função administrativa, no trato de seus assuntos internos e participam, eventualmente, do processo legislativo, em alguns casos, por iniciativa de leis.
Da corrupção política.
 A corrupção política é o uso das competências legisladas por funcionários do governo para fins privados ilegítimos. Desvio de poder do governo para outros fins, como a repressão de opositores políticos e violência policial em geral, não é considerado corrupção política. Nem são atos ilegais por pessoas ou empresas não envolvidas diretamente com o governo. Um ato ilegal por um funcionário público constitui corrupção política somente se o ato está diretamente relacionado às suas funções oficiais.
 Ensina Calil Simão que a corrupção política corresponde:
“ao uso do poder público para proveito, promoção ou prestígio particular, ou em benefício de um grupo ou classe, de forma que constitua violação da lei ou de padrões de elevada conduta moral” 
 As formas de corrupção variam, mas incluem o suborno, extorsão, fisiologismo, nepotismo, clientelismo, corrupção e peculato. Embora a corrupção possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos, ela não se restringe a essas atividades.
 As atividades que constituem corrupção ilegal diferem por país ou jurisdição. Por exemplo, certas práticas de financiamento político que são legais em um lugar podem ser ilegais em outro. Em alguns casos, funcionários do governo ter poderes amplos ou mal definidos, o que torna difícil distinguir entre as ações legais e as ilegais. Em todo o mundo, calcula-se que a corrupção envolva mais de um trilhão de dólares estadunidenses por ano. Um estado de corrupção política desenfreada é conhecido como uma cleptocracia, o que literalmente significa "governado por ladrões".
Das limitações financeiras e econômicas do Brasil.
 Devido a pressões sociais por mais gastos públicos, seja com salários de servidores ou com educação, uma despesa que certamente crescerá ao longo deste ano e do próximo é com o pagamento dos juros que incidem sobre a dívida pública.
 Segundo estimativas do governo e do mercado financeiro, os gastos com juros devem ultrapassar a marca de 5% do PIB ainda em 2014. No ano, até abril, essa despesa representou 4,9% do PIB.Depois de promover um esforço geral pela redução das taxas de juros, a presidenta Dilma Rousseff conseguiu fazer com que o Banco Central (BC) reduzisse a Selic, taxa básica de juros, à mínima histórica, de 7,25% a.a. Essa taxa foi mantida por seis meses, até abril de 2013, quando as pressões inflacionárias forçaram o BC a iniciar um ciclo de aperto monetário, que terminou apenas no mês passado, já com a Selic em 11% ao ano, patamar superior aquele que Dilma herdou (10,75% ao ano) quando assumiu a Presidência, em janeiro de 2011.Em janeiro deste ano, os gastos com juros somaram R$ 30,4 bilhões, o maior valor mensal em toda a história. No entanto, por contar ainda com resquícios dos juros baixos, a série acumulada em 12 meses ainda permanece abaixo da marca de 5% do PIB."A tendência é piorar ao longo do ano, com a estabilidade cambial que se espera, e continuar aumentando no ano que vem", afirmou Felipe Salto, mestre em economia pela FGV-SP e especialista em contas públicas das Tendências."Esse é o perigo nas contas de gastos. Temos uma despesa com juros que representa cinco vezes mais os gastos com investimentos, sendo inferior apenas às despesas com INSS", disse Salto. Os gastos com aposentadorias e pensões abocanham 7% do PIB.A média de crescimento do PIB caiu dos 4% ao ano, durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), para menos de 2% ao ano, na gestão Dilma Rousseff. A Tendência estima um aumento de apenas 1,3% do PIB neste ano. Se confirmada a projeção, a média de crescimento do PIB sob Dilma terá sido de 1,8% ao ano, superior apenas à alcançada pelos presidentes Floriano Peixoto (1891-1894) e Fernando Collor (1990-1992)"Há um efeito PIB cruel nos gastos com juros, claro", afirma Salto, "porque é relativamente fácil gerar superávits primários com a economia em crescimento, e isso reduz o endividamento e a conta de juros".
Do mau funcionamento dos órgãos públicos. 
 O Estado, a mais complexa forma de organização jurídica do poder na atualidade, que envolve o ser humano na sua teia de laços inflexíveis, da qual o indivíduo não mais consegue livrar- se, exerce poder político de comando sobre as pessoas, como atributo da soberania, por meio de suas funções jurídicas essenciais, quais sejam a administrativa ou governamental, a legislativa e a jurisdicional. Ao exercê-las, os órgãos, servidores, agentes e entidades personalizadas que se lhe vinculam podem praticar atos que causam danos a terceiros, quando procederem de modo contrário ao direito ou faltarem aos deveres prescritos no ordenamento jurídico, impondo ao Estado a obrigação de indenizá-los. Em tal sentido, já exemplificava AMARO CAVACANTI, para justificar a responsabilidade por danos imputável ao Estado, no exercício de quaisquer de suas funções fundamentais, ao destacar que “o legislador pode adotar resoluções que violem direitos individuais adquiridos, ou de cuja execução resulte lesão à liberdade ou propriedade, garantida pelo direito fundamental; o governo pode expedir decretos, proferir decisões e despachos, ordenar a execução de obras, a instalação de serviços, ou empregar medidas de saúde ou de segurança pública, que acarretem danos inevitáveis às pessoasou aos haveres dos particulares; o juiz ou tribunal, por culpa ou por simples erro de ofício, pode ordenar medidas ou proferir sentenças contra a verdade dos fatos e o direito expresso, consequentemente, lesivas aos direitos das partes”.
 Na sua obra dada a lume no começo do século XX, AMARO CAVALCANTI sustentou que, em nosso país, sempre foi aceita a tese da responsabilidade do Estado pelos atos lesivos de seus representantes, “ainda que deixando juntamente largo espaço para freqüentes exceções, em vista dos fins e interesses superiores, que o Estado representa e tem por missão realizar em nome do bem comum”, 4 o que desponta repetido na grande maioria dos textos doutrinários mais atuais. No entanto, com o respeito devido, entendemos que essa posição deve ser aceita com alguma reserva, a começar pelo exame do texto da Constituição imperial de 25 de março de 1824, que se seguiu à independência do Brasil, em 1822, prescrevendo justamente o contrário, pois negava a responsabilidade do Estado, atribuindo - a “estritamente” aos funcionários públicos “pelos abusos e omissões praticados no exercício de suas funções e por não fazerem efetivamente responsáveis aos seus subalternos”
Da atividade policial. 
A atividade policial brasileira é detalhada em sua Carta Política, dada a importância do trabalho policial, uma vez que dependendo da forma como for exercida a atividade confirma ou nega o Estado Democrático de Direito. A atividade policial é um oficio de suma importância, seriedade e dimensão única, pois deve atuar de forma a impedir que as garantias e liberdades constitucionais sejam violadas, Conforme a concepção de Goldstein (2003, p.28; 29), “A policia não está apenas obrigada a exercer sua limitada autoridade em conformidade com a Constituição e, por meios legais, aplicar suas restrições: também está obrigada a observar que outros não infrinjam as liberdades garantidas constitucionalmente. Essas exigências introduzem na função policial a dimensão única que torna o policiamento neste país um oficio seriíssimo.” Apesar de detalhamento do trabalho policial no corpo da Constituição; tais como: patrulhamento ostensivo; função de investigação e apuração de infrações penais; e preservação da ordem pública, o que se vê, hoje, é uma polícia que faz mais do que a determinação legal impõe. A instituição policial absorveu atividades que em principio não deveriam ser suas, como por exemplo, as ocorrências que envolvem discussões familiares, tal fato pode estar ligado a falhas no Sistema de Segurança Pública ou pela mudança nos anseios da sociedade. A atividade policial, atualmente, não pode ser compreendida apenas pela ótica legal. É preciso levar em conta que as leis são rígidas e invariáveis, mas a sociedade é mutável e espera uma mudança na perspectiva do trabalho policial. O profissional de segurança contemporâneo é um agente promotor de cidadania e direitos humanos. A atividade policial, de hoje, leva em consideração não só a intolerância a criminalidade, mas também preocupa - se com o caráter social que desempenha junto à população. O trabalho da polícia abrange toda a determinação legal imposta pela constituição e regimentos policiais, e, sobretudo a civilidade que o profissional deve ter, no senso de responsabilidade frente à sociedade, a qual espera do agente de segurança pública; a proteção quando um conflito se instala.
 A Constituição Federal destaca quais os órgãos estão aptos a promover a segurança pública e detalha os tipos de atividades delegadas a cada um deles. Esses órgãos são as diferentes polícias no contexto brasileiro. São elas: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária federal; Polícia Civil; Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militares. Muito embora cada um desses órgãos possua seu próprio campo de ação; a atividade primordial baseia-se na preservação da ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio. Porquanto o caput do art. 144 os estabelece como órgãos de promoção de segurança pública.
Do conteúdo dos artigos 6° e 7° da C.F.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
 Os Direitos Sociais são conquistas dos movimentos sociais ao longo dos séculos, e, atualmente, são reconhecidos no âmbito internacional em documentos como a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948 e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966, bem como pela Constituição da República de 1988, que os consagrou como direitos fundamentais em seu artigo 6º[1].
 Cesarino Junior explica que a utilização da expressão 'Direito Social’ incide na arguição de que “todo o direito é naturalmente social, por isso que não pode haver direito senão em sociedade: Ubi societas, ibi jus.”
 No entanto, o autor justifica a utilização de tal denominação, a qual visa a opor aquela disciplina ao direito individualista:“Visando este ramo do Direito [...] restabelecer o equilíbrio social, resolvendo a chamada questão social, muito lógico nos parece que se lhe dê exatamente este qualificativo de 'Social’, uma vez que todo equivoco desaparece.”
 Alexandre de Moraes define os direitos sociais da seguinte forma: “Direitos Sociais são direitos fundamentas do homem, caracterizando-se como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria das condições de vida aos hipossuficientes, visando à concretização da igualdade social, e são consagrados como fundamentos do Estado democrático, pelo art. 1º, IV, da Constituição Federal.”
 Apesar de atenderem às necessidades individuais do ser humano, tais direitos têm nítido caráter social, pois, uma vez não atendidas as necessidades de cada um, seus efeitos recaem sobre toda a sociedade. Nesse sentido, Celso Barroso Leite explica: “A proteção social se preocupa, sobretudo com os problemas individuais de natureza social, assim entendido aqueles que, não solucionados, têm reflexos diretos sobre os demais indivíduos e, em última análise sobre a sociedade. A sociedade então, por intermédio de seu agente natural, o Estado, se antecipa a esses problemas, adotando para resolvê-los principalmente medidas de proteção social.” No Texto Constitucional de 1988, os Direitos Sociais são tratados no Capítulo II do Título II, destinado aos Direitos e Garantias Fundamentais. O artigo 6º da CR elenca como direitos sociais o direito à educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e infância, e assistência aos desamparados. 
Ademais, conforme o artigo 5°, parágrafo 1° da Constituição da República, os direitos fundamentais têm aplicabilidade imediata. Disto decorre que o Estado que se omitir na implementação dos direitos sociais fundamentais poderá ser condenado à obrigação de fazer, por meio do que se conhece como “judicialização das políticas públicas. 
 A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de 1966 elevaram os Direitos Sociais ao nível de Direitos Humanos, de vigência universal, independentemente de reconhecidos pelas constituições, pois dizem respeito à dignidade da pessoa humana.
 Nesse ponto, cabe fazer uma breve distinção entre os direitos humanos e os direitos fundamentais. Os primeiros têm vigência universal e existem independentemente de seu reconhecimento pela Constituição de um país. Já os direitos fundamentais, conforme Fábio Konder Comparato, “São os direitos que, consagrados na Constituição, representam as bases éticas do sistema jurídico nacional, ainda que não possam ser reconhecidos, pela consciência jurídica universal, como exigências indispensáveis de preservação da dignidade humana.” Conforme o momento histórico em que foi reconhecida, parte da doutrina classifica os direitos humanos em direitos deprimeira, segunda e terceira geração. Há ainda, autores como Ingo Sarlet Wolfgang e Paulo Bonavides que discorrem sobre a existência de direitos de quarta geração, que seriam o resultado da globalização dos direitos fundamentais. De outro giro, autores como Jayme Benvenuto Lima Junior, não concordam com a classificação dos direitos em gerações, tendo em vista a indivisibilidade e interdependência entre os direitos humanos. De qualquer modo, conforme a classificação dos direitos humanos em gerações, que leva em consideração a época em que foram reconhecidos, os direitos sociais, econômicos e culturais são direitos fundamentais de segunda geração. Os direitos de 1º geração, direitos civis e políticos ou direitos de liberdade, como prefere Bonavides, são direitos de proteção contra a intervenção do Estado. Já os direitos de 3º geração não têm como titular o homem como indivíduo, mas, sim, a coletividade, e, por isso, são chamados de direitos difusos ou coletivos. De outro giro, os direitos sociais exigem uma atuação positiva do Estado, em benefício dos indivíduos e da sociedade como um todo. Os direitos sociais “nasceram abraçados ao princípio da igualdade” e sãos os que mais se aproximam do princípio da dignidade da pessoa humana e da cidadania, pois visam a reduzir as desigualdades entre as pessoas, proporcionando aos indivíduos melhores condições de vida. Em razão da interdependência e indivisibilidade dos direitos humanos, conclui-se que a efetivação desses direitos é indispensável para o exercício de outros direitos e liberdades fundamentais. O direito à vida, por exemplo, exige a eficácia do direito à saúde, e o direito à dignidade reclama o direito à moradia, à educação, à escolha de um trabalho digno e à proteção social em caso de desemprego e outras contingências. 
Ademais, importa recordar que o princípio da prevalência dos direitos humanos, disposto no art. 4º, inciso II, da Constituição da República, é um dos princípios que regem as relações internacionais do Brasil. Portanto, em obediência a este princípio, bem como aos Direitos Fundamentais consagrados pelo constituinte de 1988, o Estado tem o dever de proporcionar aos indivíduos o pleno exercício dos Direitos Sociais, para que possam viver com dignidade, livres da insegurança causada pelo desemprego e miséria crescentes que assolam o sistema capitalista globalizado.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
      I -  relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
      II -  seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
      III -  fundo de garantia do tempo de serviço;
      IV -  salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
      V -  piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
      VI -  irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
      VII -  garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
      VIII -  décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
      IX -  remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
      X -  proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
      XI -  participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
      XII -  salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
      XIII -  duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
      XIV -  jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
      XV -  repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
      XVI -  remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
     XVII -  gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
     XVIII -  licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
     XIX -  licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
     XX -  proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
     XXI -  aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
     XXII -  redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
     XXIII -  adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
     XXIV -  aposentadoria;
     XXV -  assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
     XXVI -  reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
     XXVII -  proteção em face da automação, na forma da lei;
     XXVIII -  seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
     XXIX -  ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
(Revogada)
   b)  (Revogada).
    XXX -  proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
    XXXI -  proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
    XXXII -  proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
   XXXIII -  proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
   XXXIV -  igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
  Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.
 O Estatuto do trabalhador rural, frente à pressão da OIT, teve como objetivo a aproximação de quase todos os mesmos direitos trabalhistas do empregado urbano, como, por exemplo, a tentativa de igualar o salário entre os empregados. Com o advento da Lei n° 5889/73, os direitos trabalhistas do empregado rural passou a ser regulamentado. Desta forma, caracteriza-se o empregado rural, como pessoa física, que exerce atividade não eventual, pessoal, onerosa, de forma subordinada, em imóvel rural ou prédio rústico, cujo empregador seja rurícola. Deste modo, considerara-se empregado rural toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual ao empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. É imprescindível a observância quanto à atividade desempenhada, ou seja, deve-se analisar a categoria do empregador. Assim, são necessários os seguintes requisitos ou elementos fático-jurídicos especiais do trabalhador rural, a saber: a) o enquadramento do empregador como rurícola, b) o local onde se explora a atividade deve ser em imóvel rural ou prédio rústico, c) caráter intuito personae, o empregado rural não deve ser substituído. O dispostono art.3° da lei em comento, caracteriza o empregador rural como, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. Quanto ao local, se a atividade rural é explorada dentro da área geograficamente urbana, a atividade é tipicamente rural. Deste modo, será rurícola o lavrador que cultiva uma horta em pleno centro de Belo Horizonte. Neste sentido, com precisão, aduz Sergio Pinto Martins: Prédio rústico é o destinado à exploração agrícola, pecuária, extrativa ou agroindustrial. Pode até estar localizado no perímetro urbano, mas deve ser utilizado na atividade agro-econômica. Não é, portanto, a localização que irá indicar se o prédio é rústico ou urbano, mas se é destinado à atividade agro-econômica. Na verdade, não é apenas quem presta serviços em prédio rústico ou propriedade rural que será considerado empregado rural. O empregado poderá prestar serviços no perímetro urbano da cidade e ser considerado trabalhador rural. O elemento preponderante, por conseguinte, é a atividade do empregador. Se o empregador exerce atividade agro-econômica com finalidade de lucro, o empregado será rural, mesmo que trabalhe no perímetro urbano da cidade. O artigo 7°, caput, da Constituição Federal define a igualdade substancial entre empregado urbano e rural. A prescrição estabelecida no artigo 7°, inciso XXIX, da Constituição da República, assegura que: “a ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho”. A unificação dos prazos foi estabelecida pela EC 28/2000. A jornada do trabalhador urbano está prevista na CLT. Enquanto o empregado rural deve atender os requisitos da Lei 5889/73. Quanto ao horário noturno do urbano é de 22h às 5h, com 20% de adicional noturno. Já o rural, o trabalho noturno é de 20h às 4h, no caso de pecuária, e de 21 h às 5h quanto à lavoura. Mais uma vez, salienta Sergio Pinto Martins: A diferença entre o empregado urbano e rural é que este trabalha no campo e o primeiro, no perímetro da cidade considerado urbano. A distinção entre o trabalhador rural e o doméstico reside em que este presta serviços, a pessoa ou família, que não têm finalidade de lucro, enquanto, em relação ao primeiro, a atividade rural deve ser lucrativa. Se há plantação no sítio, mas não há comercialização, o caseiro será empregado doméstico; porém, se houver venda de produtos, o mesmo caseiro será empregado rural. Neste tocante, aduz Maurício Godinho Delgado: (...) trabalhador rural é a pessoa física que presta serviços a tomador rural, realizando tais serviços em imóvel rural ou prédio rústico. Por sua vez, em pregado rural será a pessoa física que acrescenta a esse dois elementos fático-jurídicos especiais os demais característicos a qualquer relação de emprego. Insista-se: são dois os elementos fático-jurídicos especiais da categoria agropastoril: o primeiro, consistente na vinculação a um tomador de serviços de caráter rural; o segundo, consistente na circunstância de o trabalho ser prestado em imóvel rural ou prédio rústico. A esses elementos rurícolas especiais somam-se os elementos fático-jurídicos gerais de qualquer relação de emprego, para formar a figura do empregado rural. Pelo exposto, a caracterização do empregado urbano tem como pressupostos os seguintes elementos, a saber: trabalho por pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, onerosidade, subordinação e alteridade. Deste modo, são elementos fático-jurídicos especiais do empregado rurícola: o enquadramento do empregador como rural, sendo imprescindível a prestação de serviços em imóvel rural ou prédio rústico.
Função preventiva do Estado de direito. 
 O Estado sempre foi responsável pelo controle da paz. Porém o Estado, nem sempre utilizava a força da maneira certa, e na maioria dos casos aconteciam exageros, e é exatamente por esse ponto que o Direito Penal é de essencial importância dentro da sociedade. Esses conjuntos de normas e princípios, devidamente sistematizados, tem como objetivo tornar possível a convivência humana. "O crime faz parte de toda sociedade e não há uma sequer que tenha extinguido-o". 
 O Direito Penal serve, não só para controlar os indivíduos infratores, como também para cercear as forças punitivas do Estado, criando uma função de administrar os conjuntos de normas e medidas criminais. O Direito Penal funciona num objetivo de garantir a segurança e a estabilidade da vida ético-social da comunidade e garante sanções contra as violações ao ordenamento constituído. A convivência dos indivíduos em sociedade gera conflitos e inevitavelmente o aparecimento de delitos (crimes) que, segundo o sociólogo Durkheim estes "não ocorrem na maioria das sociedade de uma ou outra espécie, mas em todas as sociedades constituídas". 
Contrariando o pensamento dos leigos, o Direito Penal não é um simples sistema de normas proibitivas, mas motivador na teoria de evitar a prática do crime.
O Direito Penal protege, dentro de sua função a construção do Estado Democrático, possibilitando que o comportamento humano e seus ideais construam uma participação da vida em sociedade por meio da família, escola e trabalho. No mundo de hoje a criminalidade já não surpreende mais, ela é aceita como algo normal e segundo Durkheim, o delito é mesmo um fenômeno social normal, tendo até seu lado positivo, deixando aberto o canal de transformações que a sociedade precisa. 
Assim como outras normas, o Código Penal foi criado para regular a sociedade, e como já diz o nome, é voltado para as penas (sanções) a atos ilícitos, porém não só as penas, pois no código é prevista a devida sanção para cada tipo de crime, o que evidencia que a intenção não é só punir, mas também alertar e prevenir os eventuais delitos. 
Em resumo, o Direito Penal visa manter a ordem da sociedade, proibir e combater o crime, através de medidas preventivas e coercitivas, ambas estipuladas e previstas no Código Penal. De comum acordo com as palavras e pensamento de Durkheim, o mesmo salienta que a criminalidade ocorre em todas as sociedades (grupos humanos), não sendo privilégio de um ou outro, vindo a ser tratado como um fenômeno social normal, ou seja, onde quer pessoas estejam reunidas haverá possíveis choques de interesses e direitos, com estas ocorrências se fez necessário dentro de um Estado tido como democrático, normas que amenizem e ajudem a pacificar tal desfecho jurídico. 
O Direito Penal cumpre sua função motivadora proibindo delitos, pois este não apenas prevê sanções e medidas de segurança, mas também motiva o homem a não praticar condutas não aceitas dentro de uma sociedade democrática, embasada em valores éticos e morais.

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