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INTRODUÇAO O presente trabalho tem a finalidade de abordar o tema Estado de Direito, Estado enquanto forma de organização política, e o direito enquanto conjunto das normas que regem o funcionamento da sociedade. Neste caso o poder do estado encontra-se limitado ao direito, ao contrario do absolutismo onde o poder era centralizado, o rei governava sozinho e tinha poder ilimitado. ESTADO DE DIREITO CONCEITO Estado de direito é onde vigora o império da lei. É um sistema jurídico onde todos são submetidos as regras do direito, respeitando a hierarquia das normas, e os direitos fundamentais para uma vida digna. Neste tipo de estado, as leis são criadas pelo próprio Estado, através de seus representantes politicamente constituídos, uma vez que o Estado criou as leis e estas passam a ser eficazes (isto é, aplicáveis), o próprio Estado fica adstrito ao cumprimento das regras e dos limites por ele mesmo impostos. No estado de direito, o poder estatal é limitado pela lei, não sendo absoluto, e o controle desta limitação se dá através do acesso de todos ao Poder Judiciário que deve possuir autoridade e autonomia para garantir que as leis existentes cumpram o seu papel de impor regras e limites ao exercício do poder estatal. O estado de direito não exige que as leis sejam escritas. Em alguns lugares onde o direito é baseado nos costumes as leis não são escritas, como é o caso do reino unido que o direito é Anglo Saxão, e os representantes políticos respeitam o direito baseado no costume com a mesma consideração que num sistema de direito escrito. Na Doutrina Liberal, Estado de Direito significa não só subordinação dos poderes públicos de qualquer grau às leis do país, limite que é puramente formal, mas também subordinação das leis ao limite material do reconhecimento de alguns direitos fundamentais considerados constitucionalmente, e portanto, em linha de princípios “invioláveis”. EVOLUÇÃO HISTÓRICA No final do século XIX as grandes bases do Estado de Direito foram consolidadas.No término do século XVIII, a queda dos Estados absolutistas, modelo de Regime político que superou o modelo feudal e que concentrava todo o poder nas mãos dos reis soberanos, considerados representantes de Deus na Terra. Nos Estados absolutistas, os reis passavam a ter poderes plenos, reunindo em suas mãos os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do controle espiritual dos súditos. Assim, eles governavam de forma arbitrária e despótica, sem nenhum limite, e como afirmava Luis XIV e "O Estado, sou eu”. Isso acabou gerando uma série de injustiças e desequilíbrios sociais e prejudicando, sobretudo, os interesses de uma nova classe social que então ascendia – a burguesia. O abuso de poder por parte do rei absolutista revoltou a burguesia, classe econômica, política e social ascendente na época, que buscaram novos modelos de organização social onde o poder do rei fosse restrito e controlado. A revolução burguesa culminou com o fim do absolutismo monárquico e da política econômica mercantilista, onde a burguesia favorecida pelo crescimento econômico pretendia mais liberdade para ampliação dos negócios. Alguns filósofos e teóricos passaram a refletir sobre as melhores formas de organização política e social que poderiam ser adotadas para a proteção da coletividade e das liberdades individuais. Destas reflexões concluíram que o poder político não derivaria de uma Dádiva Divina, mas sim das pessoas que formavam a sociedade. Então somente o homem estaria incumbido de descobrir quais seriam os direitos básicos de todo ser humano e como deveria se organizar socialmente para que esses direitos fossem respeitados. Com essa racionalização dos direitos naturais, os quais até então eram divinos, foram surgindo movimentos que reduziram o poder do rei absolutista. Além de outros embasamentos para os direitos naturais do homem e aqueles fundamentados meramente na fé e em Deus acelerou o rompimento definitivo entre Estado e religião. Foi aí que surgiu o conceito de jusnaturalismo, de que existem direitos que são naturais ao homem e que fluem da própria natureza humana os direitos básicos para que o ser humano pudesse viver de forma digna. Após muitas revoluções, a lei passa a ser a garantia dos cidadãos e a representar a vontade dos mesmos, pois a partir do comportamento destes que influencia o desenvolvimento das sociedades, devendo assim por todos ser respeitada, não importando a sua condição, implicando finalmente a ideia de Estado de Direito. ESTADO DEMOCRATICO DE DIREITO ESTADO SOCIAL O conceito do Estado Social é um dos pressupostos do Estado de Direito consagrado no nosso projeto constitucional, que visa a realização da democracia econômica e social. Quando falamos em estado social aludimos à obrigação do estado desenvolver políticas de promoção do bem-estar social, concretizadoras da igualdade real entre cidadãos. Devido a esta obrigação, o estado tem o dever de manter um sistema de saúde, um sistema de educação, um sistema de segurança social, com caráter universal disponível a todos os cidadãos. DEMOCRACIA A noção de democracia é outro conceito relacionado com o Estado de direito, uma vez que supõe que o povo tem o poder e o exerce através das eleições ao eleger os seus representantes Democracia é uma forma de governo onde todos participam e são elegíveis. Há diversas variantes de democracias no mundo, mas há duas formas básicas, sendo que ambas dizem respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a sua vontade. Uma das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Na maioria das democracias modernas, todo o corpo de cidadãos elegíveis permanece como poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio de representantes eleitos, o que é chamado de democracia representativa. O conceito de democracia representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e instituições que se desenvolveram durante períodos históricos como a Idade Média européia, a Reforma Protestante, o Iluminismo e as revoluções Americana e Francesa. BIBLIOGRAFIA AQUINO. Rubens Santos Leão de; FRANCO, Denise de Azevedo & LOPES, Oscar Guilherme Campos. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico. 2006. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Editora Martin Claret Ltda. 2006. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 9ª ed. São Paulo: Ática, 1997 COMPARATO, Fabio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 1. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 1999. HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Abril Nova Cultural (Coleção Os Pensadores), 1994. KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 5. ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2003. MONTESQUIEU. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 2004. ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. São Paulo: Editora Cultrix Ltda.2008. Horta, José Luiz Borges Horta. História do Estado de Direito. (2011) Montesquieu, O Espírito das Leis. (1748) Almeida Filho, Agassiz e Cruz, Danielle Da Rocha. Estado De Direito E Direitos Fundamentais DISPONIVEL EM: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_de_direito http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6367 http://conceito.de/estado-de-direito
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