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Economia - Aula 04 - Modelos de Oferta e Demanda Agregada

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CURSOS ON-LINE – ECONOMIA – CURSO REGULAR 
PROFESSOR MARLOS FERREIRA 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Seguir movendo-se 
Somos grandes barcos feitos para navegar. Mas quando nossas velas estão 
rasgadas, nossos mastros quebrados e estamos exaustos, procuramos um porto 
para relaxar e recuperar as forças. Porém, não deveríamos ficar muito tempo 
nesse porto. Nosso trabalho é estar em alto-mar. Partir e velejar de novo. Este é o 
momento de nos tornarmos claros, focalizados e determinados. Acelerar, mas na 
direção certa e com as coisas certas. 
 
AULA 04: 
MODELO DE OFERTA E DEMANDA AGREGADA. A FUNÇÃO DEMANDA 
AGREGADA. AS FUNÇÕES DE OFERTA DE CURTO E LONGO PRAZO. A 
RIGIDEZ DOS REAJUSTES DE PREÇOS E SALÁRIOS. 
 
Os modelos de oferta e demanda agregada explicam as flutuações econômicas de 
curto prazo e auxiliam diretamente na determinação dos níveis de 
atividade/renda/produto e preços da economia. Existem várias correntes com 
posições diametralmente opostas sobre a condução dos modelos de demanda e 
oferta agregada. 
Contudo, em conformidade com o edital, nos será suficientes a menção e estudo 
das concepções clássica e keynesiana. 
Além disso, nos últimos quatro anos, esse tópico ( oferta e demanda agregada 
propriamente ditas) não tem sido alvo de questões elaboradas pelas bancas 
examinadoras. A exceção foi uma prova para o Banco Central, no ano de 2006, 
elaborada pela Fundação Carlos Chagas (FCC) que trouxe uma questão com 
algum cunho de modelos de oferta e demanda agregada. Mas foi um caso isolado. 
Vocês verão nos exercícios comentados dessa aula que as questões trazidas 
datam do início da década atual. Sem falar em questões sem indicação de 
concursos, apenas para consolidar os conhecimentos da aula texto. 
É, portanto, uma aula-texto bastante reduzida, mas suficiente para o estudo e 
preparação para os próximos concursos com a matéria de Macroeconomia. 
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A Escola Clássica. 
A escola clássica (Jean B. Say, David Ricardo e Wicksell) e a novo-clássica ou 
das expectativas racionais ( Robert Lucas, Thomas J. Sargent, Robert Barro e 
Edward Prescott ) consideram a moeda neutra tanto no curto como no longo prazo 
ao passo que as escolas monetarista (Friedman) e neo-keynesiana ( Mankiw e 
Homer) incorporam a não-neutralidade da moeda no curto prazo. Para os 
clássicos, a intervenção além de não necessária é indesejável, pois a mesma vai 
prejudicar o caminho natural da economia. Mesmo que alguém pense que sabe 
como intervir, ainda assim é melhor deixar a economia por si só. 
Os economistas dessa corrente se preocupavam com a possibilidade de que a 
economia de mercado pudesse se desviar do nível de equilíbrio de produção e 
emprego. Todavia, acreditavam que tais distúrbios seriam temporários, 
passageiros. A visão coletiva era de que o mercado operaria rapidamente e 
eficientemente para restabelecer o equilíbrio (de pleno emprego). 
E o que representa a dicotomia clássica? 
Os setores monetário e real são separados. Como resultado, alterações na 
quantidade de moeda não afetam os valores de equilíbrio das variáveis reais no 
modelo. Com variáveis reais independentes face a mudanças na quantidade de 
moeda, os clássicos argumentam que a moeda é neutra. 
O primeiro sustentáculo da corrente acima é a aceitação da teoria quantitativista, 
na qual a moeda é neutra. Alterações no quantitativo de moeda só produzem 
resultados nas variáveis nominais, não interferindo nas variáveis reais. A relação 
entre o aumento na quantidade de moeda e a elevação dos preços está contida na 
chamada teoria quantitativa da moeda (TQM). 
A TQM ( M.V = P.Q) roga que, no curto prazo, tanto a velocidade da moeda (V) 
como o nível do produto (Q) são constantes e que qualquer variação na 
quantidade de moeda (M) repercute em variação idêntica no nível de preços (P). 
Em resumo: o nível de preços é função da quantidade de moeda da economia. É 
a teoria monetarista da inflação. A versão clássica roga crescimento dos preços e 
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nenhum efeito sobre a produção, pois o salário nominal ajusta-se à variação do 
preço, mantendo constantes o salário real, o emprego e a produção. 
O segundo ponto se dá com o automatismo do pleno emprego a partir do qual 
toda produção gera uma renda ( oferta cria sua própria demanda), que retorna ao 
circuito via consumo ou por meio do investimento via poupança. 
O equilíbrio com pleno emprego seria, portanto, o estado normal de uma 
economia de mercado. Seria influenciado, no longo prazo, somente por variáveis 
reais ( capital, trabalho e tecnologia) enquanto as variáveis monetárias atingem 
somente o nível de preços. Admitem no limite desequilíbrios de curto prazo 
originários de atritos, de falhas de mercado, de erros expectacionais e de choques 
tecnológicos. Todavia, no longo prazo, o sistema econômico tenderia a retornar ao 
equilíbrio. 
Em resumo: a economia, quando em equilíbrio, apresenta pleno emprego dos 
recursos. Não há desemprego involuntário. Para que seja garantido o pleno 
emprego, tudo que é produzido gera uma demanda correspondente. 
 
 
A diferença chave entre as abordagens keynesiana e clássica da determinação da 
renda nacional. 
A hipótese keynesiana é a de que o nível de preços é constante. Dependendo das 
políticas monetária e fiscal e de outros determinantes da demanda agregada, o 
produto pode desviar-se de sua taxa natural. A versão keynesiana descreve 
melhor o curto prazo. 
A teoria keynesiana apresenta salários nominais rígidos a curto prazo ( rigidez dos 
preços), o que dificulta o ajustamento automático às variações de preços. 
Dado um aumento de preço, por exemplo, o salário real cai, provocando 
desequilíbrio no mercado, com a demanda superando a oferta de trabalho, 
impactando em aumento de emprego e de produção. 
Em direção contrária, uma queda de preço, aumenta o salário real, gerando uma 
oferta de trabalho maior que a demanda, resultando em queda de emprego e 
renda. 
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A hipótese clássica é a de que o nível de preços é flexível. O nível de preços se 
altera para assegurar que a renda nacional permaneça sempre na sua taxa 
natural. A versão clássica descreve melhor o longo prazo. 
As flutuações da demanda agregada afetam o produto e o emprego no curto 
prazo. No longo prazo, a economia retorna aos níveis de produto, emprego e 
desemprego descritos na teoria clássica. 
No caso extremo de curva de oferta agregada, todos os preços são fixos no curto 
prazo. Portanto, a curva de oferta agregada no curto prazo, OACP, é horizontal. 
Uma redução na oferta monetária desloca a curva de demanda agregada para a 
esquerda, provocando queda no nível de produto. 
No longo prazo os preços são flexíveis e, portanto, se ajustam para corresponder 
a mutações na oferta e na demanda. No curto prazo, porém, muitos preços ficam 
emperrados em algum nível pré-estabelecido. A rigidez dos preços no curto prazo 
significa que o impacto de curto prazo de mudanças na oferta de moeda é distinto 
do efeito de longo prazo. 
Um modelo de flutuações econômicas deve levar em consideração essa rigidez 
dos preços no curto prazo. Veremos que uma vez que os preços não se ajustam 
instantaneamente às variações da oferta monetária, a dicotomia clássica deixa de 
funcionar: instantaneamente as políticas monetárias têm um efeito sensível sobre 
o produto e o emprego. Portanto, no curto prazo, o produto e o emprego devem 
variar um pouco para permitir o ajustamento que não é alcançado através da 
flexibilidade dos preços. Assim, a rigidez dos preços dá uma base à utilidade das 
políticas monetária e fiscal na estabilizaçãoda economia. 
As flutuações na oferta de moeda não são a única origem das oscilações na 
demanda agregada. Mesmo que a oferta de moeda seja mantida constante, a 
curva de demanda agregada se desloca em razão da famosa velocidade da 
moeda. 
Deslocamentos da Curva de Demanda Agregada 
 Uma variação na oferta de moeda desloca a curva de demanda agregada. A 
qualquer preço dado, P, uma redução na oferta de moeda, M, implica que os 
saldos monetários reais, M/P, sejam menores e, portanto, o produto Y também é 
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menor. Em outras palavras, a redução na oferta de moeda desloca a curva de 
demanda agregada para a esquerda. 
Um aumento na oferta de moeda, M, implica que os saldos monetários reais, M/P, 
sejam maiores e, assim, o produto, Y, também será maior. Por conseguinte, um 
aumento na quantidade de moeda desloca para a direita a curva de demanda 
agregada. 
Em resumo: os fatores que provocam deslocamentos da curva da demanda 
agregada são quaisquer aumentos ou diminuições na demanda que ocorrem 
independentemente de variações nos preços, como variações autônomas nos 
componentes da demanda (consumo, investimento, gastos governamentais, 
exportações líquidas) e na oferta monetária. 
 
No longo prazo, o nível do produto é determinado pelas quantidades de capital e 
de trabalho e pela tecnologia disponível. Não depende, portanto, do nível de 
preços. A curva de oferta agregada de longo prazo, OALP, é vertical. 
A curva de oferta vertical atende à dicotomia clássica, uma vez que o nível de 
produto é independente da demanda agregada e, portanto, da oferta de moeda. 
Este nível de produto de longo prazo, Y, é chamado de nível de produto de pleno 
emprego: é o nível de produto no qual os recursos da economia estão plenamente 
empregados, ou, de forma mais realista, em que o desemprego está em sua taxa 
natural. A redução na demanda agregada afeta o nível de preços, mas não o nível 
do produto. 
Em suma: em períodos curtos, os preços são rígidos, a curva de oferta agregada 
é horizontal e alterações na demanda agregada afetam o produto da economia. 
No longo prazo, os preços são flexíveis, a oferta agregada é vertical e as 
alterações na demanda agregada alteram apenas o nível de preços. Assim, 
modificações na demanda agregada têm efeitos distintos para diferentes períodos 
de tempo. 
Os choques perturbam o bem-estar econômico porque afastam o produto e o 
emprego de suas taxas naturais. 
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Um choque de oferta altera o custo de produção dos bens e serviços e, em 
conseqüência, os preços pelos quais as empresas os vendem. Como os choques 
de oferta têm um impacto direto no nível de preços, muitas vezes são chamados 
de choques de preços. 
Um choque de oferta adverso aumenta os custos e, portanto, os preços. Se a 
demanda agregada se mantiver constante, a economia combina preços 
crescentes com redução do produto. Finalmente, quando os preços caírem, a 
economia retorna à sua taxa natural. Mas o custo desse processo é uma 
recessão dolorosa. Não há forma de ajustar a demanda agregada de forma a 
manter simultaneamente o pleno emprego e um nível de preços estável. 
Em resposta a um choque adverso de oferta, o BC pode aumentar a demanda 
agregada para prevenir uma redução do produto. Contudo, o custo de tal política é 
um aumento permanente do nível de preços. 
No longo prazo, os preços são flexíveis e a oferta agregada determina a renda. 
Mas no curto prazo, os preços são rígidos, de modo que alterações na demanda 
agregada influenciam a renda. 
 
Economistas Novo Clássicos ( Teoria dos Ciclos Reais) 
Economistas novo clássicos acreditam que é possível explicar as flutuações 
econômicas dentro do modelo clássico. Consideram ser melhor admitir que preços 
são totalmente flexíveis, mesmo no curto prazo. Notem: são mais clássicos do que 
nunca! 
Segundo a Teoria dos Ciclos Econômicos Reais (TCR) , as hipóteses usadas para 
estudar o longo prazo também se aplicam ao curto prazo. É mantida a dicotomia 
clássica: as variáveis nominais, como oferta de moeda e nível de preços, não 
exercem impacto sobre as variáveis reais, como emprego e PNB real. 
Um aumento nas despesas do governo (política fiscal expansionista) desloca a 
curva de demanda real agregada para a direita; a qualquer taxa de juros dada, a 
despesa com bens e serviços é maior. O resultado é um produto maior e uma taxa 
de juros mais elevada. 
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A oferta de mão-de-obra e a substituição intertemporal desempenham importante 
papel na explicação sobre como a política fiscal exerce influência no produto. 
No modelo ciclos econômicos reais, os preços são flexíveis e os trabalhadores 
praticam a substituição intertemporal. A expansão do produto resulta de um 
aumento na oferta de mão-de-obra: as pessoas respondem às taxas de juros mais 
elevadas escolhendo adiar o lazer e trabalhar períodos mais longos. 
A Teoria dos Ciclos Econômicos Reais faz parte da economia novo-clássica 
porque usa hipóteses do modelo clássico – especialmente a flexibilidade dos 
preços e a neutralidade da moeda – para estudar flutuações econômicas de curto 
prazo. 
Em resumo: a chamada Escola dos Novos Clássicos representa a corrente mais 
liberal, adepta total e irrestrita do livre mercado. Essa corrente é tão radical que, 
segundo a mesma, tanto a política fiscal quanto a monetária são inoperantes, 
tanto no curto quanto no longo prazo. E além dessas políticas serem ineficazes, 
são indesejáveis, por provocarem atritos, distúrbios no funcionamento normal da 
economia. Traduzindo ainda mais, as variáveis reais ( produto, emprego, renda), 
são insensíveis à atuação das políticas monetária e fiscal. 
Sobre os pontos que estudamos hoje, os conceitos mais importantes, que vocês 
terão que levar para a prova, são os seguintes: 
1) Enquanto a hipótese keynesiana roga que o nível de preços é constante e 
descreve melhor o curto prazo, apresentando salários nominais (preços) rígidos, a 
hipótese clássica sustenta que o nível de preços é flexível e descreve melhor o 
longo prazo. 
2) Em relação ao embate curto prazo x longo prazo, no caso extremo de curva de 
oferta agregada, todos os preços são fixos no curto prazo. Portanto, a curva de 
oferta agregada no curto prazo, OACP, é horizontal. No longo prazo, o nível do 
produto é determinado pelas quantidades de capital e de trabalho e pela 
tecnologia disponível. Não depende, portanto, do nível de preços. A curva de 
oferta agregada de longo prazo, OALP, é vertical. 
3) Os fatores que provocam deslocamentos da curva da demanda agregada são 
quaisquer aumentos ou diminuições na demanda que ocorrem 
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independentemente de variações nos preços, como variações autônomas nos 
componentes da demanda (consumo, investimento, gastos governamentais, 
exportações líquidas) e na oferta monetária. 
4) A Teoria dos Ciclos Reais (TCR) considera ser melhor admitir que preços são 
totalmente flexíveis, mesmo no curto prazo. Notem: os teóricos dos ciclos reais 
são mais clássicos do que nunca! As hipóteses usadas para estudar o longo 
prazo também se aplicam ao curto prazo. É mantida a dicotomia clássica: as 
variáveis nominais, como oferta de moeda e nível de preços, não exercem 
impacto sobre as variáveis reais, como emprego e PNB real. 
Vejamos agora uma lista de exercícios pertinentes à matéria em pauta. Notem que 
não tem sido mais a vedete dos certames recentes e não vemos com claridade e 
convicção que possa retornar com força nas próximas batalhas. 
 
01 - Um aumento do nívelde preços: 
a) provoca uma queda na demanda agregada, implicando, graficamente, um 
deslocamento ao longo da curva de demanda agregada. 
b) provoca uma queda na demanda agregada, implicando, graficamente, um 
deslocamento da curva de demanda agregada para a esquerda. 
c) provoca automaticamente um aumento da oferta agregada. 
d) provoca uma queda na oferta agregada. 
e) não provoca variações na oferta nem na demanda agregada. 
Deslocamentos da curva de demanda agregada são originados por variação nos 
componentes da demanda (consumo, investimento, gastos governamentais, 
exportações líquidas) e na oferta monetária, isto é, fatores não preços. 
Já deslocamentos na curva de demanda agregada são gerados por alterações no 
nível de preços. 
A assertiva a está correta. 
 
 
 
 
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02 - Assinale a alternativa incorreta: 
a) No modelo clássico, a curva de oferta agregada é vertical, ao nível de pleno 
emprego. 
b) No modelo keynesiano, a curva de oferta agregada é negativamente inclinada 
em relação ao nível de preços. 
c) No modelo keynesiano, a curva de oferta agregada é positivamente inclinada 
em relação ao nível de preços. 
d) No modelo clássico, por hipótese, a economia está sempre no pleno emprego. 
e) O modelo keynesiano parte, geralmente, da hipótese de que a economia está 
em recessão, isto é, abaixo do pleno emprego. 
No modelo de oferta e demanda agregada keynesiana, de curto prazo, que 
considera a curva de oferta agregada positivamente inclinada, como roga a 
assertiva c, mostra que qualquer aumento na demanda agregada resulta em 
elevação na produção e nos preços. 
A assertiva b está incorreta. 
 
 
 
 
 
03 - De acordo com o modelo clássico, as consequências de uma política fiscal 
expansionista são: 
a) Um aumento no nível de preços, uma elevação do salário real e queda do nível 
de emprego. 
b) Uma queda dos preços e conseqüente aumento da demanda agregada, porém 
sem alterar a oferta agregada. 
c) Uma queda dos preços, seguida de aumento na demanda e na oferta agregada. 
d) Um aumento dos preços, seguido de queda do salário real e conseqüente 
aumento do nível de emprego e do produto ofertado. 
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e) Um aumento no nível de preços, uma elevação do salário nominal, mas não do 
salário real, sem alteração do nível de emprego e da oferta agregada. 
Em consonância com o modelo clássico em que a curva de oferta agregada é 
vertical, ao nível de pleno emprego, uma política fiscal expansionista é inócua para 
estabelecer novo patamar de produto/renda, só impactando variáveis nominais 
como preços e salários nominais. 
A assertiva e está correta. 
 
 
 
 
 
04 - No modelo keynesiano, caso o governo adote uma política fiscal 
expansionista, observar-se-ão os seguintes efeitos no sistema econômico: 
a) Os preços subirão e tanto o nível de emprego como a oferta agregada cairão. 
b) Os preços cairão, com conseqüente aumento do salário real e queda do nível 
de emprego. 
c) Os preços subirão, o salário real cairá, resultando em um aumento do nível de 
emprego e, daí, do produto ofertado. 
d) O salário nominal crescerá na mesma proporção do aumento dos preços e, 
conseqüentemente, o nível do emprego e do produto ofertado se manterão 
inalterados. 
e) Os preços cairão, com conseqüente queda no nível de emprego e do produto 
ofertado. 
Em contraposição à questão anterior, uma política fiscal expansionista, em um 
cenário de modelo de oferta e demanda agregada keynesiana, os preços subirão 
assim como os níveis de produto e renda da economia. 
A assertiva c está correta. 
 
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05 – (ESAF/ AFC-STN – 2000) Considerando o modelo de oferta e demanda 
agregada, podemos afirmar que: 
a) no longo prazo, a curva de oferta agregada pode ser vertical ou horizontal, 
dependendo do grau de rigidez dos preços no curto prazo. Assim, no 
longo prazo, alterações na demanda agregada necessariamente afetam 
os preços, mas nada se pode afirmar no que diz respeito aos seus efeitos 
sobre o produto 
b) no longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical. Neste caso, 
descolamentos na curva de demanda agregada afetam o nível de preços, 
mas não o produto. No curto prazo, entretanto, a curva de oferta não é 
vertical. Neste caso, alterações na demanda agregada provocam 
alterações no produto agregado 
c) tanto no curto quanto no longo prazo a curva de oferta agregada é 
vertical. Assim, os únicos fatores que podem explicar as flutuações 
econômicas, tanto no curto quanto no longo prazo, são as 
disponibilidades de capital e tecnologia 
d) no curto prazo, não há qualquer justificativa teórica para que a curva de 
oferta agregada de curto prazo não seja horizontal. Nesse sentido, no 
curto prazo, alterações na demanda agregada são irrelevantes para 
explicar tanto a inflação como alterações no nível do produto 
e) desde que os preços sejam rígidos, as curvas de oferta agregadas são 
verticais, tanto no curto quanto no longo prazo 
Primeiramente bastante atenção para esse tipo de questão, pois tivemos a mesma 
com modificações desprezíveis nos concursos de AFRF por três anos, AFC/STN, 
Analista BC por três anos, NCE-UFRJ/IBGE, CESPE/Petrobrás, dentre outros. 
Também vale a ressalva que, desde 2004, não visualizamos mais essa questão! 
No longo prazo, os preços são flexíveis, a oferta agregada é vertical e as 
alterações na demanda agregada alteram apenas o nível de preços. Em períodos 
curtos, os preços são rígidos, a curva de oferta agregada é horizontal e alterações 
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na demanda agregada afetam o produto da economia Assim, modificações na 
demanda agregada têm efeitos distintos para diferentes períodos de tempo. 
A assertiva b está correta. 
 
 
 
 
 
06- (ESAF/Analista – BC – 2001) Com relação ao modelo de oferta e demanda 
agregada, é incorreto afirmar que: 
a) se os preços e salários são fixos no curto prazo, deslocamentos da demanda 
agregada afetam o emprego. 
b) uma redução na oferta monetária afeta o nível do produto se houver alguma 
rigidez de preços e salários. 
c) a diferença entre curto e longo prazo no modelo é explicada pela rigidez nos 
preços e salários. 
d) se os preços e salários são perfeitamente flexíveis, deslocamentos na curva de 
demanda agregada tendem a exercer grande influência sobre o produto. 
e) não é necessário rigidez total de preços e salários para que deslocamentos na 
demanda agregada afetem o produto. 
Como a curva de oferta agregada é vertical, no longo prazo, a redução na 
demanda agregada afeta o nível de preços, mas não o nível de produto. No longo 
prazo, os preços são flexíveis e as alterações na demanda agregada alteram 
apenas o nível de preços. Apenas em períodos curtos em que os preços são 
rígidos, a curva de oferta agregada é horizontal e alterações na demanda 
agregada afetam o produto da economia. 
A assertiva d está incorreta. 
 
 
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07 – (ESAF/AFRF –2002.II, AFRF – 2002, Analista – BC - 2002) Considere: a 
curva de demanda agregada derivada do modelo IS/LM; a curva de oferta 
agregada de longo prazo horizontal; a curva de oferta agregada de curto prazo 
vertical. Considere a ocorrência de um choque adverso de oferta como, por 
exemplo, uma elevação nos preços internacionais do petróleo. Supondo que este 
choque não desloca a curva de oferta agregada de longo prazo, é correto afirmar 
que: 
a) uma elevação na demanda tenderá a intensificar a quedano produto que 
decorre do choque de oferta. 
b) o choque adverso de oferta aumenta os custos e, portanto, os preços. Se não 
houver alterações na demanda agregada, teremos uma combinação, no curto 
prazo, de preços crescentes com redução do produto. No longo prazo, com a 
queda dos preços, a economia retornará ao seu nível de pleno emprego. 
c) se não ocorrer deslocamentos na curva de demanda agregada, o choque de 
oferta causará deflação. 
d) o choque de oferta alterará apenas o produto de pleno emprego. 
e) não ocorrerá alterações nem nos preços nem no nível do produto, tanto no 
curto quanto no longo prazo, uma vez que, se o choque de oferta não desloca a 
curva de oferta de longo prazo, também não deslocará a curva de oferta de curto 
prazo. 
Notem que a mesma questão apareceu em três provas elaboradas pela mesma 
banca e no mesmo ano, apenas com alterações desprezíveis. Pessoal, mais um 
forte argumento quando mencionamos que o estudo é cumulativo e a resolução de 
exercícios anteriores é uma ferramenta das mais úteis! 
Com os dados referenciais da questão, é bem sugestivo que façamos o gráfico. 
Nele, está demonstrado que o choque de oferta adverso desloca a curva de oferta 
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de curto prazo para cima, cortando a curva de demanda agregada num ponto à 
esquerda ( desemprego) e acima do nível de preços original ( inflação) 
provocando, ceteris paribus, o fenômeno da estagflação ( inflação e recessão). 
Haverá recuperação do nível de emprego somente no longo prazo. Caso o BC se 
decida por estreitar esse tempo, provocará inflação. 
A assertiva b está correta. 
 
 
 
 
08 - (ESAF/Analista-BC – 2002) Considere o seguinte modelo: Y = f(N); f’ >0 e f’’ 
< 0; W/P = f’(N); N s = f (W/P); f ’ > 0; MV = PY; Sp(r) + t = ip (r) + g; Sp’ >0 e ip’ < 
0, onde: Y = produto; N = nível de emprego; W = salário nominal; P = nível geral 
de preços; N s = oferta de mão-de-obra; M = oferta monetária; V = velocidade de 
circulação da moeda; Sp = poupança privada; ip = investimento privado; t = 
impostos; g = gastos do governo; r = taxa de juros; f’= primeira derivada da 
função; f’’= segunda derivada da função e assim por diante para as outras funções 
do modelo. Este conjunto de equações define o denominado "modelo clássico". 
Com base neste modelo, é incorreto afirmar que: 
a) o desemprego pode ser explicado por imperfeições no mercado de trabalho 
decorrentes, por exemplo, de rigidez nos salários nominais. 
b) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio e a velocidade de circulação da 
moeda constante, uma política monetária expansionista só altera o nível geral de 
preços. 
c) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio, uma redução nas taxas de juros 
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via redução dos impostos eleva o emprego e, conseqüentemente, o produto. 
d) tudo mais constante, uma elevação dos gastos públicos eleva as taxas de juros. 
e) a equação quantitativa da moeda pode ser entendida como a demanda 
agregada. 
As hipóteses do modelo clássico admitem que políticas governamentais somente 
alteram as variáveis nominais, sem efeitos sobre as variáveis reais como o 
emprego e o produto. 
A assertiva a está correta em função do equilíbrio no mercado de trabalho 
determinar o nível de pleno emprego, que somente pode aumentar por aumento 
da produtividade do trabalho e pela flexibilização dos salários nominais. 
A assertiva b se apresenta igualmente certa em razão da política monetária 
expansionista elevar os preços e diminuir os salários reais, sem alteração sobre o 
emprego e o produto devido à elevação dos salários nominais. 
Uma elevação dos gastos públicos eleva a taxa de juros, desestimulando as 
despesas de investimento privado. 
A assertiva d está correta. 
A teoria quantitativa da moeda sinaliza a demanda agregada da economia através 
da quantidade de moeda e seus efeitos sobre o produto e o nível de preços. 
A assertiva e está correta. 
Uma redução dos impostos é uma política fiscal expansionsita que faz elevar a 
renda disponível da economia e a renda, mas resulta em elevação das taxas de 
juros, com queda nos investimentos privados e diminui novamente o produto . 
A assertiva c está incorreta. 
 
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09 - (ESAF/APO – 2003) Considere o seguinte gráfico: 
 
P OLP 
 
 
 OCP 
 
 
 
 DA 
 
 Q Q 
 
 
onde: P = nível geral de preços; Q= produto agregado; OLP = oferta agregada de 
longo prazo; OCP = oferta agregada de curto prazo; Q* = produto agregado de 
pleno emprego. Suponha que a economia encontra-se em equilíbrio de longo 
prazo e considerando os fundamentos utilizados para a construção das curvas de 
oferta e demanda agregada, é correto afirmar que: 
a) um aumento na velocidade de circulação da moeda reduz o nível de emprego 
no curto prazo. 
b) uma política fiscal expansionista reduz o nível de emprego no curto prazo. 
c) uma política monetária contracionista reduz o nível de emprego no curto prazo. 
d) a partir do gráfico, podemos afirmar que existe total flexibilidade nos preços no 
curto prazo. 
e) uma política monetária contracionista gera inflação no curto prazo. 
O incremento nas transações monetárias aumenta o nível de emprego no curto 
prazo, dado que M.V = P.Y e preços são rígidos no curto prazo. 
A assertiva a está incorreta 
Política fiscal expansionista ( aumento dos gastos governamentais e/ou redução 
de impostos) aumenta o nível de emprego e o nível de preços no curto prazo. 
A assertiva b está incorreta 
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Os preços são rígidos no curto prazo. 
A assertiva d está incorreta. 
Política monetária contracionista não provocar movimento inflacionário no curto 
prazo. 
A assertiva e está incorreta. 
Políticas contracionsitas realmente reduzem o produto, o emprego e o nível de 
preços. 
A assertiva c está correta. 
 
 
 
 
 
10 – (ESAF/Analista de Comércio Exterior – 2002) Suponha uma economia em 
uma situação de equilíbrio, a partir da qual ocorre uma expansão na oferta 
monetária. No curto prazo, os efeitos sobre o nível de produto e a taxa de juros 
serão 
a) menores quanto mais elástica for a curva de oferta agregada. 
b) maiores quanto mais elástica for a curva de oferta agregada. 
c) independentes da inclinação da curva de oferta agregada. 
d) maiores quanto maior for a variação resultante no nível agregado de preços. 
e) independentes de variações no nível agregado de preços. 
No caso extremo de curva de oferta agregada, todos os preços são fixos no curto 
prazo. Portanto, a curva de oferta agregada no curto prazo, OACP, é horizontal. 
Um aumento na oferta monetária desloca a curva de demanda agregada para a 
direita, provocando elevação no nível de produto. 
A assertiva b está correta. 
 
 
 
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11 - (FCC/BC-2006) A teoria dos ciclos econômicos reais pretende que as 
flutuações econômicas de curto prazo devam ser explicadas assumindo que os 
preços da economia sejam totalmente flexíveis, ao contrário da teoria keynesiana, 
que os considera rígidos no curto prazo. Analise as seguintes afirmativas sobre 
essa teoria: 
I- a quantidade ofertada de mão de obra depende positivamente dos incentivos 
econômicos oferecidos ao trabalhador. 
II- se os salários dos trabalhadores estiverem altos ou a taxa de juros for elevada, 
os trabalhadores preferirão trabalhar menos e a economia entrará em recessão.III- a aprovação de uma legislação muito restritiva ou o aumento do preço 
internacional do petróleo não são fatores que podem induzir a economia à 
recessão. 
IV- a oferta de moeda é endógena e a expansão dela em função do crescimento 
econômico pode dar a ilusão de que a moeda não é neutra, embora ela o seja de 
fato. 
É correto o que consta apenas em 
a) I, II e III. 
b) III e IV 
c) I e IV 
d) II e III 
e) I e II 
A teoria dos ciclos econômicos reais (TCR) roga a explicação das flutuações 
econômicas de curto prazo, como uma alternativa à teoria de Keynes. A teoria dos 
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ciclos econômicos reais segue os axiomas clássicos, segundo os quais os preços 
e os salários são flexíveis e as variáveis nominais não influenciam as variáveis 
reais (dicotomia clássica). 
A afirmativa I está correta. A TCR admite que a oferta de trabalho influencia a 
oferta de trabalho e que os incentivos econômicos estão intrinsecamente ligados à 
disposição dos trabalhadores em oferecer mais horas de trabalho. 
A oferta de mão-de-obra e a substituição intertemporal desempenham importante 
papel na explicação sobre como a política fiscal exerce influência no produto. No 
modelo ciclos econômicos reais, os preços são flexíveis e os trabalhadores 
praticam a substituição intertemporal. A expansão do produto resulta de um 
aumento na oferta de mão-de-obra: as pessoas respondem às taxas de juros mais 
elevadas escolhendo adiar o lazer e trabalhar períodos mais longos. 
A afirmativa II está incorreta, pois os trabalhadores desejarão trabalhar mais em 
razão de salários e juros mais atraentes na direção de uma posterior aplicação do 
capital e do custo de oportunidade. 
A afirmativa III está igualmente incorreta. Os choques tecnológicos ( incremento 
nos preços do petróleo, legislação restritiva, condições climáticas adversas) Esse 
caso é decorrente dos choques tecnológicos que afetam a economia, fazendo 
variar a oferta de produto. Uma condição climática adversa, uma legislação 
ambiental restritiva e aumentos dos preços do petróleo são exemplos de choques 
adversos, que resultam em queda na produção e no emprego, ou seja, em 
recessão. 
A afirmativa IV é correta, pois a teoria mantém o pressuposto clássico de que as 
variáveis nominais, como a oferta de moeda, são neutras em relação às variáveis 
reais. Um aumento na quantidade de moeda concomitantemente a uma expansão 
na produção é explicado como um efeito e não como a causa dessa expansão. 
A assertiva c está correta. 
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12 - ( ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG - 2002) Considere o 
modelo de oferta e demanda agregada, supondo a curva de oferta agregada 
positivamente inclinada e a curva de demanda agregada derivada do modelo IS-
LM. É correto afirmar que: 
a) um aumento dos gastos do governo eleva o produto, deixando inalterado o nível 
geral de preços. 
b) uma elevação da oferta monetária só resulta em alterações no nível geral de 
preços. 
c) uma elevação do consumo agregado não causa impacto sobre o nível geral de 
preços. 
d) uma elevação das exportações tende a elevar tanto o produto agregado quanto 
o nível geral de preços. 
e) uma redução nos impostos não causa alterações no produto agregado. 
Atenção para esse problema! 
Sabemos do referencial da questão que estamos lidando com o modelo de oferta 
e demanda agregada keynesiano, uma vez que a demanda agregada deriva do 
modelo IS-LM e a oferta agregada é positivamente inclinada. 
Dessa forma, qualquer aumento na demanda agregada resulta em incrementos na 
renda e no nível de preços. 
Com essa contextualização, todas as assertivas restam incorretas à exceção da 
assertiva d. 
Na assertiva a, os preços se alteram. 
Na assertiva b, o nível de produto também se altera. 
Na assertiva c, o movimento causa impacto sobre o nível geral de preços. 
Na assertiva e, uma redução nos impostos causa alterações no produto agregado. 
A assertiva d está correta. 
 
 
 
 
 
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13 - (ESAF/AFPS- 2002) Considere a seguinte equação para a curva de oferta 
agregada de curto prazo: Y = Yp + a(P – Pe), onde Y = produto agregado; Yp = 
produto de pleno emprego; a>0; P = nível geral de preços;Pe= nível geral de 
preços esperados. Com base nas informações constantes da equação acima e 
considerando as curvas de oferta agregada de longo prazo e de demanda 
agregada, é correto afirmar que: 
a) Uma política monetária expansionista não altera o nível geral de preços, tanto 
no curto quanto no longo prazo. 
b) Alterações na demanda agregada resultam, no curto prazo, em alterações tanto 
nível geral de preços quanto na renda. 
c) No curto prazo, uma política monetária expansionista só altera o nível geral de 
preços. 
d) O produto estará sempre abaixo do pleno emprego, mesmo no longo prazo. 
e) Alterações na demanda agregada, tanto no curto quanto no longo prazo, só 
geram inflação, não tendo qualquer impacto sobre a renda. 
Questão muito próxima da anterior. Agora estamos lidando com o modelo de 
oferta agregada de longo prazo e já sabemos que alterações na demanda 
agregada repercutem variações no nível de preços e no nível de renda/atividade. 
Expansão na base monetária acarreta elevação no nível de preços. 
A assertiva a está incorreta. 
No curto prazo, expansão do estoque monetário acarreta também variações no 
produto. 
A assertiva c está incorreta. 
O produto de pleno emprego está associado ao longo prazo. Além disso, pode ser 
alcançado antes do longo prazo. 
A assertiva d está incorreta. 
Alterações na demanda agregada geram inflação e aumento do produto. 
A assertiva e está incorreta. 
A assertiva b está correta. 
 
 
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14 - (ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG-2003) O 
denominado “ modelo clássico” tem sido apresentado em livros textos de 
macroeconomia como uma descrição possível do pensamento macroeconômico 
anterior a Keynes. Assim, partindo-se do equilíbrio no mercado de trabalho, 
chega-se ao nível de pleno emprego e, a partir da função de produção, ao nível de 
produto de pleno emprego. Nesse modelo, o nível geral de preços fica 
determinado pela denominada” teoria quantitativa da moeda”. Com base nessas 
informações, é correto afirmar que: 
a) uma elevação da demanda por mão-de-obra reduz o salário real. 
b) uma política monetária expansionista teria como efeito uma elevação no 
produto de pleno emprego. 
c) o produto agregado real independe da quantidade de mão-de-obra empregada. 
d) o nível do produto real de pleno emprego independe da oferta de moeda na 
economia. 
e) um aumento no estoque de capital na economia reduz o salário real e o nível de 
pleno emprego. 
 
A assertiva d está correta.

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