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ECV 107 Resistência dos Materiais I Prof.: Maila Pereira CAPÍTULO 03 Deformação 3 - Deformação 3.1 Deformação Específica Normal • Considere a barra BC, de comprimento L e com seção transversal uniforme de área A que está presa em B. Ao aplicar uma força P à extremidade C, a barra se alongará. L • A deformação específica normal em uma barra sob carregamento axial e definida como a deformação por unidade de comprimento da barra: = deformação total da barra (alongamento/ encurtamento) L = comprimento inicial da barra • Para um elemento de área variável a deformação específica é dada por: 0x lim x = deformação do elemento x= comprimento inicial do elemento 3 - Deformação 3.1 Deformação Específica Normal • Unidade: a deformação específica é uma quantidade adimensional. Por exemplo: uma barra de comprimento L = 0,600 m com seção transversal uniforme, que sofre uma deformação = 150 10-6 m terá uma deformação específica de : 6 6150 10 250 10 0 6 m / m L , • A deformação específica também pode ser expressa em termos percentuais, assim, a deformação de 250 10-6 encontrada acima pode ser escrita como 0,025% 3 - Deformação 3.2 Diagrama Tensão - Deformação • O diagrama tensão-deformação é traçado a partir de dados obtidos do ensaio de tração ou compressão de um corpo-de-prova padrão. • P = carga aplicada. • A0 = área original. • = variação no comprimento. • L0 = comprimento original. • Utilizando os dados registrados durante o ensaio, pode-se determinar a tensão nominal ou tensão de engenharia e a deformação nominal ou deformação de engenharia: 0 P A 0L 3 - Deformação 3.2 Diagrama Tensão - Deformação • Plotando os valores correspondentes de s e e num gráfico onde a abscissa corresponde às deformações e a ordenada às tensões, temos o diagrama tensão- deformação. • Região Elástica: corresponde ao trecho reto que se inicia na origem e encerra-se quando o material atinge a resistência ao escoamento fy. Neste trecho o material obedece a Lei de Hooke, ou seja, as tensões são proporcionais às deformações • Fase Plástica: corresponde ao trecho do diagrama em que o material fica com tensão constante igual a fy, enquanto a deformação aumenta consideravelmente. Esse trecho é chamado patamar de escoamento. 3 - Deformação 3.2 Diagrama Tensão - Deformação • Fase de Encruamento (Endurecimento): após o escoamento, o material sofre um revigoramento que recebe o a denominação de encruamento ou endurecimento. • Assim, a tensão volta a crescer com a deformação, porém sem proporcionalidade. O material atinge sua tensão mais elevada, denominada resistência à ruptura, representada por fu. • Depois de alcançar fu, a área da seção transversal na região central do corpo de prova começa a se reduzir rapidamente (estricção) e ocorre uma queda no valor da força de tração aplicada, até o rompimento do material. 3 - Deformação 3.3 Lei de Hooke • A maioria das estruturas de engenharia são projetadas para sofrerem pequenas deformações. Essas estruturas se enquadram na região elástica do diagrama tensão deformação, onde existe uma relação linear entre tensões e as correspondentes deformações, logo: E • E = constante de proporcionalidade denominada módulo de elasticidade ou módulo de Young. • E = propriedade mecânica que indica a rigidez do material. • No diagrama tensão-deformação, o módulo de elasticidade representa a inclinação da reta na região elástica. 3 - Deformação 3.4 Deformação de elementos sob carregamento axial E • Considere a barra homogênea BC, de comprimento L seção transversal uniforme de área A submetida a uma força axial centrada P. Se a tensão normal média s estiver dentro da região elástica, então: • Sabe-se que: L • Logo: PL AE Deformação axial (alongamento/ encurtamento) • A equação acima é válida se: • A barra é homogênea E = constante • Seção transversal uniforme de área A • Força P aplicada em suas extremidades P A 3 - Deformação 3.4 Deformação de elementos sob carregamento axial • Se algum dos itens não for satisfeito, a barra deverá ser dividida em partes componentes que satisfaçam individualmente às condições necessárias para aplicação da fórmula, nesse caso: i ii ii EA LP 1 1 2 2 1 1 2 2 i i i i PLP L P L ... A E A E A E Onde i é o nº de componentes • No caso de uma barra com seção variável como da figura, ou P variando com x, tem-se: L o P x dx A x E 3 - Deformação Exemplo 1 Determine a deformação da barra de aço mostrada submetida às forças dadas. SOLUÇÃO: • Divida a barra em componentes de acordo com a aplicação das forças. • Aplique uma análise de corpo livre de cada componente para determinar a força interna. • Avaliar a deformação total da barra. GPaE 200 3 - Deformação Exemplo 2 Uma viga rígida AB está apoiada nos dois postes curtos mostrados na figura. AC é feito de aço e tem diâmetro de 20 mm, BD é feito de alumínio e tem diâmetro de 40 mm. Determine o deslocamento do ponto F em AB se uma carga vertical de 90 kN for aplicada nesse ponto. Considere Eaço = 200 GPa e Eal = 70 GPa SOLUÇÃO: • Aplique uma análise de corpo livre na viga AB para obter as reações em A e em B. • Aplicar a reação em a no poste AC e a reação em B no poste BD. Essas forças causam deformação nos postes. • Avaliar a deslocamento em F devido às deformações e AC e BD 3 - Deformação • Se a barra é presa em ambas as extremidades , como na figura, então aparecem duas reações axiais desconhecidas e a equação de equilíbrio de forças não é suficiente para determina-las. Neste caso a barra é denominada estaticamente indeterminada. 0F 1A BR R P 3.5 Elemento com carga axial estaticamente indeterminado • Quando uma barra está presa somente a uma extremidade e é submetida a uma força axial, a equação de equilíbrio de forças é suficiente para determinar a reação no suporte fixo. Nesse caso, tem-se um problema estaticamente determinado. 0 BF R P 3 - Deformação 3.5 Elemento com carga axial estaticamente indeterminado • Para resolver problemas estaticamente indeterminados é necessário estabelecer uma equação adicional. Essa equação adicional será obtida a partir das deformações que envolvem a geometria do problema. • Para determinarmos as deformações é necessário conhecer as forças internas: 1 2 (tração) (compressão)A BP R P R 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 A B P L R L AE AE P L R L A E AE • Neste exemplo, a deformação total é igual a zero, logo: 1 2 0 1 2 deformação em deformação em AC BC 1 2 0 3 - Deformação 3.5 Elemento com carga axial estaticamente indeterminado • Logo: 1 2 0A BR L R L AE AE 1 2 0 2A BR L R L 2 1 3BA R LR L • Substituindo em (1): 2 1 2 1 1 1 2 1 1 B B B B B B R L R P L R L R L PL R L L PL R L PL 1 B PLR L • Substituindo em (3): 2 A PLR L 3 - Deformação 3.5 Elemento com carga axial estaticamente indeterminado • Tensões: 1 1 AP R A A 21 PL AL 2 2 BP R A A 1 2 PL AL 3 - Deformação 3.6 Método da Superposição • Como já foi visto, uma estrutura é estaticamente indeterminada sempre que é vinculada por mais suportes do que o necessário para manter seu equilíbrio. Isso resulta em maisreações desconhecidas do que equações de equilíbrio disponíveis. • O método da superposição consiste em designar uma reação redundante e eliminar o suporte correspondente. • Essa reação será tratada como força desconhecida que juntamente com as outras forças deve produzir deformações compatíveis com as restrições originais. • A solução real do problema é obtida considerando-se separadamente as deformações provocadas pelas forças e pela reação redundante e somando (superpondo) os resultados 3 - Deformação Exemplo 3: Determine o valor das reações em A e B para a barra de aço com os carregamentos mostrado, assumindo que não existe folgas entre os apoios e a barra. • Resolver a reação em A pelo diagrama de corpo livre da barra, uma vez que se conhece a reação em B. • Exigir que os deslocamentos devido às forças e devido à reação redundante sejam compatíveis, ou seja, exigir que sua soma seja zero. • Resolver o deslocamento em B devido às forças aplicadas. SOLUÇÃO: • Consideramos a reação em B como redundante e liberamos a barra daquele apoio. A reação Rb é considerada desconhecida. • Resolver o deslocamento em B devido à reação RB. 3 - Deformação 3.7 Problemas que envolvem mudança de temperatura • Considere a barra homogênea AB de seção transversal uniforme, que se apoia livremente em uma superfície horizontal lisa. Se a temperatura da barra aumentar de t, a barra se alongara de t, sendo: = coeficiente de dilatação térmica / C T T L • Sendo e = deformação específica térmica como , então:T L T • Neste caso não há tensão térmica pois a barra se dilata livremente 3 - Deformação 3.7 Problemas que envolvem mudança de temperatura • Considere a mesma barra homogênea AB de comprimento L e seção transversal uniforme, colocada entre dois apoios fixos como na figura. Se a temperatura da barra aumentar em t, a deformação da barra será t = 0. No entanto os apoios exercerão forças iguais a P nas extremidades da barra para impedir sua deformação. • Esse problema é estaticamente indeterminado, logo sua solução será: 3 - Deformação 3.7 Problemas que envolvem mudança de temperatura • Solução de (b): calcular a deformação devido à variação de temperatura, sem a reação redundante P. T T L • Solução de (c): calcular a deformação devido a reação redundante P. P PL AE • Deformação total: 0 0 0 T P PLT L AE PL T L AE P AE T (Compressão) • Tensão na barra: P AE T A A E T 3 - Deformação Exemplo 4 Determine os valores da tensão nas partes AC e CB da barra de aço mostrada na figura quando a temperatura da barra for de – 15°C, sabendo que os apoios rígidos estão ajustados quando a temperatura estiver a + 20°C. Use os valores E = 200 GPa e a = 12 x 10 -6 /°C para o aço. 3 - Deformação 3.8 Coeficiente de Poisson • Quando um corpo deformável é submetido a uma força de tração axial haverá um alongamento ao longo do eixo da barra e uma contração na outras direções, assim a deformação específica na direção do eixo será: (Lei de Hooke)xx E • Se o material é homogêneo e isotrópico, ou seja, se o material apresenta as mesmas características físicas e mecânicas em todas as direções, tem-se: (deformação específica lateral)y z • A relação entre a deformação específica lateral e a deformação axial é denominada de Coeficiente de Poisson: y z x x • A expressão tem sinal negativo porque um alongamento longitudinal (deformação +) provoca uma contração lateral (deformação - ). O coeficiente de Poisson é positivo e adimensional 3 - Deformação 3.8 Coeficiente de Poisson • A condição de deformação específica da barra submetida a um carregamento axial fica definida pelas seguintes relações: x x E xy z E • Note que, embora haja deformação específica ey e ez, as tensões nessas direções são zero: 0y z 3 - Deformação Exemplo 5: Observa-se que uma barra de 500 mm de comprimento e 16 mm de diâmetro, feita de um material homogêneo e isotrópico, aumenta no seu comprimento em 300 mm e diminui em seu diâmetro em 2,4 mm quando submetida a uma força axial de 12 kN. Determine o módulo de elasticidade e o coeficiente de Poisson do material. 3 - Deformação 3.9 Lei de Hooke Generalizada: Carregamento Multiaxial • Até agora o objeto de estudo se tratava de elementos delgados carregados ao longo do eixo perpendicular à seção transversal. • Considere o elemento estrutural em forma de cubo, submetido as cargas que atuam nas direções dos três eixos coordenados. As tensões sx, sy e sz são todas diferentes de zero. • Suponha que as arestas do cubo tenham comprimento unitário (L = 1). Sob o carregamento multiaxial dado, o elemento se deformará transformando-se em um paralelepípedo retangular de lados iguais a: 1 1 1 x y z 3 - Deformação • Usando o Princípio (método) da Superposição , temos: 3.9 Lei de Hooke Generalizada: Carregamento Multiaxial 1º) provoca 2º) provoca 3º) provoca x x x x x y z y y y y y x z z z z z z x y E E E E E E E E E Logo: yx z x yx z y yx z z E E E E E E E E E Lei de Hooke Generalizada 3 - Deformação • OBS.: O Princípio (método) da Superposição é usado desde que as condições seguintes sejam satisfeitas: 3.9 Lei de Hooke Generalizada: Carregamento Multiaxial 1. Cada efeito está linearmente relacionado com a força que o produz •Regime elástico •Lei de Hooke 2. A deformação resultante de determinada força é pequena e não afeta as condições de aplicação de outras forças • Lembrar que: tração expansão compressão contração 3 - Deformação O bloco da figura está submetido a uma pressão uniforme em todas as suas faces. Sabendo que a variação no comprimento da aresta AB é – 0,03 mm, determine: a) A variação no comprimento das outras arestas. b) A pressão p aplicada às faces do bloco. Suponha E = 200 Gpa e n = 0,29 Exemplo 6: 3 - Deformação • Considere o bloco submetido ao estado de tensão. Se as deformações permanecem pequenas, as tensões de cisalhamento (txy, tyz, tzx, tyx, tzy e txz) não afetam as deformações específicas normais. No entanto, as tensões de cisalhamento tenderão a deformar o elemento cúbico, transformando-o em um paralelepípedo oblíquo. 3.10 Deformação de Cisalhamento • Seja o elemento cúbico de lado unitário submetido às tensões de cisalhamento txy e tyx. O elemento se deforma mantendo o comprimento dos lados. • Dois ângulos formados pelas quatro faces sob tensão são reduzidos de para , enquanto que os outros dois são aumentados de para . O ângulo gxy (expressos em radianos) define a Deformação de cisalhamento correspondente às direções x e y. 2 2 xy 2 2 xy 3 - Deformação 3.10 Deformação de Cisalhamento • Onde G é o Módulo de Rigidez ou Módulo de elasticidade transversal do material, sendo G expresso em Pa (Mpa, GPa) • Assim como a tensão normal e a deformação específica normal se relacionam (s= E e) a tesão de cisalhamento e deformação de cisalhamento também se relacionam pela Lei de Hooke para tensão e deformação de cisalhamento. xy xyG (lembrar que a Lei de Hooke é válida para tensõesque não ultrapassam o regime de proporcionalidade, ou seja para o regime elástico – pequenas deformações) • Considere agora os cubos das figuras sujeitos as tensões mostradas, para valores de tensões dentro do regime elástico, tem-se: yz yzG zx zxG Onde G é a mesma constante 3 - Deformação 3.10 Deformação de Cisalhamento • Para o estado de tensão definido pela figura e desde que nenhuma tensão ultrapasse o limite de proporcionalidade, obtemos as equações representando a Lei de Hooke generalizada para uma material isotrópico e homogêneo yx z x yx z y yx z z xy yz zx xy yz zx E E E E E E E E E G G G Onde as constantes E, G e n se relacionam da seguinte forma: 2 1 EG 3 - Deformação Exemplo 7: Um bloco retangular de material com módulo de rigidez G = 620 Mpa é colado a duas placas rígidas horizontais. A placa inferior é fixa, enquanto a placa superior está submetida a uma força horizontal P. Sabendo que a placa superior se desloca 1 mm sob a ação da força, determine a) a deformação de cisalhamento média no material e b) a força P que atua na placa superior. SOLUÇÃO: • Determinar a deformação de cisalhamento. • Use a definição de tensão de cisalhamento para encontrar a força P. • Aplicar a lei de Hooke para tensão e deformação de cisalhamento para encontrar a tensão de cisalhamento correspondente. 3 - Deformação 3.11 Princípio de Saint - Venant • Como já foi visto, a tensão s em uma barra de área A e submetida a um carregamento axial P é: P A • Essa tensão é uma tensão média calculada em uma seção afastada da extremidade da barra. Como no regime elástico as deformações se relacionam com a tensao pela Lei de Hooke, para a situação descrita, as deformações serão uniformes. E • No caso de uma força aplicada à barra por meio de placas rígidas (a força aplicada no centróide), também havará deformações uniformes (figura). Haverá um encurtamento da barra na direção axial e uma expansão nas outras duas direções, no entanto, as seções permanecerão planas e todos os elementos se deformarão da mesma maneira. 3 - Deformação 3.11 Princípio de Saint - Venant • Por outro lado, se as forças forem concentradas, os elementos nas vizinhanças imediatas dos pontos de aplicação das forças sofrem grandes deformações, e portanto grandes deformações específicas, assim esses elementos estão submetidos a grandes tensões, enquanto os cantos não são tão afetados pelo carregamento. • No entanto, à medida que se considera elementos cada vez mais distantes das extremidades há uma uniformização das deformações específicas e das tensões. E • Pela figura pode-se observar que a uma distância b de qualquer extremidade (b = largura da placa) a distribuição de tensões é aproximadamente uniforme e igual a smed . • Princípio de Saint-Venant: A distribuição de tensão pode ser independente da aplicação da carga, exceto nas imediações dos pontos de aplicação da mesma. 3 - Deformação • Quando um componente estrutural contém uma descontinuidade (furo ou mudança brusca na seção transversal) ocorrem valores altos de tensões localizados próximos das descontinuidades. Nesse caso a tensão máxima será: 3.12 Concentração de Tensão max medk • Onde k é o coeficiente de concentração de tensão e depende apenas das propriedades geométricas do componente estrutural: • P/ furos: r/D • P/ arredondamentos: r/d e D/d • smed é a tensão normal média calculada na seção crítica (mais estreita) da descontinuidade. • Os valores de k são calculados no regime elástico, logo esse procedimento é válido somente quando smax não excede o limite de proporcionalidade. 3 - Deformação 3.12 Concentração de Tensão 2r/D 3 - Deformação 3.12 Concentração de Tensão 3 - Deformação 3.13 Deformações plásticas • Até agora, nos estudos de tensão e deformação, considerou-se o comportamento do material envolvido dentro do regime elástico (relação tensão-deformação linear), em outras palavras, considerou-se que a tensão de proporcionalidade do material nunca seria ultrapassada. • Para materiais frágeis essa suposição é perfeitamente aceitável, pois entram em colapso sem escoarem • Para materiais dúcteis, se as tensões em qualquer parte do corpo excederem a tensão de escoamento, ocorrerão deformações plásticas. 3 - Deformação 3.13 Deformações plásticas • Considere o diagrama tensão-deformação de um material elastoplástico ideal: • Se a tensão do material s for menor que a tensão de escoamento sE, o material tem comportamento elástico e obedece a Lei de Hooke. • Quando s atinge sE, o material começa a escoar e continua deformando plasticamente sob carregamento constante. • Se o carregamento é removido, o descarregamento ocorre ao longo da reta CD paralela a AE. • O segmento de reta AD representa a deformação específica correspondente à deformação plástica resultante do carregamento e descarregamento do corpo de prova.
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