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Comentarios ao art. 411, inciso IV (oitiva de teste- munhas) 8. Oitiva de autoridades na qualidade de testemunhas 9. Direito intertemporal Comentarios ao art. 493, inciso I (procedimentos em a~ao rescisoria) 10. Papel dos Regimentos lnternos dos Tribunais na "ac;:ao rescis6ria" 1 L Direito intertemporal CAPiTuLo 2-TEO RIA GERAL DA EXECUc;:AO Comentarios ao art. 580 (requisitos da execu~ao) L 0 interesse de agir na execuc;:ao 2. Direito intertemporal Comentarios ao art. 585 (titulos executivos extra- judiciais) 3. Titulos executivos extrajudiciais 3.1 0 contrato de acidentes pessoais de que resulte morte ou incapacidade 3.2 Credito decorrente de foro e laudemio 3.3 Aluguel e encargos condominiais 3.4 Creditos de origem judicial 3.5 Cenidao de divida ativa 3.6 A norma de encerramento 4. Direito intertemporal Comentarios ao art. 586 (requisitos da execu~ao) 5. Obriga<;ao certa, liquida e exigivel 6. Os §§ 1° e 2° do dispositivo 7. Dire ito intertemporal X 11 12 13 14 15 16 18 18 19 19 21 22 22 22 24 24 r -) Comentarios ao art. 587 (execu~ao provisoria) 8. Execur;:ao definitiva e execuc;:ao provis6ria 9. Efeito suspensivo dos embargos do executado ......... 10. Sentenr;:a de in1procedencia 1 L Efeito suspensivo a apelar;:ao Co panigrafo unico do art. 558) 12. 0 art. 475-0 e a execu<;ao provis6ria 13. Direito intenemporal Comentarios ao art. 592, inciso I (responsabllidade secundaria) 14. Bens do sucessor a titulo singular 15. Direito intertemporal Comentarios ao art. 600, inciso IV (atos atentatorios a dignidade da justi~) 16. De\·edor e executado 17. Indicar;:ao dos bens a penhora 18. Indicac;:ao dos valores dos bens penhorados 19. Descumprimento dos deveres do inciso IV do art. 600 20. Direito intenemporal ' Comentarios ao art. 614, inciso I (peti~ao inicial da execu~ao) 21. Requisitos da petir;:ao inicial do "processo de exe- cur;::ao" 22. Direito intertemporal Comentarios ao art. 615-A (certl.dao comprobato- ria do ajulzamento da execu~ao) 23. Certidao comprobat6ria do ajuizamento da exe- cu<;ao 23.1 Ajuizamento da execur;:ao 25 27 28 31 34 35 36 37 38 38 39 41 41 42 44 45 46 XI ~ ~~ l'J ,, };: 23.2 Faculdade do exeqliente ..................................... 46 2. 0 art. 647 eo "cumprimento de senteno;:a·· ............. 67 ~· 23.3 Elementos da certidao ......................................... 47 3. Direito intertemporal ................................................ 67 '-.,,_. 23.4 Averba~:ao e nao registro ..................................... 47 ·~ 24. A comunica~ao da averba~:ao ..................................... 48 Comentiri.os ao art. 649 (bens absolutamente impe- nhociveis) ~ '1 25. Cancelamento das averba~:oes .................................... 50 ·~ 26. Fmude a execu~ao ....................................................... 51 4. lmpenhorabilidade absoluta ..................................... 69 27. Responsabiliza~:ao do exeqliente ................................ 52 4.1 M6veis ............................................................... 70 54 ·~ il 28. Regula~:ao pe!os Tribunais ........................................... 4.2 Vestuarios e pertences de uso pessoal ............ 71 ~ 29. Aplica~:ao da regra para as execu~:oes de titulo judi- ~ 4.3 Valores destinados a subsistencia do executa- cia! ................................................................................ 55 ~ do ...................................................................... 71 30. Direito intertemporal ................................................... 56 4.3.1 Especificamente a impenhorabilidade de !I salarios ..................................................... 73 'v '1 Comentarios ao art. 618, inciso I (nulidade da exe- cu~ao) 4.4 Bens para o exerdcio da profissao ................. 74 ~ 4.5 Seguro de vida .................................................. 74 ~· 31. Obriga~:ao certa, liquida e exigivel ............................. 56 32. Dire ito intertemporal ................................................... 57 4.6 Obras em an clam en to ....................................... 74 '...~ 4.7 Pequena proprieclacle rural .............................. 74 '-J CAPfrur.o 3 - EXECU(:AO DAS OBRIGA<;:OES DE 4.8 Recursos publicos ............................................. 75 ·~ FAZER E NAO FAZER 4.9 Depositos em caderneta de poupan~:a ............ 76 ~ Comentarios ao art. 634 (presta~ao de fato por ter- 5. Creclito para aquisi~:ao do bern ................................ 76 ·~ ceiro em execu~ao de obriga~ao de fazer) 6. Bens nao repetidos pela Lei n. 11.382/2006 ........... 77 ~· 1. Novas regras para a execus;ao da obriga~:ao de fazer 59 7. Direito intertemporal ................................................ 78 ~ Comentarios ao art. 650 (bens relativamente impe- ~ Comentarios ao art. 637, paragrafo unico (exercicio nhoraveis) '-./ do direito de preferencia pelo exeqiiente) 2. A preferencia pelo exeqliente ..................................... 62 8. Impenhorabilidacle relativa ....................................... 79 9. Especificamente a impenhorabilidade de bem de ~ 3. Direito intertemporal .................................................... 64 familia ........................................................................ 80 ~ CAPITULO 4-EXECU(:AO POR QUANTIA CERTA 10. Direito intertemporal .............................................. ,. 81 ''--' CONTRA DEVEDOR SOL VENTE '-./ Comentarios ao art. 651 (remi~ao da execu~ao) ~ Comentarios ao art. 647 (formas de expropria~ao) 11. A remis;ao cia execus;ao ............................................ 81 ~ 1. As novas formas de exproprias;ao ............................ 65 12. Direito intertemporal ................................................ 83 ·~ '.../' XII XIII ~ Comentarios ao art. 652 (cita~ao, penhora e avalia- ~ao) 13. Novo prazo para pagamento 13.1 A fluenda do prazo para pagamento 13.2 Especificamente o mandado de cita<;ao, pe- nhora e avalias;ao 14. Penhora e avalias;ao de bens ' 15. Indicas;ao de bens a penhora pelo exequente ....... . 16. A indicas;ao de bens a penh ora pelo executa do ..... . 17. A intimas;ao do executado 18. Nao localizas;ao do executado 19. Direito intertemporal Comentarios ao art. 652-A (honocirios advocaticios) 20. Fixas;ao de honorarios para o advogado do exe- 84 85 88 90 92 93 95 96 98 quente ........................................................................ 100 21. Pagamento pelo executado ..................... ;................ 100 22. Direito intertemporal .............. .. . .. ... ....... ........ ... ... ..... 102 Comentarios ao art. 655 (ordem da penhora) 23. A ordem preferencial da penhora ............................ 104 23.1 Dinheiro ........................................................... 105 23.2 Veiculos ........................................................... 106 23.3 Bens m6veis .................................................... 106 23.4 Bens im6veis ................................................... 107 23.5 Navios e aeronaves ......................................... 107 23.6 As;oes e quotas sociais .................................... 108 23.7 Faturamento de empresa ................................ 108 23.8 Pedras e metais preciosos ..... :........................ 109 23.9 Titulos da divida publica ................................ 109 23.10 Titulos e valores mobiliariQS 23.11 Outros direitos 24. Execu<;ao de credito com garantia real 110 110 111 XIV 25. Intimas;ao do c6njuge ............................................... 112 26. Deveres do executado diante da penhora .............. 11227. Direito intertemporal ................................................ 113 Comentarios ao art. 655-A (penhora on line) 28. A penh ora on line ..................................................... 115 29. Os limites das informa<;6es e da indisponibilidade dos ativos ................................................................... 117 30. As hip6teses de impenhorabilidade ......................... 117 31. Ainda a penhora de percentual do faturamento de empresa ..................................................................... 118 32. Direito intertemporal ................................................ 121 Comentarios ao art. 655-B (mea~ao do conjuge) 33. A meas;ao do c6njuge no bern indivisfvel ............... 122 34. Direito intertemporal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 Comentarios ao art. 656 (substitui~ao dos bens pe- nhorados) 35. -A substituis;ao dos bens penhorados ....................... 125 35.1 Nao-observancia da ordem legal .................... 126 35.2 Penhora sobre coisa certa ................................ 126 35.3 Penhora de bens no foro da execus;ao............ 126 35.4 Penhora de bens ja ·penhorados ...................... 127 35.5 Penhora de bens de baix:a liquidez ................. 127 35.6 Nova penhora pela frustras;ao de anterior alie- nas;ao judicial .................................................... 128 35.7 Falta de cumprimento de deveres pelo execu- tado ............................................ :....................... 129 36. Deveres do executado ............................................... 131 37. Ainda a substitui<;;ao da penhora: fians;a bancaria ou seguro.................................................................... 132 38. Ainda a substitui<;ao da penhora: bern im6vel......... 132 XV 39. Direito interternporaL... .. ....... .... ........... ...... ...... .. .... ... 132 Comentiirios ao art. 657 (oitiva das partes para a suhstitui~ao do hem penhorado) 40. 0 incidente para substitui~ao do bern penhorado... 133 41. Direito interternporal.................................................. 134 Comentarios ao art. 659 (penhora) 42. A penhora dos bens do executado pelo oficial de justi~a ....... ......... ....... ....... .. .. . .... ..... ... .... .. . ... ... ... . .. .. . .. . .. 136 43. 0 local da penhora .................................................... 137 44. Penhora de bens imoveis .......................................... 138 45. Penhora e rneios eletr6nicos ..................................... 139 46. Direito interternporal.................................................. 140 Comentarios ao art. 666 (deposito dos hens penho- rados) 47. Deposito dos bens penhorados................................. 141 48. Deposito em rnaos do executado . ....... ... . .. ...... .. . ... . .. 142 49. Deposito de joias, pedras e objetos preciosos .. ... ... . 142 50. Prisao de depositario judicial infiel........................... 143 51. Direito interternporal...... .. .. . . .. . .... ... . .. . ... . .. ....... .. . .. ... ... 144 Comentarios ao art. 668 (suhstitui~iio dos hens pe· nhorados pelo executado) 52. A substitui~ao da penhora por iniciativa do execu- tado ............................................................................. 145 52.1 Previa oitiva do exeqtiente ............................... 147 53. Deveres do executado ............................................... 147 54. Direito interternporal... ....... :....................................... 149 Comentiirios ao art. 680 (avalia~iio dos hens penho- rados) 55. A avalia~ao dos bens penhorados............................. 150 XVI 55.1 A oitiva das partes sabre a avalia~ao do ofi- cial de justi~a ..................................................... . 56. 0 incidente de avalia~ao 57. Direito interternporal.. ............................................... . Comentarios ao art. 681 (laudo de avalia~ao) 58. A avalia~ao e o auto de penhora 59. Ava!ia~ao de bern irnovel suscerfvel de divisao ...... . 60. Direito interternporal ................................................. . Comentarios ao art. 683 (nova avalia~ao) 61. Nova avalia~ao 61.1 Erro na avalia~ao ou dolo do a\·a!iador 61.2 Varia~ao no valor do bern ................................ . 61.3 Duvida sabre o valor atribufdo ao bern 62. Direito interternporal. ................................................ . Comentarios ao art. 684 (dispensa de avalia~ao) 63. Urna vez rnais o papel do executado na avalia~ao dos bens penhorados ................................................ . 64. Avalia~ao de quaisquer bens penhorados 65. Direito interternporal ................................................. . Comentarios ao art. 685 (inicio dos atos expropria- torios) 66. Ultirnos atos antecedentes a expropria~ao dos bens penhorados ................................................................ . 67. Direito interternporal ................................................. . Comentarios ao art. 685-A (adjudica~iio) 68. Os novas contornos da adjudica~ao 68.1 Instante procedirnental da adjudica~ao 68.2 0 "pres;o" da adjudicas;ao ~ ~-· ~ 152 ~- 153 ~ 155 156 ·~ 157 157 ~ ~ ' - 158 - 158 -~ 159 ~ 160 ~· 160 'J ·- ~ 161 162 ..... 163 ~ ~ .._ ·- -164 ·-165 '.J 166 ..... 168 ...... 173 ·~ ..... XVII ~ 69. Os legitimados a adjudicas;ao.................................... 174 70. Preferencia na adjudicas;ao........................................ 176 71. 0 deferimento da adjudicas;ao ... ................ ............... 178 72. Direito intertemporal...... ... . ...... ... . ..... ............. ............ 179 Comentario~· ao art. 685-B (auto e carta de adjudicas;ao) 73. Lavratura do auto de adjudicas;ao ............................. 182 74. Carta de adjudicas;ao e mandado de entrega ........... 184 75. Direito intertemporal.................................................. 185 Comentarios ao art. 685-C (alienas;ao por iniciativa particular) 76. Uma nova modalidade de exproprias;ao: a alienas;ao por iniciativa particular.............................................. 186 77. 0 procedimento da alienas;ao ................................... 188 78. A formalizas;ao da alienas;ao...................................... 189 79. Regulamentas;ao pelos Tribunais............................... 191 80. Direito intertemporal.................................................. 191 Comentarios ao art. 686 (edital da alienas;ao em bas- ta publica) 81. A "alienas;ao em hasta publica"................................. 194 82. Hasta publica.............................................................. 195 83. 0 edital da hasta publica........................................... 196 83.1 Descris;ao do bern penhorado .......................... 197 83.2 Dia e hora da hasta ........................................... 197 84. Dispensa do edital...................................................... 198 85. Direito intertemporal.................................................. 198 Comentarios ao art. 687 (divulgas;ao eletronica do edital) 86. Meios eletr6nicos de divulgas;iio ............................... 201 87. Intimas;ao pessoal do executado............................... 202 88. Direito intertemporal.................................................. 204 XVIII Comentarios ao art. 689-A (alienas;ao eletronica) 89. Alienas;ao judicial em ambiente virtual..................... 205 90. Regulamentas;ao da regra .......................................... 206 91. Direito intertemporal.................................................. 207 Comentarios ao art. 690 (arrematas;ao)92. Pagamento da arrematas;ao. .... ......... .. ........ ....... ... . . .... 208 92.1 Arrematas;ao de bern irn6vel............................. 209 93. 0 arrematante vencedor ............................................ 212 94. Direito intertemporal.................................................. 212 Comentarios ao art. 690-A (legitimados para a arre- matas;ao) 95. Legitimados para a arrematas;ao................................ 214 96. A legitimidade do exeqtiente para a arrematas;ao.... 214 97. Direito intertemporal.................................................. 216 Comentarios ao art. 693 (auto e carta de arrematas;ao) 98. Auto de arrematas;ao .................................................. 216 99. Ordem de entrega e carta de arrematas;ao ............... 217 100. Direito intertemporal.................................................. 218 Comentarios ao art. 694 (lavratura do auto de arre- matas;ao) 101. Lavratura do auto de arrematas;ao............................. 219 102. 0 desfazimento da arrematas;ao................................ 221 103. Acolhimento dos embargos e a alienas;ao do bern penhorado .................................................................. 222 Hi4. Direito intertemporal.... ....... .. .... .. . . .... ... . ... ... ....... ..... ... 224 Comentarios ao art. 695 (nao-pagamento da arrema- tas;ao) 105. 0 nao-pagamento do valor da arrematas;ao............. 225 106. Direito intertemporal.................................................. 227 XIX Comentarios ao art. 698 (intima~oes previas a expro- pria~ao dos bens penhorados) 107. Intima~oes pn'!vias a expropria~ao dos bens penho- rados ........................................................................... 228 108. Especificamente a intima~ao do exeqiiente com pe- nhora averbada. ... .. . .... ... . ... ....... ..... .... .. . . . ....... ..... ..... ... 229 109. Direito intertemporal.................................................. 230 Comentarios ao art. 703 (carta de arremata~ao) 110. Elementos da carta de arremata~ao .......................... 231 111. Direito intertemporal..... ... ...... ... .. ....... .............. ....... .. . 232 Comentarios ao art. 704 (leilao) 112. Leilao como forma preferencial das aliena~;oes judi- ciais ............................................................................. 232 113. Direito intertemporal.................................................. 233 Comentarios ao art. 706 (leiloeiro) 114. Indica~;ao do leiloeiro 233 115. Direito intertemporal.................................................. 234 Comentiirios ao art. 707 (auto de arremata~ao e man- dado de entrega) 116. Auto de arremata~ao e mandado de entrega .......... . 117. Direito intertemporal Comentarios ao art. 713 (concurso singular de cre- dores) 234 235 118. 0 encerramento do concurso singular de credores. 236 119. Direito intertemporal.................................................. 237 Comentarios ao art. 716 (usufruto de m6vel ou im6- vel) 120. 0 usufruto de m6vel ou im6vel................................ 238 XX 121. Pressupostos para concessao do usufruto 239 122. 0 momento de institui~ao do usufruto .................... . 240 123. Direito intertempora] ................................................. . 241 Comentarios ao art. 717 (institui~ao do usufruto) 124. Efeitos da institui~ao do usufmto ............................. . 242 125. Direito intertemporal ................................................. . 244 Comentarios ao art. 718 (decisao do usufruto) 126. A decisao que concede o usufmto ........................... 244 127. Direito intertemporal.................................................. 245 Comentarios ao art. 720 ( usufruto de im6vel em con- dominio) 128. Usufruto de im6vel em condominia......................... 245 129. Direito intertemporal.................................................. 245 Comentarios ao art. 722 (procedimento para institui- ~ao do usufruto) 130. Procedimento para a institui~;ao do usufruto ........... 246 131. Decisao do usufruto................................................... 248 132. Carta de usufruto........................................................ 248 133. Direito intertemporal.................................................. 249 Comentarios ao art. 724 (loca~ao do bern em usufru- to) 134. Locac;:ao do bern em usufruto.................................... 249 135. Direito intertemporal.................................................. 250 CAPfruLO 5- EMBARGOS DO DEVEDOR Comentarios ao art. 736 (embargos a execu~ao) 1. Os embargos do executado 2. Direito intertemporal 251 254 XXI ~ ~· ~ ·~· ~· ~: "-< Comentarios ao art. 738 (prazo para apresenta~ao dos embargos) 3. Prazo para apresentayao dos embargos a execuyao ... 4. Prazo para embargos a execuyao promovida em face de varios executados ............................................ . 5. Prazo para embargos nas execuyiSes por carta preca- toria ............................................................................... . 6. Prazo para embargos a execu~ao com pluralidade de advogados ..................................................................... . 7. Direito intertemporal .................................................... . Comentarios ao art. 739 {rejei~o liminar dos embar- gos) 8. Rejei~o liminar dos embargos a execu~o ................ . 8.1 Embargos intempestivos ....................................... . 8.2 Petiyao inicial inepta ............................................. . 8.3 Embargos manifestamente protelat6rios .............. . 8.4 Outros casos de indeferimento liminar dos em- bargos ..................................................................... . 9. Direito intertemporal .................................................... . Comentarios ao art. 739-A (efeito suspensivo dos embargos) 10. Os embargos a execuyao nao tern mais efeito sus- pensivo ......................................................................... . 11. A atribuiyao de efeito suspensivo aos embargos ....... . 11.1 A previa oitiva do exequente para a concessao do efeito suspensivo aos embargos ................... . 11.2 Efeito suspensivo parcial .................................... . 12. A revisao da decisao relativa ao efeito suspensivo dos embargos ...................................................................... . 13. Ainda o efeito suspensivo parcial ............................... . 14. Efeito suspensivo e plura!idade de embargos ............ . 15. Excesso de execu~ao como fundamento dos embar- gos ................................................................................. . XXII 256 258 260 261 262 264 264 265 265 267 268 269 270 274 274 275 276 277 279 16. Penhora e avaliayao de bens a despeito do efeito sus- pensivo dos embargos .................................................. 280 17. Direito intertemporal.. ......................... ,......................... 281 Comentarios ao art. 739-B (cobran~a de multas ou indeniza~Oe5) 18. A cobran~a das multas ou indeniza~oes pela litigancia de ma-fe ............. .. ............. .... ...................................... ... 283 19. Direito intertemporal..................................................... 286 Comentarios ao art. 740 (procedimento dos embar- gos) 20. 0 procedimento dos embargos.................................... 287 21. Embargos protelatorios ................................................. 288 22. Direito intertemporal......... ........ .............................. ...... 290 Comentariosao art. 745 (fundamentos dos embargos) 23. As materias argi.ifveisem embargos a execu~ao de titulo extrajudicial.......................................................... 291 23.1 Nulidade da execuyao.......................................... 292 23.2 Penhora incorreta ou ava!iayao erronea ............. 293 23.3 Excesso de execu~o ou cumula~o indevida de execuyoes .............. ........................... ............... 295 23.4 Embargos por retenyao· de benfeitorias .............. 296 23.5 Outras materias argi.ifveis nos embargos a exe- cuyao..................................................................... 299 24. Exceyoes e objeyoes de pre-executividade ................. 300 25. Direito intertemporal........ .......................................... ... 304 Comentarios ao art. 745-A (moratoria do executado) 26. Uma nova postura para o executado: a moratoria obtida jurisdicionalmeme.............................................. 305 26.1 A consolidayao da divida e o deposito inicial do executado.............................................................. 307 XXIII c ( c c ( c c c c c c c c· c c c c c c c c c c c c c c c ( c c c c c ( 27. 0 deferimento da moratoria......................................... 308 28. 0 descumprimento da moratoria................................. 310 29. Direito intertemporal.. .. ............. ......... .... .. ..................... 311 comentiirios ao art. 746 (embargos a adjudica~ao, UMA INTRODUc;AO EM DuAS PARTES aliena~ao ou arremata~ao) 30. Os embargos de "segunda fase" .................................. . 30.1 0 procedimento dos e~bargos de "segunda fase" ...................................................................... . 31. A desistencia da aquisi~ao ........................................... . 32. Embargos protelatorios ................................................ . 33. Direito intertemporal. ................................................... . Comentiirios ao art. 791 (suspensao da execu~ao) 34. 0 efeito suspensivo dos embargos a execu~:ao ......... . 35. Direito intertemporal. ................................................... . APENDICE LEGISLA9\.0 C6digo de Processo Civil (parcial) com a inser~ao das altera~oes promovidas pela Lei n. 11.382/2006 ............... . Bibliografia consultada XXIV 312 314 314 315 317 318 319 325 375 1) Sobre este volume 3 No dia 7 de dezembro de 2006 foi publicada no Diario Oficial da Uniiio a Lei n. 11.382, de 6 de dezembro de 2006, que "altera dispositivos da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Codigo de Processo Civil, relativos ao processo de execu~ao e a outros assuntos". Trata-se de mais uma etapa completa da reforma do Codigo de Processo Civil que, de forma bastante intensa e visfvel, tomou corpo e forma desde o infcio da deca- da de 1990. No mesmo mes de dezembro de 2006, ainda foram publi- cadas outras tres leis reformadoras do Codigo de Processo Civil e, mais amplamente, do direito processual civil como urn todo, as Leis ns. 11.417 (que disciplina "a edi<;ao, a revisao e o can- celamento de enunciado de sumula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal"), 11.418 (que regulamenta a chamada "reper- cussao geral" do recurso extraordinario) e 11.419 (que "dispoe sobre a informatiza.;:ao do processo judicial"), todas do dia 19 e publicadas no Did rio Oficial da Uniiio do dia seguinte, 20 de dezembro de 2006. No dia 5 de janeiro de 2007, o Diario Oficial da Uniiio trouxe a Lei n. 11.441, de 4 de janeiro de 2007, que "altera dispositivos da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Codigo de Processo Civil, possibilitando a realiza.;:ao de in- ventario, partilha, separa~ao consensual e divorcio consensual por via administrativa". A proposta deste trabalho e a de examinar especificamen- te a Lei n. 11.382/2006, deixando a analise das tres leis do dia 19 de dezembro de 2006 e a do dia 4 de janeiro de 2007 para uma proxima oportunidade, qui<;a urn volume 4 desta Serie. XXV A analise que pretendo fazer a respeito da mais recente "etapa da reforma do C6digo de Processo Civil" segue a mesma proposta dos volumes anteriores: os comentarios a cada urn dos dispositivos alterados sao feitos de forma direta, buscando con- frontar as novidades trazidas pela Lei n. 11.382/2006 com aqui- lo que ja constava e continua a constar do C6digo de Processo Civil. Os comentarios sao, por isto mesmo, sistemd.ticos: eles buscam apresentar uma proposta de leitura conjunta das novas regras, criando as condic;:oes mais favoraveis para sua compre- ensao e para sua aplicac;:ao no foro. 0 trabalho e, antes de tudo, urn guia seguro de interpretac;:ao e conseqiiente aplicac;:ao das novas relativas. E urge que haja urn guia como este que possa ser ao menos uti!, porque, por forc;:a do veto do art. 6Q do Pro- jeto de lei que veio a se converter na lei aqui comentada, as novas regras entraram em vigor no dia 21 de janeiro de 2007, ja podendo ser aplicadas nos processos em curso desde o dia 22 de janeiro de 2007, primeiro dia uti! forense que se seguiu aquele domingo (v., a este respeito, o numero seguinte). Por observar a mesma metodologia dos volumes anteriores, penso ser importante referir-me a este e aos dois outros volumes em que me voltei a analise da "nova etapa da reforma do C6digo de Processo Civil" como uma verdadeira Serie. Por isto as remis- soes feitas aos volumes anteriores valerem-se deste designativo. Os comentarios voltam-se aquilo que e novo, substancial- mente novo, apenas reflexamente cuidando do que nao e ou dos aperfeic;:oamentos redacionais sentidos por diversos dispo- sitivos. 0 que nao foi alterado pela Lei n. 11.382/2006 e cuida- do de forma indireta, o que nao significa dizer que diversas questoes e problemas que consegui aventar a partir do confron- to do que e novo com aquilo que ja constava no C6digo de Processo Civil, inclusive levando em conta as alterac;:oes mais recentes promovidas pela Lei n. 11.187/2005 (recurso de agravo) e, sobretudo, a Lei n. 11.232/2005 ("cumprimento de sentenc;:a "), nao foram tratadas ao Iongo dos comentarios. Para este volume da Serie, dedicado exclusivamente a Lei n. 11.382/2006, optei em dividir o exame da materia em 5 ca- XXVI pitulos, cada um deles dedicado a cuidar de urn grupo de dis- positivos alterados que guardam entre si alguma relac;:ao forte ··~ ·-/ o suficiente para dar nome ao respectivo capftulo. 0 resultado final pareceu-me bastante satisfat6rio porque foi possfvel seguir ·~ a propria ordem dos dispositivos do C6digo de Processo Civil, o que, por si s6, facilita a consulta dos temas tratados pelo lei- ·~ tor. De qualquer sorte, o sumario, que reflete o tratamento dos ·~ temas e dos desdobramentos examinados, facilita e muito a consulta do livro, pela identificac;:ao clara e, na medida do pos- sfvel, bastante detalhada, dos especificos pontos tratados .. ~ Que ninguem estranhe, contudo, que o primeiro capftulo do trabalho, dedicado as "alterac;:oes esparsas" - 0 unico para o qual nao encontrei urn criterio unificador seguro para nomina- lo diferentemente -, parec;:a menos interessante se comparado com os demais. 0 fato e que a Lei n. 11.382/2006 nao cuida s6 de promover substanciais alterac;:oes no Livro II do C6digo de Processo Civil, que disciplina o chamado "processo de execu- c;:ao", expressao empregada, neste volume, para identificar o modo de prestac;:ao da tutela jurisdicional executiva pelo Estado- juiz quando rompida a sua inercia por alguem (o "exeqiiente") munido com urn "tftulo executivo extrajudicial'. Os arts. 4Q, 5Q e 70 da Lei n. 11.382/2006, de sua vez, nao foram objeto de comentarios apartados. Todas as alterac;:oes por eles promovic\as - os novos nomes dos diversos Capftulos, Sec;:oes e Subsec;:oes do C6digo de. Processo Civil e as revogac;:oes de diversos dispositivos- foram tratadas quando dos comen- tarios dos demais dispositivos que tiveram sua redac;:ao alterada ou que foram inclufdos no C6digo. Todos os comentarios, re- pito, foram feitos nos devidos contextos das alterac;:oes promo- vidas. Embora o trabalho seja dedicado a analise da Lei n. 11.382/2006, nao pude deixar de fazer, sob pena de reputa-lo incompleto e nao refletir adequadamente o C6digo de Processo Civil em vigor, algumas breves incursoes na Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que "dispoe sobre a informatizac;:ao do processo judicial; altera a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 XXVII ~- ~ ~ ~ ~- ~ ~ ~ '----" ·~ ~ ~ ....... ........ .'.._./ .._.. ~ ~- - C6digo de Processo Civil; e da outras providencias''. A prin- cipal e mais recorrente e a circunstancia de o paragrafo unico do art. 154 do CPC, inclufdo pela Lei n. 11.280/2006- e voltei- me a analise do dispositive nas pp. 101-105 do volume 2 desta Serie -, ter passado a ser, por for~a do art. 20 da Lei n. 11.419/2006, que introduz urn"§ 2Q" naquele dispositive, § 1Q. Esta circunstancia e colocada em relevona Mensagem n. 1.147, de 19 de dezembro de 2006, que acompanhou a promulga~o da lei e justificou alguns vetos a ela, inclusive a da referenda a urn veto anterior, da entao Lei n. 10.358/2001, ao mesmo para- grafo unico do art. 154. Para tornar a leitura mais facil e menos cansativa, somente os dispositivos normativos que nao silo do C6digo de Processo Civil silo identificados pela indica~ilo de suas leis respectivas ou da Constitui~ao FederaL Por fim, mas nilo menos importante, o direito intertempo- raL Uma das principais dificuldades de toda lei reformadora do direito processual civil, codificado ou nilo, e a relativa a aplica- ~ao da lei nova no tempo. Para este novo volume, achei mais uti! tecer de pronto as considera~oes genericas sobre o tema que ocupam o numero seguinte - por isto, uma Introdu~o "em duas partes" - e, a cada dispositivo, fazer os comentarios cabfveis sobre o tema. 2) A vigencia da Lei n. 11.382/2006 e o direito intertempo- ral: linhas basicas Esta Introdu~o nilo estaria completa sem algumas consi- dera~oes relativas ao direito intertemporal, isto e, sobre em que medida a Lei n. 11.382/2006 devera ser aplicada aos processos em curso no dia de sua entrada em vigor. Passo, por isto, a apresentar as observa~oes te6ricas e ge- nericas que me parecem indispensaveis com rela~ilo ao tema, deixando para a analise de cada urn dos dispositivos alterados, de alguma forma, por aquela lei, os comentarios espedficos sobre sua aplica~ilo nos processos em curso. Isto mesmo quan- do a unica observa~ilo que entendi pertinente de ser feita e que XXVIII a aplica~ao do novo dispositivo nao devera despertar, para aqueles fins, nenhuma dificuldade. A Lei n. 11.382, que e datada de 6 de dezembro de 2006, foi publicada no Didrio Oficial da Uniiio do dia seguinte, 7 de dezembro de 2006. Foi vetado quando de sua promulga~ao o art. 6Q, que, a exemplo do que se deu com a Lei n. 11.232/2006, estabelecia urn prazo de 6 meses para vacatio legis. Se assim foi, prevaleceu, para a lei em analise, a regra ge- nerica do art. 1Q, caput, da "Lei de Introdu~ao ao C6digo Civil", o Decreto-Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942: "Salvo dispo- si~ao contraria, a lei come~a a vigorar em todo o Pafs 45 (qua- renta e cinco) dias depois de oficialmente publicada". Estes 45 dias, de sua parte, devem ser contados levando-se em conta o disposto no art. 8Q, § 1Q, da Lei Complementar n. 95/1998, acres- centado pela Lei Complementar n. 107/2001: a lei entra em vigor no primeiro dia subseqiiente a consuma~ao integral do prazo, incluindo-se, nesta contagem, o ultimo dia. A Lei foi publicada no Didrio Oficial da Uniiio de 7 de de- zembro de 2006. 0 quadragesimo quinto dia que se seguiu aquela data foi 20 de janeiro de 2007. No dia subseqiiente, 21 de janeiro de 2007, urn domingo, a,Lei n. 11.382/2006 entrou em vigor. Na segunda-feira seguinte, dia 22 de janeiro de 2007, o foro de todo o Brasil ja p6de aplicar qualquer das muitas e subs- tanciais altera~oes promovidas por aquele diploma legislative. I E importante, antes de apresentar as premissas e as con- clusoes relativas ao enfrentamento dos problemas de direito intertemporal, ler as razoes que justificaram o veto do precitado art. 6Q, que embasam a breve reflexao que fa~o em seguida. Sua transcri~ao literal, para tal mister, e importante: "0 Projeto de Lei esta vincula do a Lei n. 11.232, de 22 de dezembro de 2005, que 'altera a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - C6digo de Processo Civil, para estabelecer a fase de cumprimento das senten~:as no processo de conhecimento e revogar dispositivos relativos a execu~:ao fundada em tftulo judi- cial, e da outras providencias', a qual entrou em vigor no dia 23 de junho do corrente ano. XXIX A entrada em vigor das altera~oes relativas ao cumpri- mento das senten~as sem a entrada em vigor das altera~oes relativas ao processo de execw;:ao gerou !eve quebra do sistema processual civil. Ademais, o conteudo do presente Projeto de Lei foi largamente debatido pela comunidade jurfdica durante o seu tdmite parlamentar, nao se fazendo necessaria aguar- dar seis meses para que se tenha o amplo conhecimento de que fala o art. 8° da Lei Complementar n. 95, de 1998. Assim, parece conveniente o veto a clausula de vigencia para fazer com que a Lei entre em vigor quarenta e cinco dias ap6s a data de sua publica\'ao, nos termos do art. 12 do Decreta- Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942 -Lei de Inrrodu\'ao ao C6digo Civil Brasileiro". Nao hi razao para discordar do que justificou o veto do dispositive relativo a clausula de vigencia. Mesmo assim, con- tudo, acredito que valha a pena ser colocado em destaque que, see verdade que a "academia", onde o enrao Anteprojeto de Lei nasceu e se desenvolveu ate ser entregue a Camara dos Deputados e converter-se no Projeto de Lei n. 4.497/2004, teve bastante tempo para examinar e estudar as novas regras, a rea- lidade do foro, os usuarios do direito processual civil e do C6digo de Processo Civil como ferramenta de trabalho- jufzes, advogados publicos e privados, membros do Ministerio Publico, defensores publicos .- e, mais do que todos eles juntos, os verdadeiros destinatarios de quaisquer regras de direito proces- sual civil, os "autores" e os "reus" de todo e qualquer "processo civil", nao tiveram este mesmo tempo. Nao me cabe, contudo, nesta sede, demorar muito na crf- tica quanto as razoes do veto a clausula de vigencia original. 0 fato e que as razoes adotadas pelo Presidente da Republica demonstram a total insensibilidade dos exercentes do poder em nossa terra. Demonstram, com extrema facilidade, e isto nao e born sinal na minha visao do problema, que "eles", os exercen- tes do poder, nao desenvolveram nenhuma sensibilidade com a ideia mais basica de urn Estado Democcitico de Direito, de XXX que o poder, todo ele, emana do povo e e exercido em seu nome. Nao o contrario. E hi mais urn dado digno de destaque. Quando o entao PLC n. 51/2006 estava aprovado na Comissao de Constitui~ao, Justi~a e Cidadania do Senado Federal, houve pedido de seu envio para a Comissao de Assuntos Economicos daquela Casa Legislativa. As razoes entao apresentadas pelo Senador Alvaro Dias eram relevantissimas, a saber: "Cuida esse projeto de uma verdadeira revolu\'aO na forma que pessoas fisicas e juridicas se socorrem do Poder Judiciario para ver seus cneditos quitados, que, juntamente com a Nova Lei de Falencias, formara um ambiente juridico mais favoravel a concessao de creclito e a redu~o do spread bancario. Ve-se, desde logo, que o projeto repercute de forma intensa na econo- mia do Pais,e nao pode deixar de ser analisado sob seus aspec- tos economicos. Assumidas essas premissas, e de se ver que o inciso I do art. 99 do Regimento Interno desta Casa determina o pronuncia- mento da CAE sabre aspecto econ6mico e fmanceiro de qualquer materia que !he seja submetida, e o inciso III do mesmo artigo fixa sua competencia para avaliar materias que se vinculem com problemas economicos do Pais. A oitiva da CAE e de extrema importincia, pais, nao se pode tratar materias ,como o :Lc n. 51, de 2006, como problemas ex- clusivamente juriclicos. E imperioso que se lance um olhar econ6- mico sabre a proposi\'ao, ate para 'que se lhe de a exata impor- tiincia que ostenta no cenario nacional" (Requerimento n. 1.016, de 2006; DidriodoSenadoFederal, de 5-10-2006, p. 30238). 0 pedido, contudo, foi retirado pelo mesmo Senador (Re- querimento n. 1.188, de 2006) eo Projeto, em 5 de dezembro de 2006, enviado a san~ao presidencial, quando, por ca1.1sa do veto aqui discutido, permitiu que a Lei entrasse em vigor depois de 45 dias de sua publica~ao no Diario Oficial, perfodo que coincidiu com o final do ano e com as ferias de verao. 0 que releva destacar deste epis6dio, embora ele nao tenha o condao de abalar a corre~:ao do processo legislativo, e que qualquer XXXI ·-~ ·~ - ~ -· ~ ~ ~· ~ ~ ~· ~ ._. ~ ~ .__/ ''-,/ .__/ ~- -· '-._/ -._/ altera~;ao nos mecanismos de recupera~;ao de creditos - e e disto que trata, em ultima analise, 0 chamado "processo de execu~;ao" - tende a ter urn impacto relevante na realidade economica e financeira, o que, por si s6, pode merecer alguma reflexao dos especialistas daquelas areas. 0 veto a clausula de vacatio legis dificulta, tambem, esta necessaria interat;ao dos profissionais do direito com os da economia, administra~;ao e finan~;as, o que nada contribui para uma melhor compreensao da lei e, mais do que isto, da realidade· sensivel sobre a qual a lei sera aplicada. 0 isolamento costumeiro do profissional do direito em nada contribui para a melhor compreensao do seu proprio objeto de reflexao e de trabalho. Tambem aqui, data maxima venia, faltou sensibilidade as nossas autoridades que, rep ito, parecem nao ter entendido, ainda, para que e para quem se fazem leis. Ir alem e desnecessario. Ha mais o que se preocupar por ora: a leientrou em vigor no dia 21 de janeiro de 2007 e ela, como qualquer regra de direito processual civil, e eminente- mente pratica. Ela foi promulgada para surtir efeitos na realida- de sensivel, no plano exterior ao processo, no mundo do "ser", nao do "dever-ser"; no foro, nao na academia. Por isto, melhor do que criticar a solu<;:ao politica que se deu a clausula de vi- gencia e apresentar alguns caminhos para serem trilhados para a resolu~;ao dos variados problemas que a entrada em vigor da nova lei trara para os processos em curso. Feitas estas muito breves reflexoes, e hora de expor al- gumas no<;:6es fundamentais acerca do "direito processual intertemporal", isto e, as normas basi cas que guiam a inter- preta<;:ao da lei processual no tempo. E importante, pois, fixar algumas premissas que vao nortear todas as reflexoes expos- tas em cada urn dos comentarios dos dispositivos alterados pela Lei n. 11.382/2006. Apresento-as de forma bern direta e esquematica: a) As novas leis processuais incidem nos processos em curso a nao ser que haja alguma lei em sentido contrario, ine- xistente no caso da Lei n. 11.382/2006. XXXII b) E mister distinguir entre a incidencia imediata da nova lei, porque as normas de direito processual civil sao de ordem publica, e a incidencia retroativa da nova lei, pratica Yedada em fun<;:ao da ampla garantia que o inciso XXXVI do art. 5° da CF da a quaisquer direitos adquiridos, inclusive os processuais. 0 mesmo dispositive tambem garante a prote~;ao dos "atos juridi- cos perfeitos processuais". c) Chave da distin<;:ao da letra anterior reside no chamado "prindpio do isolamento dos atos processuais": cada ato pro- cessual deve ser regido pela lei vigente no instante em que o ato, em si mesmo considerado, sera ou foi praticado. d) E certo, contudo, que os atos do processo nao sao iso- lados e independentes entre si. Pelo contrario, eles sao conca- tenados, logicamente ligados e relacionados para a pratica de outros atos deles dependentes. Destas premissas, seguem-se algumas conclus6es. Sao as seguintes: a) Todos os atos processuais praticados antes da entrada da nova lei devem ser respeitados e seus efeitos nao podem ser desfeitos. b) Todos os atos processuais ainda nao praticados sob a egide da lei "velha'; serao praticados com total obsef\·ancia da lei nova. c) A entrada em vigor da lei nova, quando esta em curso a pratica de atos processuais, deve respeitar os efeitos ja con- sumados, sendo sua aplica~;ao de rigor para disciplinar os novos efeitos que ainda se esperam. d) A lei nova captura e passa a reger tudo aquilo que nao contradiz, que nao anula, que nao elimina a l6gica, os efeitos e os pr6prios atos anteriores a ela. E a partir destas considera~;oes que enfrento, em cada urn dos dispositivos comentados nos capitulos seguintes, os proble- mas relativos a aplica~;ao imediata da Lei n. 11.382/2006. XXXIII Capitulo 1 ALTERAvOES ESPARSAS Normaatual Norma anterior Art. 143. (. .. ) Art. 143. Incumbe ao oficial de justi<;:a: V- efetuar avaliac;:oes. I - fazer pessoalmente as ci- tas;Oes, prisOes, penhoras, ar- restos e mais diligencias pr6- prias do seu offcio, certificando no mandado o ocorrido, com menc;:ao de Iugar, dia e hora. A diligencia, sempre que possi- vel, realizar-se-a na presen<;:a de duas testemunhas; II-executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; III - entregar, em cart6rio, o I rnandado, logo depois de cum- prido; IV- estar presente as audien- cias e coadjuvar o juiz na ma- nuten-;:ao da ordem. 1. A avalia~ao a cargo do oficial de justi~a A Lei n. 11.382/2006, ao acrescentar urn novo inciso no art. 143, apenas torna expresso o que ja havia sido criado pela Lei n. 11.232/2005. De acordo como disposto no art. 475-J, § 2Q, do C6digo de Processo Civil, na reda<;:ao dada por aquele diploma legislativo, o oficial de justi<;:a ja havia passado a ter, dentre as 1 ·._o ·- ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ .'.../ ~ ~ '...,/ ·~ ~· ~· '-.../ ...J ...._. ~· "-" ~ '.../ -· ·~· ...._ suas incumbencias - "deveres funcionais" -, a de avaliar os bens penhorados. 0 que era, vale a pena colocar em destaque, exce~ao, assim, por exemplo, no sistema da Lei n. 6.830/80, que rege a execu~ao fiscal (arts. 7°, V, e 13, caput), passou a ser regra. Naqueles Estados que ja previam, em suas normas de organiza- ~ao judiciaria, um tal dever para o oficial de justi~a, a regra, federal, nao surtira nenhuma altera~ao pratica. Nos Estados, a grande maioria, em que a avalia~ao dos bens penhorados- ou de quaisquer outros bens que, por qualquer razao, requeiram conhecimentos tecnicos e especializados para serem quantifica- dos em dinheiro -, a boa aplica~ao da regra depende- e isto, e fundamental destacar, desde a Lei n. 11.232/2005 - de OS oficiais de justi~a serem devidamente treinados, erisinados, mesmo, a avaliar. Nao se pode conceber, sob o manto do prin- cipio da eficiiJncia da atividade jurisdicional, que compita ape- nas a lei criar urn novo dever aos oficiais de justis;:a. Tao impor- tante quanto o estabelecimento do novo dever de atua.;:ao, e que os Tribunais de Justi~a e os Regionais Federais, estes a partir da atua~ao do Conselho da Justi~a Federal, criem condi- .;:oes concretas, efetivas, de que seus oficiais de justi<;:a recebam treinamentoadequado para bern desempenharem sua nova funs;:ao. A ressalva do paragrafo anterior nao pode ter sua impor- tancia minimizada. Toda 16gica da Lei n. 11.382/2006 para a pratica dos atos executivos relativos a execu~ao por quantia certa contra devedor solvente, que se volta, em ultima analise, a pratica de atos de expropria-;;i:io dos bens de propriedade do executado para satisfa~ao do exequente (art. 646), depende do adequado preparo do oficial de justi.;:a. Porque, penhorado o bern (o que s6 e admitido se nao houver pagamento nos 3 dias a que se ref ere o caput do art. 652), ele deve ser avaliado desde logo. E a pratica do ato seguinte pelo exequente, que e o de exercer a sua op<;:ao de adjudicaro bern como forma de paga- mento (total ou parcial, isto e indiferente para ca), depende desta escorreita avalia~ao. Aguardar, como a pratica do foro 2 reveladia ap6s dia, antes ou depois da Lei n. 11.232/2005, an- tes ou depois da Lei n. 11.382/2006, que o bern penhorado seja avaliado sempre e em qualquer caso por urn "avaliador" (art. 680), com todas as demoras e custos que a nomea<;:ao de um profissional deste gabarito ocasiona para o Judiciario e para o exequente, e desprezar uma das enormes novidades que a nova sistematica, ora generalizada, dos atos executivos traz. Nao que uma tal avalias;:ao, realizada por tecnico especia- lizado, nao possa se fazer necessaria, indispensavel mesmo, a luz das exigencias de cada caso concreto - no que, alias, o art. 475-:J, § 2°, introduzido pela Lei n. 11.232/2005, eo art. 680, na reda<;:ao da Lei n. 11.382/2006, sao claros em ressalvar -, mas, na normalidade dos casos, o born funcionamento da lei depen- dera de o oficial de justi<;:a ter condi.;:oes suficientes para, desde logo, dizer qual e 0 valor do bern penhorado para todos OS fins. E sera este o valor que servira de balizamento para todos os atos executivos subsequentes, a come.;:ar pela adjudica.;:ao pre- ferenda!, regulada pelos arts. 685-A e 685cB. Uma ultima observa.;:ao se faz pertinente com rela.;:ao aos presentes comentarios. Deve prevalecer o entendimento de que, nao obstante a revoga.;:ao do antigo inciso V do § 1" do art. 655 pela Lei n. 11.382/2006, ainda subsiste ao executado o deverde secundara avalia~ao dos bens penhorados e, portanto, municiar o oficial de justi\)a a quem cabe, preferencialmente, a pratica daquele ato (a nomea.;:ao de urn avaliador para aquele fim e exce.;:ao, de acordo com o § 2° do art. 475-J e com o art. 680) com elementos objetivos e seguros daquela avalias;:ao. Tao logo o meirinho, munido da "segunda via do mandado" (art. 652, § 1°), de inicio a penhora, o executado deve desincumbir-se adequadamente daquele dever. Caso nao o fa.;:a espontanea- mente, o juizo pode intima-lo para tanto (art. 600, IV), sob as penas do art. 601. 0 assunto sera retomado quando dos comen- tarios aos arts. 600, N (n. 18 do Capitulo 2); 656, VII (n. 35.7 do Capitulo 4), 668, paragrafo unico, V (n. 53 do Capitulo 4), 680 (n. 55 do Capitulo 4), inciso II do art. 683 (n. 61.2 do Capi- tulo 4) e 684, I (n. 63 do Capitulo 4). 3 ' f \ l I 2. Direito intertemporal 0 novo inciso V do art. 143 nao deve despertar quaisquer problemas relativos ao direito intertemporaL Ou o bern penho-. rado esta ava!iado ou nao esta e, nesta hip6tese, deve o oficial de justi~;a avalia-lo, levando em conta os elementos fornecidos pelo executado e pelo exeqtiente. Na discordancia ou na im- possibilidade de a avaliayilo ser levada a cabo pelo oficial de justi~;a - ate mesmo por falta de preparo adequado para de- sempenhar a contento aquela fun~;ao -, a hip6tese sera a no- mea~;ao de urn avaliador. Ja e assim com rela~;ao aos tftulos judiciais (art. 475-J, § 2°) e devera ser assim tambem com rela- ~;ao aos tftulos extrajudiciais (art. 680). Normaatual Norma anterior Art. 238. (...) Art. 238. Nao dispondo a lei de Paragrafo unico, Presumem-se outro modo, as intima~oes validas as comunica~oes e in- serao feitas as partes, aos seus tima~oes dirigidas ao endere~o representantes legais e aos residencial ou profissional de- advogados pelo correio ou, se clinado na inicial, contesta~ao presentes em cart6rio, direta- ou embargos, cumprindo as mente pelo escrivao ou chefe partes atualizar o respectivo de secretaria. endere<;:o sempre que houver modificao;:ao temporaria ou L-definitiva. 3. Intinla~oes e presun~ao de certeza 0 novo paragrafo unico do art. 238 tern em mira criar uma presun~;ao, presun~;ao iuris tantum, nao ha razao para duvidar, de que os endere~;os residenciais e profissionais indicados na peti~;ao inicial, na contesta~;ao ou nos "embargos" sao aqueles para os quais eventuais intima~;oes pessoais devem ser dirigidas. E por isto que, complementando a regra mais ampla do art. 39, II, o dispositivo exige que os endere~;os sejam sempre atualizados, mesmo que sua modifica~;ao se de apenas temporariamente. 4 ·~ -· ·~ A regra refere-se as "partes", que elas, as "partes" devem atualizar o respectivo endere~;o. 0 mais correto, contudo, e entender o dispositivo como se ele fizesse men~;ao aos advoga- dos das partes. Apenas nos casos em que; por qualquer motivo, - a parte nao estiver (ainda) representada por advogado e que urn tal dever pode recair sobre ela. 0 dispositivo faz men~;ao, outrossim, aos endere~;os cons- tantes da "peti~;ao inicial", "contesta~;ao" e "embargos". Ele deve, contudo, ser lido amplamente: os endere~;os que constem de quaisquer outros atos ou documentos do processo, mesmo que nao sejam urn daqueles tres indicados pela lei, inclusive da procurayao - pratica comunfssima, alias -, e que estao sujei- tos a atualiza~;ao, sob pena de serem tidos como os corretos para quaisquer intima~;oes. 4. Direito intertemporal A aplica~;ao imediata da lei significa que, ap6s o dia 22 de janeiro de 2007, primeiro dia uti!, isto e, de expediente forense, que se segue ao infcio de sua vigencia, todas as intima~;oes di- rigidas aos endere~;os dos autos serao consideradas validas. E importante, para afastar a presun~;ao do dispositivo, que os ad- vogados de ambas as partes e de eventuais intervenientes encar- reguem-se o quanto antes de atualizar os dados constantes dos autos que, ponqualquer razao, nao se mostrarem corretos. Normaatual Norma anterior Art. 365. ( ... ) Art. 365. Fazem a mesma pro- va que os originais: N - as c6pias reprogrificas I ~ as certidoes textuais de de peps do proprio processo qualquer pep dos autos, do judicial declaradas autenticas protocolo das audiencias, ou pelo proprio advogado sob sua de outro livro a cargo do escri- responsabilidade pessoal, se vao, sendo extraidas por ele ou nao lhes for impugnada a au- sob sua vigilancia e por ele tenticidade. subscritas; 5 ~ ~ - ~ ~ -/ -· ~ ·~ - ~ ·-· ·~ '--" ·~ '-./ - II:.:_ os traslados e as certidoes extraidas por oficial publico, de instrumentos ou documen- tos lan\'ados em suas notas; Ill - as reprodu\'oes dos do- cumentos piiblicos, desde que autenticadas por oficial publico ou conferidas em cart6rio, com os respectivos originais. 5. A autentica~o de c6pias pelo advogado A regra veio para generalizar, no melhor sentido da palavra, o que, timidamente, foi introduzido pela Lei n. 10.352/2001 no art. 544, § 1Q. Com ela, nao ha mais Iugar para as discussoes doutrinarias e jurisprudenciais quanto a outras pec;:as, que nao as destinadas a formar os autos do chamado "agravo de instrumento de des- pacho denegatorio de recurso especial e extraordinario" (art. 544), poderem ser autenticadas pelo proprio advogado. Desde que se tratem de copias extraidas de autos judiciais (e nao do "processo", como acentua a regra), o advogado pode declara-las autenticas. Justamentepor isto e que o novo inciscr IV do art. 365 acaba por tornar superflua a nova redac;:ao, dada pela mesma Lei n. 11.382/2006, ao paragrafo unico do art. 736. Quando menos, que a nova regra Ia introduzida fizesse remissao ao dispositivo aqui comentado e nao ao § 1Q do art. 544, que se ocupa de hipotese totalmente diversa. A remissao ao § P do art. 544 justificou-se, por exemplo, quando a Lei n. 11.232/2005 alterou a disciplina da execuc;:ao provisoria e permitiu que as copias formadoras da "carta de sentenc;:a" fossem declaradas autenticas pelo advogado na forma autorizada por aquele dis- positivo (a respeito, v. as pp. 196-197 do volume 1 desta Serie). A Lei n. 11.382/2006, contudo, nao poderia deixar de levar em conta o que ela propria traz de novo. 6 As observa~oes que ocupam o panigrafo anterior, contudo, nao tern o condao de tirar o merito do dispositivo em pro! de uma maior racionalizac;:ao dos atos processuais. 0 inciso IV do art. 365 tambem coloca por terra discussao importante, mas bastante esquecida, que surgiu com uma me- dida provisoria (n. 1.360, de 12-3-1996) que acabou por se converter, apos aproximadamente setenta reedic;:oes, na Lei n. 10.522, de 19 de julho de 2002, que "dispoe sobre o Cadastro Informativo dos creditos nao quitados de orgaos e entidades federais e da outras providencias". De acordo com o art. 24 daquela lei, "as pessoas juridicas de direito publico sao dispen- sadas de autenticar as copias reprogrillcas de quaisquer docu- mentos que apresentem em juizo". Prerrogativa ou privilegio das pessoas de direito publico? Aquela regra poderia ser apro- veitada por pessoas de direito privado, em nome do principia da isonomia? 0 advogado publico precisava se manifestar quan- to a autenticidade da copia juntada? Se sim, em que terrnos? Todas estas interrogac;:oes, que poderiam se multiplicar, ninguem duvide disto, so podem receber afumac;:oes positivas a luz da nova regra trazida pela Lei n. 11.382/2006. Generalizou-se o que, de uma forma ou de outra, so havia sido criado para uma classe de pessoas, as pessoas juridicas de direito publico, tipica regra de "direito processual publicd' para empregar nomenclatura que propus para d~screver este fenomeno ha algum tempo. 0 novo dispositivo diz ainda que as copias declaradas autenticas pelo proprio advogado "fazem a mesma prova que os originais" "se nao lhes for impugnada a autenticidade". A pergunta que se poe e se a impugnac;:ao da autenticidade da copia reclama a instaurac;:ao do incidente regulado pelos arts. 390 a 395, isto e, 0 chamado "incidente de falsidade". A resposta e positiva. Para o Codigo de Processo Civil, cabe a parte contra quem urn documento e produzido manifestar-se sobre ele no prazo de 5 dias estabelecido pelo art. 398. Se qui- ser, contudo, questionar a sua nao-autenticidade, e dizer, a sua falsidade, 0 prazo que dispoe para tanto e de 10 dias "contados da intimac;:ao da sua juntada aos autos" (art. 390). 7 I I Observado o decendio legal pela parte interessada, contu-do, a forma a ser assumida para discussao quanto a autentici- dade do documento nao pode se sobrepor a sua finalidade, e dizer, descobrir em que medida a declara~:ao de autenticidade da copia nao corresponde ao original. A forma, em direito pro- cessual civil, nao pode nunca sobrepor-se ao conteudo. 0 que ha de relevante na nova regra e que a copia pode ter sua au- tenticidade questionada, independentemente daforma em que sua impugna~:ao seja apresentada ao magistrado. Vale a noticia de que ha, perante a Comissao de Constitui- ~:ao e Justi\;a da Camara dos Deputados, dois outros Projetos de Lei (ns. 7.547/2006 e 1.522/2003) que introduzem urn novo art. 5Q-A na Lei n. 8.906/1994, o "Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil", com a mesma finalidade. Com o advento da regra ora comentada, aquelas iniciativas mostram-se desnecessarias. 5.1 A forma de autentica,.ao da c6pia pelo advogado Questao tormentosa, com os olhos voltados para o dia-a- dia do foro que se tornou verdadeiramente classica desde a primeira oportunidade em que a lei processual civil reconheceu ao advogado a possibilidade de declarar autentica, ele mesmo, uma copia e saber como o advogado faz uma tal declara~ao. E que as copias autenticadas pelos Tribunais ou pelos car- torios possuem uma forma propria. Da oposi~:ao de carimbos a selos holograficos, tudo sempre cuidadosamente rubricado e assinado, poe-se a questao relativa a forma da autentica\;ao feita pelo advogado. A falta de qualquer exigencia da lei, a melhor solu~ao so pode ser a que a dispensa qualquer forma especffica. 0 que se faz necessaria, porque e este o objetivo da nova regra, e que fique claro saber qual e a copia que se declara autentica e em que extensao esta declara~ao se da. Nao ha necessidade de carimbos, assinaturas ou, ate mesmo, selos de quaisquer especies eventualmente mandados fazer pelo advogado. Basta que ele 8 ~/ declare a autenticidade da pe\;a. Uma tal declara~:ao pode ser lan\;ada na propria copia, uma a uma, ser feita a parte, ou na propria peti~:ao com a qual as copias sao apresentadas ao juiz. '---" 0 que importa e que a finalidade da regra nao seja reduzida por formalismos que nao garantem, por si sos, qualquer finali- dade. Ademais, a parte contraria podera, se entender que e o caso, questionar a autenticidade da copia produzida, a copia ~ ela mesma, e nao a forma de sua autenticas;ao, que, repito, simplesmente nao existe. 6. Os incisos V e VI, §§ 1" e 2" do art. 365, incluidos pela Lei n. 11.419/2006 Embora nao seja objeto deste trabalho, nao posso me fur- tar de destacar que, ao !ado do novo inciso IV que foi inclufdo no art. 365 pela Lei n. I 1.382/2006, a ainda mais recente Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que "dispoe sobre a infor- matiza\;ao do processo judicial; altera a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Codigo de Processo Civil; e da outras provi- dencias" introduz, naquele mesmo dispositivo, quatro novas regras: dois novos incisos (V e VI) e dois novos paragrafos (§§ 1Q e 2Q). Nenhuma,delas diz respeito ao tema tratado nos presentes comentarios mas buscam, para os fins buscados por aquela lei, criar condis;oes para que extratos digitais de bancos de dados e reprodu~:oes digitalizadas de quaisquer documentos publicos ou particulares - inclusive a "copia digital de tftulo executivo extrajudicial" (§ 2Q do art. 365) - possam fazer a mesma prova que os originais. 0 inciso VI ressalva expressamente a possibi- lidade de impugna~:ao do documento "antes ou durante o pro- cesso de digitaliza~:ao", desde que ela seja "motivada e funda- mentada". 0 art. 11, § 2Q, da precitada lei admite, ate mesmo, que o incidente de falsidade se processe "eletronicamente", observando o disposto nos arts. 390 a 395 do CPC que e a "lei processual em vigor" para estes casos. 9 ·~ ~ -· ~ ~ ~ ~ ~ ~ .'-../ ~ ~ ~ ·~ ~ ·~ ~ ''-.../,- ·~ '-./ '.../ 7. Direito intertemporal A incidencia imediata do novo inciso IV do art. 365 signi- fica que o advogado, publico ou privado, pode declarar auten- ticas quaisqlier c6pias ou quaisquer documentos extraidos de autos judiciais, que apresente em jufzo a partir do dia 22 de janeiro de 2007. • Com rela~ao as pe~as e documentos anteriormente juntados, porque seus efeitos serao sentidos sob a egide da lei nova, nao ha. por que recusar ao advogado o exercfcio desta mesma prer- rogativa. Se, por exemplo, ha pendente de discussao a autenti- cidade de alguma c6pia juntada antes do infcio de vigencia da Lei n. 11.382/2006, o advogado podera declara-la autentica, sob sua responsabilidade, pondo fim ao incidente. Normaatual Norma anterior Art. 411. (. .. ) Art. 411. Sao lliquiridosem sua IV-os ministros do Supremo residencia, ou onde exercem a Tribunal Federal, do Superior sua fun<;ao: Tribunal de Justi<;a, do Supe- I- o Presidente e o Vice-Pre- rior Tribunal Militar, do Tribu- sidente da Republica; nal Superior Eleitoral, do Tri- II- o presidente do Senado e bunal Superior do Trabalho e o da Camara dos Deputados; do Tribunal de Contas da III - os rillnistros de Estado; Uniiio; IV- os ministros do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Federal de Recursos, do Supe- rior Tribunal Militar, do Tribu- nal Superior Eleitoral, do Tri- bunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da Uniiioi· V - o procurador-geral da Republica; 10 VI - os senadores e deputa- dos federais; VII - os governadores dos Estados, dos Territories e do Distrito Federal; Vlll - os deputados e=duais; IX - os desembargadores dos Tribunais de Justi~, OS rurzes dos Tribunais de Al<;acb., os jufzes dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os con- selheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Dis- trito Federal; X - o embaixador de pals que, por lei ou tratado, conce- de identica prerrogath~a ao agente diplomatico do Brasil. Paragrafo unico. 0 juiz solid- tara a autoridade que designe dia, hora e local a flffi de ser inquirida, remetendo-lhe c6pia da peti<;ao inicial ou da defesa oferecida pela parte, que arro- lou como testemunha. 8. Oitiva de autoridades na qualidade de testemunhas A nova regra quis "atualizar" a mens:ao que o dispositivo fazia aos Ministros do Tribunal Federal de Recursos que, desde a Constitui"ao de 1988, foi extinto, dando Iugar aos cinco Tribu- nais Regionais Federais (art. 27, § (:fl, do ADCT e Lei n. 7.727. 1989). A nova reda~ao dada ao inciso IV do art. 411, por isto mesmo, deixou de fazer men~ao ao Tribunal Federal de Recursos. Eliminada aquela men~ao, a regra explicitou que tambem os Ministros do Superior Tribunal de Justi~a, Tribunal que tam- 11 r l_ ;-.~ bern foi criado pela Constitui~ao de 1988 (art. 27, caput, do ADCT) como verdadeiro desdobramento de parcela da compe- tencia anteriormente reservada para o Supremo Tribunal Fede- ral, serao inquiridos como testemunhas em sua residencia ou no local em que desempenhem suas fun~oes. As considera~oes dos paragrafos anteriores servem como lembrete de que a compara~ao entre a antiga e a atual reda~ao do inciso IV do art. 411 nao pode levar o interprete ao enten- dimento de que o Superior Tribunal de Justi~a veio para subs- tituir o antigo Tribunal Federal de Recursos. Com rela~ao aos Desembargadores dos Tribunais Regionais Federais e dos Tribunais de Justi~a, a regra do art. 411 aplica-se em fun~ao do disposto no inciso IX. A omissao do dispositivo quanta aos primeiros nao e 6bice para tanto, de resto, a anterior reda~o do inciso IV nunca foi 6bice para interpreta-lo, desde o advento da Constitui\;ao Federal de 1988, para nele compren- der os Ministros do Superior Tribunal de Justip pelas razoes expostas acima. 9. Direito intertemporal A regra nao traz nenhuma novidade propriamente dita, razao pela qual nao deve despertar nenhum problema relative a sua aplica~ao imediata. Normaatual Norma anterior Art. 493. (. .. ) Art. 493. Concluida a instms;ao, I - no Supremo Tribunal Fe- sera aberta vista, sucessiva- mente, ao autor e ao n§u, pelo deral e no Superior Tribunal de prazo de 10 (dez) dias, para justi<;:a, na forma dos seus re- raz6es finais. Em seguida, os gimentos internos; autos subirao ao relator, pro- cedendo-se ao julgamento: I - no Supremo Tribunal Fe- deral e no Tribunal Federal de Recursos, na forma dos seus Regimentos Internes; 12 II - nos Estados, conforme dispuser a norma de Organiza- <;:ao Judiciaria. 10. Papel dos Regimentos Internos dos Tribunais na "a~ao rescisoria" Os dois incises do art. 493 aurorizam que os Regimentos Internes dos Tribunais disponham, sempre em obediencia as leis de processo, acerca do julgamento da rescis6ria. Assim, por exemplo, a defini~ao do 6rgao competente e outros aspectos administrativos ou burocraticos que se fizerem necessarios para o julgamento da a~ao. E neste sentido a veda~ao de que a res- cis6ria seja distribufda a julgador que foi relator do ac6rdao rescindendo, expressamente prevista pelo art. 238 do RISTJ. Nao obstante, de acordo com a Sumula 252 do STF, "na a~ao resci- s6ria, nao estao impedidos jufzes que participaram do julgamen- to rescindendo" e a oitiva do Ministerio Publico ap6s a apresen- ta~ao das razoes finais pelas partes, como acentuado no nume- ro precedente. 0 que os Regimentos Internos dos Tribunais nao podem disciplinar e o processamento ou o procedimento da a~ao res- cis6ria (CF, art. 96, I, a). Nao ha autoriza~ao constitucional nesse sentido para eles. 56 o Legislative da Uniao Federal e que detem competencia para criar normas processuais e, concor- rentemente com os Estados, procedimentais (CF, arts. 22, I, e 24, XI, respectivamente). 0 que e expressamente estabelecido para a rescis6ria no C6digo de Processo Civil e a existencia de revisor (art. 551, caput) e que c6pia do relat6rio sera previamente distribufda a todos os integrantes do 6rgao competente para julgamento da a<;ao (art. 553). No mais, e a falta de regras especificas, observar- se-ao, para a rescis6ria, as disposi~oes constantes dos arts. 547 a 565. A novidade que a Lei n. 11.382/2006 trouxe ao dispositivo, a exemplo da nova reda.;:ao dada ao inciso IV do art. 411 (v. n. 13 ~ '- ~ ~ ~ ~ ~ ~· ~ '-" ~ ~ ~ ~ ~ '-.-/ '-.-/ ·._J v '-.../ -.._/ ~ v '--' ~ '__./ -.._/ '--' -,_) ,_-·,-,,~---oc- '"'-~- 8, supra), foi a expressa men\'ao ao Superior Tribunal de Justi- \'a, retirando a alusao ao Tribunal Federal de Recursos. l\qui, como no comentario daquele dispositivo, contudo, nao deve ser entendido·como se o Superior Tribunal de Justi\'a tivesse sido criado para desempenhar a mesma fun~ao do ex- tinto Tribunal Federal de Recursos. 0 que veio a substituir aquele Tribunal foram os cinco Tribunais Regionais Federais, que sao, a exemplo do que era o Tribunal Federal de Recursos, a "segunda instancia" da Justi\'a Federal. Tanto assim que, no caso do art. 493, nao ha como recusar que a regra tambem tenha aplica\'ao, a despeito de seu silencio, aos Tribuna is Regionais Federais e aos Tribunais de Justi\'a. Res- peitadas, como ja colocado em destaque, as regras de processo, podem os Regimentos Internos de quaisquer Tribunais discipli- nar subsidiariamente o procedimento da "a\'ao rescis6ria". 11. Direito intertemporal A regra tambem nao traz nenhuma novidade propriamen- te dita, razao pela qual nao deve despertar nenhum problema relativo a sua aplica\'ao imediata. 14 Capitulo 2 TEORIA GERAL DA EXECU~AO Normaatual Norma anterior Art. 580. A execw;ao pode ser Art. 580. Verificado o inadim- instaurad.a caso o devedor nao plemento do devedor, cabe ao satisfa,a a obriga,ao certa, li- credor promover a execu~ao. quida e exigfve11 consubstan- Paragrafo unico. Considera-se dada em tfnllo executive. inadimplente o devedor, que Pacigrafo unico. (Revogado.) nao satisfaz espontaneamente o direito reconhecido pela senten~a, ou a obriga~ao, a que a 'lei atribuir a efid.cia de tftulo executive. 1. 0 interesse de agir na execu~ao A altera,ao do art. 580 e mais redacional do que substancial. Nada ha, com efeito, de relevante nela. A sua teleologia continua a mesma, nao obstante ser diversa sua expressao redacional, que, a bern da verdade, e uma mescla do que o caput e o pa- .• ragrafo unico originais disciplinavam. Desde que a obriga,ao constante do titulo executivo nao seja cumprida pelodevedor, nasce o interesse na promo,ao da exeCU\'aO, isto e, na provoca,ao do Estado-juiz para prestar a chamada "tutela jurisdicional executiva". Seja urn titulo execu- tivo judicial (art. 475-N), seja urn titulo executivo extrajudicial (art. 585), dado o nao-cumprimento voluntario e, mais do que isto, espontfmeo pelo devedor, nasce o interesse de agir, surge a necessidade de provoca,ao do Judichirio para que o credor obtenha uma dada utilidade. 15 !IE 0 dispositive busca transformar em lei, outrossim, obser- va~ao corrente na doutrina de que "liquidez, certeza e exigibi- lidade" sao atributos da obriga~ao documentada no titulo exe- cutive (judicial ou extrajudicial) e nao do titulo, ele proprio. 0 titulo executivo documenta aquela obriga~o e, desde que ela, a obriga~ao, seja certa, Iiquida e exigivel, e passive! a execw;ao, sempre entendida como a priitica de atos jurisdicionais tenden- tes a satisfa~ao do exeqiiente, isto e, daquele que promove a execu~ao. Tal observa~ao fica ainda mais clara diante da atual reda~ao do caput do art. 586 (v. n. 5, infra). Parece ter sido esta a razao pela qual o art. 583 foi expres- samente revogado pela Lei n. 11.382/2006. A regra segundo a qual "toda execu~ao tern por base titulo executivo judicial ou extrajudicial" consta suficientemente do art. 580 na sua atual reda~ao, bern assim do art. 586, aplicaveis, ambos os dispositi- vos para os titulos judiciais em fun~o do que dispoe o art. 475-R. 2. Direito intertemporal A regra nao traz nenhuma novidade propriamente dita, razao pela qual nao deve despertar nenhum problema relativo a sua aplica~ao imediata. Normaatual Norma anterior Art. 585. ( ... ) Art. 585. Sao titulos executives III - os contratos garantidos por extrajudiciais: hipoteca, penhor, anticrese e cau(:iio, I - a letra de cambia, a nota bern como os de seguro de vida; promiss6ria, a duplicata, a de- IV- o credito decorrente de foro benture e o cheque; e laudemio; II - a escritura publica ou v - 0 credito, documentalmente Otitro documento publico assi- comprovado, decorrente de alu- nado pelo devedor; o docu- , guel de im6vel, bern como de men to particular assinado pelo I 16 encargos acess6rios, tais como taxas e despesas de condominia; VI - o credito de serventuario de justis;a, de perito, de interprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorarios forem aprovados por decisao judicial; VII- a certidao de divida ativa da Fazenda Publica da Uniao, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territ6rios e dos Municfpios, cor- respondente aos creditos inscritos na forma da lei; VIII - todos os demais titulos a que, por disposi(:ao expressa, a lei atribuir forp executiva. devedor e por duas testemu- nhas; o instrumento de transa- (:iio referendado pelo Ministe- rio Publico, pela Defensoria Publica ou pelos advogados dos transatores; Ill-os contratos de hipoteca, de penhor, de anticrese e de cau,ao, bem como de seguro de vida e de acidentes pessoais de que resulte morte ou inca- pacidade; N - o credito decorrente de foro, Iaudemio, aluguel ou renda de im6vel, bern como encargo de condominia desde que com- provado por contrato escrito; V - o credito de serventuario de justi\'a, de perito, de inter- prete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorarios forem aprovados por decisao judicial; Vl- a certidao de divida ativa da Fazenda Publica da Uniao, Estado, Distrito Federal, Terri- t6rio e Municipio, correspon- dente aos creditos inscritos na forma da lei; VII - todos os demais titulos, a que, por disposi(:iio expressa, a lei atribuir forp executiva. § 1° A propositura de qualquer ao;:ao relativa ao debito cons- tante do titulo executive nao inibe o credor de promover-lhe a execuo;:ao. § 2° Nao dependem de homolo- gao;:ao pelo Supremo Tribunal 17 ~· -._,;: ·~ '..,-...-- ~· ~ ~ ·~ ~ v '---' ~ ·,.__/ '-~ ~ ~ ~ ~ ·~ ·.~ --./ ~ '--' >/ '--.,/ ~/ ~ ·-· ·~ ~ '-" ~ ~ ' Federal, para serem executados, os titulos executives extrajudiciais, 1 oriundos de pais estrangeiro. 0 titulo, para ter eficicia executiva, ha de satisfazer aos requisitos de forma~o exigidos pela lei do Iugar de sua celebra¢io e indicar o Brasil como o Iugar de cumpri- mento da obriga¢io. 3. Titulos executivos extrajudiciais 0 art. 585 continua a ser o reposit6rio basico dos titulos executivos extrajudiciais. Aqueles cujo inadimplemento das obrigafc'ies que representam, isto e, documentam, d:i ensejo a promofao da execufao regulada pelo Livro II do C6digo de Processo Civil ou, para fazer uso da expressao consagrada, serripre observadas as considera"oes do n. 1 da Introdufii.o, "processo de execufao". 0 rol dos tftulos executivos judiciats e, hoje, aquele que consta do art. 475-N, introduzido pela Lei n. 11.232/2005. Para as consideraf6es a ele respeitantes, v. as pp. 160-170 do volume 1 desta Serie. 3.1 0 contrato de acidentes pessoais de que resulte morte ou incapacidade 0 inciso III do art. 585, a par de modifica"oes redacionais, que tornam mais tecnicas as descri"oes dos contratos a que se refere, nao faz mais referenda aos contratos de acidentes pes- soais de que resulte morte ou incapacidade. 0 significado desta omissao e o de que tal contrato nao e mais titulo executivo extrajudicial a falta de lei que assim o defina. 0 seguro de acidentes, destarte, haja ou nao morte ou incapacidade do segurado, desafiar:i a propositura de "a"ao de conhecimento". 18 3.2 Credito decorrente de foro e laudemio 0 inciso IV do art. 585 nao traz nenhuma novidade. Ele continua a reconhecer o credito decorrente de foro e laudemio como titulo executivo extrajudicial, o que s6 e concebivel para as enfiteuses anteriores ao C6digo Civil de 2002, dada a regra proibindo-as em seu art. 2.039. A outra hip6tese que a anterior reda"ao do dispositive trazia passou a ocupar o inciso V do mesmo art. 585, objeto dos comentarios do numero seguinte. 3.3 Aluguel e encargos condominiais 0 inciso V do art. 585 nao deve ser tratado como uma verdadeira e completa novidade trazida pe!a Lei n. 11.382/2006. A inova¢io que ele traz e menos substancial que uma primeira leitura da regra poderia fazer crer. Nao se trata, contudo, de urn mero desdobramento do antigo inciso IV do mesmo dispositive (v. numero anterior). Explico .. Antes da Lei n. 11.382/2006, o titulo executivo extrajudicial entii.o previsto no inciso IV do art. 585 era o "credito decorrente de alugue! ou renda de im6ve!, bern como encargo de condo- minia desde que comprovado por contra to escrito". Agora, para ser titulo executivo, nao h:i necessidade de "contrato escrito" (e a !oca"ao verbal e admitida) mas, apenas e tii.o-somente, que o referido credito seja documentalmr:mte comprovado. E ler o novo inciso V do art. 585: "o credito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de im6vel, bern como de encargos aces- • s6rios, tais como taxas e despesas de condominia". Para atender a exigencia legal de prova documental, nao h:i como afastar a serventia do "boleto banc:irio" usualmente empregado para cobran"a dos mais dh·ersos encargos condo- rniniais. Desde que ele nao seja pago na data aprazada, esta autorizada a execufao independentemente de quaisquer outras formalidades, inclusive a de sua apresentafii.o para protesto. Ademais, o rol dos encargos nao pagos pelo locat:irio, a admitir a execufao extrajudicial fundada no titulo aqui exami- !9 -' ' f \ f l nado, e claramente exemplificativo na regra atual. Assim, quais- quer que eles sejam (art. 23, I, VIII, XI, XII e § 1Q, e art. 25 da Lei n. 8.245/1991, a "lei de loca~:ao de
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