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comentarios ao artigo 411,inciso 4[oitava testemunhas]

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Comentarios ao art. 411, inciso IV (oitiva de teste-
munhas) 
8. Oitiva de autoridades na qualidade de testemunhas 
9. Direito intertemporal 
Comentarios ao art. 493, inciso I (procedimentos 
em a~ao rescisoria) 
10. Papel dos Regimentos lnternos dos Tribunais na 
"ac;:ao rescis6ria" 
1 L Direito intertemporal 
CAPiTuLo 2-TEO RIA GERAL DA EXECUc;:AO 
Comentarios ao art. 580 (requisitos da execu~ao) 
L 0 interesse de agir na execuc;:ao 
2. Direito intertemporal 
Comentarios ao art. 585 (titulos executivos extra-
judiciais) 
3. Titulos executivos extrajudiciais 
3.1 0 contrato de acidentes pessoais de que resulte 
morte ou incapacidade 
3.2 Credito decorrente de foro e laudemio 
3.3 Aluguel e encargos condominiais 
3.4 Creditos de origem judicial 
3.5 Cenidao de divida ativa 
3.6 A norma de encerramento 
4. Direito intertemporal 
Comentarios ao art. 586 (requisitos da execu~ao) 
5. Obriga<;ao certa, liquida e exigivel 
6. Os §§ 1° e 2° do dispositivo 
7. Dire ito intertemporal 
X 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
18 
18 
19 
19 
21 
22 
22 
22 
24 
24 
r 
-) 
Comentarios ao art. 587 (execu~ao provisoria) 
8. Execur;:ao definitiva e execuc;:ao provis6ria 
9. Efeito suspensivo dos embargos do executado ......... 
10. Sentenr;:a de in1procedencia 
1 L Efeito suspensivo a apelar;:ao Co panigrafo unico do 
art. 558) 
12. 0 art. 475-0 e a execu<;ao provis6ria 
13. Direito intenemporal 
Comentarios ao art. 592, inciso I (responsabllidade 
secundaria) 
14. Bens do sucessor a titulo singular 
15. Direito intertemporal 
Comentarios ao art. 600, inciso IV (atos atentatorios 
a dignidade da justi~) 
16. De\·edor e executado 
17. Indicar;:ao dos bens a penhora 
18. Indicac;:ao dos valores dos bens penhorados 
19. Descumprimento dos deveres do inciso IV do art. 
600 
20. Direito intenemporal 
' 
Comentarios ao art. 614, inciso I (peti~ao inicial da 
execu~ao) 
21. Requisitos da petir;:ao inicial do "processo de exe-
cur;::ao" 
22. Direito intertemporal 
Comentarios ao art. 615-A (certl.dao comprobato-
ria do ajulzamento da execu~ao) 
23. Certidao comprobat6ria do ajuizamento da exe-
cu<;ao 
23.1 Ajuizamento da execur;:ao 
25 
27 
28 
31 
34 
35 
36 
37 
38 
38 
39 
41 
41 
42 
44 
45 
46 
XI 
~ ~~ l'J ,, };: 
23.2 Faculdade do exeqliente ..................................... 46 2. 0 art. 647 eo "cumprimento de senteno;:a·· ............. 67 ~· 
23.3 Elementos da certidao ......................................... 47 3. Direito intertemporal ................................................ 67 '-.,,_. 
23.4 Averba~:ao e nao registro ..................................... 47 ·~ 
24. A comunica~ao da averba~:ao ..................................... 48 Comentiri.os ao art. 649 (bens absolutamente impe-
nhociveis) ~ 
'1 25. Cancelamento das averba~:oes .................................... 50 ·~ 
26. Fmude a execu~ao ....................................................... 51 4. lmpenhorabilidade absoluta ..................................... 69 
27. Responsabiliza~:ao do exeqliente ................................ 52 4.1 M6veis ............................................................... 70 
54 ·~ il 28. Regula~:ao pe!os Tribunais ........................................... 4.2 Vestuarios e pertences de uso pessoal ............ 71 ~ 29. Aplica~:ao da regra para as execu~:oes de titulo judi- ~ 4.3 Valores destinados a subsistencia do executa-
cia! ................................................................................ 55 ~ do ...................................................................... 71 
30. Direito intertemporal ................................................... 56 4.3.1 Especificamente a impenhorabilidade de 
!I salarios ..................................................... 73 'v 
'1 Comentarios ao art. 618, inciso I (nulidade da exe-
cu~ao) 4.4 Bens para o exerdcio da profissao ................. 74 ~ 
4.5 Seguro de vida .................................................. 74 ~· 31. Obriga~:ao certa, liquida e exigivel ............................. 56 
32. Dire ito intertemporal ................................................... 57 4.6 Obras em an clam en to ....................................... 74 '...~ 
4.7 Pequena proprieclacle rural .............................. 74 '-J 
CAPfrur.o 3 - EXECU(:AO DAS OBRIGA<;:OES DE 4.8 Recursos publicos ............................................. 75 ·~ 
FAZER E NAO FAZER 4.9 Depositos em caderneta de poupan~:a ............ 76 ~ 
Comentarios ao art. 634 (presta~ao de fato por ter- 5. Creclito para aquisi~:ao do bern ................................ 76 ·~ 
ceiro em execu~ao de obriga~ao de fazer) 6. Bens nao repetidos pela Lei n. 11.382/2006 ........... 77 ~· 
1. Novas regras para a execus;ao da obriga~:ao de fazer 59 7. Direito intertemporal ................................................ 78 ~ 
Comentarios ao art. 650 (bens relativamente impe- ~ Comentarios ao art. 637, paragrafo unico (exercicio 
nhoraveis) '-./ do direito de preferencia pelo exeqiiente) 
2. A preferencia pelo exeqliente ..................................... 62 8. Impenhorabilidacle relativa ....................................... 79 
9. Especificamente a impenhorabilidade de bem de ~ 3. Direito intertemporal .................................................... 64 
familia ........................................................................ 80 ~ 
CAPITULO 4-EXECU(:AO POR QUANTIA CERTA 10. Direito intertemporal .............................................. ,. 81 ''--' 
CONTRA DEVEDOR SOL VENTE 
'-./ 
Comentarios ao art. 651 (remi~ao da execu~ao) ~ 
Comentarios ao art. 647 (formas de expropria~ao) 11. A remis;ao cia execus;ao ............................................ 81 ~ 
1. As novas formas de exproprias;ao ............................ 65 12. Direito intertemporal ................................................ 83 ·~ 
'.../' 
XII XIII 
~ 
Comentarios ao art. 652 (cita~ao, penhora e avalia-
~ao) 
13. Novo prazo para pagamento 
13.1 A fluenda do prazo para pagamento 
13.2 Especificamente o mandado de cita<;ao, pe-
nhora e avalias;ao 
14. Penhora e avalias;ao de bens 
' 15. Indicas;ao de bens a penhora pelo exequente ....... . 
16. A indicas;ao de bens a penh ora pelo executa do ..... . 
17. A intimas;ao do executado 
18. Nao localizas;ao do executado 
19. Direito intertemporal 
Comentarios ao art. 652-A (honocirios advocaticios) 
20. Fixas;ao de honorarios para o advogado do exe-
84 
85 
88 
90 
92 
93 
95 
96 
98 
quente ........................................................................ 100 
21. Pagamento pelo executado ..................... ;................ 100 
22. Direito intertemporal .............. .. . .. ... ....... ........ ... ... ..... 102 
Comentarios ao art. 655 (ordem da penhora) 
23. A ordem preferencial da penhora ............................ 104 
23.1 Dinheiro ........................................................... 105 
23.2 Veiculos ........................................................... 106 
23.3 Bens m6veis .................................................... 106 
23.4 Bens im6veis ................................................... 107 
23.5 Navios e aeronaves ......................................... 107 
23.6 As;oes e quotas sociais .................................... 108 
23.7 Faturamento de empresa ................................ 108 
23.8 Pedras e metais preciosos ..... :........................ 109 
23.9 Titulos da divida publica ................................ 109 
23.10 Titulos e valores mobiliariQS 
23.11 Outros direitos 
24. Execu<;ao de credito com garantia real 
110 
110 
111 
XIV 
25. Intimas;ao do c6njuge ............................................... 112 
26. Deveres do executado diante da penhora .............. 11227. Direito intertemporal ................................................ 113 
Comentarios ao art. 655-A (penhora on line) 
28. A penh ora on line ..................................................... 115 
29. Os limites das informa<;6es e da indisponibilidade 
dos ativos ................................................................... 117 
30. As hip6teses de impenhorabilidade ......................... 117 
31. Ainda a penhora de percentual do faturamento de 
empresa ..................................................................... 118 
32. Direito intertemporal ................................................ 121 
Comentarios ao art. 655-B (mea~ao do conjuge) 
33. A meas;ao do c6njuge no bern indivisfvel ............... 122 
34. Direito intertemporal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 
Comentarios ao art. 656 (substitui~ao dos bens pe-
nhorados) 
35. -A substituis;ao dos bens penhorados ....................... 125 
35.1 Nao-observancia da ordem legal .................... 126 
35.2 Penhora sobre coisa certa ................................ 126 
35.3 Penhora de bens no foro da execus;ao............ 126 
35.4 Penhora de bens ja ·penhorados ...................... 127 
35.5 Penhora de bens de baix:a liquidez ................. 127 
35.6 Nova penhora pela frustras;ao de anterior alie-
nas;ao judicial .................................................... 128 
35.7 Falta de cumprimento de deveres pelo execu-
tado ............................................ :....................... 129 
36. Deveres do executado ............................................... 131 
37. Ainda a substitui<;;ao da penhora: fians;a bancaria 
ou seguro.................................................................... 132 
38. Ainda a substitui<;ao da penhora: bern im6vel......... 132 
XV 
39. Direito interternporaL... .. ....... .... ........... ...... ...... .. .... ... 132 
Comentiirios ao art. 657 (oitiva das partes para a 
suhstitui~ao do hem penhorado) 
40. 0 incidente para substitui~ao do bern penhorado... 133 
41. Direito interternporal.................................................. 134 
Comentarios ao art. 659 (penhora) 
42. A penhora dos bens do executado pelo oficial de 
justi~a ....... ......... ....... ....... .. .. . .... ..... ... .... .. . ... ... ... . .. .. . .. . .. 136 
43. 0 local da penhora .................................................... 137 
44. Penhora de bens imoveis .......................................... 138 
45. Penhora e rneios eletr6nicos ..................................... 139 
46. Direito interternporal.................................................. 140 
Comentarios ao art. 666 (deposito dos hens penho-
rados) 
47. Deposito dos bens penhorados................................. 141 
48. Deposito em rnaos do executado . ....... ... . .. ...... .. . ... . .. 142 
49. Deposito de joias, pedras e objetos preciosos .. ... ... . 142 
50. Prisao de depositario judicial infiel........................... 143 
51. Direito interternporal...... .. .. . . .. . .... ... . .. . ... . .. ....... .. . .. ... ... 144 
Comentarios ao art. 668 (suhstitui~iio dos hens pe· 
nhorados pelo executado) 
52. A substitui~ao da penhora por iniciativa do execu-
tado ............................................................................. 145 
52.1 Previa oitiva do exeqtiente ............................... 147 
53. Deveres do executado ............................................... 147 
54. Direito interternporal... ....... :....................................... 149 
Comentiirios ao art. 680 (avalia~iio dos hens penho-
rados) 
55. A avalia~ao dos bens penhorados............................. 150 
XVI 
55.1 A oitiva das partes sabre a avalia~ao do ofi-
cial de justi~a ..................................................... . 
56. 0 incidente de avalia~ao 
57. Direito interternporal.. ............................................... . 
Comentarios ao art. 681 (laudo de avalia~ao) 
58. A avalia~ao e o auto de penhora 
59. Ava!ia~ao de bern irnovel suscerfvel de divisao ...... . 
60. Direito interternporal ................................................. . 
Comentarios ao art. 683 (nova avalia~ao) 
61. Nova avalia~ao 
61.1 Erro na avalia~ao ou dolo do a\·a!iador 
61.2 Varia~ao no valor do bern ................................ . 
61.3 Duvida sabre o valor atribufdo ao bern 
62. Direito interternporal. ................................................ . 
Comentarios ao art. 684 (dispensa de avalia~ao) 
63. Urna vez rnais o papel do executado na avalia~ao 
dos bens penhorados ................................................ . 
64. Avalia~ao de quaisquer bens penhorados 
65. Direito interternporal ................................................. . 
Comentarios ao art. 685 (inicio dos atos expropria-
torios) 
66. Ultirnos atos antecedentes a expropria~ao dos bens 
penhorados ................................................................ . 
67. Direito interternporal ................................................. . 
Comentarios ao art. 685-A (adjudica~iio) 
68. Os novas contornos da adjudica~ao 
68.1 Instante procedirnental da adjudica~ao 
68.2 0 "pres;o" da adjudicas;ao 
~ 
~-· 
~ 
152 ~-
153 ~ 
155 
156 
·~ 
157 
157 
~ 
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158 -~ 
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163 ~ 
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-164 
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'.J 
166 ..... 
168 ...... 
173 ·~ 
..... 
XVII 
~ 
69. Os legitimados a adjudicas;ao.................................... 174 
70. Preferencia na adjudicas;ao........................................ 176 
71. 0 deferimento da adjudicas;ao ... ................ ............... 178 
72. Direito intertemporal...... ... . ...... ... . ..... ............. ............ 179 
Comentario~· ao art. 685-B (auto e carta de adjudicas;ao) 
73. Lavratura do auto de adjudicas;ao ............................. 182 
74. Carta de adjudicas;ao e mandado de entrega ........... 184 
75. Direito intertemporal.................................................. 185 
Comentarios ao art. 685-C (alienas;ao por iniciativa 
particular) 
76. Uma nova modalidade de exproprias;ao: a alienas;ao 
por iniciativa particular.............................................. 186 
77. 0 procedimento da alienas;ao ................................... 188 
78. A formalizas;ao da alienas;ao...................................... 189 
79. Regulamentas;ao pelos Tribunais............................... 191 
80. Direito intertemporal.................................................. 191 
Comentarios ao art. 686 (edital da alienas;ao em bas-
ta publica) 
81. A "alienas;ao em hasta publica"................................. 194 
82. Hasta publica.............................................................. 195 
83. 0 edital da hasta publica........................................... 196 
83.1 Descris;ao do bern penhorado .......................... 197 
83.2 Dia e hora da hasta ........................................... 197 
84. Dispensa do edital...................................................... 198 
85. Direito intertemporal.................................................. 198 
Comentarios ao art. 687 (divulgas;ao eletronica do 
edital) 
86. Meios eletr6nicos de divulgas;iio ............................... 201 
87. Intimas;ao pessoal do executado............................... 202 
88. Direito intertemporal.................................................. 204 
XVIII 
Comentarios ao art. 689-A (alienas;ao eletronica) 
89. Alienas;ao judicial em ambiente virtual..................... 205 
90. Regulamentas;ao da regra .......................................... 206 
91. Direito intertemporal.................................................. 207 
Comentarios ao art. 690 (arrematas;ao)92. Pagamento da arrematas;ao. .... ......... .. ........ ....... ... . . .... 208 
92.1 Arrematas;ao de bern irn6vel............................. 209 
93. 0 arrematante vencedor ............................................ 212 
94. Direito intertemporal.................................................. 212 
Comentarios ao art. 690-A (legitimados para a arre-
matas;ao) 
95. Legitimados para a arrematas;ao................................ 214 
96. A legitimidade do exeqtiente para a arrematas;ao.... 214 
97. Direito intertemporal.................................................. 216 
Comentarios ao art. 693 (auto e carta de arrematas;ao) 
98. Auto de arrematas;ao .................................................. 216 
99. Ordem de entrega e carta de arrematas;ao ............... 217 
100. Direito intertemporal.................................................. 218 
Comentarios ao art. 694 (lavratura do auto de arre-
matas;ao) 
101. Lavratura do auto de arrematas;ao............................. 219 
102. 0 desfazimento da arrematas;ao................................ 221 
103. Acolhimento dos embargos e a alienas;ao do bern 
penhorado .................................................................. 222 
Hi4. Direito intertemporal.... ....... .. .... .. . . .... ... . ... ... ....... ..... ... 224 
Comentarios ao art. 695 (nao-pagamento da arrema-
tas;ao) 
105. 0 nao-pagamento do valor da arrematas;ao............. 225 
106. Direito intertemporal.................................................. 227 
XIX 
Comentarios ao art. 698 (intima~oes previas a expro-
pria~ao dos bens penhorados) 
107. Intima~oes pn'!vias a expropria~ao dos bens penho-
rados ........................................................................... 228 
108. Especificamente a intima~ao do exeqiiente com pe-
nhora averbada. ... .. . .... ... . ... ....... ..... .... .. . . . ....... ..... ..... ... 229 
109. Direito intertemporal.................................................. 230 
Comentarios ao art. 703 (carta de arremata~ao) 
110. Elementos da carta de arremata~ao .......................... 231 
111. Direito intertemporal..... ... ...... ... .. ....... .............. ....... .. . 232 
Comentarios ao art. 704 (leilao) 
112. Leilao como forma preferencial das aliena~;oes judi-
ciais ............................................................................. 232 
113. Direito intertemporal.................................................. 233 
Comentarios ao art. 706 (leiloeiro) 
114. Indica~;ao do leiloeiro 233 
115. Direito intertemporal.................................................. 234 
Comentiirios ao art. 707 (auto de arremata~ao e man-
dado de entrega) 
116. Auto de arremata~ao e mandado de entrega .......... . 
117. Direito intertemporal 
Comentarios ao art. 713 (concurso singular de cre-
dores) 
234 
235 
118. 0 encerramento do concurso singular de credores. 236 
119. Direito intertemporal.................................................. 237 
Comentarios ao art. 716 (usufruto de m6vel ou im6-
vel) 
120. 0 usufruto de m6vel ou im6vel................................ 238 
XX 
121. Pressupostos para concessao do usufruto 239 
122. 0 momento de institui~ao do usufruto .................... . 240 
123. Direito intertempora] ................................................. . 241 
Comentarios ao art. 717 (institui~ao do usufruto) 
124. Efeitos da institui~ao do usufmto ............................. . 242 
125. Direito intertemporal ................................................. . 244 
Comentarios ao art. 718 (decisao do usufruto) 
126. A decisao que concede o usufmto ........................... 244 
127. Direito intertemporal.................................................. 245 
Comentarios ao art. 720 ( usufruto de im6vel em con-
dominio) 
128. Usufruto de im6vel em condominia......................... 245 
129. Direito intertemporal.................................................. 245 
Comentarios ao art. 722 (procedimento para institui-
~ao do usufruto) 
130. Procedimento para a institui~;ao do usufruto ........... 246 
131. Decisao do usufruto................................................... 248 
132. Carta de usufruto........................................................ 248 
133. Direito intertemporal.................................................. 249 
Comentarios ao art. 724 (loca~ao do bern em usufru-
to) 
134. Locac;:ao do bern em usufruto.................................... 249 
135. Direito intertemporal.................................................. 250 
CAPfruLO 5- EMBARGOS DO DEVEDOR 
Comentarios ao art. 736 (embargos a execu~ao) 
1. Os embargos do executado 
2. Direito intertemporal 
251 
254 
XXI 
~ 
~· 
~ 
·~· 
~· 
~: 
"-< 
Comentarios ao art. 738 (prazo para apresenta~ao 
dos embargos) 
3. Prazo para apresentayao dos embargos a execuyao ... 
4. Prazo para embargos a execuyao promovida em 
face de varios executados ............................................ . 
5. Prazo para embargos nas execuyiSes por carta preca-
toria ............................................................................... . 
6. Prazo para embargos a execu~ao com pluralidade de 
advogados ..................................................................... . 
7. Direito intertemporal .................................................... . 
Comentarios ao art. 739 {rejei~o liminar dos embar-
gos) 
8. Rejei~o liminar dos embargos a execu~o ................ . 
8.1 Embargos intempestivos ....................................... . 
8.2 Petiyao inicial inepta ............................................. . 
8.3 Embargos manifestamente protelat6rios .............. . 
8.4 Outros casos de indeferimento liminar dos em-
bargos ..................................................................... . 
9. Direito intertemporal .................................................... . 
Comentarios ao art. 739-A (efeito suspensivo dos 
embargos) 
10. Os embargos a execuyao nao tern mais efeito sus-
pensivo ......................................................................... . 
11. A atribuiyao de efeito suspensivo aos embargos ....... . 
11.1 A previa oitiva do exequente para a concessao 
do efeito suspensivo aos embargos ................... . 
11.2 Efeito suspensivo parcial .................................... . 
12. A revisao da decisao relativa ao efeito suspensivo dos 
embargos ...................................................................... . 
13. Ainda o efeito suspensivo parcial ............................... . 
14. Efeito suspensivo e plura!idade de embargos ............ . 
15. Excesso de execu~ao como fundamento dos embar-
gos ................................................................................. . 
XXII 
256 
258 
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279 
16. Penhora e avaliayao de bens a despeito do efeito sus-
pensivo dos embargos .................................................. 280 
17. Direito intertemporal.. ......................... ,......................... 281 
Comentarios ao art. 739-B (cobran~a de multas ou 
indeniza~Oe5) 
18. A cobran~a das multas ou indeniza~oes pela litigancia 
de ma-fe ............. .. ............. .... ...................................... ... 283 
19. Direito intertemporal..................................................... 286 
Comentarios ao art. 740 (procedimento dos embar-
gos) 
20. 0 procedimento dos embargos.................................... 287 
21. Embargos protelatorios ................................................. 288 
22. Direito intertemporal......... ........ .............................. ...... 290 
Comentariosao art. 745 (fundamentos dos embargos) 
23. As materias argi.ifveisem embargos a execu~ao de 
titulo extrajudicial.......................................................... 291 
23.1 Nulidade da execuyao.......................................... 292 
23.2 Penhora incorreta ou ava!iayao erronea ............. 293 
23.3 Excesso de execu~o ou cumula~o indevida 
de execuyoes .............. ........................... ............... 295 
23.4 Embargos por retenyao· de benfeitorias .............. 296 
23.5 Outras materias argi.ifveis nos embargos a exe-
cuyao..................................................................... 299 
24. Exceyoes e objeyoes de pre-executividade ................. 300 
25. Direito intertemporal........ .......................................... ... 304 
Comentarios ao art. 745-A (moratoria do executado) 
26. Uma nova postura para o executado: a moratoria 
obtida jurisdicionalmeme.............................................. 305 
26.1 A consolidayao da divida e o deposito inicial do 
executado.............................................................. 307 
XXIII 
c ( c c ( c c c c c c c c· c c c c c c c c c c c c c c c ( c c c c c ( 
27. 0 deferimento da moratoria......................................... 308 
28. 0 descumprimento da moratoria................................. 310 
29. Direito intertemporal.. .. ............. ......... .... .. ..................... 311 
comentiirios ao art. 746 (embargos a adjudica~ao, UMA INTRODUc;AO EM DuAS PARTES 
aliena~ao ou arremata~ao) 
30. Os embargos de "segunda fase" .................................. . 
30.1 0 procedimento dos e~bargos de "segunda 
fase" ...................................................................... . 
31. A desistencia da aquisi~ao ........................................... . 
32. Embargos protelatorios ................................................ . 
33. Direito intertemporal. ................................................... . 
Comentiirios ao art. 791 (suspensao da execu~ao) 
34. 0 efeito suspensivo dos embargos a execu~:ao ......... . 
35. Direito intertemporal. ................................................... . 
APENDICE 
LEGISLA9\.0 
C6digo de Processo Civil (parcial) com a inser~ao das 
altera~oes promovidas pela Lei n. 11.382/2006 ............... . 
Bibliografia consultada 
XXIV 
312 
314 
314 
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318 
319 
325 
375 
1) Sobre este volume 3 
No dia 7 de dezembro de 2006 foi publicada no Diario 
Oficial da Uniiio a Lei n. 11.382, de 6 de dezembro de 2006, 
que "altera dispositivos da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 
- Codigo de Processo Civil, relativos ao processo de execu~ao 
e a outros assuntos". Trata-se de mais uma etapa completa da 
reforma do Codigo de Processo Civil que, de forma bastante 
intensa e visfvel, tomou corpo e forma desde o infcio da deca-
da de 1990. 
No mesmo mes de dezembro de 2006, ainda foram publi-
cadas outras tres leis reformadoras do Codigo de Processo Civil 
e, mais amplamente, do direito processual civil como urn todo, 
as Leis ns. 11.417 (que disciplina "a edi<;ao, a revisao e o can-
celamento de enunciado de sumula vinculante pelo Supremo 
Tribunal Federal"), 11.418 (que regulamenta a chamada "reper-
cussao geral" do recurso extraordinario) e 11.419 (que "dispoe 
sobre a informatiza.;:ao do processo judicial"), todas do dia 19 
e publicadas no Did rio Oficial da Uniiio do dia seguinte, 20 de 
dezembro de 2006. No dia 5 de janeiro de 2007, o Diario Oficial 
da Uniiio trouxe a Lei n. 11.441, de 4 de janeiro de 2007, que 
"altera dispositivos da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 
- Codigo de Processo Civil, possibilitando a realiza.;:ao de in-
ventario, partilha, separa~ao consensual e divorcio consensual 
por via administrativa". 
A proposta deste trabalho e a de examinar especificamen-
te a Lei n. 11.382/2006, deixando a analise das tres leis do dia 
19 de dezembro de 2006 e a do dia 4 de janeiro de 2007 para 
uma proxima oportunidade, qui<;a urn volume 4 desta Serie. 
XXV 
A analise que pretendo fazer a respeito da mais recente 
"etapa da reforma do C6digo de Processo Civil" segue a mesma 
proposta dos volumes anteriores: os comentarios a cada urn dos 
dispositivos alterados sao feitos de forma direta, buscando con-
frontar as novidades trazidas pela Lei n. 11.382/2006 com aqui-
lo que ja constava e continua a constar do C6digo de Processo 
Civil. Os comentarios sao, por isto mesmo, sistemd.ticos: eles 
buscam apresentar uma proposta de leitura conjunta das novas 
regras, criando as condic;:oes mais favoraveis para sua compre-
ensao e para sua aplicac;:ao no foro. 0 trabalho e, antes de tudo, 
urn guia seguro de interpretac;:ao e conseqiiente aplicac;:ao das 
novas relativas. E urge que haja urn guia como este que possa 
ser ao menos uti!, porque, por forc;:a do veto do art. 6Q do Pro-
jeto de lei que veio a se converter na lei aqui comentada, as 
novas regras entraram em vigor no dia 21 de janeiro de 2007, 
ja podendo ser aplicadas nos processos em curso desde o dia 
22 de janeiro de 2007, primeiro dia uti! forense que se seguiu 
aquele domingo (v., a este respeito, o numero seguinte). 
Por observar a mesma metodologia dos volumes anteriores, 
penso ser importante referir-me a este e aos dois outros volumes 
em que me voltei a analise da "nova etapa da reforma do C6digo 
de Processo Civil" como uma verdadeira Serie. Por isto as remis-
soes feitas aos volumes anteriores valerem-se deste designativo. 
Os comentarios voltam-se aquilo que e novo, substancial-
mente novo, apenas reflexamente cuidando do que nao e ou 
dos aperfeic;:oamentos redacionais sentidos por diversos dispo-
sitivos. 0 que nao foi alterado pela Lei n. 11.382/2006 e cuida-
do de forma indireta, o que nao significa dizer que diversas 
questoes e problemas que consegui aventar a partir do confron-
to do que e novo com aquilo que ja constava no C6digo de 
Processo Civil, inclusive levando em conta as alterac;:oes mais 
recentes promovidas pela Lei n. 11.187/2005 (recurso de agravo) 
e, sobretudo, a Lei n. 11.232/2005 ("cumprimento de sentenc;:a "), 
nao foram tratadas ao Iongo dos comentarios. 
Para este volume da Serie, dedicado exclusivamente a Lei 
n. 11.382/2006, optei em dividir o exame da materia em 5 ca-
XXVI 
pitulos, cada um deles dedicado a cuidar de urn grupo de dis-
positivos alterados que guardam entre si alguma relac;:ao forte 
··~ 
·-/ 
o suficiente para dar nome ao respectivo capftulo. 0 resultado 
final pareceu-me bastante satisfat6rio porque foi possfvel seguir ·~ 
a propria ordem dos dispositivos do C6digo de Processo Civil, 
o que, por si s6, facilita a consulta dos temas tratados pelo lei- ·~ 
tor. De qualquer sorte, o sumario, que reflete o tratamento dos ·~ 
temas e dos desdobramentos examinados, facilita e muito a 
consulta do livro, pela identificac;:ao clara e, na medida do pos-
sfvel, bastante detalhada, dos especificos pontos tratados .. 
~ 
Que ninguem estranhe, contudo, que o primeiro capftulo 
do trabalho, dedicado as "alterac;:oes esparsas" - 0 unico para 
o qual nao encontrei urn criterio unificador seguro para nomina-
lo diferentemente -, parec;:a menos interessante se comparado 
com os demais. 0 fato e que a Lei n. 11.382/2006 nao cuida s6 
de promover substanciais alterac;:oes no Livro II do C6digo de 
Processo Civil, que disciplina o chamado "processo de execu-
c;:ao", expressao empregada, neste volume, para identificar o 
modo de prestac;:ao da tutela jurisdicional executiva pelo Estado-
juiz quando rompida a sua inercia por alguem (o "exeqiiente") 
munido com urn "tftulo executivo extrajudicial'. 
Os arts. 4Q, 5Q e 70 da Lei n. 11.382/2006, de sua vez, nao 
foram objeto de comentarios apartados. Todas as alterac;:oes por 
eles promovic\as - os novos nomes dos diversos Capftulos, 
Sec;:oes e Subsec;:oes do C6digo de. Processo Civil e as revogac;:oes 
de diversos dispositivos- foram tratadas quando dos comen-
tarios dos demais dispositivos que tiveram sua redac;:ao alterada 
ou que foram inclufdos no C6digo. Todos os comentarios, re-
pito, foram feitos nos devidos contextos das alterac;:oes promo-
vidas. 
Embora o trabalho seja dedicado a analise da Lei n. 
11.382/2006, nao pude deixar de fazer, sob pena de reputa-lo 
incompleto e nao refletir adequadamente o C6digo de Processo 
Civil em vigor, algumas breves incursoes na Lei n. 11.419, de 19 
de dezembro de 2006, que "dispoe sobre a informatizac;:ao do 
processo judicial; altera a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 
XXVII 
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'----" 
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....... 
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.'.._./ 
.._.. 
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- C6digo de Processo Civil; e da outras providencias''. A prin-
cipal e mais recorrente e a circunstancia de o paragrafo unico 
do art. 154 do CPC, inclufdo pela Lei n. 11.280/2006- e voltei-
me a analise do dispositive nas pp. 101-105 do volume 2 desta 
Serie -, ter passado a ser, por for~a do art. 20 da Lei n. 
11.419/2006, que introduz urn"§ 2Q" naquele dispositive, § 1Q. 
Esta circunstancia e colocada em relevona Mensagem n. 1.147, 
de 19 de dezembro de 2006, que acompanhou a promulga~o 
da lei e justificou alguns vetos a ela, inclusive a da referenda a 
urn veto anterior, da entao Lei n. 10.358/2001, ao mesmo para-
grafo unico do art. 154. 
Para tornar a leitura mais facil e menos cansativa, somente 
os dispositivos normativos que nao silo do C6digo de Processo 
Civil silo identificados pela indica~ilo de suas leis respectivas ou 
da Constitui~ao FederaL 
Por fim, mas nilo menos importante, o direito intertempo-
raL Uma das principais dificuldades de toda lei reformadora do 
direito processual civil, codificado ou nilo, e a relativa a aplica-
~ao da lei nova no tempo. Para este novo volume, achei mais 
uti! tecer de pronto as considera~oes genericas sobre o tema 
que ocupam o numero seguinte - por isto, uma Introdu~o 
"em duas partes" - e, a cada dispositivo, fazer os comentarios 
cabfveis sobre o tema. 
2) A vigencia da Lei n. 11.382/2006 e o direito intertempo-
ral: linhas basicas 
Esta Introdu~o nilo estaria completa sem algumas consi-
dera~oes relativas ao direito intertemporal, isto e, sobre em que 
medida a Lei n. 11.382/2006 devera ser aplicada aos processos 
em curso no dia de sua entrada em vigor. 
Passo, por isto, a apresentar as observa~oes te6ricas e ge-
nericas que me parecem indispensaveis com rela~ilo ao tema, 
deixando para a analise de cada urn dos dispositivos alterados, 
de alguma forma, por aquela lei, os comentarios espedficos 
sobre sua aplica~ilo nos processos em curso. Isto mesmo quan-
do a unica observa~ilo que entendi pertinente de ser feita e que 
XXVIII 
a aplica~ao do novo dispositivo nao devera despertar, para 
aqueles fins, nenhuma dificuldade. 
A Lei n. 11.382, que e datada de 6 de dezembro de 2006, 
foi publicada no Didrio Oficial da Uniiio do dia seguinte, 7 de 
dezembro de 2006. Foi vetado quando de sua promulga~ao o 
art. 6Q, que, a exemplo do que se deu com a Lei n. 11.232/2006, 
estabelecia urn prazo de 6 meses para vacatio legis. 
Se assim foi, prevaleceu, para a lei em analise, a regra ge-
nerica do art. 1Q, caput, da "Lei de Introdu~ao ao C6digo Civil", 
o Decreto-Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942: "Salvo dispo-
si~ao contraria, a lei come~a a vigorar em todo o Pafs 45 (qua-
renta e cinco) dias depois de oficialmente publicada". Estes 45 
dias, de sua parte, devem ser contados levando-se em conta o 
disposto no art. 8Q, § 1Q, da Lei Complementar n. 95/1998, acres-
centado pela Lei Complementar n. 107/2001: a lei entra em vigor 
no primeiro dia subseqiiente a consuma~ao integral do prazo, 
incluindo-se, nesta contagem, o ultimo dia. 
A Lei foi publicada no Didrio Oficial da Uniiio de 7 de de-
zembro de 2006. 0 quadragesimo quinto dia que se seguiu 
aquela data foi 20 de janeiro de 2007. No dia subseqiiente, 21 
de janeiro de 2007, urn domingo, a,Lei n. 11.382/2006 entrou em 
vigor. Na segunda-feira seguinte, dia 22 de janeiro de 2007, o 
foro de todo o Brasil ja p6de aplicar qualquer das muitas e subs-
tanciais altera~oes promovidas por aquele diploma legislative. 
I 
E importante, antes de apresentar as premissas e as con-
clusoes relativas ao enfrentamento dos problemas de direito 
intertemporal, ler as razoes que justificaram o veto do precitado 
art. 6Q, que embasam a breve reflexao que fa~o em seguida. Sua 
transcri~ao literal, para tal mister, e importante: 
"0 Projeto de Lei esta vincula do a Lei n. 11.232, de 22 de 
dezembro de 2005, que 'altera a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 
1973 - C6digo de Processo Civil, para estabelecer a fase de 
cumprimento das senten~:as no processo de conhecimento e 
revogar dispositivos relativos a execu~:ao fundada em tftulo judi-
cial, e da outras providencias', a qual entrou em vigor no dia 23 
de junho do corrente ano. 
XXIX 
A entrada em vigor das altera~oes relativas ao cumpri-
mento das senten~as sem a entrada em vigor das altera~oes 
relativas ao processo de execw;:ao gerou !eve quebra do 
sistema processual civil. 
Ademais, o conteudo do presente Projeto de Lei foi 
largamente debatido pela comunidade jurfdica durante o 
seu tdmite parlamentar, nao se fazendo necessaria aguar-
dar seis meses para que se tenha o amplo conhecimento 
de que fala o art. 8° da Lei Complementar n. 95, de 1998. 
Assim, parece conveniente o veto a clausula de vigencia 
para fazer com que a Lei entre em vigor quarenta e cinco dias 
ap6s a data de sua publica\'ao, nos termos do art. 12 do Decreta-
Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942 -Lei de Inrrodu\'ao ao 
C6digo Civil Brasileiro". 
Nao hi razao para discordar do que justificou o veto do 
dispositive relativo a clausula de vigencia. Mesmo assim, con-
tudo, acredito que valha a pena ser colocado em destaque que, 
see verdade que a "academia", onde o enrao Anteprojeto de 
Lei nasceu e se desenvolveu ate ser entregue a Camara dos 
Deputados e converter-se no Projeto de Lei n. 4.497/2004, teve 
bastante tempo para examinar e estudar as novas regras, a rea-
lidade do foro, os usuarios do direito processual civil e do 
C6digo de Processo Civil como ferramenta de trabalho- jufzes, 
advogados publicos e privados, membros do Ministerio Publico, 
defensores publicos .- e, mais do que todos eles juntos, os 
verdadeiros destinatarios de quaisquer regras de direito proces-
sual civil, os "autores" e os "reus" de todo e qualquer "processo 
civil", nao tiveram este mesmo tempo. 
Nao me cabe, contudo, nesta sede, demorar muito na crf-
tica quanto as razoes do veto a clausula de vigencia original. 0 
fato e que as razoes adotadas pelo Presidente da Republica 
demonstram a total insensibilidade dos exercentes do poder em 
nossa terra. Demonstram, com extrema facilidade, e isto nao e 
born sinal na minha visao do problema, que "eles", os exercen-
tes do poder, nao desenvolveram nenhuma sensibilidade com 
a ideia mais basica de urn Estado Democcitico de Direito, de 
XXX 
que o poder, todo ele, emana do povo e e exercido em seu 
nome. Nao o contrario. 
E hi mais urn dado digno de destaque. Quando o entao 
PLC n. 51/2006 estava aprovado na Comissao de Constitui~ao, 
Justi~a e Cidadania do Senado Federal, houve pedido de seu 
envio para a Comissao de Assuntos Economicos daquela Casa 
Legislativa. As razoes entao apresentadas pelo Senador Alvaro 
Dias eram relevantissimas, a saber: 
"Cuida esse projeto de uma verdadeira revolu\'aO na forma 
que pessoas fisicas e juridicas se socorrem do Poder Judiciario 
para ver seus cneditos quitados, que, juntamente com a Nova Lei 
de Falencias, formara um ambiente juridico mais favoravel a 
concessao de creclito e a redu~o do spread bancario. Ve-se, 
desde logo, que o projeto repercute de forma intensa na econo-
mia do Pais,e nao pode deixar de ser analisado sob seus aspec-
tos economicos. 
Assumidas essas premissas, e de se ver que o inciso I do 
art. 99 do Regimento Interno desta Casa determina o pronuncia-
mento da CAE sabre aspecto econ6mico e fmanceiro de qualquer 
materia que !he seja submetida, e o inciso III do mesmo artigo 
fixa sua competencia para avaliar materias que se vinculem com 
problemas economicos do Pais. 
A oitiva da CAE e de extrema importincia, pais, nao se pode 
tratar materias ,como o :Lc n. 51, de 2006, como problemas ex-
clusivamente juriclicos. E imperioso que se lance um olhar econ6-
mico sabre a proposi\'ao, ate para 'que se lhe de a exata impor-
tiincia que ostenta no cenario nacional" (Requerimento n. 1.016, 
de 2006; DidriodoSenadoFederal, de 5-10-2006, p. 30238). 
0 pedido, contudo, foi retirado pelo mesmo Senador (Re-
querimento n. 1.188, de 2006) eo Projeto, em 5 de dezembro 
de 2006, enviado a san~ao presidencial, quando, por ca1.1sa do 
veto aqui discutido, permitiu que a Lei entrasse em vigor depois 
de 45 dias de sua publica~ao no Diario Oficial, perfodo que 
coincidiu com o final do ano e com as ferias de verao. 0 que 
releva destacar deste epis6dio, embora ele nao tenha o condao 
de abalar a corre~:ao do processo legislativo, e que qualquer 
XXXI 
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altera~;ao nos mecanismos de recupera~;ao de creditos - e e 
disto que trata, em ultima analise, 0 chamado "processo de 
execu~;ao" - tende a ter urn impacto relevante na realidade 
economica e financeira, o que, por si s6, pode merecer alguma 
reflexao dos especialistas daquelas areas. 0 veto a clausula de 
vacatio legis dificulta, tambem, esta necessaria interat;ao dos 
profissionais do direito com os da economia, administra~;ao e 
finan~;as, o que nada contribui para uma melhor compreensao 
da lei e, mais do que isto, da realidade· sensivel sobre a qual a 
lei sera aplicada. 0 isolamento costumeiro do profissional do 
direito em nada contribui para a melhor compreensao do seu 
proprio objeto de reflexao e de trabalho. Tambem aqui, data 
maxima venia, faltou sensibilidade as nossas autoridades que, 
rep ito, parecem nao ter entendido, ainda, para que e para quem 
se fazem leis. 
Ir alem e desnecessario. Ha mais o que se preocupar por 
ora: a leientrou em vigor no dia 21 de janeiro de 2007 e ela, 
como qualquer regra de direito processual civil, e eminente-
mente pratica. Ela foi promulgada para surtir efeitos na realida-
de sensivel, no plano exterior ao processo, no mundo do "ser", 
nao do "dever-ser"; no foro, nao na academia. Por isto, melhor 
do que criticar a solu<;:ao politica que se deu a clausula de vi-
gencia e apresentar alguns caminhos para serem trilhados para 
a resolu~;ao dos variados problemas que a entrada em vigor da 
nova lei trara para os processos em curso. 
Feitas estas muito breves reflexoes, e hora de expor al-
gumas no<;:6es fundamentais acerca do "direito processual 
intertemporal", isto e, as normas basi cas que guiam a inter-
preta<;:ao da lei processual no tempo. E importante, pois, fixar 
algumas premissas que vao nortear todas as reflexoes expos-
tas em cada urn dos comentarios dos dispositivos alterados 
pela Lei n. 11.382/2006. Apresento-as de forma bern direta e 
esquematica: 
a) As novas leis processuais incidem nos processos em 
curso a nao ser que haja alguma lei em sentido contrario, ine-
xistente no caso da Lei n. 11.382/2006. 
XXXII 
b) E mister distinguir entre a incidencia imediata da nova 
lei, porque as normas de direito processual civil sao de ordem 
publica, e a incidencia retroativa da nova lei, pratica Yedada em 
fun<;:ao da ampla garantia que o inciso XXXVI do art. 5° da CF 
da a quaisquer direitos adquiridos, inclusive os processuais. 0 
mesmo dispositive tambem garante a prote~;ao dos "atos juridi-
cos perfeitos processuais". 
c) Chave da distin<;:ao da letra anterior reside no chamado 
"prindpio do isolamento dos atos processuais": cada ato pro-
cessual deve ser regido pela lei vigente no instante em que o 
ato, em si mesmo considerado, sera ou foi praticado. 
d) E certo, contudo, que os atos do processo nao sao iso-
lados e independentes entre si. Pelo contrario, eles sao conca-
tenados, logicamente ligados e relacionados para a pratica de 
outros atos deles dependentes. 
Destas premissas, seguem-se algumas conclus6es. Sao as 
seguintes: 
a) Todos os atos processuais praticados antes da entrada 
da nova lei devem ser respeitados e seus efeitos nao podem ser 
desfeitos. 
b) Todos os atos processuais ainda nao praticados sob a 
egide da lei "velha'; serao praticados com total obsef\·ancia da 
lei nova. 
c) A entrada em vigor da lei nova, quando esta em curso 
a pratica de atos processuais, deve respeitar os efeitos ja con-
sumados, sendo sua aplica~;ao de rigor para disciplinar os novos 
efeitos que ainda se esperam. 
d) A lei nova captura e passa a reger tudo aquilo que nao 
contradiz, que nao anula, que nao elimina a l6gica, os efeitos 
e os pr6prios atos anteriores a ela. 
E a partir destas considera~;oes que enfrento, em cada urn 
dos dispositivos comentados nos capitulos seguintes, os proble-
mas relativos a aplica~;ao imediata da Lei n. 11.382/2006. 
XXXIII 
Capitulo 1 
ALTERAvOES ESPARSAS 
Normaatual Norma anterior 
Art. 143. (. .. ) Art. 143. Incumbe ao oficial de 
justi<;:a: 
V- efetuar avaliac;:oes. I - fazer pessoalmente as ci-
tas;Oes, prisOes, penhoras, ar-
restos e mais diligencias pr6-
prias do seu offcio, certificando 
no mandado o ocorrido, com 
menc;:ao de Iugar, dia e hora. A 
diligencia, sempre que possi-
vel, realizar-se-a na presen<;:a 
de duas testemunhas; 
II-executar as ordens do juiz 
a que estiver subordinado; 
III - entregar, em cart6rio, o 
I 
rnandado, logo depois de cum-
prido; 
IV- estar presente as audien-
cias e coadjuvar o juiz na ma-
nuten-;:ao da ordem. 
1. A avalia~ao a cargo do oficial de justi~a 
A Lei n. 11.382/2006, ao acrescentar urn novo inciso no art. 
143, apenas torna expresso o que ja havia sido criado pela Lei 
n. 11.232/2005. De acordo como disposto no art. 475-J, § 2Q, do 
C6digo de Processo Civil, na reda<;:ao dada por aquele diploma 
legislativo, o oficial de justi<;:a ja havia passado a ter, dentre as 
1 
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suas incumbencias - "deveres funcionais" -, a de avaliar os 
bens penhorados. 
0 que era, vale a pena colocar em destaque, exce~ao, 
assim, por exemplo, no sistema da Lei n. 6.830/80, que rege a 
execu~ao fiscal (arts. 7°, V, e 13, caput), passou a ser regra. 
Naqueles Estados que ja previam, em suas normas de organiza-
~ao judiciaria, um tal dever para o oficial de justi~a, a regra, 
federal, nao surtira nenhuma altera~ao pratica. Nos Estados, a 
grande maioria, em que a avalia~ao dos bens penhorados- ou 
de quaisquer outros bens que, por qualquer razao, requeiram 
conhecimentos tecnicos e especializados para serem quantifica-
dos em dinheiro -, a boa aplica~ao da regra depende- e isto, 
e fundamental destacar, desde a Lei n. 11.232/2005 - de OS 
oficiais de justi~a serem devidamente treinados, erisinados, 
mesmo, a avaliar. Nao se pode conceber, sob o manto do prin-
cipio da eficiiJncia da atividade jurisdicional, que compita ape-
nas a lei criar urn novo dever aos oficiais de justis;:a. Tao impor-
tante quanto o estabelecimento do novo dever de atua.;:ao, e 
que os Tribunais de Justi~a e os Regionais Federais, estes a 
partir da atua~ao do Conselho da Justi~a Federal, criem condi-
.;:oes concretas, efetivas, de que seus oficiais de justi<;:a recebam 
treinamentoadequado para bern desempenharem sua nova 
funs;:ao. 
A ressalva do paragrafo anterior nao pode ter sua impor-
tancia minimizada. Toda 16gica da Lei n. 11.382/2006 para a 
pratica dos atos executivos relativos a execu~ao por quantia 
certa contra devedor solvente, que se volta, em ultima analise, 
a pratica de atos de expropria-;;i:io dos bens de propriedade do 
executado para satisfa~ao do exequente (art. 646), depende do 
adequado preparo do oficial de justi.;:a. Porque, penhorado o 
bern (o que s6 e admitido se nao houver pagamento nos 3 dias 
a que se ref ere o caput do art. 652), ele deve ser avaliado desde 
logo. E a pratica do ato seguinte pelo exequente, que e o de 
exercer a sua op<;:ao de adjudicaro bern como forma de paga-
mento (total ou parcial, isto e indiferente para ca), depende 
desta escorreita avalia~ao. Aguardar, como a pratica do foro 
2 
reveladia ap6s dia, antes ou depois da Lei n. 11.232/2005, an-
tes ou depois da Lei n. 11.382/2006, que o bern penhorado seja 
avaliado sempre e em qualquer caso por urn "avaliador" (art. 
680), com todas as demoras e custos que a nomea<;:ao de um 
profissional deste gabarito ocasiona para o Judiciario e para o 
exequente, e desprezar uma das enormes novidades que a nova 
sistematica, ora generalizada, dos atos executivos traz. 
Nao que uma tal avalias;:ao, realizada por tecnico especia-
lizado, nao possa se fazer necessaria, indispensavel mesmo, a 
luz das exigencias de cada caso concreto - no que, alias, o art. 
475-:J, § 2°, introduzido pela Lei n. 11.232/2005, eo art. 680, na 
reda<;:ao da Lei n. 11.382/2006, sao claros em ressalvar -, mas, 
na normalidade dos casos, o born funcionamento da lei depen-
dera de o oficial de justi<;:a ter condi.;:oes suficientes para, desde 
logo, dizer qual e 0 valor do bern penhorado para todos OS fins. 
E sera este o valor que servira de balizamento para todos os 
atos executivos subsequentes, a come.;:ar pela adjudica.;:ao pre-
ferenda!, regulada pelos arts. 685-A e 685cB. 
Uma ultima observa.;:ao se faz pertinente com rela.;:ao aos 
presentes comentarios. Deve prevalecer o entendimento de que, 
nao obstante a revoga.;:ao do antigo inciso V do § 1" do art. 655 
pela Lei n. 11.382/2006, ainda subsiste ao executado o deverde 
secundara avalia~ao dos bens penhorados e, portanto, municiar 
o oficial de justi\)a a quem cabe, preferencialmente, a pratica 
daquele ato (a nomea.;:ao de urn avaliador para aquele fim e 
exce.;:ao, de acordo com o § 2° do art. 475-J e com o art. 680) 
com elementos objetivos e seguros daquela avalias;:ao. Tao logo 
o meirinho, munido da "segunda via do mandado" (art. 652, 
§ 1°), de inicio a penhora, o executado deve desincumbir-se 
adequadamente daquele dever. Caso nao o fa.;:a espontanea-
mente, o juizo pode intima-lo para tanto (art. 600, IV), sob as 
penas do art. 601. 0 assunto sera retomado quando dos comen-
tarios aos arts. 600, N (n. 18 do Capitulo 2); 656, VII (n. 35.7 
do Capitulo 4), 668, paragrafo unico, V (n. 53 do Capitulo 4), 
680 (n. 55 do Capitulo 4), inciso II do art. 683 (n. 61.2 do Capi-
tulo 4) e 684, I (n. 63 do Capitulo 4). 
3 
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I 
2. Direito intertemporal 
0 novo inciso V do art. 143 nao deve despertar quaisquer 
problemas relativos ao direito intertemporaL Ou o bern penho-. 
rado esta ava!iado ou nao esta e, nesta hip6tese, deve o oficial 
de justi~;a avalia-lo, levando em conta os elementos fornecidos 
pelo executado e pelo exeqtiente. Na discordancia ou na im-
possibilidade de a avaliayilo ser levada a cabo pelo oficial de 
justi~;a - ate mesmo por falta de preparo adequado para de-
sempenhar a contento aquela fun~;ao -, a hip6tese sera a no-
mea~;ao de urn avaliador. Ja e assim com rela~;ao aos tftulos 
judiciais (art. 475-J, § 2°) e devera ser assim tambem com rela-
~;ao aos tftulos extrajudiciais (art. 680). 
Normaatual Norma anterior 
Art. 238. (...) Art. 238. Nao dispondo a lei de 
Paragrafo unico, Presumem-se outro modo, as intima~oes 
validas as comunica~oes e in- serao feitas as partes, aos seus 
tima~oes dirigidas ao endere~o representantes legais e aos 
residencial ou profissional de- advogados pelo correio ou, se 
clinado na inicial, contesta~ao presentes em cart6rio, direta-
ou embargos, cumprindo as mente pelo escrivao ou chefe 
partes atualizar o respectivo de secretaria. 
endere<;:o sempre que houver 
modificao;:ao temporaria ou 
L-definitiva. 
3. Intinla~oes e presun~ao de certeza 
0 novo paragrafo unico do art. 238 tern em mira criar uma 
presun~;ao, presun~;ao iuris tantum, nao ha razao para duvidar, 
de que os endere~;os residenciais e profissionais indicados na 
peti~;ao inicial, na contesta~;ao ou nos "embargos" sao aqueles 
para os quais eventuais intima~;oes pessoais devem ser dirigidas. 
E por isto que, complementando a regra mais ampla do art. 39, 
II, o dispositivo exige que os endere~;os sejam sempre atualizados, 
mesmo que sua modifica~;ao se de apenas temporariamente. 
4 
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A regra refere-se as "partes", que elas, as "partes" devem 
atualizar o respectivo endere~;o. 0 mais correto, contudo, e 
entender o dispositivo como se ele fizesse men~;ao aos advoga-
dos das partes. Apenas nos casos em que; por qualquer motivo, -
a parte nao estiver (ainda) representada por advogado e que 
urn tal dever pode recair sobre ela. 
0 dispositivo faz men~;ao, outrossim, aos endere~;os cons-
tantes da "peti~;ao inicial", "contesta~;ao" e "embargos". Ele deve, 
contudo, ser lido amplamente: os endere~;os que constem de 
quaisquer outros atos ou documentos do processo, mesmo que 
nao sejam urn daqueles tres indicados pela lei, inclusive da 
procurayao - pratica comunfssima, alias -, e que estao sujei-
tos a atualiza~;ao, sob pena de serem tidos como os corretos 
para quaisquer intima~;oes. 
4. Direito intertemporal 
A aplica~;ao imediata da lei significa que, ap6s o dia 22 de 
janeiro de 2007, primeiro dia uti!, isto e, de expediente forense, 
que se segue ao infcio de sua vigencia, todas as intima~;oes di-
rigidas aos endere~;os dos autos serao consideradas validas. E 
importante, para afastar a presun~;ao do dispositivo, que os ad-
vogados de ambas as partes e de eventuais intervenientes encar-
reguem-se o quanto antes de atualizar os dados constantes dos 
autos que, ponqualquer razao, nao se mostrarem corretos. 
Normaatual Norma anterior 
Art. 365. ( ... ) Art. 365. Fazem a mesma pro-
va que os originais: 
N - as c6pias reprogrificas I ~ as certidoes textuais de 
de peps do proprio processo qualquer pep dos autos, do 
judicial declaradas autenticas protocolo das audiencias, ou 
pelo proprio advogado sob sua de outro livro a cargo do escri-
responsabilidade pessoal, se vao, sendo extraidas por ele ou 
nao lhes for impugnada a au- sob sua vigilancia e por ele 
tenticidade. subscritas; 
5 
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II:.:_ os traslados e as certidoes 
extraidas por oficial publico, 
de instrumentos ou documen-
tos lan\'ados em suas notas; 
Ill - as reprodu\'oes dos do-
cumentos piiblicos, desde que 
autenticadas por oficial publico 
ou conferidas em cart6rio, com 
os respectivos originais. 
5. A autentica~o de c6pias pelo advogado 
A regra veio para generalizar, no melhor sentido da palavra, 
o que, timidamente, foi introduzido pela Lei n. 10.352/2001 no 
art. 544, § 1Q. 
Com ela, nao ha mais Iugar para as discussoes doutrinarias 
e jurisprudenciais quanto a outras pec;:as, que nao as destinadas 
a formar os autos do chamado "agravo de instrumento de des-
pacho denegatorio de recurso especial e extraordinario" (art. 
544), poderem ser autenticadas pelo proprio advogado. Desde 
que se tratem de copias extraidas de autos judiciais (e nao do 
"processo", como acentua a regra), o advogado pode declara-las 
autenticas. 
Justamentepor isto e que o novo inciscr IV do art. 365 
acaba por tornar superflua a nova redac;:ao, dada pela mesma 
Lei n. 11.382/2006, ao paragrafo unico do art. 736. Quando 
menos, que a nova regra Ia introduzida fizesse remissao ao 
dispositivo aqui comentado e nao ao § 1Q do art. 544, que se 
ocupa de hipotese totalmente diversa. A remissao ao § P do art. 
544 justificou-se, por exemplo, quando a Lei n. 11.232/2005 
alterou a disciplina da execuc;:ao provisoria e permitiu que as 
copias formadoras da "carta de sentenc;:a" fossem declaradas 
autenticas pelo advogado na forma autorizada por aquele dis-
positivo (a respeito, v. as pp. 196-197 do volume 1 desta Serie). 
A Lei n. 11.382/2006, contudo, nao poderia deixar de levar em 
conta o que ela propria traz de novo. 
6 
As observa~oes que ocupam o panigrafo anterior, contudo, 
nao tern o condao de tirar o merito do dispositivo em pro! de 
uma maior racionalizac;:ao dos atos processuais. 
0 inciso IV do art. 365 tambem coloca por terra discussao 
importante, mas bastante esquecida, que surgiu com uma me-
dida provisoria (n. 1.360, de 12-3-1996) que acabou por se 
converter, apos aproximadamente setenta reedic;:oes, na Lei n. 
10.522, de 19 de julho de 2002, que "dispoe sobre o Cadastro 
Informativo dos creditos nao quitados de orgaos e entidades 
federais e da outras providencias". De acordo com o art. 24 
daquela lei, "as pessoas juridicas de direito publico sao dispen-
sadas de autenticar as copias reprogrillcas de quaisquer docu-
mentos que apresentem em juizo". Prerrogativa ou privilegio 
das pessoas de direito publico? Aquela regra poderia ser apro-
veitada por pessoas de direito privado, em nome do principia 
da isonomia? 0 advogado publico precisava se manifestar quan-
to a autenticidade da copia juntada? Se sim, em que terrnos? 
Todas estas interrogac;:oes, que poderiam se multiplicar, ninguem 
duvide disto, so podem receber afumac;:oes positivas a luz da 
nova regra trazida pela Lei n. 11.382/2006. Generalizou-se o que, 
de uma forma ou de outra, so havia sido criado para uma classe 
de pessoas, as pessoas juridicas de direito publico, tipica regra 
de "direito processual publicd' para empregar nomenclatura que 
propus para d~screver este fenomeno ha algum tempo. 
0 novo dispositivo diz ainda que as copias declaradas 
autenticas pelo proprio advogado "fazem a mesma prova que 
os originais" "se nao lhes for impugnada a autenticidade". A 
pergunta que se poe e se a impugnac;:ao da autenticidade da 
copia reclama a instaurac;:ao do incidente regulado pelos arts. 
390 a 395, isto e, 0 chamado "incidente de falsidade". 
A resposta e positiva. Para o Codigo de Processo Civil, cabe 
a parte contra quem urn documento e produzido manifestar-se 
sobre ele no prazo de 5 dias estabelecido pelo art. 398. Se qui-
ser, contudo, questionar a sua nao-autenticidade, e dizer, a sua 
falsidade, 0 prazo que dispoe para tanto e de 10 dias "contados 
da intimac;:ao da sua juntada aos autos" (art. 390). 
7 
I 
I Observado o decendio legal pela parte interessada, contu-do, a forma a ser assumida para discussao quanto a autentici-
dade do documento nao pode se sobrepor a sua finalidade, e 
dizer, descobrir em que medida a declara~:ao de autenticidade 
da copia nao corresponde ao original. A forma, em direito pro-
cessual civil, nao pode nunca sobrepor-se ao conteudo. 0 que 
ha de relevante na nova regra e que a copia pode ter sua au-
tenticidade questionada, independentemente daforma em que 
sua impugna~:ao seja apresentada ao magistrado. 
Vale a noticia de que ha, perante a Comissao de Constitui-
~:ao e Justi\;a da Camara dos Deputados, dois outros Projetos de 
Lei (ns. 7.547/2006 e 1.522/2003) que introduzem urn novo art. 
5Q-A na Lei n. 8.906/1994, o "Estatuto da Advocacia e da Ordem 
dos Advogados do Brasil", com a mesma finalidade. Com o 
advento da regra ora comentada, aquelas iniciativas mostram-se 
desnecessarias. 
5.1 A forma de autentica,.ao da c6pia pelo advogado 
Questao tormentosa, com os olhos voltados para o dia-a-
dia do foro que se tornou verdadeiramente classica desde a 
primeira oportunidade em que a lei processual civil reconheceu 
ao advogado a possibilidade de declarar autentica, ele mesmo, 
uma copia e saber como o advogado faz uma tal declara~ao. 
E que as copias autenticadas pelos Tribunais ou pelos car-
torios possuem uma forma propria. Da oposi~:ao de carimbos a 
selos holograficos, tudo sempre cuidadosamente rubricado e 
assinado, poe-se a questao relativa a forma da autentica\;ao 
feita pelo advogado. 
A falta de qualquer exigencia da lei, a melhor solu~ao so 
pode ser a que a dispensa qualquer forma especffica. 0 que se 
faz necessaria, porque e este o objetivo da nova regra, e que 
fique claro saber qual e a copia que se declara autentica e em 
que extensao esta declara~ao se da. Nao ha necessidade de 
carimbos, assinaturas ou, ate mesmo, selos de quaisquer especies 
eventualmente mandados fazer pelo advogado. Basta que ele 
8 
~/ 
declare a autenticidade da pe\;a. Uma tal declara~:ao pode ser 
lan\;ada na propria copia, uma a uma, ser feita a parte, ou na 
propria peti~:ao com a qual as copias sao apresentadas ao juiz. '---" 
0 que importa e que a finalidade da regra nao seja reduzida 
por formalismos que nao garantem, por si sos, qualquer finali-
dade. Ademais, a parte contraria podera, se entender que e o 
caso, questionar a autenticidade da copia produzida, a copia 
~ 
ela mesma, e nao a forma de sua autenticas;ao, que, repito, 
simplesmente nao existe. 
6. Os incisos V e VI, §§ 1" e 2" do art. 365, incluidos 
pela Lei n. 11.419/2006 
Embora nao seja objeto deste trabalho, nao posso me fur-
tar de destacar que, ao !ado do novo inciso IV que foi inclufdo 
no art. 365 pela Lei n. I 1.382/2006, a ainda mais recente Lei n. 
11.419, de 19 de dezembro de 2006, que "dispoe sobre a infor-
matiza\;ao do processo judicial; altera a Lei n. 5.869, de 11 de 
janeiro de 1973 - Codigo de Processo Civil; e da outras provi-
dencias" introduz, naquele mesmo dispositivo, quatro novas 
regras: dois novos incisos (V e VI) e dois novos paragrafos (§§ 
1Q e 2Q). 
Nenhuma,delas diz respeito ao tema tratado nos presentes 
comentarios mas buscam, para os fins buscados por aquela lei, 
criar condis;oes para que extratos digitais de bancos de dados 
e reprodu~:oes digitalizadas de quaisquer documentos publicos 
ou particulares - inclusive a "copia digital de tftulo executivo 
extrajudicial" (§ 2Q do art. 365) - possam fazer a mesma prova 
que os originais. 0 inciso VI ressalva expressamente a possibi-
lidade de impugna~:ao do documento "antes ou durante o pro-
cesso de digitaliza~:ao", desde que ela seja "motivada e funda-
mentada". 0 art. 11, § 2Q, da precitada lei admite, ate mesmo, 
que o incidente de falsidade se processe "eletronicamente", 
observando o disposto nos arts. 390 a 395 do CPC que e a "lei 
processual em vigor" para estes casos. 
9 
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7. Direito intertemporal 
A incidencia imediata do novo inciso IV do art. 365 signi-
fica que o advogado, publico ou privado, pode declarar auten-
ticas quaisqlier c6pias ou quaisquer documentos extraidos de 
autos judiciais, que apresente em jufzo a partir do dia 22 de 
janeiro de 2007. 
• 
Com rela~ao as pe~as e documentos anteriormente juntados, 
porque seus efeitos serao sentidos sob a egide da lei nova, nao 
ha. por que recusar ao advogado o exercfcio desta mesma prer-
rogativa. Se, por exemplo, ha pendente de discussao a autenti-
cidade de alguma c6pia juntada antes do infcio de vigencia da 
Lei n. 11.382/2006, o advogado podera declara-la autentica, sob 
sua responsabilidade, pondo fim ao incidente. 
Normaatual Norma anterior 
Art. 411. (. .. ) Art. 411. Sao lliquiridosem sua 
IV-os ministros do Supremo residencia, ou onde exercem a 
Tribunal Federal, do Superior sua fun<;ao: 
Tribunal de Justi<;a, do Supe- I- o Presidente e o Vice-Pre-
rior Tribunal Militar, do Tribu- sidente da Republica; 
nal Superior Eleitoral, do Tri- II- o presidente do Senado e 
bunal Superior do Trabalho e o da Camara dos Deputados; 
do Tribunal de Contas da III - os rillnistros de Estado; 
Uniiio; 
IV- os ministros do Supremo 
Tribunal Federal, do Tribunal 
Federal de Recursos, do Supe-
rior Tribunal Militar, do Tribu-
nal Superior Eleitoral, do Tri-
bunal Superior do Trabalho e 
do Tribunal de Contas da 
Uniiioi· 
V - o procurador-geral da 
Republica; 
10 
VI - os senadores e deputa-
dos federais; 
VII - os governadores dos 
Estados, dos Territories e do 
Distrito Federal; 
Vlll - os deputados e=duais; 
IX - os desembargadores dos 
Tribunais de Justi~, OS rurzes 
dos Tribunais de Al<;acb., os 
jufzes dos Tribunais Regionais 
do Trabalho e dos Tribunais 
Regionais Eleitorais e os con-
selheiros dos Tribunais de 
Contas dos Estados e do Dis-
trito Federal; 
X - o embaixador de pals 
que, por lei ou tratado, conce-
de identica prerrogath~a ao 
agente diplomatico do Brasil. 
Paragrafo unico. 0 juiz solid-
tara a autoridade que designe 
dia, hora e local a flffi de ser 
inquirida, remetendo-lhe c6pia 
da peti<;ao inicial ou da defesa 
oferecida pela parte, que arro-
lou como testemunha. 
8. Oitiva de autoridades na qualidade de testemunhas 
A nova regra quis "atualizar" a mens:ao que o dispositivo 
fazia aos Ministros do Tribunal Federal de Recursos que, desde 
a Constitui"ao de 1988, foi extinto, dando Iugar aos cinco Tribu-
nais Regionais Federais (art. 27, § (:fl, do ADCT e Lei n. 7.727. 1989). 
A nova reda~ao dada ao inciso IV do art. 411, por isto mesmo, 
deixou de fazer men~ao ao Tribunal Federal de Recursos. 
Eliminada aquela men~ao, a regra explicitou que tambem 
os Ministros do Superior Tribunal de Justi~a, Tribunal que tam-
11 
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bern foi criado pela Constitui~ao de 1988 (art. 27, caput, do 
ADCT) como verdadeiro desdobramento de parcela da compe-
tencia anteriormente reservada para o Supremo Tribunal Fede-
ral, serao inquiridos como testemunhas em sua residencia ou 
no local em que desempenhem suas fun~oes. 
As considera~oes dos paragrafos anteriores servem como 
lembrete de que a compara~ao entre a antiga e a atual reda~ao 
do inciso IV do art. 411 nao pode levar o interprete ao enten-
dimento de que o Superior Tribunal de Justi~a veio para subs-
tituir o antigo Tribunal Federal de Recursos. 
Com rela~ao aos Desembargadores dos Tribunais Regionais 
Federais e dos Tribunais de Justi~a, a regra do art. 411 aplica-se 
em fun~ao do disposto no inciso IX. A omissao do dispositivo 
quanta aos primeiros nao e 6bice para tanto, de resto, a anterior 
reda~o do inciso IV nunca foi 6bice para interpreta-lo, desde 
o advento da Constitui\;ao Federal de 1988, para nele compren-
der os Ministros do Superior Tribunal de Justip pelas razoes 
expostas acima. 
9. Direito intertemporal 
A regra nao traz nenhuma novidade propriamente dita, 
razao pela qual nao deve despertar nenhum problema relative 
a sua aplica~ao imediata. 
Normaatual Norma anterior 
Art. 493. (. .. ) Art. 493. Concluida a instms;ao, 
I - no Supremo Tribunal Fe-
sera aberta vista, sucessiva-
mente, ao autor e ao n§u, pelo 
deral e no Superior Tribunal de prazo de 10 (dez) dias, para 
justi<;:a, na forma dos seus re- raz6es finais. Em seguida, os 
gimentos internos; autos subirao ao relator, pro-
cedendo-se ao julgamento: 
I - no Supremo Tribunal Fe-
deral e no Tribunal Federal de 
Recursos, na forma dos seus 
Regimentos Internes; 
12 
II - nos Estados, conforme 
dispuser a norma de Organiza-
<;:ao Judiciaria. 
10. Papel dos Regimentos Internos dos Tribunais na 
"a~ao rescisoria" 
Os dois incises do art. 493 aurorizam que os Regimentos 
Internes dos Tribunais disponham, sempre em obediencia as 
leis de processo, acerca do julgamento da rescis6ria. Assim, por 
exemplo, a defini~ao do 6rgao competente e outros aspectos 
administrativos ou burocraticos que se fizerem necessarios para 
o julgamento da a~ao. E neste sentido a veda~ao de que a res-
cis6ria seja distribufda a julgador que foi relator do ac6rdao 
rescindendo, expressamente prevista pelo art. 238 do RISTJ. Nao 
obstante, de acordo com a Sumula 252 do STF, "na a~ao resci-
s6ria, nao estao impedidos jufzes que participaram do julgamen-
to rescindendo" e a oitiva do Ministerio Publico ap6s a apresen-
ta~ao das razoes finais pelas partes, como acentuado no nume-
ro precedente. 
0 que os Regimentos Internos dos Tribunais nao podem 
disciplinar e o processamento ou o procedimento da a~ao res-
cis6ria (CF, art. 96, I, a). Nao ha autoriza~ao constitucional 
nesse sentido para eles. 56 o Legislative da Uniao Federal e que 
detem competencia para criar normas processuais e, concor-
rentemente com os Estados, procedimentais (CF, arts. 22, I, e 
24, XI, respectivamente). 
0 que e expressamente estabelecido para a rescis6ria no 
C6digo de Processo Civil e a existencia de revisor (art. 551, 
caput) e que c6pia do relat6rio sera previamente distribufda a 
todos os integrantes do 6rgao competente para julgamento da 
a<;ao (art. 553). No mais, e a falta de regras especificas, observar-
se-ao, para a rescis6ria, as disposi~oes constantes dos arts. 547 
a 565. 
A novidade que a Lei n. 11.382/2006 trouxe ao dispositivo, 
a exemplo da nova reda.;:ao dada ao inciso IV do art. 411 (v. n. 
13 
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8, supra), foi a expressa men\'ao ao Superior Tribunal de Justi-
\'a, retirando a alusao ao Tribunal Federal de Recursos. 
l\qui, como no comentario daquele dispositivo, contudo, 
nao deve ser entendido·como se o Superior Tribunal de Justi\'a 
tivesse sido criado para desempenhar a mesma fun~ao do ex-
tinto Tribunal Federal de Recursos. 0 que veio a substituir 
aquele Tribunal foram os cinco Tribunais Regionais Federais, 
que sao, a exemplo do que era o Tribunal Federal de Recursos, 
a "segunda instancia" da Justi\'a Federal. 
Tanto assim que, no caso do art. 493, nao ha como recusar 
que a regra tambem tenha aplica\'ao, a despeito de seu silencio, 
aos Tribuna is Regionais Federais e aos Tribunais de Justi\'a. Res-
peitadas, como ja colocado em destaque, as regras de processo, 
podem os Regimentos Internos de quaisquer Tribunais discipli-
nar subsidiariamente o procedimento da "a\'ao rescis6ria". 
11. Direito intertemporal 
A regra tambem nao traz nenhuma novidade propriamen-
te dita, razao pela qual nao deve despertar nenhum problema 
relativo a sua aplica\'ao imediata. 
14 
Capitulo 2 
TEORIA GERAL DA EXECU~AO 
Normaatual Norma anterior 
Art. 580. A execw;ao pode ser Art. 580. Verificado o inadim-
instaurad.a caso o devedor nao plemento do devedor, cabe ao 
satisfa,a a obriga,ao certa, li- credor promover a execu~ao. 
quida e exigfve11 consubstan- Paragrafo unico. Considera-se 
dada em tfnllo executive. inadimplente o devedor, que 
Pacigrafo unico. (Revogado.) nao satisfaz espontaneamente 
o direito reconhecido pela 
senten~a, ou a obriga~ao, a 
que a 'lei atribuir a efid.cia de 
tftulo executive. 
1. 0 interesse de agir na execu~ao 
A altera,ao do art. 580 e mais redacional do que substancial. 
Nada ha, com efeito, de relevante nela. A sua teleologia continua 
a mesma, nao obstante ser diversa sua expressao redacional, 
que, a bern da verdade, e uma mescla do que o caput e o pa-
.• ragrafo unico originais disciplinavam. 
Desde que a obriga,ao constante do titulo executivo nao 
seja cumprida pelodevedor, nasce o interesse na promo,ao da 
exeCU\'aO, isto e, na provoca,ao do Estado-juiz para prestar a 
chamada "tutela jurisdicional executiva". Seja urn titulo execu-
tivo judicial (art. 475-N), seja urn titulo executivo extrajudicial 
(art. 585), dado o nao-cumprimento voluntario e, mais do que 
isto, espontfmeo pelo devedor, nasce o interesse de agir, surge 
a necessidade de provoca,ao do Judichirio para que o credor 
obtenha uma dada utilidade. 
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0 dispositive busca transformar em lei, outrossim, obser-
va~ao corrente na doutrina de que "liquidez, certeza e exigibi-
lidade" sao atributos da obriga~ao documentada no titulo exe-
cutive (judicial ou extrajudicial) e nao do titulo, ele proprio. 0 
titulo executivo documenta aquela obriga~o e, desde que ela, 
a obriga~ao, seja certa, Iiquida e exigivel, e passive! a execw;ao, 
sempre entendida como a priitica de atos jurisdicionais tenden-
tes a satisfa~ao do exeqiiente, isto e, daquele que promove a 
execu~ao. Tal observa~ao fica ainda mais clara diante da atual 
reda~ao do caput do art. 586 (v. n. 5, infra). 
Parece ter sido esta a razao pela qual o art. 583 foi expres-
samente revogado pela Lei n. 11.382/2006. A regra segundo a 
qual "toda execu~ao tern por base titulo executivo judicial ou 
extrajudicial" consta suficientemente do art. 580 na sua atual 
reda~ao, bern assim do art. 586, aplicaveis, ambos os dispositi-
vos para os titulos judiciais em fun~o do que dispoe o art. 
475-R. 
2. Direito intertemporal 
A regra nao traz nenhuma novidade propriamente dita, 
razao pela qual nao deve despertar nenhum problema relativo 
a sua aplica~ao imediata. 
Normaatual Norma anterior 
Art. 585. ( ... ) Art. 585. Sao titulos executives 
III - os contratos garantidos por extrajudiciais: 
hipoteca, penhor, anticrese e cau(:iio, I - a letra de cambia, a nota 
bern como os de seguro de vida; promiss6ria, a duplicata, a de-
IV- o credito decorrente de foro benture e o cheque; 
e laudemio; II - a escritura publica ou 
v - 0 credito, documentalmente Otitro documento publico assi-
comprovado, decorrente de alu- nado pelo devedor; o docu- , 
guel de im6vel, bern como de men to particular assinado pelo I 
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encargos acess6rios, tais como 
taxas e despesas de condominia; 
VI - o credito de serventuario de 
justis;a, de perito, de interprete, ou 
de tradutor, quando as custas, 
emolumentos ou honorarios forem 
aprovados por decisao judicial; 
VII- a certidao de divida ativa da 
Fazenda Publica da Uniao, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos 
Territ6rios e dos Municfpios, cor-
respondente aos creditos inscritos 
na forma da lei; 
VIII - todos os demais titulos a 
que, por disposi(:ao expressa, a lei 
atribuir forp executiva. 
devedor e por duas testemu-
nhas; o instrumento de transa-
(:iio referendado pelo Ministe-
rio Publico, pela Defensoria 
Publica ou pelos advogados 
dos transatores; 
Ill-os contratos de hipoteca, 
de penhor, de anticrese e de 
cau,ao, bem como de seguro 
de vida e de acidentes pessoais 
de que resulte morte ou inca-
pacidade; 
N - o credito decorrente de 
foro, Iaudemio, aluguel ou renda 
de im6vel, bern como encargo 
de condominia desde que com-
provado por contrato escrito; 
V - o credito de serventuario 
de justi\'a, de perito, de inter-
prete, ou de tradutor, quando 
as custas, emolumentos ou 
honorarios forem aprovados 
por decisao judicial; 
Vl- a certidao de divida ativa 
da Fazenda Publica da Uniao, 
Estado, Distrito Federal, Terri-
t6rio e Municipio, correspon-
dente aos creditos inscritos na 
forma da lei; 
VII - todos os demais titulos, 
a que, por disposi(:iio expressa, 
a lei atribuir forp executiva. 
§ 1° A propositura de qualquer 
ao;:ao relativa ao debito cons-
tante do titulo executive nao 
inibe o credor de promover-lhe 
a execuo;:ao. 
§ 2° Nao dependem de homolo-
gao;:ao pelo Supremo Tribunal 
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Federal, para serem executados, 
os titulos executives extrajudiciais, 
1 oriundos de pais estrangeiro. 0 
titulo, para ter eficicia executiva, 
ha de satisfazer aos requisitos de 
forma~o exigidos pela lei do 
Iugar de sua celebra¢io e indicar 
o Brasil como o Iugar de cumpri-
mento da obriga¢io. 
3. Titulos executivos extrajudiciais 
0 art. 585 continua a ser o reposit6rio basico dos titulos 
executivos extrajudiciais. Aqueles cujo inadimplemento das 
obrigafc'ies que representam, isto e, documentam, d:i ensejo a 
promofao da execufao regulada pelo Livro II do C6digo de 
Processo Civil ou, para fazer uso da expressao consagrada, 
serripre observadas as considera"oes do n. 1 da Introdufii.o, 
"processo de execufao". 0 rol dos tftulos executivos judiciats 
e, hoje, aquele que consta do art. 475-N, introduzido pela Lei 
n. 11.232/2005. Para as consideraf6es a ele respeitantes, v. as 
pp. 160-170 do volume 1 desta Serie. 
3.1 0 contrato de acidentes pessoais de que resulte morte 
ou incapacidade 
0 inciso III do art. 585, a par de modifica"oes redacionais, 
que tornam mais tecnicas as descri"oes dos contratos a que se 
refere, nao faz mais referenda aos contratos de acidentes pes-
soais de que resulte morte ou incapacidade. 
0 significado desta omissao e o de que tal contrato nao e 
mais titulo executivo extrajudicial a falta de lei que assim o 
defina. 0 seguro de acidentes, destarte, haja ou nao morte ou 
incapacidade do segurado, desafiar:i a propositura de "a"ao de 
conhecimento". 
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3.2 Credito decorrente de foro e laudemio 
0 inciso IV do art. 585 nao traz nenhuma novidade. Ele 
continua a reconhecer o credito decorrente de foro e laudemio 
como titulo executivo extrajudicial, o que s6 e concebivel para 
as enfiteuses anteriores ao C6digo Civil de 2002, dada a regra 
proibindo-as em seu art. 2.039. 
A outra hip6tese que a anterior reda"ao do dispositive 
trazia passou a ocupar o inciso V do mesmo art. 585, objeto dos 
comentarios do numero seguinte. 
3.3 Aluguel e encargos condominiais 
0 inciso V do art. 585 nao deve ser tratado como uma 
verdadeira e completa novidade trazida pe!a Lei n. 11.382/2006. 
A inova¢io que ele traz e menos substancial que uma primeira 
leitura da regra poderia fazer crer. Nao se trata, contudo, de urn 
mero desdobramento do antigo inciso IV do mesmo dispositive 
(v. numero anterior). Explico .. 
Antes da Lei n. 11.382/2006, o titulo executivo extrajudicial 
entii.o previsto no inciso IV do art. 585 era o "credito decorrente 
de alugue! ou renda de im6ve!, bern como encargo de condo-
minia desde que comprovado por contra to escrito". Agora, para 
ser titulo executivo, nao h:i necessidade de "contrato escrito" (e 
a !oca"ao verbal e admitida) mas, apenas e tii.o-somente, que o 
referido credito seja documentalmr:mte comprovado. E ler o novo 
inciso V do art. 585: "o credito, documentalmente comprovado, 
decorrente de aluguel de im6vel, bern como de encargos aces-
• s6rios, tais como taxas e despesas de condominia". 
Para atender a exigencia legal de prova documental, nao 
h:i como afastar a serventia do "boleto banc:irio" usualmente 
empregado para cobran"a dos mais dh·ersos encargos condo-
rniniais. Desde que ele nao seja pago na data aprazada, esta 
autorizada a execufao independentemente de quaisquer outras 
formalidades, inclusive a de sua apresentafii.o para protesto. 
Ademais, o rol dos encargos nao pagos pelo locat:irio, a 
admitir a execufao extrajudicial fundada no titulo aqui exami-
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nado, e claramente exemplificativo na regra atual. Assim, quais-
quer que eles sejam (art. 23, I, VIII, XI, XII e § 1Q, e art. 25 da 
Lei n. 8.245/1991, a "lei de loca~:ao de

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