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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES 4ª aula

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Questões resolvidas

A origem da Teoria Contingencial está relacionada a pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. De acordo com Chiavenato (1992), entre as pesquisas realizadas, destaca-se a de Burns e Stalker, que visava conhecer a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo de vinte indústrias inglesas. Burns e Stalker classificaram as empresas em dois tipos. São eles:

( ) Simples e Verticais.
( ) Administrativas e Sociais.
( ) Mecanísticas e Orgânicas.
( ) Autoritárias e Subordinadas.
( ) Rígidas e Flexíveis

Para que um tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as finalidades da organização, certamente passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois agora é mais difícil controlar os trabalhadores. Nessa perspectiva, as organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob sua orientação.
Podemos afirmar que estão corretas as mediações das organizações hipermodernas explicitadas na seguinte resposta:
As organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente;
As organizações centram as ordens na chefia imediata. O chefe é o grande educador;
Em função da desqualificação dos trabalhadores, a empresa não necessita de manter mecanismos mais sutis, logo as ordens são diretas e determinam o comportamento que todos devem seguir;
A dominação da organização sobre os indivíduos se consolida na figura do chefe que controla o espaço e a liberdade das pessoas ;
As relações nas organizações hipermodernas são verticais. Os chefes são pessoas de difícil acesso;
apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras
apenas as afirmativas II e III são verdadeiras
Todas as afirmativas são verdadeiras

Após a crise dos anos 70, com o processo de reestruturação produtiva, marcado pela intelectualização das tarefas e pela crescente incorporação da tecnologia em todos os níveis de produção, passa-se a exigir dos trabalhadores maior escolaridade, capacidade de compreender os princípios de suas ações (e não apenas de executá-las), iniciativa, capacidade de inovar, de trabalhar em equipe e de se adaptar a mudanças. Surgem, então, as empresas hipermodernas.
Podemos citar característica desta nova empresa, exceto que:
Nas empresas hipermodernas, os empregados são permanentemente submetidos a uma evangelização representada pelos manuais, pelo treinamento, pelas regras que lhe são impostas.
A organização hipermoderna passa a produzir ela mesma uma ideologia conformista. Ela passa a produzir, de modo autônomo, uma ideologia, uma religião da empresa, um credo ao qual todos os trabalhadores devem fazer sua profissão de fé, do qual devem compartilhar e aderir.
As organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, de modo que os trabalhadores aceitem o trabalho excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista.
As organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações exercidas, de modo que os chefes são os detentores do poder e o determinador da conduta dos funcionários, com o objetivo de controlar e impedir conflitos.
Para que esse tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as finalidades da organização, certamente passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois agora é mais difícil controlar os trabalhadores.

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Questões resolvidas

A origem da Teoria Contingencial está relacionada a pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. De acordo com Chiavenato (1992), entre as pesquisas realizadas, destaca-se a de Burns e Stalker, que visava conhecer a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo de vinte indústrias inglesas. Burns e Stalker classificaram as empresas em dois tipos. São eles:

( ) Simples e Verticais.
( ) Administrativas e Sociais.
( ) Mecanísticas e Orgânicas.
( ) Autoritárias e Subordinadas.
( ) Rígidas e Flexíveis

Para que um tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as finalidades da organização, certamente passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois agora é mais difícil controlar os trabalhadores. Nessa perspectiva, as organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob sua orientação.
Podemos afirmar que estão corretas as mediações das organizações hipermodernas explicitadas na seguinte resposta:
As organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente;
As organizações centram as ordens na chefia imediata. O chefe é o grande educador;
Em função da desqualificação dos trabalhadores, a empresa não necessita de manter mecanismos mais sutis, logo as ordens são diretas e determinam o comportamento que todos devem seguir;
A dominação da organização sobre os indivíduos se consolida na figura do chefe que controla o espaço e a liberdade das pessoas ;
As relações nas organizações hipermodernas são verticais. Os chefes são pessoas de difícil acesso;
apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras
apenas as afirmativas II e III são verdadeiras
Todas as afirmativas são verdadeiras

Após a crise dos anos 70, com o processo de reestruturação produtiva, marcado pela intelectualização das tarefas e pela crescente incorporação da tecnologia em todos os níveis de produção, passa-se a exigir dos trabalhadores maior escolaridade, capacidade de compreender os princípios de suas ações (e não apenas de executá-las), iniciativa, capacidade de inovar, de trabalhar em equipe e de se adaptar a mudanças. Surgem, então, as empresas hipermodernas.
Podemos citar característica desta nova empresa, exceto que:
Nas empresas hipermodernas, os empregados são permanentemente submetidos a uma evangelização representada pelos manuais, pelo treinamento, pelas regras que lhe são impostas.
A organização hipermoderna passa a produzir ela mesma uma ideologia conformista. Ela passa a produzir, de modo autônomo, uma ideologia, uma religião da empresa, um credo ao qual todos os trabalhadores devem fazer sua profissão de fé, do qual devem compartilhar e aderir.
As organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, de modo que os trabalhadores aceitem o trabalho excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista.
As organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações exercidas, de modo que os chefes são os detentores do poder e o determinador da conduta dos funcionários, com o objetivo de controlar e impedir conflitos.
Para que esse tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as finalidades da organização, certamente passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois agora é mais difícil controlar os trabalhadores.

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29/04/2019 EPS: Alunos
simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=1125361&user_matr=201509226842 1/5
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
 4a aula
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Exercício: CEL0733_EX_A4_201509226842_V1 13/03/2019 (Finaliz.)
Aluno(a): CRISTIANE TRAVASSOS DE OLIVEIRA 2019.1
Disciplina: CEL0733 - PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES 201509226842
 
 1a Questão
A origem da Teoria Contingencial está relacionada a pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estruturas organizacionais
mais eficazes em determinados tipos de indústrias. De acordo com Chiavenato (1992), entre as pesquisas realizadas, destaca-se a
de Burns e Stalker, que visava conhecer a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo de vinte indústrias
inglesas. Burns e Stalker classificaram as empresas em dois tipos. São eles:
( ) Administrativas e Sociais.
 ( ) Mecanísticas e Orgânicas.
( ) Autoritárias e Subordinadas.
( ) Simples e Verticais.
( ) Rígidas e Flexíveis
 
 
Explicação:
A origem da Teoria Contingencial está relacionada a pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estruturas organizacionais
mais eficazes em determinados tipos de indústrias. De acordo com Chiavenato (1992), entre as pesquisas realizadas, destaca-se a
de Burns e Stalker, que visava conhecer a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo de vinte indústrias
inglesas. Como resultado, classificaram as empresas em dois tipos.
De acordo com Chiavenato (1992, p. 14), a organização mecanística: "funciona como um sistema mecânico, fechado e introspectivo,
determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o envolve. Neste
sentido, funciona como uma máquina de acordo com um esquema fixo e rígido, sem qualquer flexibilidade para mudança e inovação.
Chiavenato (1992, p.15) sintetiza as características da organização orgânica afirmando que ela: "Funciona como um sistema vivo,
aberto e complexo, extrovertido e voltado principalmente para sua interação com o ambiente externo. A adaptação e ajustamento às
demandas ambientais provocam constantes mudanças internas dentro da organização. Daí a flexibilidade que permite relativo grau
de libersade para as pessoas se comportarem dentro da organização."
Gabarito
 Coment.
 
 
 2a Questão
Para que um tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as
finalidades da organização, certamente passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois
agora é mais difícil controlar os trabalhadores. Nessa perspectiva, as organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as
mediações exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob sua orientação. Podemos afirmar que estão corretas as mediações das
organizações hipermodernas explicitadas na seguinte resposta:
 As organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários mais elevados,
possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente;
As organizações centram as ordens na chefia imediata. O chefe é o grande educador;
Em função da desqualificação dos trabalhadores, a empresa não necessita de manter mecanismos mais sutis, logo as ordens
são diretas e determinam o comportamento que todos devem seguir;
A dominação da organização sobre os indivíduos se consolida na figura do chefe que controla o espaço e a liberdade das
pessoas ;
As relações nas organizações hipermodernas são verticais. Os chefes são pessoas de difícil acesso;
 
 
Explicação:
Para que esse tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as
finalidades da organização, certamente passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois
agora é mais difícil controlar os trabalhadores. Nessa perspectiva, as organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as
mediações exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob sua orientação.
a) Assim, em primeiro lugar as organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários
mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, de modo que os trabalhadores aceitem o trabalho
excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista.
29/04/2019 EPS: Alunos
simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=1125361&user_matr=201509226842 2/5
b) Desenvolvem também, no que diz respeito às mediações políticas, um sistema decisório, de autonomia controlada, impessoal e
distante, sobre o qual os trabalhadores não têm domínio. Um sistema que garante, a um só tempo, o respeito às diretrizes centrais
da empresa e a iniciativa individual. As organizações substituem as ordens e interdições por regras e princípios interiorizados, mais
sutis e sofisticados, que os trabalhadores passam a internalizar de modo não autoritário e a reproduzir sem muita reflexão.
c) As principais transformações que se processam nas organizações dizem respeito à questão ideológica. Em função da maior
qualificação dos trabalhadores, a empresa não pode mais contar apenas com as instâncias produtoras de ideologia externas à
instituição. A organização hipermoderna passa a produzir ela mesma uma ideologia conformista. Ela passa a produzir, de modo
autônomo, uma ideologia, uma religião da empresa, um credo ao qual todos os trabalhadores devem fazer sua profissão de fé, do
qual devem compartilhar e aderir. Os empregados são permanentemente submetidos a uma evangelização representada pelos
manuais, pelo treinamento, pelas regras que lhe são impostas, pela entrevista de avaliação através da qual fornecem ao empregado
os parâmetros e as diretrizes de comportamento reconhecidos pela organização, os quais ela espera que as pessoas cumpram com
devoção
d) A dominação psicológica da organização sobre seus trabalhadores também passa a ser exercida de modo bastante diferenciado. A
dominação se exerce a nível inconsciente. A organização passa a funcionar como uma máquina de prazer e de angústia ao mesmo
tempo. Angústia, porque a empresa se apresenta ao trabalhador com seus controles onipresentes, com exigências elevadas e muitas
vezes inatingíveis para ele. Por outro lado, a organização oferece muitos prazeres: o prazer de conquistar e dominar clientes e
colegas, de se superar e se autodeterminar.
Gabarito
 Coment.
 
 
 3a Questão
De acordo com o pensamento crítico, as organizações são vistas como um produto
das contradições existentes na sociedade, como espaços determinados por essas
contradições. As organizações buscam evitar os conflitos sociais, através de
mediações, isto é, por meio de processos através dos quais elas impedem o
surgimento dos conflitos internos entre os trabalhadores, contribuindo para o
enquadramento dos trabalhadores e para uma aceitação passiva do sistema
capitalista e da ordem social.
No caso das organizações hipermodernas, próprias do paradigma flexível, é
necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois
agora é mais difícil controlar trabalhadores mais qualificados e escolarizados.
Nessa perspectiva, as organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as
mediações exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob sua orientação.
Assim as organizações hipermodernas
I.Desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários mais
elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente
II.Substituem as ordens e interdições por regras e princípios mais sutis, que os
trabalhadores passam a internalizar e a reproduzir sem muita reflexão
III.Passam a produzir uma ideologia conformista, produzindo uma religião da
empresa, a qual todos os trabalhadores devem compartilhar e aderir
IV Produzem nos trabalhadores uma dependência psicológica da organização, já
queela passa a ser, ao mesmo tempo, fonte de angústia e prazer para eles
 
Assinale a opção correta:
apenas as afirmativas I e II são verdadeiras
apenas a afirmativa IV é verdadeira
apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras 
apenas as afirmativas II e III são verdadeiras
 Todas as afirmativas são verdadeiras
 
 
Explicação:
29/04/2019 EPS: Alunos
simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=1125361&user_matr=201509226842 3/5
As organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob
sua orientação.
a) Assim, em primeiro lugar as organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo
salários mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, de modo que os trabalhadores
aceitem o trabalho excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista
b) Desenvolvem também, no que diz respeito às mediações políticas, um sistema decisório, de autonomia controlada,
impessoal e distante, sobre o qual os trabalhadores não têm domínio. Um sistema que garante, a um só tempo, o respeito às
diretrizes centrais da empresa e a iniciativa individual. As organizações substituem as ordens e interdições por regras e
princípios interiorizados, mais sutis e sofisticados, que os trabalhadores passam a internalizar de modo não autoritário e a
reproduzir sem muita reflexão.
c) As principais transformações que se processam nas organizações dizem respeito à questão ideológica. Em função da maior
qualificação dos trabalhadores, a empresa não pode mais contar apenas com as instâncias produtoras de ideologia externas à
instituição. A organização hipermoderna passa a produzir ela mesma uma ideologia conformista. Ela passa a produzir, de
modo autônomo, uma ideologia, uma religião da empresa, um credo ao qual todos os trabalhadores devem fazer sua profissão
de fé, do qual devem compartilhar e aderir.
d) A dominação psicológica da organização sobre seus trabalhadores também passa a ser exercida de modo bastante
diferenciado. A dominação se exerce a nível inconsciente. A organização passa a funcionar como uma máquina de prazer e
de angústia ao mesmo tempo. Angústia, porque a empresa se apresenta ao trabalhador com seus controles onipresentes,
com exigências elevadas e muitas vezes inatingíveis para ele. Por outro lado, a organização oferece muitos prazeres: o prazer
de conquistar e dominar clientes e colegas, de se superar e se autodeterminar.
 
 
 4a Questão
A organização hipermoderna não constitui um sistema paternal, mas um sistema maternal. A empresa é a grande mãe, a fonte de
prazer e sobrevivência dos trabalhadores. Com relação aos sentimentos dos trabalhadores, podemos afirmar que:
Os trabalhadores não são controlados por chefes, regras ou filosofia da empresa;
Para ser aceito como parte da empresa, ele não precisa aderir às suas regras. O trabalho é independente do aceitamento da
ideologia da empresa;
 A empresa é a grande mãe, a fonte de prazer e sobrevivência dos trabalhadores.
Para sobreviver na empresa, o trabalhador não precisa se sentir aceito, basta realizar suas tarefas de forma correta.
O trabalhador não é influenciado pela ideologia da empresa;
 
 
Explicação:
A dominação psicológica da organização sobre seus trabalhadores também passa a ser exercida de modo bastante diferenciado. A
dominação se exerce a nível inconsciente. A organização passa a funcionar como uma máquina de prazer e de angústia ao mesmo
tempo. Angústia, porque a empresa se apresenta ao trabalhador com seus controles onipresentes, com exigências elevadas e muitas
vezes inatingíveis para ele. Por outro lado, a organização oferece muitos prazeres: o prazer de conquistar e dominar clientes e
colegas, de se superar e se autodeterminar. O trabalhador tende a assumir a organização, sua ideologia, suas regras e as reproduz
de modo mais suave do que se fosse submetido a restrições e a um controle autoritário. ¿Ele vive a organização como uma droga da
qual não pode se separar¿. (PAGÉS; BONETI; GAUJELAC; DESCENDRE, 1987, p.36)
O trabalhador desenvolve uma dependência psicológica da organização. Uma dependência despersonalizada, uma vez que não é
encarnada na figura da chefia, mas tem como foco a própria estrutura organizacional. O trabalhador não se identifica com pessoas,
mas com a empresa.
[...] o processo de medição psicológica se dá mediante a ligação das pessoas não só por laços materiais e morais, mas também por
laços psicológicos. Pagès et al chegam a tipificar a organização como uma droga, onde as pessoas que nela trabalham são seus
escravos, já que estão por ela impregnados, num ambiente ambíguo, entre o prazer e a angústia. O prazer de ter acesso e usufruir
os privilégios oferecidos, em contrapartida às exigências feitas pela empresa. Essa ambigüidade é ampliada porque a organização
apresenta-se, ao mesmo tempo, extremamente ameaçadora e gratificante, podendo transformar a relação com o empregado numa
relação afetiva, para camuflar o poder e o domínio exercido.[...] A dualidade entre prazer e angústia, aparentemente contraditória, é
sem duvida uma das questões mais nítidas nas organizações, uma vez que se traduz, por um lado, no prazer da realização
profissional - pelo recebimento de dinheiro que possibilita realizar outros prazeres pessoais - por outro, na angústia das pessoas,
manifestada pelo controle exercido pela organização sobre seus empregados e pelo isolamento a que o indivíduo é submetido à
medida que ascende na hierarquia da empresa, tendo em vista que tem que exercer uma dominação sobre os empregados que estão
sob sua responsabilidade. A organização proporciona o necessário prazer ao indivíduo para que este exerça o seu poder em favor
dela. Ao mesmo tempo, causa no indivíduo a permanente angústia de ter que atingir os objetivos pretendidos por ela; caso
contrário, perderá suas "vantagens", quando é caracterizado uma das questões mais conflituosas. Seja para o indivíduo consciente
do seu papel de dominado pela empresa, pois o coloca num constante conflito com ela; seja para aquele que não tem essa
consciência e é submetido a um processo alienante, dominado com facilidade pela organização. Em ambos os casos, o domínio da
empresa é consolidado.
Gabarito
 Coment.
 
 
 5a Questão
29/04/2019 EPS: Alunos
simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=1125361&user_matr=201509226842 4/5
Segundo Chiavenato (1992),os resultados de pesquisas realizadas, , classificaram as empresas em dois tipos. O primeiro tipo, as
organizações mecanísticas, possuíam as seguintes características:
`Predomínio da interação horizontal, onde os subordinados têm vez e voz;
As relações de autoridade são flexíveis. Os chefes aceitam sugestões dos subordinados;
Sistema de controle flexível e compreensivo;
Ênfase em reuniões para definição coletiva de regras e comportamentos a serem seguidos;
 Hierarquia de autoridade rígida, com pouca permeabilidade entre os diferentes níveis de hierarquia;
 
 
Explicação:
De acordo com Chiavenato (1992), entre as pesquisas realizadas, destaca-se a de Burns e Stalker, que visava conhecer a relação
entre as práticas administrativas e o ambiente externo de vinte indústrias inglesas. Como resultado, classificaram as empresas em
dois tipos.
O primeiro tipo, as organizações mecanísticas possuíam as seguintes características: * estrutura burocrática assentada em minuciosa
divisão do trabalho; * cargos ocupados por especialistas com atribuições perfeitamente definidas e delimitadas; * altamente
centralizadas, as decisões são geralmente tomadas nos níveis superiores da empresa; * hierarquia de autoridade rígida, com pouca
permeabilidade entre os diferentes níveis hierárquicos. As relações de autoridade são muito bem definidas e fixadas definitivamente.
O chefe manda, o subordinado obedece; * sistema rígido de controle; * sistema simples de comunicação:a informação ascendente
sobe através de uma sucessão de filtros e as decisões descem através de uma sucessão de amplificadores. Há um predomínio das
comunicações descendentes em detrimento das ascendentes; * predomínio da interação vertical entre superior ¿ subordinado. Cada
pessoa tem um único chefe; * ênfase nas regras e procedimentos formalizados por escrito, que servem para definir o
comportamento das pessoas de maneira definitiva e estável. Maior confiança nas regras e procedimentos formais;
De acordo com Chiavenato (1992, p. 14), a organização mecanística: "Funciona como um sistema mecânico, fechado e introspectivo,
determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o envolve. Neste
sentido, funciona como uma máquina de acordo com um esquema fixo e rígido, sem qualquer flexibilidade para mudança e
inovação".
Gabarito
 Coment.
 
 
 6a Questão
Após a crise dos anos 70, com o processo de reestruturação produtiva, marcado pela intelectualização das tarefas e pela crescente incorporação da tecnologia em todos
os níveis de produção, passa-se a exigir dos trabalhadores maior escolaridade, capacidade de compreender os princípios de suas ações (e não apenas de executá-las),
iniciativa, capacidade de inovar, de trabalhar em equipe e de se adaptar a mudanças. Surgem , então, as empresas hipermodernas. Podemos citar característica desta nova
empresa, exceto que:
 As organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações exercidas, de modo que os chefes são os
detentores do poder e o determinador da conduta dos funcionários, com o objetivo de controlar e impedir conflitos.
Nas empresas hipermodernas, os empregados são permanentemente submetidos a uma evangelização representada pelos
manuais, pelo treinamento, pelas regras que lhe são impostas.
As organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários mais elevados,
possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, de modo que os trabalhadores aceitem o trabalho excessivo,
os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista.
Para que esse tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as
finalidades da organização, certamente passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e
mediações, pois agora é mais difícil controlar os trabalhadores.
A organização hipermoderna passa a produzir ela mesma uma ideologia conformista. Ela passa a produzir, de modo
autônomo, uma ideologia, uma religião da empresa, um credo ao qual todos os trabalhadores devem fazer sua profissão de
fé, do qual devem compartilhar e aderir.
 
 
Explicação:
Para que esse tipo de trabalhador mais qualificado possa manter sua adesão ao projeto capitalista e se comprometer com as
finalidades da organização, passa a ser necessário que as empresas desenvolvam novas estratégias e mediações, pois agora é mais
difícil controlar os trabalhadores. Nessa perspectiva, as organizações hipermodernas sofisticam e complexificam as mediações
exercidas, de modo a manter os trabalhadores sob sua orientação.
a) Assim, em primeiro lugar as organizações hipermodernas desenvolvem mediações econômicas mais amplas, oferecendo salários
mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, de modo que os trabalhadores aceitem o trabalho
excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista.
b) Desenvolvem também, no que diz respeito às mediações políticas, um sistema decisório, de autonomia controlada, impessoal e
distante, sobre o qual os trabalhadores não têm domínio. Um sistema que garante, a um só tempo, o respeito às diretrizes centrais
da empresa e a iniciativa individual. As organizações substituem as ordens e interdições por regras e princípios interiorizados, mais
sutis e sofisticados, que os trabalhadores passam a internalizar de modo não autoritário e a reproduzir sem muita reflexão.
c) As principais transformações que se processam nas organizações dizem respeito à questão ideológica. A organização
hipermoderna passa a produzir ela mesma uma ideologia conformista. Ela passa a produzir, de modo autônomo, uma ideologia, uma
religião da empresa, um credo ao qual todos os trabalhadores devem fazer sua profissão de fé, do qual devem compartilhar e
aderir. Os empregados são permanentemente submetidos a uma evangelização representada pelos manuais, pelo treinamento, pelas
regras que lhe são impostas, pela entrevista de avaliação através da qual fornecem ao empregado os parâmetros e as diretrizes de
comportamento reconhecidos pela organização.
29/04/2019 EPS: Alunos
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d) A dominação psicológica da organização sobre seus trabalhadores também passa a ser exercida de modo bastante diferenciado. A
dominação se exerce a nível inconsciente. A organização passa a funcionar como uma máquina de prazer e de angústia ao mesmo
tempo. Angústia, porque a empresa se apresenta ao trabalhador com seus controles onipresentes, com exigências elevadas e muitas
vezes inatingíveis para ele. Por outro lado, a organização oferece muitos prazeres: o prazer de conquistar e dominar clientes e
colegas, de se superar e se autodeterminar. O trabalhador desenvolve uma dependência psicológica da organização. Uma
dependência despersonalizada, uma vez que não é encarnada na figura da chefia, mas tem como foco a própria estrutura
organizacional. O trabalhador não se identifica com pessoas, mas com a empresa.
Gabarito
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