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Unidade I SFN Mercados Instrumentos Controle Monetário FGC

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Curso: Ciências Contábeis 
Disciplina: Contabilidade de Instituições Financeiras e Atuarial 
Profª.: Eliza Maria Nascimento Albuquerque 
 
 
UNIDADE I 
 
Sistema Financeiro Nacional 
 
1. Conceitos 
 
 Conjunto de instituições dedicadas a propiciar condições satisfatórias para manutenção 
de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores no País. 
 Conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam transferir 
recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os 
deficitários. 
 Conjunto de instituições e órgãos que regulam, fiscalizam e executam as operações 
relativas à circulação da moeda e do crédito (função econômica). 
 Formado por todas as Instituições Financeiras-IFs, públicas ou privadas, bancárias ou não 
bancárias. 
 Composto de instituições responsáveis pela captação de recursos financeiros, pela 
distribuição e circulação de valores e pela regulação desse processo. 
 
É um órgão formador da estratégia econômica do país que tem, basicamente, a função de 
controlar todas as instituições que são ligadas às atividades econômicas dentro do país. 
 
• Lei de Reforma Bancária: (Lei 4.595, de 31 de março de 1964). 
 
• Lei do Mercado de Capitais: (Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965). 
 
 Princípio básico: Intermediar dinheiro de quem tem “sobrando” para os que tem 
“faltando”. 
 
 Objetivo: valorizar a intermediação entre poupança e investimento, para que o setor 
produtivo tenha maior eficiência. 
 
 Compreende quatro mercados ou segmentos, cada um regulado por legislação e 
órgãos específicos: Mercado Monetário, Mercado de Crédito, Mercado de Capitais, 
Mercado de Câmbio. 
 
 
 
2. Estrutura e Funcionamento 
 
O Sistema Financeiro Nacional está dividido em subsistemas, o normativo (diretrizes) e o de 
intermediação e instituições auxiliares (operativo). O normativo e composto pelos órgãos que 
ditam as normas propriamente ditas e pelas entidades supervisoras. Desta forma é composto 
pelos Órgãos Normativos e Entidades Supervisoras e Entidades Operadoras 
 A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional é dada pela Lei 4.595/64, esta constituída 
da seguinte forma: 
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Fonte: Banco Central do Brasil 
 
2.1 ÓRGÃOS NORMATIVOS 
O Subsistema Normativo regulamenta e fiscaliza o mercado financeiro. Fazem parte 
desse subsistema: 
 2.1.1 Conselho Monetário Nacional – CMN é o órgão superior do Sistema Financeiro 
Nacional, responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN, 
portanto, de formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda 
e o desenvolvimento econômico e social do País. 
 
Composição: 
 
O CMN é integrado pelo Ministro da Fazenda (que o preside), pelo Ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão e pelo Presidente do Banco Central do Brasil. 
Seus membros reúnem-se, ordinariamente, uma vez por mês, extraordinariamente sempre 
que convocado por seu presidente. 
As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativo de caráter 
público, sempre divulgado noDiário Oficial da União e na página de normativos do Banco 
Central do Brasil. 
Os atos normativos do CMN estão normatizados nos artigos 3º. e 4º. Da Lei 4.595, de 31 de 
março de 1964. 
 
Legislação: instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Lei 9.069, de 29/06/1995. 
 
 
 
Órgãos 
normativos 
Entidades 
supervisoras 
Operadores 
Conselho 
Monetário 
Nacional -CMN 
Banco Central do 
Brasil - Bacen 
Instituições 
financeiras 
captadoras de 
depósitos à 
vista 
Demais 
instituições 
financeiras 
 
Bancos de 
Câmbio 
Outros intermediários 
financeiros e 
administradores de recursos 
de terceiros 
Comissão de 
Valores 
Mobiliários - CVM 
Bolsas de 
mercadorias e 
futuros 
Bolsas de 
valores 
Conselho 
Nacional de 
Seguros 
Privados - 
CNSP 
Superintendência 
de Seguros 
Privados - Susep 
Resseguradores 
Sociedades 
seguradoras 
Sociedades 
de 
capitalização 
Entidades 
abertas de 
previdência 
complementar 
 
Conselho 
Nacional de 
Previdência 
Complementar 
- CNPC 
Superintendência 
Nacional de 
Previdência 
Complementar - 
PREVIC 
Entidades fechadas de previdência complementar (fundos 
de pensão) 
 
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Principais atribuições: 
 
 Adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia 
nacional e seu processo de desenvolvimento. 
 Regular os valores interno e externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento 
do país. 
 Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras. 
 Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros. 
 Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras. 
 Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, 
interna e externa. 
 Fixar as diretrizes e normas da política cambial. 
 Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em 
todas as suas formas. 
 Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades 
subordinadas à Lei no. 4.595, de 1964, bem como as penalidades previstas. 
 Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas 
Instituições financeiras. 
 Determinar recolhimentos compulsórios e encaixes obrigatórios de depósitos a vista, 
do total de depósitos e /ou outros títulos contábeis das Instituições financeiras, função 
também atribuída ao BACEN pela Lei no. 7.730, de 31 de janeiro de 1989. 
 Disciplinar as atividades das bolsas de valores e dos corretores de fundos públicos. 
 
2.1.2 Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP órgão colegiado responsável por 
fixar as diretrizes gerais e normas da política de seguros privados; por regular a constituição, 
organização, funcionamento e fiscalização das empresas que atuam no âmbito do Sistema 
Nacional de Seguros Privados. Bem como apçicação das penalidades previstas; fixar as 
características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta, capitalização e 
resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras de 
Previdência Privada Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites legais e técnicos das 
respectivas operações; e disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. 
Legislação: criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Lei nº10.190, de 
14 de fevereiro de 2001, 
 
Composição: Integrado pelo Ministro da Fazenda ou seu representante (que o preside) e 
por representantes do Ministério da Justiça, Ministério da Previdência, Superintendência de 
Seguros Privados, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários. 
 
2.1.3 Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC: órgão colegiado 
responsável pela regulação das atividades das entidades fechadas de previdência 
complementar, funcionando ainda como órgão responsável pela apreciação de recursos 
interpostos contra decisões da SPC, versando sobre penalidades administrativas. 
 
Legislação: O Decreto nº 7.123, de 03 de março de 2010, dispõe sobre a organização e 
seu funcionamento 
 
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Composição: é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes 
da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de 
Políticas de Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, 
dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades 
fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos debenefícios das entidades fechadas de previdência complementar e dos participantes e 
assistidos de planos de benefícios das referidas entidades. 
 
2. 2 ENTIDADE SUPERVISORAS 
 
2.2.1 Banco Central do Brasil – BACEN: autarquia criada pela Lei nº 4.595/64, a quem 
compete cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação 
em vigor e as normas expedidas pelo CMN. Na prática, o BCB é o principal executor 
das orientações do CMN. Dentre outras atribuições, cabe ao BCB: emitir papel-moeda 
e moeda metálica; executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos 
compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar operações 
de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; regular a execução dos 
serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de compra 
e venda de títulos públicos federais; exercer o controle de crédito; exercer a 
fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das instituições 
financeiras; estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção 
nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas nos mercados 
financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. 
 
Principais atribuições: 
 
 Emitir papel moeda e moeda metálica. 
 Executar os serviços do meio circulante. 
 Deter os percentuais os percentuais de recolhimento compulsório, 
 Receber os recolhimentos compulsórios e também os depósitos voluntários a vista das 
instituições financeiras. 
 Realizar operações de redescontos e empréstimos a instituições financeiras. 
 Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de direitos 
especiais de saque. 
 Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas. 
 Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: 
 Funcionar no país 
 Instalar ou transferir suas sedes ou dependências, inclusive no exterior 
 Ser transformadas, fundidas, incorporadas, cindidas ou encampadas 
 Praticar operações de cambio, crédito rural e venda habitual de títulos da dívida 
pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecarias e outros 
títulos de crédito ou mobiliários. 
 Ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento, alterar seus estatutos. 
 Estabelecer condições para a posse em quaisquer cargos administrativos das 
instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em 
órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo 
CMN. 
 Efetuar, como instrumento da política monetária, operações de compra e venda de 
títulos federais. 
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 Entender-se, em nome do governo brasileiro, com as instituições financeiras 
estrangeiras 
 Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papeis. 
 Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas 
que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação a modalidades 
ou processos operacionais que utilizem. 
 
As normas e regulamentos editados pelo BACEN são: Circulares, Carta-Circulares e 
Comunicados. Eventualmente, podem ser divulgados comunicados-conjuntos com outros 
órgãos. 
 
 
2.2.2 Comissão de Valores Mobiliários – CVM: é uma autarquia vinculada ao Ministério 
da Fazenda, a quem cabe precipuamente a regulamentação, controle e fiscalização 
do mercado de valores mobiliários. Compete à CVM, dentre outros: regulamentar, com 
observância da política definida pelo CMN, as matérias expressamente previstas na 
Lei nº 6.385/76 e na lei de sociedades por ações; fiscalizar permanentemente as 
atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, bem como a veiculação 
de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores 
nele negociados; fiscalizar e inspecionar as companhias abertas. 
 
Principais atribuições: 
 
 Disciplinar e fiscalizar: 
 a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado. 
 a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários. 
 a organização, o funcionamento e as operações das bolsas de valores. 
 a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários. 
 a auditoria de companhias abertas. 
 os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. 
 Regulamentar matérias previstas nas Leis nos. 6.365, de 1976, 6.404, de 1976 e 
10.303 de 2002. 
 Administrar registros instituídos pela Lei no. 6.385, de 1976. 
 Fixar limites máximos de preços e comissões cobradas pelos intermediários. 
 Fiscalizar companhias abertas, dando prioridade às que não pagam dividendos. 
 Suspender a negociação de determinado valor mobiliário. 
 Decretar recesso das bolsas de valores. 
 Divulgar informações para orientar os participantes do mercado. 
 Conceder registro para negociação em bolsa e no mercado d balcão. 
 
2.2.3 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP: é também uma autarquia 
vinculada ao Ministério da Fazenda, a SUSEP foi criada pelo Decreto-Lei nº 73/66 e 
é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, 
resseguro, previdência privada aberta e capitalização. 
 
2.2.4 Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC: integrante 
da estrutura do Ministério da Previdência, a SPC é responsável pela fiscalização das 
atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de 
pensão). São algumas das competências da SPC: propor as diretrizes básicas para o 
Sistema de Previdência Complementar; harmonizar as atividades das entidades 
fechadas de previdência privada com as políticas de desenvolvimento social e 
econômico-financeira do Governo; fiscalizar, supervisionar, coordenar, orientar e 
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controlar as atividades relacionadas com a previdência complementar fechada; 
analisar e aprovar os pedidos de autorização para constituição, funcionamento, fusão, 
incorporação, grupamento, transferência de controle das entidades fechadas de 
previdência complementar, bem como examinar e aprovar os estatutos das referidas 
entidades, os regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações. 
 
 
 
 
2.3 INSTITUIÇÕES OPERADORAS 
 
2.3.1 Supervisionadas pelo Banco Central 
 
2.3.1.1 Bancarias e Não Bancarias 
a) Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista: 
 Bancos Comerciais 
Instituições especializadas em operações de curto e médio prazos, que oferecem 
capital de giro ara o comércio, indústria, empresas prestadoras de serviços e pessoas 
físicas, bem como concedem crédito rural. 
 
 Bancos Múltiplos 
Instituições que realizam numa única instituição financeira as operações facultadas a 
bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, sociedade 
de crédito, financiamento e investimento e sociedade de crédito imobiliário. 
 
 Banco do Brasil 
Banco múltiplo e principal parceiro do Governo Federal na prestação de serviços 
bancários, tais como, pagamentos e suprimentos necessários à execução do 
Orçamento Geral da União, execução da política de preços mínimos dois produtos 
agropecuários, execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis 
e gestão do Fundo Constitucional do Centro-Oeste - FCO 
 
 Caixa Econômica Federal 
Criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como 
empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição 
assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar 
operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva da 
Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas 
e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportesurbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens 
de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, 
bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob 
consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de 
centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de 
Poupança e Empréstimo (SBPE) , explora os serviços de loterias federais, exerce o 
monopólio das operações de penhores civis, executa o Plano Nacional de Habitação 
Popular (Sistema Financeiro da Habitação -SFH) e o Plano Nacional de Saneamento 
Básico. 
 
 Cooperativas de Crédito 
Instituições financeiras privadas, com personalidade jurídica própria, especializada em 
propiciar crédito e prestar serviços a seus associados, constituídas sob a forma de 
sociedade de pessoas de natureza civil, que se classifica em: 
1. Singulares: mínimo de 20 (vinte) cooperados 
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2. Cooperativas centrais ou federações de cooperativas: formadas por no mínimo 3 
(três) cooperativas singulares. 
3. Confederação de Cooperativas: formadas por no mínimo 3 (três) cooperativas 
centrais. 
 
 
2.3.1.2 Demais Instituições financeiras: 
 
 Agências de fomento: têm como objeto social a concessão de financiamento de 
capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação onde tenham 
sede. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado 
e estar sob o controle de Unidade da Federação, sendo que cada Unidade só pode 
constituir uma agência. Não podem captar recursos junto ao público, recorrer ao 
redesconto, ter conta de reserva no Banco Central, contratar depósitos 
interfinanceiros na qualidade de depositante ou de depositária e nem ter participação 
societária em outras instituições financeiras. 
 
 Bancos de Desenvolvimento; são instituições financeiras controladas pelos 
governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento 
oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo 
prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico 
e social do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos a prazo, 
empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de 
cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As 
operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao 
setor privado. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede 
na capital do Estado que detiver seu controle acionário. 
 
 Bancos de Investimento: são instituições financeiras privadas especializadas em 
operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da 
atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de 
recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e 
adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de 
Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a 
prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de 
investimento por eles administrados. As principais operações ativas são 
financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e 
valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos. 
 
 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES; autarquia 
vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como 
objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. 
Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos 
competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a 
comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como 
para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o 
fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do 
mercado de capitais. 
. 
 Sociedades de crédito, financiamento e investimento, conhecidas como 
financeiras: São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a 
realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. 
 
 Sociedades de Crédito ao micro empreendedor: são entidades que têm por objeto 
social exclusivo a concessão de financiamentos e a prestação de garantias a pessoas 
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físicas, bem como a pessoas jurídicas classificadas como microempresas, com vistas 
a viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial de 
pequeno porte. São impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos junto ao 
público, bem como emitir títulos e valores mobiliários destinados à colocação e oferta 
públicas. Devem ser constituídas sob a forma de companhia fechada ou de sociedade 
por quotas de responsabilidade limitada. 
 
 Sociedades de Crédito Imobiliário: são instituições criadas para atuar no 
financiamento habitacional. Constituem operações passivas dessas instituições os 
depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e depósitos 
interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de 
habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, 
financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e 
distribuidoras de material de construção. 
 
 Companhias Hipotecárias: são instituições financeiras constituídas sob a forma de 
sociedade anônima, que têm por objeto social conceder financiamentos destinados à 
produção, reforma ou comercialização de imóveis residenciais ou comerciais aos 
quais não se aplicam as normas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Suas 
principais operações passivas são: letras hipotecárias, debêntures, empréstimos e 
financiamentos no País e no Exterior. Suas principais operações ativas são: 
financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais, aquisição de créditos 
hipotecários, refinanciamentos de créditos hipotecários e repasses de recursos para 
financiamentos imobiliários. Tais entidades têm como operações especiais a 
administração de créditos hipotecários de terceiros e de fundos de investimento 
imobiliário. 
 
 Cooperativas Centrais de Crédito: formadas por cooperativas singulares, 
organizam em maior escala as estruturas de administração e suporte de interesse 
comum das cooperativas singulares filiadas, exercendo sobre elas, entre outras 
funções, supervisão de funcionamento, capacitação de administradores, gerentes e 
associados, e auditoria de demonstrações. 
 
 
 2.3.1.3 Banco de Câmbio 
São instituições financeiras autorizadas a realizar, sem restrições, operações de 
câmbio e operações de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação 
e importação e adiantamentos sobre contratos de câmbio, e ainda a receber depósitos em 
contas sem remuneração, não movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo titular, 
cujos recursos sejam destinados à realização das operações citadas. 
 
2.3.1.4 Outros intermediários financeiros: 
 
 Administradoras de Consórcio são empresas responsáveis pela formação e 
administração de grupos de consórcio, atuando como mandatárias de seus interesses 
e direitos. O grupo de consórcio é uma sociedade não personificada, com prazo de 
duração e número de cotas previamente determinados, e que visa a coleta de 
poupança para permitir aos consorciados a aquisição de bens ou serviços. 
 
 Sociedades de arrendamento mercantil (leasing): são constituídas sob a forma de 
sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a 
expressão "Arrendamento Mercantil". As operações passivasdessas sociedades são 
emissão de debêntures, dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições 
financeiras. Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, 
cessão de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento 
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mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis 
adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. 
 
 Corretoras de câmbio: são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por 
quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a 
expressão "Corretora de Câmbio". Têm por objeto social exclusivo a intermediação em 
operações de câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio de taxas 
flutuantes. 
 
 Corretoras de títulos e valores mobiliários (apenas no que tange às operações com 
títulos de renda fixa) 
 
 Distribuidoras de títulos e valores mobiliários (apenas no que tange às operações 
com títulos de renda fixa) 
 
2.3.2. Supervisionadas pela CVM 
 
 Bolsas de Valores 
 Entidades constituídas como associações civis, sem finalidade lucrativa. Principais 
objetivos: manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda 
de títulos e valores mobiliários; dotar o referido local ou sistema de meios necessários à 
realização e transferência das operações; e estabelecer sistemas de negociação que 
propiciem continuidade de preços e liquidez. Ë onde se negociam ações das empresas 
públicas ou privadas de capital aberto e outros instrumentos financeiros. 
 .A BM&FBOVESPA é uma companhia que administra mercados organizados de 
títulos, valores mobiliários e contratos derivativos, além de prestar serviços de registro, 
compensação e liquidação, atuando, principalmente, como contraparte central 
garantidora da liquidação financeira das operações realizadas em seus ambientes. 
 A Bolsa oferece ampla gama de produtos e serviços, tais como: negociação de ações, 
títulos de renda fixa, câmbio pronto e contratos derivativos referenciados em ações, 
ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias, moedas, entre outros; listagem de 
empresas e outros emissores de valores mobiliários; depositária de ativos; 
empréstimo de títulos; e licença de softwares. 
 
 Bolsa de Mercadorias e futuros 
 
As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, com objetivo de 
efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações 
realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e 
operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes 
econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações 
de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como 
de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no 
futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem autonomia financeira, 
patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
 
 Corretoras de títulos e valores mobiliários: são instituições constituídas sob a forma 
de sociedade anônima ou sociedade limitada. Elas promovem a aproximação entre 
compradores e vendedores de títulos e valores mobiliários, proporcionando-lhes 
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negociabilidade adequada por meio de operações realizadas em recinto das Bolsas de 
Valores e no chamado mercado de balcão. 
 
 Fundos de Investimento: os administrados por corretoras ou outros intermediários 
financeiros, são constituídos sob forma de condomínio e representam a reunião de recursos 
para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de 
propiciar aos condôminos valorização de quotas, a um custo global mais baixo. A 
normatização, concessão de autorização, registro e a supervisão dos fundos de investimento 
são de competência da Comissão de Valores Mobiliários. 
 
 Distribuidoras de títulos e valores mobiliários (operações com títulos e valores 
mobiliários). São instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo BACEN e CVM que 
atuam na intermediação de Títulos e Valores Mobiliários. Operam diretamente nos 
ambientes e sistemas de negociação de bolsa de valores. Cobram taxas e comissões por 
seus serviços. 
 
2.3.3 Supervisionadas pela SUSEP 
 
 Sociedades Seguradoras: são entidades, constituídas sob a forma de sociedades 
anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação 
de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso 
em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido 
 Sociedades de Capitalização: são entidades, constituídas sob a forma de 
sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por 
objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, 
depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores 
depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, 
ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro 
 Sociedades Resseguradoras: Entidades, constituídas sob a forma de sociedades 
anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e 
retrocessão. O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é empresa resseguradora 
vinculada ao Ministério da Fazenda 
 Entidades Abertas de Previdência Complementar: são entidades constituídas 
unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar 
planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada 
ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. 
 
2.3.4 Supervisionadas pela PREVIC 
 
 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC: é a operadora de planos 
de benefícios, constituída na forma de sociedade civil ou a fundação, estruturada na forma 
do art. 35Lei Complementar nº 109/01, sem fins lucrativos, que tenha por objeto 
operar plano de benefício de caráter previdenciário. Sua finalidade exclusiva é administrar 
planos de benefícios de natureza previdenciária, patrocinados e/ ou instituídos. 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
 
3.1 BANCÁRIAS OU MONETÁRIAS: Permite a criação da moeda por meio de recebimento 
de depósito a vista, criam moeda escritural Representadas basicamente pelos Bancos 
Comerciais e Múltiplos e Cooperativas de Crédito. 
 
a) BANCOS COMERCIAIS: operações de curto e médio prazos, oferecem capital de giro 
para o comércio, indústria, empresas prestadoras de serviços, pessoas físicas e 
concedem crédito Rural. 
 
11 
 
As operações autorizadas para esses Bancos podem ser divididas: 
 
1. Ativas: desconto de títulos, abertura de crédito simples em conta corrente, credito rural, 
empréstimos para capital de giro, operações de repasse, aplicação de títulos e valores 
mobiliários. 
2. Passivas: depósitos a vista, depósitos a prazo fixo, obrigações e repasses e 
refinanciamentos, emissão de debentures e certificado de deposito interfinanceiro. 
3. Especiais: câmbio, custódia de títulos e valores, prestação de fianças, compra e venda 
de ouro. 
4. Acessórias: ordem de pagamento e transferência de fundos, cobrança, recebimentos e 
pagamentos de interesse de terceiros, serviço de correspondente 
5. Prestação de Serviços: recebimento de tributos, FGTS, INSS, PIS, prêmios de seguros 
e contas de agua, energia elétrica, gás, telefone. 
 
b) BANCOS MÚLTIPLOS: realizam numa única IF as operações facultadas a bancos 
comerciais, de investimentos, de desenvolvimento, sociedade de crédito, financiamentos 
e investimento e sociedade de crédito imobiliário, arrendamentomercantil podendo reunir 
de 2 a 4 das carteiras citadas. 
c) COOPERATIVAS DE CRÉDITOS: especializada em propiciar crédito e prestar serviços a 
seus associados, constituídas sob a forma de sociedade civil, classificam-se em: 
Singulares (mínimo de 20 cooperados); Cooperativas Centrais ou federações de 
cooperativas (mínimo de 3 cooperativas singulares); e Confederação de Cooperativas 
(mínimo de 3 cooperativas centrais) 
 
3.2 NÃO BANCÁRIAS OU NÃO MONETÁRIAS: 
 
Não recebem depósitos a vista. 
 Especializada em operações de médio e longo prazo. 
 Trabalham basicamente com ativos não monetários, tais como ações, letras de câmbios, 
certificados de depósitos bancários-CDB. 
Exs.: Banco de Investimentos, Bancos de Desenvolvimento-BD, Sociedades de 
Arrendamento Mercantil, Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos 
(financeiras), Sociedade de Crédito Imobiliário-SCI, Associação de Poupança e 
Empréstimos. 
 
 
4. MERCADO FINANCEIRO 
 
Compreende quatro mercados ou segmentos, cada um regulado por legislação e órgãos 
específicos: 
1. Mercado Monetário 
2. Mercado de Crédito 
3. Mercado de Câmbio 
4. Mercado de Capitais 
5. Mercado de Seguros Privados e Capitalização 
6. Mercado de Previdência Complementar 
 
O Mercado Financeiro é formado pelo conjunto de instituições, práticas e normas que 
viabilizam as relações financeiras entre credores (agente superavitários) e devedores 
(agentes deficitários). Uma das características principais desse mercado é a intermediação 
financeira especializada. É regido principalmente pela Lei nº 4.595/64 (Lei da Reforma 
Bancária), que em seu art. 17, caracteriza as Instituições Financeiras: 
 
 Conjunto de instituições e instrumentos destinados a oferecer alternativas de 
aplicação e captação de recursos financeiros 
12 
 
 
Consideram-se Instituições Financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as 
pessoas jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a 
coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em 
moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros”. 
 
O mercado financeiro faz a ligação entre as pessoas ou empresas que têm dinheiro e as 
pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isto ocorra é preciso um 
intermediário - os bancos. O mercado financeiro leva o dinheiro de quem tem para quem 
não tem, cobrando uma taxa que chamamos juros. 
O Mercado Financeiro segundo a natureza das operações é composto por: Mercado 
Monetário, Mercados de Crédito, de Câmbio, de Capitais e de outros Mercados 
 
4.1. Mercado Monetário – conjunto de operações de curto e curtíssimo prazo. Atende às 
necessidades imediatas de liquidez dos agentes econômicos: títulos públicos, CDIs 
(certificado de depósitos interfinanceiros), conta garantida e hot Money. É responsável pela 
formação das taxas de juros – a Taxa Selic e o CDI, sendo também controlado pelo COPOM 
através de sua política monetária estabelecida. 
Controla a liquidez, exercida pelo Banco Central, o volume de dinheiro que está transitando 
livremente na economia. Por exemplo: um grande fluxo de recursos pode trazer um custo 
menor para o dinheiro (taxas de juros baixas), porém um consumo muito forte (o que gera 
forte inflação no curto e médio prazo, desequilibrando nossa economia). 
4.2. Mercado de Crédito – onde ocorre a transferência de recursos de emprestadores para 
investidores, sendo a remuneração dos emprestadores dada pelo resultado da atividade 
econômica. Traduz-se no conjunto de operações de prazo curto, médio ou aleatório: 
financiamento de consumo de indivíduos e de capital de giro das empresas, empréstimos, 
financiamentos, depósito a vista (aleatório). Cuida dos empréstimos bancários. Quando você 
paga juros para um banco significa que o banco lhe emprestou dinheiro, ou seja, investiu em 
você. Isto pode ocorrer quando você usa o cheque especial, desconta duplicatas, desconta 
cheques, faz um financiamento, etc. 
Constituído, basicamente, pelos bancos comerciais e sociedades financeiras. 
O mercado de crédito serve de alavancagem para a maioria das economias desenvolvidas 
do mundo, já no Brasil este mercado ainda tem pouco expressão, devido a taxa de juros no 
Brasil estar entre as mais altas do mundo. 
4.3 Mercado de Câmbio onde ocorre as operações de conversão (troca) de moeda de 
um país pela de outro, determinada por diversas modalidades de transferência de recursos, 
como empréstimos, investimentos, remessa de lucros e comércio internacional, e por 
operações especulativas em moeda estrangeira. Cuida da relação justa entre as moedas dos 
países. Muitos países adotaram o dólar para comparar com a sua moeda. Assim, quando 
um negócio é feito entre dois países, primeiro eles comparam os valores de suas moedas 
com o dólar para facilitar a transação. 
 
No Brasil quem pode ter conta em dólares é só o Banco Central e alguns bancos autorizados 
e mesmo assim, os dólares não podem ficar de um dia para outro na conta. 
 
Além dos bancos, quem negocia com dólares são: 
13 
 
 
Os importadores - que precisam comprar dólares para pagar suas compras; 
Os exportadores - que recebem dólares, vendem aos bancos e ficam com reais; 
Investidores estrangeiros: que trazem dólares para investir, trocam por reais e quando vão 
embora compram dólares novamente. Então diariamente os bancos ficam vendendo e 
comprando dólares dos importadores, exportadores, investidores estrangeiros e de outros 
bancos. No fim do dia, faz-se um balanço: se houve mais compradores que vendedores a 
cotação sobe, pois a procura por dólares foi maior. A cotação cai quando a oferta é maior 
que a procura. 
 
4.4 Mercado de Capitais – segmento específico do mercado financeiro, em que a 
transferência de recursos aos poupadores/agente superavitários para os 
investidores/agentes deficitários ocorre mediante colocação de títulos e valores mobiliários 
emitidos pelas empresas, como ações e debêntures, negociados especialmente em Bolsa 
de Valores e Mercado de Balcão, sem a necessária intermediação do sistema bancário. É 
regido principalmente pela Lei nº 4.728/65 e pela Lei nº 6.385/76. 
Nele ocorre a distribuição de valores mobiliários que visa proporcionar liquidez aos títulos de 
emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas bolsas, 
corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. 
 
Trata-se da captação das empresas: é um sistema e distribuição de valores mobiliários, 
proporcionando liquidez aos títulos de emissão e viabilizando seu processo der capitalização. 
 
 Mercado Primário – tem por objetivo captar recursos, é a primeira negociação após 
a emissão das ações, debentures de uma empresa, ou CDBs, ocorre quando a própria 
empresa emite títulos que são ofertados ao público através de um consórcio de 
instituições organizadas por uma instituição líder contratada. 
 
 Mercado Secundário – todas as negociações apos a primeira emissão, e tem por 
objetivo a circulação dos títulos de 1ª. Emissão, gerando liquidez para os mesmos, 
são negociados em bolsa de valores. 
 
Os principais títulos negociados são os representativos: 
 Do capital de empresas — as ações 
 Ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas — debêntures conversíveis 
em ações, bônus de subscrição e commercial papers. 
 
Esses títulos permitem a circulação de capital para custear o desenvolvimento econômico. 
O mercado de capitais abrange ainda as negociações com direitos e recibos de subscrição 
de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos autorizados 
à negociação. 
 
Ações - são títulos emitidos por empresas organizadas sob forma de Sociedade Anônima 
que representaa menor parcela em que se divide o capital social da empresa. São emitidas 
com o objetivo de captar recursos financeiros ou não. Se classificam em Ordinárias (que 
concedem direito de voto nas assembleias da companhia) e Preferenciais (que tem 
preferencias nas distribuições de resultados da empresa e não tem direito a voto). 
 
Debêntures - são títulos de crédito que representam dívidas de uma empresa, que assume 
o compromisso de devolver, com juros e num determinado prazo e um valor determinado. 
 
4.5 Outros Mercados 
 
14 
 
4.5.1 Mercado aberto 
Mercado aberto é qualquer mercado sem local físico determinado e com livre acesso à 
negociação. Um exemplo de mercado aberto é o mercado de compra e venda de títulos 
públicos, orientado e fiscalizado pelo Banco Central, um instrumento de política monetária 
para expandir ou contrair as disponibilidades em dinheiro no mercado financeiro, e otimizar 
a liquidez da economia. No caso dos bancos, open market são reservas secundárias de alta 
liquidez, permitindo a cada banco ajustar instantaneamente sua própria liquidez, 
remunerando disponibilidades de curtíssimo prazo. 
4.5.2 Mercado de Seguros Privados e Capitalização – é aquele onde são negociados os 
contratos de seguros oferecidos pelas sociedades autorizadas a operar com seguros 
privados. De forma coligada, são também oferecidos os títulos de capitalização, por 
sociedades especificamente constituídas para este fim. É disciplinado principalmente pelo 
Decreto-Lei nº 70/66. 
 
4.5.3 Mercado de Previdência Complementar – compreende a negociação de planos 
privados de previdência, de caráter facultativo, complementar e organizado de forma 
autônoma em relação ao regime geral de previdência social. Sua regra-matriz tem sede no 
art. 202 da CF/88, sendo disciplinado principalmente pela Lei Complementar nº 109/2001. É 
dividido em: 
 
 Previdência privada aberta – é operado pelas entidades abertas de previdência, que 
oferecem planos de benefícios a quaisquer pessoas físicas (planos individuais) ou a 
pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma ou mais pessoas jurídicas 
contratantes (planos coletivos). 
 
 Previdência fechada – é operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar, comumente chamadas de “fundos de pensão”. Somente é acessível: aos 
empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e aos 
associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, 
denominadas instituidores. 
 
4.5.4 Mercado de Derivativos: conjunto de operações cujos valores derivam do preço ou 
performance de outros ativos: café, algodão, boi gordo, dólar norte-americano. Alguns 
participantes querem transferir riscos e outros aceitam suportá-los” 
 
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é 
calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro ativo 
(ação, commodity), a inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de 
juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta 
denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo. 
 
 
Bibliografia: 
 
NIYAMA, Jorge Katsumi; GOMES, Amaro L. Oliveira. Contabilidade de Instituições 
Financeiras. 4 ed. Atlas, São Paulo: 2012. 
SANTOS, Aldomar Guimaraes. Contabilidade de Instituições Financeira. Rio de Freitas 
Bastos Editora. Janeiro: 2007. 
Normas do BACEN. www.bcb.org.br 
Normas da CVM. www.cvm.gov.br 
www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor 
15 
 
INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA POLÍTICA MONETÁRIA 
 
São instrumentos utilizados pelo o Banco Central com a responsabilidade de conduzir a política 
monetária. 
Conjunto de ações que autoridades econômicas usam para controlar a oferta da moeda e a taxa de 
juros. 
O Banco Central é responsável por emitir moedas, ser o guardião das reservas bancárias, promover 
empréstimos de liquidez as Instituições Financeiras, realizar operações de mercado aberto e o fazer 
o controle seletivo de crédito. 
 
O Banco Central tem à sua disposição, segundo a teoria clássica, três instrumentos para a realização 
da política monetária: 
 
1. Recolhimentos (Depósitos) compulsórios 
2. Redesconto (Empréstimos de Liquidez) 
3. Operações de Mercado Aberto (Open Market) 
Outros instrumentos: Controle e seleção de crédito, Persuasão Moral e Controle da taxa de juros 
 
1. DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS 
 
I. Introdução 
 
A alíquota dos recolhimentos compulsórios é um dos determinantes do multiplicador monetário, ou 
seja, do quociente da oferta de moeda em relação à base monetária. Por exemplo, diminuições na 
alíquota farão com que os bancos possam emprestar maior parcela das suas reservas e, portanto, 
aumentarão a quantidade total de moeda para uma dada quantidade de base monetária. 
 
O depósito compulsório é um dos instrumentos que o BC (Banco Central) usa para controlar a 
quantidade de dinheiro que circula na economia. O mecanismo influencia o crédito disponível e as 
taxas de juros cobradas. É geralmente feito através de determinação legal, obrigando os bancos 
comerciais e outras instituições financeiras a depositarem, junto ao Banco Central, parte de suas 
captações em depósitos à vista, a prazo ou poupança. 
 
Quando reduz o compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes. 
Isso pode ajudar a reduzir os juros bancários ou, em momentos de mais escassez de dinheiro, impedir 
que sequem as fontes de crédito para o consumidor e para empresas. 
 
II. Conceitos 
 
Os depósitos compulsórios é um dos instrumentos à disposição do Banco Central para influenciar a 
quantidade de moeda na economia. 
 
São recolhimentos obrigatórios de recursos que as instituições financeiras fazem ao Banco Central. 
É um dos instrumentos de preservação da estabilidade financeira. 
 
Representam uma parcela dos depósitos captados pelos bancos que devem ser mantidos 
compulsoriamente “esterilizados” no Banco Central. 
 
Os depósitos compulsórios produzem os seguintes efeitos sobre as condições monetárias: 
a)influenciam o multiplicador monetário, ampliando ou reduzindo o volume de recursos que os 
bancos podem transformar em crédito para a economia e, dessa forma, controlar a expansão dos 
agregados monetários; 

b)criam demanda previsível por reservas bancárias, o que assegura maior eficiência ao Banco 
Central em sua atuação no mercado monetário. 
16 
 
 
A alíquota dos recolhimentos compulsórios é um dos determinantes do multiplicador monetário, ou 
seja, do quociente da oferta de moeda em relação à base monetária. Por exemplo, diminuições na 
alíquota farão com que os bancos possam emprestar maior parcela das suas reservas e, portanto, 
aumentarão a quantidade total de moeda para uma dada quantidade de base monetária. 
 
No Brasil, os percentuais de recolhimento do depósito compulsório são definidos pelo Banco Central 
com o intuito de preservar a estabilidade e a solidez do Sistema Financeiro Nacional, permitindo o 
crescimento sustentado do crédito. Os efeitos dos recolhimentos compulsórios são considerados por 
ocasião da decisão de política monetária, pelo Copom. 
 
III. Finalidade do compulsório 
 
Além de controlar as taxas de juros cobradas e a oferta de crédito disponível no mercado, ele tem 
outro fim muito importante: evitar a multiplicação da moeda escritural. Isso quer dizer que quando 
uma pessoa deposita certa quantia de dinheiro num banco comercial, esta quantia fica disponível 
para que o banco a empreste a outro cliente. Este cliente, por sua vez, não gasta imediatamente todo 
o dinheiro tomado como empréstimo, mas deposita o valor tomado em um segundo banco.Neste ponto temos uma multiplicação da moeda, já que o primeiro depositante tem a totalidade de 
seu dinheiro disponível em moeda escritural (pode emitir um cheque nesse valor, ou fazer compras 
com cartão de débito, por exemplo) e o segundo depositante também tem a mesma quantidade 
disponível. Entretanto, a quantidade de moeda “real” é apenas a quantidade que foi depositada pelo 
primeiro depositante. 
 
IV. Dinheiro aplicado em uma Instituição Financeira 
Apenas parte do valor dos depósitos à vista, a prazo e de poupança de todos os clientes fica mantido 
no Banco Central. Porém, cabe ressaltar que não é possível identificar a parcela correspondente a 
cada cliente. 
 
V. O depósito compulsório é uma forma de tributação? 
Os recursos mantidos no Banco Central constituem ativo (direito) dos bancos. Quando os clientes 
retiram seus recursos, o Banco Central reduz, proporcionalmente, o valor mantido como depósito 
compulsório. O valor correspondente à redução é, então, colocado à disposição do banco. Assim, 
não é uma forma de tributação. 
 
VI. Tipos de compulsórios existentes e suas principais características 
Atualmente, estão em vigor as seguintes modalidades de depósitos compulsórios: 
Recolhimento compulsório sobre Recursos à Vista; 
Recolhimento compulsório sobre Recursos a Prazo; 
Encaixe Obrigatório sobre Recursos de Depósitos de Poupança; 
Recolhimento compulsório sobre Recursos de Depósitos e de Garantias Realizadas; 
Exigibilidade Adicional sobre Depósitos (recursos à vista, a prazo e depósitos de poupança) e 
Recolhimento compulsório sobre Posição Vendida de Câmbio. 
 
São realizados, ainda, depósitos obrigatórios no Banco Central, referentes à insuficiência no 
cumprimento dos seguintes direcionamentos de recursos: 
recursos de depósitos de poupança não aplicados em financiamentos imobiliários; 
recursos de depósitos da poupança rural não aplicados em crédito rural; 
recursos de depósitos à vista não aplicados em operações de microfinanças; 
recursos de depósitos à vista não aplicados em crédito rural; e 
depósito prévio para participação nas sessões diárias da Centralizadora da Compensação de 
Cheques - Compe. 
 
VII. Como são calculados os depósitos compulsórios? 
 
Basicamente, o valor do depósito compulsório é calculado pela aplicação de uma alíquota a uma 
base de cálculo definida, ou seja: 
 
17 
 
Exigibilidade = Base de Cálculo X Alíquota 
 
Base de Cálculo = ∑ VSR – Deduções 
 Período de Cálculo 
 
 VSR = Valores Sujeitos a Recolhimentos (conjunto de rubricas contábeis e 
extracontábeis específicas para cada modalidade de compulsório) 
 
 
VIII. Efeitos do Compulsório 
 
1. Influenciam o multiplicador monetário, ampliando ou reduzindo o volume de recursos 
que os bancos podem transformar em crédito para a economia e, dessa forma, 
controlam a expansão dos agregados monetários; 
2. levam a demanda previsível por reservas bancárias, o que assegura mais eficiência 
ao Banco Central em sua atuação no mercado monetário. 
 
Aumento dos recolhimentos Reduz capacidade dos Bancos em oferecer crédito, com 
aumento taxa de juros. 
Diminuição dos recolhimentos Aumenta as condições de oferta mais crédito, com juros 
menores. 
 
Recolhimento Compulsório/Encaixe Obrigatório - Quadro Resumo 
Compulsório Alíquota Deduções Remuneração 
Recursos à Vista 45% 
R$ 44 milhões, 
deduzidos da média 
dos valores sujeitos 
a recolhimento. 
Não há. 
Recursos a Prazo 25% 30 milhões Taxa Selic. 
Depósitos de Poupança 65% Não há. 
Se a meta da taxa Selic > 
8,5% a.a.: 80%*(TR + 0,5% 
ao mês);. 
Se a meta da taxa Selic <= 
8,5% a.a.: 80%*(TR + 70% 
da meta da taxa Selic a.a.) 
TR acrescida de 6,17% a.a. 
Exigibilidade Adicional 
Rec. Vista – 0% De 0 a 3 bilhões em 
função do 
Patrimônio de 
Referencia (PR) do 
conglomerado 
Taxa Selic. 
Rec. Prazo – 5,5% 
Poupança – 11% 
Garantias Realizadas 45% 
R$ 2 milhões, 
deduzidos da média 
dos valores sujeitos 
a recolhimento. 
Não há. 
Fonte: BACEN / Divisão de Operações Bancárias - Diban com base em 06.03.2017 
https://www.bcb.gov.br/htms/novaPaginaSPB/Resumo_das_normas_dos_compuls%C3%B3rios.pdf 
 
 
 
18 
 
IX EFETIVAÇÃO e CONTABILIZAÇÃO 
 
Depositados em espécie mantidos em contas especificas no BACEN. 
Cada Instituição Financeira mantém uma conta. 
 
Contabilização: 
 
Pelo Recolhimento e Ajustes: 
D - Reservas Compulsórias em Espécie no BACEN (Ativo) 
C - Banco Central – Reserva Livres em Espécie (Ativo) 
 
Pela Liberação/ Ajustes: 
D - Banco Central – Reserva Livres em Espécie (Ativo) 
C - Reservas Compulsórias em Espécie no BACEN (Ativo) 
 
O quadro resumo detalha as informações sobre cada modalidade (alíquota, deduções, remuneração) 
Os depósitos compulsórios são contabilizados em subcontas exclusivas do título contábil Reservas 
Bancárias. Os demais depósitos são registrados em contas específicas, de acordo com a natureza 
de cada um. 
 
2.Redesconto ou Empréstimos de Liquidez 
 
São operações de Empréstimo que as Instituições Financeiras - IFs recebem do Banco 
Central para cobrir problemas de liquidez quando ocorre um aumento da demanda por 
empréstimos por parte do público. 
É um Instrumento mediante o qual o Banco Central, na qualidade de banco dos bancos, em 
última instância, quando de eventuais e inesperadas dificuldades de caixa das IFs dá 
assistência a eles, através da concessão de empréstimos, cobrando taxas acima das 
praticadas no mercado. 
 
Quando a intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de 
juros para estimular os bancos a pegar estes empréstimos. Os bancos por sua vez, terão 
mais disponibilidades de crédito para oferecer ao mercado, consequentemente a economia 
aquece. 
 
Quando o Banco Central tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as taxas de 
juros concedidas para estes empréstimos são altas, desestimulando os bancos a pegá-los. 
Desta forma, os bancos que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam 
as linhas de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia 
desacelera. 
 
Efeitos sobre os meios de pagamentos 
 
1. Variação das reservas bancárias. 
2. Diminuição ou aumento dos meios de pagamentos. 
 
 
3. Operações de Mercado Aberto 
 
Operação conhecida como Open Market (Mercado Aberto), são operações com títulos públicos. 
 
Este instrumento é considerado um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e 
regular a taxa de juros em curto prazo. 
 
19 
 
Consiste na compra e venda de títulos públicos por parte do Banco Central com o objetivo de 
aumentar ou diminuir a quantidade de moeda em circulação e o volume do crédito. 
 
A compra e venda dos títulos públicos se dá pelo Banco Central. De acordo com a necessidade de 
expandir ou reter a circulação de moedas do mercado, as autoridades monetárias competentes 
resgatam ou vendem esses títulos. 
 
Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de moedas, o Banco 
Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação. Ao comprar títulos injeta moeda 
na economia, expandindo a base monetária. Como consequência ocorre um aumento na oferta de 
moeda e uma redução nas taxas de juros de curto prazo. Esta prática tende a estimular a economia, 
“inundando” de dinheiro 
 
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação de moedas, 
o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis. Ao vender títulos, retira moeda da economia, 
ou seja, diminui a base monetária. O resultado é a diminuição na oferta de moeda e a elevação na 
taxa de juros de curto prazo. Essa prática desacelerar a economia,“enxugando” a economia. 
 
Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornando-se uma boa opção de 
investimento para a sociedade. 
 
Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar recursos para o financiamento da dívida pública, 
bem como financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo, Educação, Saúde e 
Infraestrutura. 
 
 
Efeitos sobre os meios de pagamentos 
 
1. Regula a oferta de moeda na economia (controle diário do volume e de oferta monetária) 
2. Influencia as taxas de juros praticadas pelos Bancos (manipulação das taxas de juros de curto 
prazo). 
 
 
FGC – Fundo Garantidor de Crédito 
 
 
I. CRIAÇÃO, LEGISLAÇÃO E CONCEITO 
 
Autorização: Resolução nº 2.197, de 31.08.1995 
 
Forma de Constituição: entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismo 
de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras. 
 
Estatuto e Regulamento: Resolução nº 2.211, de 16.11.1995, que denominou Fundo Garantidor de 
Créditos (FGC). 
 
Outras Legislações: Resoluções nº 3.024, de 24.10.2002, nº 3.251, de 16.12.2004, nº 3.400, de 
6.09. 2006, nº 4.087, de 24.05.2012, nº 4.222, de 23.05.2013 e Resolução 4.469, de 25.02.2016, 
deram nova redação ao sistema de garantia do FGC. 
 
Conceito: é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção 
aos correntistas, poupadores e investidores, no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, até os limites 
estabelecidos pela regulamentação, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em 
instituição financeira, em caso de intervenção, de liquidação extrajudicial ou de falência e 
reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de instituição associada. 
 
II. FINALIDADES DO FGC 
20 
 
 
1. proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos 
pela regulamentação; 
2. contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; e 
3. contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica. 
 
III. OBJETO DO FGC 
 
Para materializar suas finalidades estatutárias, o FGC tem como objeto, entre outros: 
1. prestar garantia de créditos contra as instituições associadas, nas situações de decretação da 
intervenção ou da liquidação extrajudicial de instituição associada ou de reconhecimento, pelo Banco 
Central do Brasil, do estado de insolvência de instituição associada que, nos termos da legislação 
em vigor, não estiver sujeita a esses regimes; 
2. a contratação de operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo operações de 
liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de empresas por estas 
indicadas, inclusive com seus acionistas controladores; 
3. a aplicação de recursos na aquisição de direitos creditórios de instituições financeiras e de 
sociedades de arrendamento mercantil, em títulos de renda fixa de emissão de instituições 
associadas desde que lastreados em direitos creditórios constituídos ou a constituir com os recursos 
das respectivas aplicações, e em operações vinculadas na forma da Resolução nº 2.921, de 17 de 
janeiro de 2002. 
 
 
IV. INSTITUIÇÕES ASSOCIADAS 
 
São instituições associadas ao FGC: 
 
1. Bancos Múltiplos 
2. Bancos Comerciais 
3. Bancos de Investimento 
4. Bancos de Desenvolvimento 
5. Caixa Econômica Federal 
6. Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento 
7. Sociedades de Crédito Imobiliário 
8. Companhias Hipotecárias 
9. Associações de poupança e empréstimo que recebam depósitos à vista, em contas de 
poupança ou depósitos a prazo; realizem aceite em letras de câmbio; captem recursos 
mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de letras de 
crédito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio; e captem recursos por meio de 
operações compromissadas tendo como objeto títulos emitidos, após 08.03.2012, por 
empresa ligada. 
 
Obs.: Instituições Financeiras que estejam em funcionamento e recebam depósitos à vista, 
em contas de poupança ou depósitos a prazo, realizem aceite em letras de câmbio, captem 
recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de 
letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio. 
 
As instituições associadas contribuem mensalmente para a manutenção do FGC, com uma 
porcentagem sobre os saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia. 
 
V. CRÉDITOS GARANTIDOS PELO FGC 
 
São objeto da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes créditos: 
1. depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; 
2. depósitos de poupança; 
3. depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; 
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4. depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle 
do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, 
aposentadorias, pensões e similares; 
5. letras de câmbio; 
6. letras imobiliárias; 
7. letras hipotecárias; 
8. letras de crédito imobiliário; 
9. letras de crédito do agronegócio; 
10. operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março de 2012 por 
empresa ligada. 
 
VI. CRÉDITOS NÃO COBERTOS PELA GARANTIA ORDINÁRIA DO FGC 
 
Não estão cobertos pela garantia ordinária proporcionada pelo FGC os demais créditos, incluindo: 
1. os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no exterior; 
2. as operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei; 
3. os depósitos judiciais; 
4. qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo 
Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de referência das instituições financeiras e das demais 
instituições autorizadas a funcionar pela referida Autarquia. 
 
VII. VALOR MÁXIMO GARANTIDO PELO FGC 
 
O valor máximo de garantia proporcionado pelo FGC é de R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil 
reais) contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo 
conglomerado financeiro. 
 
VIII. CONTRIBUIÇÃO MENSAL ORDINÁRIA AO FGC 
 
A contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao FGC é de 0,0125% (cento e vinte e 
cinco décimos de milésimo por cento) do montante dos saldos das contas correspondentes às 
obrigações objeto de garantia. 
 
IX. APLICAÇAO EM FUNDO DE INVESTIMENTO FINANCEIRO 
 
A aplicação em Fundo de Investimento Financeiro não tem garantia do FGC, porque o patrimônio 
dos bancos não se confunde com o patrimônio dos fundos de investimento financeiro que eles 
administram. Quando um banco enfrenta problemas, os cotistas do fundo podem fazer assembleias 
e mudar a administração do fundo para outra instituição. 
 
X. VALOR TOTAL DO FUNDO É DIVULGADO 
 
O Relatório Anual de 2016 está disponível para download no link http://www.fgc.org.br/nossos-
numeros/demonstracoes-financeiras. No final de 2016, o patrimônio líquido do Fundo era de R$ 57,9 
bilhões, dos quais R$ 33,8 bilhões em disponibilidades. 
 
Fonte: 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de Instituições Financeiras - 2ª Ed. RJ. 2013 
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: Produtos e Serviços. 11 ed Rio de Janeiro. 
Qualitymark, 1999 
Banco Central do Brasil. www.bcb.org.br 
Fundo Garantidor de Crédito. http://www.fgc.org.br/garantia-fgc/

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