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PATOLOGIA Professora: Teresa Cristina V. Barbosa 2019-1 AGRESSÃO, DEFESA, ADAPTAÇÃO E LESÃO AGRESSÃO – qualquer estímulo do meio pode constituir uma agressão. Agentes físicos, químicos, biológicos, alterações na expressão gênica, modificações nutricionais, mecanismos de defesa do organismo. DEFESA – mecanismos contra agentes agressores. Barreiras mecânicas e químicas de pele e mucosas, fagocitose, reação inflamatória, sistema enzimáticos de detoxificação e antioxi- dantes. Os mecanismos defensivos podem se tornar agressores. ADAPTAÇÃO – capacidade das estruturas do organismo de modificar suas funções frente à uma agressão para ajustar-se às modificações induzidas, numa faixa de normalidade. AGRESSÃO, DEFESA, ADAPTAÇÃO E LESÃO LESÃO OU PROCESSO PATOLÓGICO – é o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após agressões. Lesões são dinâmicas (começam, evoluem e tendem a cura ou para cronicidade). Alterações morfológicas macroscópicas, microscópicas, moleculares. ESTEATOSE – caracterizada por acúmulos anormais de triglicerídeos dentro das células parenquimatosas. Frequente no fígado. Causada por desnutrição proteica, toxinas, álcool, obesidade, diabetes mellitus e anóxia. EXEMPLO DE LESÃO AGRESSÃO, DEFESA, ADAPTAÇÃO E LESÃO Toda lesão se inicia a nível molecular. As alterações morfológicas celulares surgem em consequências de modificações na estrutura das membranas, do citoesqueleto e de outros componentes, além do acúmulo de substâncias nos espaços intracelulares. MECANISMOS DE AÇÃO DE AGENTES AGRESSORES AÇÃO DIRETA – por meio de alterações moleculares que se traduzem em modificações morfológicas. AÇÃO INDIRETA – através de mecanismos de adaptação para neutralizar ou eliminar a agressão que induzem alterações moleculares que resultam em modificações moleculares. Os mecanismos de defesa, quando acionados podem também gerar lesão no organismo. Toda agressão gera estímulos que induzem, nos tecidos, respostas adaptativas que visam torná-los mais resistentes às agressões subsequentes. SÍTIOS DE DANOS CELULARES E BIOQUÍMICOS NA LESÃO CELULAR Muitos agentes lesivos agem por reduzir o fluxo sanguíneo, diminui o fornecimento de oxigênio para as células e reduz a produção de energia. Redução de síntese de ATP também é provocada por agentes lesivos que inibem enzimas da cadeia respiratória. Agressões podem aumentar as exigências de ATP sem induzir aumento proporcional do fornecimento de oxigênio. CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES Patologia Geral estuda as lesões comuns às diferentes doenças. Classificação das lesões de acordo com o alvo das agressões. # LESÕES CELULARES – separadas em grupos: letais e não letais. # ALTERAÇÕES DO INTERSTÍCIO – modificações da substância fundamental amorfa e de fibras elásticas, colágenas e reticulares, que podem sofrer alterações estruturais e depósitos de substâncias. # DISTÚRBIOS DA CIRCULAÇÃO – aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos; coagulação do sangue no leito vascular (trombose), embolia (aparecimento de substâncias que não se misturam ao sangue e causam obstrução vascular); hemorragia; edema. # ALTERAÇÕES DA INERVAÇÃO LESÕES CELULARES Consideradas em 2 grupos: LESÕES LETAIS E LESÕES NÃO-LETAIS São compatíveis com a recuperação do estado de normalidade após cessada a agressão. São representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise). MÉTODOS DE ESTUDO EM PATOLOGIA Recursos tecnológicos Estudo morfológico macro e microscópio das doenças é a forma tradicional de análise em Patologia: # Exames clínicos # Exames citológicos # Exames anatomopatológicos de biópsias, peças cirúrgicas e necropsias EXAMES CITOLÓGICOS Importante meio de diagnóstico de muitas doenças. # exemplo: exame colpocitológico (teste de Papanicolaou) para detecção precoce de câncer de colo uterino. O material para análise citológica pode ser obtido por meio de: raspados da pele ou de mucosas; secreções ; líquidos corporais; punção aspirativa. A amostra de células deve ser adequadamente fixada (álcool etílico em diferentes concentrações). As amostras podem ser coradas, podem ser guardadas em geladeiras. - O resultado é fornecido em termos de diagnóstico morfológico das doenças, complementado, quando possível, com outros dados de interesses clínicos. EXAMES ANATOMOPATOLÓGICOS Biópsias para diagnóstico e/ou tratamento: # ablativas ou excisionais – faz exérese (remoção cirúrgica) de toda lesão; # incisonais – se retira apenas parte da lesão para diagnóstico. EXAMES ANATOMOPATOLÓGICOS Tipos de biópsias diagnósticas: curetagens, biópsias endoscópicas, por agulha, dirigidas por aparelhos especiais (colposcopia, ultassonografia). - O material colhido deve ser representativo e tratado de maneira adequada. EXAMES ANATOMOPATOLÓGICOS Peças cirúrgicas são provenientes de procedimentos para tratamento cirúrgico de diversas doenças (remoção de vesícula biliar; remoção da mama). Material obtido é colocado em fixador o mais breve possível (formaldeído a 4%, – pH 7,2) para preservar a morfologia e a integridade das moléculas. Pode usar o método de congelação rápida para manutenção da peça cirúrgica. EXAMES ANATOMOPATOLÓGICOS Os cortes histológicos e as preparações citológicas são examinados em diversos tipos de microscópios (mais usado: microscópio de luz) EXAMES ANATOMOPATOLÓGICOS Autopsia ou necropsia: exame post-mortem de órgãos para se determinar a causa da morte e conhecer as lesões e as doenças existentes no indivíduo. IMUNOHISTOQUÍMICA É o método que utiliza anticorpos como reagentes específicos para detecção de antígenos presentes em células ou tecidos. O produto antígeno-anticorpo é examinado ao microscópio. A imunohistoquímica também é utilizada para identificar elementos estranhos, como microorganismos de difícil reconhecimento (vírus, fungos, bactérias e outros agentes infecciosos). Os anticorpos têm que ser marcados com algum produto que depois possa ser visualizado seletivamente (substâncias fluorescentes e enzimas).
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