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Ep25_Rorty

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Rorty – Achieving Our Country; (William James - Pragmatismo)
Richard Rorty sobre Pragmatismo Americano (Richard Rorty on American Pragmatism)
O ‘Sonho Americano’ é uma fraude?
Tortas de maçã, uma cerca branca, uma hipoteca, 1,5 crianças, um salário considerável, a promessa da estabilidade de classe média... O sonho americano é uma crença em mobilidade ascendente – em que, se você trabalhar duro o suficiente, você pode conseguir o que é de sua competência – é uma confiabilidade na terra da oportunidade, e que o mundo em que vivemos pode se tornar melhor. Mas será que o sonho americano acabou?
Muitos pessimistas declaram que o sonho americano é somente uma ilusão, que vivemos em um tempo em que racismo institucional, violência gratuita, preconceito laboral (glass ceiling), e a corporização do país, tornam impossível a mudança progressiva. Mas para o pragmatista americano Richard Rorty, o sonho americano está longe de acabar.
Sendo a primeira filosofia a se originar nos Estados Unidos, o pragmatismo tem um distinto “sabor” americano. Popularizado no final do século XIX por Charles Saunders Peirce, William James e John Dewey, pragmatistas estão preocupados com utilidade e praticidade. Uma afirmação é verdadeira se funciona para você; se é benéfica, lucrável e praticável para você, então é consistente com os preceitos do pragmatismo.
-“... uma idéia é ‘verdadeira’ enquanto acreditar que é rentável para as nossas vidas. Aquilo que é bom, pelo quanto lucra, você certamente irá admitir... A verdade é o nome de qualquer coisa que se prove ser boa no caminho da crença e do bom, para, por razões concretas, atribuíveis.”( ...an idea is ‘true’ so long as to believe it is profitable to our lives. That it is good, for as much as it profits, you will gladly admit... The true is the name of whatever proves itself to be good in the way of belief and good, to for definite, assignable reasons. WHAT PRAGMATISM MEANS)
Não tem problema teorizar sobre quantos anjos dançam sobre a cabeça de um prego, mas não ajuda o portfólio das suas ações. Em seu livro, “Achieving Our Country” (Alcançando nosso país, tradução livre), Rorty questiona se o orgulho nacional é bom para os Estados Unidos, se o mito do sonho americano, de uma história que nos contamos repetidamente sobre os EUA, é um bom mito para ser continuado. Compreendida pela perspectiva do pragmatismo, a questão “o sonho americano é uma fraude?” depende da sua situação. Aqueles que têm acesso ao sonho americano podem responder “não”, enquanto aqueles que se sentem desprivilegiados podem responder “sim”. Mesmo se horrores passados lançassem uma sombra sobre o sonho americano, não deveria ser uma razão para apagar a possibilidade de esperança para um futuro melhor. Em vez disso, o passado deveria nos guiar em compreender como navegar em relações sociais, para trazer uma mudança positiva endireitado com o sonho americano.
Para Rorty, orgulho americano não precisa ser sinônimo de uma caricatura do americanismo – não precisa ser o tipo de grito de guerra banal para os quatro “F”: futebol americano, liberdade, fornicação e cerveja (football, freedom, fornication and beer). O orgulho americano é mais do que fanatismo e chauvinismo, é sobre a crença em democracia e esperança. Se o pragmatismo americano é uma filosofia que se propõe (purpots) a lidar com funcionalidade e claridade, então talvez seja importante perguntar: qual é o valor monetário (cash value) do sonho americano?
Este texto pertence à Wisecrack –YouTube Channel e detém toda sua autoria. Esta versão é meramente uma tradução livre.

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