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a construção juridica das favelas

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
TRABALHO 
DE 
SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA
Professor: VINICIUS ESPERANÇA LOPES 
Rio de janeiro 19 de junho de 2015.
IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO	
	
BIANCA DOS SANTOS TEIXEIRA DA SILVA – MAT 2014.07.385781
JOAO CARLOS STOGMULLER – MAT 2014.08.292424
MERIANE ZAGO BARBOSA – MAT 2013.08.221177
RODRIGO ALMEIDA C SANTOS – MAT 2014.08.017555
SAMUEL DA SILVA SANTOS – MAT 2104.08.483793
SUMÁRIO
RESUMO DO AUTOR .................................................. 4 
RESUMO DOS TEXTOS.................................................... 5
PRINCIPAIS IDEIAS DOS TEXTOS ................................ 6
COMENTÁRIO DO GRUPO.......................................... 8
	BIBLIOGRAFIA .............................................................9
RESUMO DO AUTOR 
Rafael Soares Gonçalves possui Graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), graduado em Filosofia pela Faculdade João Paulo II (RJ) (1997), Mestrado em Dynamiques Comparées Des Sociétés En Developpement - Universite de Paris VII - Universite Denis Diderot (2003), doutorado em Histoire et civilisations - Universite de Paris VII - Universite Denis Diderot (2007) e pós-doutorado no Laboratório de Antropologia da escrita da École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS (2008). Desde 2009 é professor adjunto do Departamento de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Dados do próprio autor). Estudioso da peculiar composição das favelas cariocas através uma perspectiva interdisciplinar, atua em pesquisas de campo sobre História Urbana e Direito Urbanístico, Autor do Livro Favelas do Rio de Janeiro – História e Direito, publicado pela Editora PUC RIO, onde expões de forma lúdica a interseção existente entre as normas jurídicas, históricas e sociais da formação deste complexo sistema social paralelo. 
Dados extraídos de Página gerada pelo Sistema Currículo Lattes em 14/06/2015 às 15:50:33
RESUMO DOS TEXTOS:
A política, o direito e as favelas do Rio de Janeiro: um breve olhar histórico e A construção jurídica das favelas do Rio de Janeiro: das origens ao código de obras de 1937.
A abordagem histórica adotada pelo autor, expõe de forma concisa a complexidade da história da formação das favelas cariocas, expondo sem limites todas as mazelas de suas necessidades históricas. A história do surgimento, invenção ou criação se dá desde o início do século XIX, sob a égide da legislação da época, que dispunha no Artigo 349 do Código de Obras de 1937, que a nomeou da forma como conhecemos e expos a ilegalidade desta formação.
Condenadas a eterna ilegalidade e abandonadas pelo poder público de forma sistemática, ampliou-se a dualidade entre a “Favela” e o “Asfalto”, sob o instituto da ilegalidade, por não existir legalmente, o que impossibilitava os investimentos públicos, “agraciou-se” da tolerância dos Poderes Públicos. Tais ações, inclusive a manutenção desta ilegalidade, justificava a ausência de investimentos públicos nesses espaços, bem como, permitia a “manutenção da espoliação a que se sujeitava a classe populares nas relações de trabalho” manifestada pelo autor.
A iminente necessidade de convívio com essa desordem, traz à tona a necessidade do ordenamento, mesmo que informal, das relações sociais. O direito costumeiro regulava os conflitos, explicitando a quebra constante dos valores positivados da “Lei escrita”, essa nova dialética contribuiu para demonstrar como as relações sociais constroem o direito e como essa nova norma regula as relações sociais, sem a intervenção estatal.
Os questionamentos evidenciados pelo autor, nos faz rever se houveram reais modificações no sistema social atualmente instalado nas “favelas” que não somente a mudança de nomenclatura para “comunidade”.
PRINCIPAIS IDEIAS DOS TEXTOS
	O autor nos agracia com a cronologia da formação da “favela” expondo sempre a dualidade existente entre a lacuna legal de sua formação e a constituição da cidade legalmente reconhecida. Tal estudo demonstra ainda que, vários fatores contribuíram, em algum momento, para a sua formação, ampliação e manutenção até os dias de hoje. Expondo as necessidades do mercado de trabalho, a espoliação da classe popular e ainda a aceitação desta complexa formação, mesmo que desordenada.
	
Historicamente a expansão do centro urbano do Rio de Janeiro, com o aumento dos investimentos em transportes, com a finalidade de atender o aumento manufatureiro, o desmantelamento dos cortiços, “empurrou” seus moradores, a ocuparem as encostas cariocas, começando pelo Morro do Castelo, estudiosos como Lilian Vaz, identificaram como “embrionários” os primeiros barracos ali instalados. A rápida expansão da população das favelas, trouxe inúmeros problemas de saúde pública, epidemias causando prejuízos econômicos de grande vulto além de interferir negativamente na imagem da cidade.
O poder público da época, não só favoreceu a expansão das favelas, como regulamentou sua expansão fora dos eixos do centro da cidade, limitando-a às margens da Ferrovia e cumes de morros, positivado no decreto 762 de 01/06/1900, que normatizou até sua construção, 
A partir da década de 1910, a adoção de medidas mais rígidas e de expansão do subúrbio, empurraram cada vez mais para o alto dos morros os barracos de madeira que abarrotavam os caminhos do Rio de Janeiro, expondo ainda a segregação que sofria, já naquela época, a população marginal das favelas, adotando ainda medidas que restringiam o acesso desta população até mesmo a água potável que havia disponível no largo da carioca, ainda em 1914 com a instalação de torneiras mais próximas as comunidades, demonstrando cronologicamente sua “evolução” e disseminação.
O grave problema das epidemias da época, também atribuídas as más condições de habitação daqueles agrupamentos, expôs de forme incontestável as mazelas daquela população, findando assim a tolerância quanto a sua coexistência e iniciando-se o combate a sua expansão.
O ordenamento jurídico da época, principalmente com a elaboração do Código de Obras de1937, textualizou sua existência, porém configurou de forma clara sua ilegalidade. Desde sua promulgação, sua eficácia sempre foi questionada, a intervenção em sua vida cotidiana ou no funcionamento “ordenado” de seus costumes sempre conflituosa. 
A completa ausência de políticas habitacionais naquela época e ainda, o problema jurídico que sua situação de ilegalidade causava para a justificativa de investimentos públicos em áreas consideradas ilegais, impulsionou a ocupação do subúrbio, com a especulação imobiliária na região, os valores das moradias, maios acessíveis a população trabalhadora, as favelas se expandiram com mais força nas regiões do entorno do centro, como exemplo, São Carlos, Mangueira e outros. Com o decreto do Código de Obras de 1937 positivando em seu art 349 e parágrafos, a favela como exponho:
Artigo 349: 
“A formação de favelas, isto é, de conglomerados de dois ou mais casebres Regularmente dispostos ou em desordem, construídos com materiais improvisados e em desacordo com as disposições desde Decreto, não será absolutamente permitida. ”
A positivação da Favela como organismo social, formalizou-se assim sua existência e normatizou-se, naquela oportunidade, a tentativa de controle de sua expansão, o que obviamente não logrou êxito. Essa ambiguidade até hoje é tema para políticas públicas, as tentativas do poder público de melhoria do convívio social e até mesmo da urbanização desses conglomerados é motivo de grandes debates sociais, nas últimas décadas, viu-se um ínfimo esforço público para minimizar ou reordenar, a situação social desse conglomerado.
A irrepreensível dissertação do autor a todo momento,nos conduz inevitavelmente, a comparação entre as ações do Poder Público daquela época, com as adotadas pelos poderes até os dias de hoje, principalmente quando o tema é sua “legislação própria” ou a forma de solução de conflitos peculiares desta população.
COMENTÁRIOS DO GRUPO
 	O texto proposto nos traz um estudo detalhado, cronológico evidenciando os fatores que promoveram a expansão demográfica quanto ao surgimento das favelas e suas consequências legais e sociais. O autor conta ainda com citações instigantes de autores que embasam seu estudo de forma contundente, expondo ainda mais a exoneração do poder público, da responsabilidade de elaborar soluções reais e práticas para a melhoria das condições, contudo sem deixar de expor a necessidade da intervenção pública para a integração da população menos favorecida, que sem oportunidades recorre a essas moradias e se sujeita a sobreviver e se adequar a “legislação” nela contida. A fonte do direito costumeiro, tão arraigado na população, faz desses grupos, em muitos casos, exemplos de como sobreviver, sem a intervenção do estado.
	Seus pertinentes questionamentos nos fazem rever as ações adotadas hoje em dia, e sua efetividade na melhoria da qualidade de vida desta população. Atualmente, mesmo, com a adoção de programas habitacionais e a tentativa de modificar a nomenclatura desses lugares chamando-os de “Comunidades” ao invés de “favelas”, só expõe a lacuna existente entre as ações Públicas e as necessidades sociais dessa população. Suas necessidades, guardadas as proporções, continuam a mesma, a efetivação dos seus Direitos Civis, o acesso a qualidade de vida, infraestrutura e ainda a segurança pública, nos mostra que esse problema está longe de acabar.
Bibliografia 
VALLADARES, L., 2005, A Invençao da favela. Do mito de origem a favela.com, FGV Editora, Rio de Janeiro.
GONÇALVES,Rafael Soares. A construção jurídica das favelas do Rio de Janeiro: das origens ao código de obras de 1937. IX Seminário de história da cidade e do urbanismo, São Paulo, 4 a 6 de setembro de 2006. Disponível em: http://www.anpur.org.br/revista/rbeur/index.php/shcu/article/view/1162/1137
GONÇALVES, Rafael Soares. A política, o direito e as favelas do Rio de Janeiro: um breve olhar histórico. Disponível em: htttp://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:18h9AfGBURMJ:portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.do?evento%3Ddownload%26urlArqPlc%3Dpolitic_o_direit_e_favel_rj_brev_olhar_hist.pdf+&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
ZYLBERBERG, S, 1992, Morro da Providência :memorias da Favella, Sec Municipal de Cultura,Rio de Janeiro.
VAZ, Lilian Fessler, 2002, Modernidade e Moradia. Habitação coletiva no Rio de Janeiro, séculos XIX e XX, 7 letras, Rio de Janeiro.
GONÇALVES, Rafael Soares, 2006, IX Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, São Paulo.

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