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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
TRABALHO 
DE 
SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA
Professor: VINICIUS ESPERANÇA LOPES 
Rio de janeiro 19 de junho de 2015.
IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO	
	
JOAO CARLOS STOGMULLER – MAT 2014.08.292424
MERIANE ZAGO BARBOSA – MAT 2013.08.221177
SUMÁRIO
RESUMO DOS AUTORES.................................................. 4 
RESUMO DOS TEXTOS..................................................... 5
PRINCIPAIS IDEIAS DOS TEXTOS ................................. 6
COMENTÁRIO DO GRUPO............................................... 8
	BIBLIOGRAFIA ...................................................................9
RESUMO DOS AUTORES
Luís Roberto Cardoso de Oliveira
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (1977), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981), mestrado em Master of Arts (in Anthropology) - Harvard University (1984) e doutorado em Antropologia - Harvard University (1989), nos EUA. Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (2006-2008), Professor Titular no Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, assim como do Programa de Pós-Graduação em Direito da mesma Universidade. Foi Pesquisador Visitante na Université de Montréal, no Canadá (1995-1996), na Maison des Sciences de l'Homme, na França (2006), e Professor Convidado na Université Diderot Paris 7, Sorbonne Paris Cité, em fevereiro-março de 2012. Sub-coordenador do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-InEAC) com sede na UFF. Foi co-editor do Anuário Antropológico entre 2002 e 2015. Tem experiência de pesquisa no Brasil, nos Estados Unidos, no Canadá/Quebec e na França, com ênfase nos seguintes temas: direitos, cidadania, democracia, políticas de reconhecimento e conflito. (Texto informado pelo autor)
Lydia Maria Sigaud
Possuía graduação em Sociologia e Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1967), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972) e doutorado em Ciências Humanas (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1977). Estudos de Antropologia Social, membro dos conselhos editoriais das revistas Mana, Tempo Social, Genèses (1155-3219), Ruris e Social Science Information. Coordenou o grupo de pesquisa Processos de Transformação no Mundo Rural e co-dirige (com Federico Neiburg e Fernando Rabossi) o Núcleo de Cultura e Economia (NUCEC) do Museu Nacional. (Texto informado pelo autor)
Dados extraídos em Páginas geradas pelo Sistema Currículo Lattes em 18/06/2015 às 14:26:42
RESUMO DO TEXTO:
Armadilhas da honra e do perdão: usos sociais do direito na mata pernambucana E 
Existe violência sem agressão moral?
A questão da dualidade entre direito individual propriamente dito e moral se traduz de forma clara, em se tratando de indivíduos singulares, tanto a discussão em torno da noção hegeliana de Anerkennung (reconhecimento), quanto a debate francês sobre considération (e seu oposto, déconsidération), que remonta a Rousseau, são objetos da discussão pelo autor, considerando a ideia de Mißachtung (desrespeito, desatenção) ainda neste contexto.
Ao analisar as ideias de respeito e direito plenamente universalizáveis, o autor parametriza suas pesquisas em três polos passivos distintos, referenciado pelo indivíduo genérico, com base as pesquisas e estudos realizados, no Brasil, no Canadá e nos Estados Unidos, basilando suas sustentações nos efeitos produzidos por análises de conflitos, ações políticas voltadas para o indivíduo e ainda demandas por reconhecimentos.
Valendo-se dos processos de resolução de disputas no âmbito dos Juizados de Pequenas Causas em Massachusetts, tanto como no debate público sobre a soberania do Quebec, ou nas discussões sobre direitos quando da elaboração da Constituição de 1988, o autor disserta sobre a individualidade soberana do detentor do direito moral, e ainda a aplicabilidade desse direito nas demandas e contendas.
PRINCIPAIS IDEIAS DOS TEXTOS
	 O tema tratado com primazia pelo autor, traz a ideia de individualização do indivíduo em detrimento as suas convicções morais, a busca pela relevância do insulto moral, como objeto de demanda nas três regiões estudadas, e por suas características próprias, o insulto moral se apresenta de forma adversa a cada contenda nas etnografias estudadas, cada contenda traz sua particularidade, evidenciadas pela importância do tema em cada região, relevando-se o implícito sentimento que moveu a lide.
	O entendimento do autor quanto ao direito da moral, traduzido pela afirmativa que segue:
“Trata-se de direitos acionados em interações que não podem chegar a bom termo por meio de procedimentos estritamente formais e que requerem esforços de elaboração simbólica da parte dos interlocutores para viabilizar o estabelecimento de uma conexão substantiva entre eles, permitindo o exercício dos respectivos direitos (Cardoso de Oliveira, 2004a, pp. 81-93).”
Essa assertiva conota ainda de forma mais evidenciada, a dualidade entre o direito individual e a moral do indivíduo, a tratativa de Strawson quanto a acionando a experiência ressentimento, parece-me particularmente apropriada para caracterizar o lugar dos sentimentos na percepção do insulto, dando visibilidade a este tipo de agressão, e sugerindo uma distinção importante entre ato e atitude ou intenção para a apreensão do fenômeno:
“Se alguém pisa na minha mão acidentalmente, enquanto tenta me ajudar, a dor não deve ser menos aguda do que se pisasse num ato de desconsideração ostensiva à minha existência, ou com um desejo malévolo de me agredir. Mas deverei normalmente sentir, no segundo caso, um tipo e um grau de ressentimento que não sentiria no primeiro [. . .] (Strawson, 1974, p. 5).”
	A infusão do sentimento no estudo do direito individual, no que tange ao insulto moral, traduz a inobservância dos valores individuais, relevados pelo sentimento individual, quer seja de indignação de terceiros, quando envolvidos na ação, quer seja pelo próprio ofendido, ou ainda pela notória ausência de ressentimentos, quanto ao agressor. 
	 Levando o estudo ao âmbito do Judiciário, o autor mostra que tal comportamento é tido como agressão moral ou ainda como uma negação a uma obrigação moral, mas nem sempre essas arguições encontram respaldo no direito positivado, apesar de conotado o desvio comportamental, tido apenas como desvio de conduta moral.
	Parametrizando o conceito de que ; “(1) a dimensão dos direitos vigentes na sociedade ou comunidade em questão, por meio da qual é feita uma avaliação da correção normativa do comportamento das partes no processo em tela; (2) a dimensão dos interesses, por meio da qual o judiciário faz uma avaliação dos danos materiais provocados pelo desrespeito a direitos e atribui um valor monetário como indenização à parte prejudicada, ou estabelece uma pena como forma de reparação; e, (3) a dimensão do reconhecimento, por meio da qual os litigantes querem ver seus direitos de serem tratados com respeito e consideração sancionados pelo Estado, garantindo assim o resgate da sintegração moral de suas identidades (Cardoso de Oliveira, 2004b, p. 127).”
	A dificuldade de se materializar ou evidencializar o insulto, em qualquer uma das etnografias citadas no texto, denota a ineficiência na solução destas demandas, influenciando negativamente na sua solução e na positivação deste direito individual frequentemente rasgado pelo comportamento do judiciário, impermeabilizado por ideias antiquadas.
	Nem mesmo a positivação de correntes que lutam por direitos iguais, não atende as necessidades dessa demanda, que por suas peculiaridades, torno inexequível, qualquer tipo de justiça,isso se aplica em qualquer sociedade contemporânea, em especial as analisadas pelo autor, que suscitou na exposição das dificuldades de se julgar ou atribuir culpa ou até mesmo reparos ao insulto moral.
	A outra dificuldade exposta no texto se dá quanto a positivação do direito individual, nestes casos, nas etnografias estudadas, por não haver reconhecimento destes fatos e muito menos convertê-los em valores reais, para a aplicação penal.
	
	
COMENTÁRIOS DO GRUPO
A diversidade da etnografia estudada, demonstra de forma clara o comportamento desses grupos, independente do desenvolvimento social do pais, desconsiderando-se nestes casos, todo e qualquer positivamento jurídico quanto ao direito individual. Não difere o comportamento judicial, no trato dos atores da demanda quando se trata de insulto moral, a mesma dificuldade encontrada na valoração do desvio comportamental citado no texto, é observada nas etnografias levantadas. 
O Judiciário, não traduz as expectativas reais que os atores buscam na demanda, nem mesmo atende a notória insatisfação dos atores ou ainda, considera-se a indignação que o ato pode causar a terceiros, os desvios de conduta comportamental, ainda sim, dificilmente, podem ser valorados e positivados.
A atribuição de compensações sociais, como o pagamento de cestas básicas e a prestação de serviços à comunidade, não guarda nenhum aspecto com a relação moral da obrigação, pois a valoração do dano é ineficiente, e muito menos reparadora.
Para cada demanda há o anseio, pelo reclamante, de uma reparação específica, inatingível, onde o Judiciário, não encontra positivado o devido respaldo legal, muito menos quando se trata de reparação ao insulto moral, onde cada etnografia denota ao insulto uma imposição de comportamento diferenciado e, portanto, uma expectativa de reparo adequada ao ato. 
Bibliografia 
SIGAUD, Lygia. Armadilhas da honra e do perdão: usos sociais do direito na mata pernambucana. Mana, 10 (1), abr/2004. pp.131-163. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/mana/v10n1/a05v10n1.pdf.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Luis Roberto. Existe violência sem agressão moral? Revista Brasileira de Ciências Sociais – RBCS, Vol. 23 nº 67 junhos/2008: 135-146. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v23n67/10.pdf
CARDOSO DE OLIVEIRA, L. (1989), Fairness and communication in small claims Courts. Ph.D dissertation, Harvard University, Ann Arbor, University Microfilms International (order # 8923299).
STRAWSON, P. (1974), “Freedom and resentment”, in _________, Freedom and resentment, and other essays, Londres, Methuen & Co. LTD, pp. 1-25.

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