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CONCURSO DE PESSOAS - AGENTES, MATERIAL E FORMAL

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CONCURSO DE PESSOAS, MATERIL E FORMAL 
 
Fonte: http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-69-concurso-material.html 
 
Art. 29 - Concurso de pessoas 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser 
diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na 
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
Pela redação do caput deste artigo a doutrina refere que, sobre o concurso de 
agentes, o Código Penal adotou de forma preponderante a teoria monista ou unitária, na 
qual a atuação de autor e coautores resulta na pratica de um crime único e todo aquele 
que concorre para ele é considerado seu autor, devendo suportar a mesma sanção 
oponível aos demais. 
 Percebe-se, aqui, que a disciplina do concurso de agentes mantém simetria com a 
teoria adotada para explicar a relação de causalidade do crime, onde se considera causa 
do crime toda aquela necessária para sua realização. A par disso, o reconhecimento do 
concurso de agentes exige uma convergência de vontades, ainda que não haja um acerto 
entre os autores, deve haver um liame psicológico e uma adesão entre as condutas. 
 A participação, por seu turno, consiste na prática de outros atos que não aqueles 
necessários para a realização do crime. Pode, então, haver uma instigação da vontade do 
autor ou prestação de um auxílio material a ele. Contudo, o partícipe só manterá essa 
condição se não auxiliar o autor diretamente na execução do delito. Se promover 
qualquer dos atos necessários para a prática do crime, será tido como coautor. 
 De outro lado, § 2º do artigo 29 do Código Penal admite uma exceção à regra da 
teoria unitária, prevendo a possibilidade de responsabilização por crime menos grave se o 
dolo do coautor não foi além do previsto para o delito mais brando, havendo, contudo, 
um aumento de pena se o resultado mais grave era previsível. Serão, então, dois crimes, a 
destacar na hipótese deste parágrafo a incidência da teoria pluralista. 
 
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Art. 69 - Concurso material 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas 
privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação 
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena 
privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais 
será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. 
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado 
cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e 
sucessivamente as demais. 
O concurso material de crimes ocorre quando mais de uma conduta corresponde a 
mais de um crime, pouco importando existência, ou não, de identidade entre eles. Há uma 
correspondência entre a quantidade de condutas e a de crimes. 
Nesta hipótese de concurso, após ter sido cominada individualmente cada uma das 
penas, elas serão somadas, havendo, assim, a aplicação cumulativa das sanções. 
O cumprimento da pena, nestes casos, inicia-se pela mais severa. 
Se uma das penas não puder ser suspensa, sobre as demais não será possível a 
substituição (§1.º do art. 69 do CP). 
Se houver compatibilidade no cumprimento simultâneo das penas, elas serão 
cumpridas ao mesmo tempo. Contudo, se o cumprimento simultâneo das penas for 
incompatível, então, tal cumprimento se dará de modo sucessivo, preferindo-se, antes, a 
execução da mais severa. 
Art. 70 - Concurso formal 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois 
ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas 
cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, 
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes 
resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra 
do art. 69 deste Código. 
O que destaca a incidência do concurso formal é o cometimento de dois ou mais 
crimes pela prática de apenas uma conduta comissiva ou omissiva. 
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Quanto não houver a presença de desígnios autônomos (o objetivo de praticar 
vários crimes mediante uma conduta apenas), estabelece-se apenas uma exasperação. A 
cominação da pena parte da mais grave entre as cabíveis sendo aumentada de um 1/6 até 
1/2. 
Esta modalidade de concurso é denominada concurso formal próprio ou perfeito, 
diferindo-se do concurso formal impróprio ou imperfeito porque aqui se vê a intenção do 
agente de praticar apenas um crime, lesando-se, contudo, mais de uma vez os bens 
jurídicos tutelados pela norma. 
Na hipótese de concurso formal próprio ou perfeito, a exasperação da pena deve 
considerar o número de delitos configurados. 
O concurso formal impróprio, ou imperfeito, configura-se quando há na conduta do 
autor a presença de desígnios autônomos, onde, mediante uma conduta apenas se alcança 
a prática de mais de um delito, todos almejados pelo delinquente. 
Esta modalidade de concurso se encontra previsto na segunda parte do caput, do 
artigo 70 do Código Penal. Nesta hipótese, contudo, o cálculo da pena segue a regra do 
concurso material, onde as penas devem ser consideradas isoladamente e, então, 
cumuladas. 
Pode ocorrer situação em que a aplicação do concurso formal próprio ultrapassa o 
somatório das penas aplicáveis no concurso material. 
Por exemplo: quando em concurso formal se verifica a prática dois delitos e a pena 
de um for muito severa em relação à outra, insignificante na hipótese. O acréscimo de 1/6 
(o mínimo) sobre a mais grave ultrapassaria do resultado da soma das duas juntas. No 
entanto, não se admite um acréscimo além daquele que seria possível na hipótese do 
concurso material. 
Nestes casos, como o cálculo do concurso formal não pode ultrapassar o somatório 
das penas que caberiam na hipótese de concurso material, incide a disciplina do parágrafo 
único do artigo 70 do Código Penal. 
Obs.: O concurso de crimes será homogêneo quanto se tratarem de delitos idênticos 
e heterogêneos quando diversos.

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