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IPM-1 29/04/2019 PRIMEIROS SOCORROS 1 Ferimentos São lesões resultantes de perda de continuidade da pele e partes moles. Podendo ser classificadas em: Superficial (vai ate o tecido adiposo – subcutâneo) Fechada (com impacto ou uma compressão podem causar rompimento de vasos sanguíneos, causando o extravasamento de líquido ou sangue) Edemas Traumáticos ( Equimoses: quando há hemorragia e o local adquire uma coloração preta ou azulada. (o líquido presente devido ao rompimento de um pequeno vaso sanguíneo, esse líquido será absorvido pelo próprio organismo). Hematomas (em determinados casos, pode-se drenar) Aberta Profunda (consegue visualizar ossos e músculos) Aberto Quanto à natureza: Incisos ou cirúrgicos Produzidos por um instrumento cortante; Geralmente são feridas limpas e fechadas por suturas; Com pouca energia cinética; Agentes: faca, bisturi, lâmina. Contusos Produzidos por objeto rombo e caracterizados por traumatismo de partes moles, hemorragia e edema. Com grande energia envolvida no caso; Agentes: pau, pedra, soco. Corto-contuso muita energia, corte retilíneo. Lácero-contuso possui alta energia, gera retalhos assimétrico. Lacerantes Apresentam margens irregulares com mais de um ângulo; O mecanismo de lesão é por tração, rasgo ou arranchamento tecidual; Com pouca energia cinética. Perfurantes São caracterizados por pequenas aberturas na pele Há predomínio da profundidade sobre a extensão da superfície; Agentes: bala, ponta de faca, estilete. *Transfixante: há um ponto de entrada e outro de saída. (ex: furo de brinco) Avulsão Ocorrem por forcas de cisalhamento e frecção, resultando em destruição e perda tecidual; A amputação é a situação ais frequente. Ocorre a perda da continuidade de um membro atraves da secção de um osso. Desarticulação: perda da continuidade de um membro atraves da secção da articulação *separação dos segmentos Desenluvamento Realizar cuidados com a parte amputada, se possível: Realizar breve limpeza com ringer lactato; Envolver em gaze estéril umedecida com ringer lactanto; Colocar em saco plástico e identificar; Colocar o saco plástico em outro recipiente com gelo (não colocar a parte amputada em contato direto com gelo); Transportar o segmento amputado ao hospital adequado junto com o paciente. Contaminação Limpos: contaminação bacteriana mínima; ferimento com menos de 6 horas de evolução. Fechamento por suturas. Contaminados: evolução de mias de 6 horas. Sem indícios de infecção local e com mais de 6 horas ate o atendimento; Poderão ser fechadas por suturas após criterioso preparo do leito ferida. A prescrição de antibióticos esta indicada em casos selecionados. Infectados: intensos processos inflamatório e infeccioso. A sutura não está indicada neste momento. A infecção devera ser tratada por meio de antibióticos tópicos e/ou sistêmicos. Após a infecção ser controlada, pode-se proceder ao fechamento da ferida por sutura (fechamento primário retardado) Tratamento – medidas Ferimento aberto superficial Lavar com água e sabão neutro e em seguida cobrir com gaze e pano limpo para evitar contaminação. Ferimento aberto profundo Cobrir o local com gaze ou pano limpo; Na presença de sangramento fazer compressão local sobre o curativo; Se o ferimento estiver localizado no braço ou na perna, elevar o membro ferido acima do nível do tórax se essa manobra não causar dor; Observar se a vítima apresenta sinais de choque e encaminhar a um hospital para realização de procedimento. Queimaduras A pele humana pode tolerar sem prejuízo em temperaturas de ate 44ºC. Acima deste valor, são produzidas diferentes lesões. O grau de lesão esta diretamente relacionada à temperatura e ao tempo de exposição. Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. As queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal queimada (SCQ), da profundidade e localização da lesão. Principais agentes causais de queimaduras: Líquidos superaquecidos Combustível Chama direta Superficie superaquecida Eletricidade Agentes químicos Agentes radioativos Radiação solar Frio Fogos de artifícios Classificação 1 GRAU Envolve apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele; Os sintomas são intensa dor e vermelhidão local, mas com palidez na pele quando se toca. Tratamento Imediato Lavar com água fria Cobrir com pano limpo e macio se necessário 2 GRAU Atualmente é divida em 2º grau superficial e 2º grau profundo A queimadura de 2º grau superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais superficial da derma. Os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada podendo levar ate 3 semanas, não costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ser mais claro. As queimaduras de 2º grau profundo são aquelas que. Acometem toda a derme, sendo semelhantes às queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição das terminações nervosas da pele, este tipo de queimadura, que é bem mais grave, pode ate ser menos doloroso que as queimaduras mais superficiais. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também podem ser destruídos, fazendo com que a pele fique seca e perca seus pelos. A cicatrização demora mais que 3 semanas e costuma deixar cicatrizes. Tratamento Imediato: Limpeza com água fria corrente; Cobertura com gaze e vaselina estéril. Evitar expor o curativo a sujeira/umidade – vá ao posto de saúde com a carteira de vacinação para verificar se você precisa receber o reforço da vacina contra o tétano – retorne antes se estiver com cheiro ruim ou saindo pus. Segunda semana, para melhorar a coceira e a descamação, aplique óleo mineral a cada 12 horas. 3 GRAU Queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos subcutâneos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneas. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos. OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES E AFOGAMENTO Obstrução das vias aéreas: Queda da língua Corpo estranho Ruídos Elevação do tórax Cervical Manobra de extensão cervical Indicações Obstrução causada pela queda da língua e perda do tônus muscular faríngeo Contraindicações: Suspeita de lesão de coluna cervical. MANOBRA DE CHIN-LIFT Realizada para o controle de vias aéreas, consiste em posicionar os dedos de uma das mãos do examinador sob o mento, que é suavemente tracionado para cima e para frente, enquanto o polegar da mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca; a outra mão do examinador é posicionada na região frontal para fixar a cabeça da vítima. Em caso de trauma cervical, usa-se a MANOBRA DE JAW-THRUST que consiste em uma elevação da mandíbula, o procedimento consiste na utilização das duas mãos do examinador, posicionando os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente, enquanto os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca e permitindo a pesquisa de corpos estranhos, próteses dentárias, sangramento, enfim, tudo que possa obstruir as vias aéreas superiores. Pontos Chaves: Sempre chegar se há corpo estranho antes de fazer a manobra Garantir que o paciente esteja em decúbito dorsal Uma mão inclina a cabeça para trás A outra levanta o mento CÂNULA OROFARÍNGEA Utiliza-se somente em pacientes inconscientes, devido ao potencial de induzir náuseas, vômitos e uma possível aspiração. Escolhemos o tamanho medindo o tamanho da cânula, coloca-se o dispositivo com a porção redonda no canto da boca do paciente e a ponta em direção ao ângulo da mandíbula (abaixo do lóbulo da orelha do mesmo lado). A ponta deve chegarna altura do ângulo da mandíbula. Para colocar a cânula é necessário: 1º deprimir a língua com um abaixador de língua; 2ºinserir o dispositivo com a concavidade para baixo com cuidado para não empurrar a língua para trás, o que poderia bloquear a via aérea; *Uma forma alternativa e uma das mais utilizadas é colocar de maneira invertida, ou seja, com a concavidade voltada para cima. Após a inserção até o véu palatino, devemos girar o dispositivo 180°, colocando a concavidade para baixo e inserindo-o na cavidade oral. OBS: a cânula de Guedel é usada para auxiliar na ventilação, mas não protege a via aérea, e só deve permanecer enquanto não se obtêm uma via aérea definitiva. MÁSCARA FARÍNGEA MANOBRA DE HEIMLICH Utilizado em casos de emergência por asfixia, provocada por uma obstrução nas vias respiratórias, impedindo a passagem de oxigênio. Nessa manobra, utilizam-se as mãos para fazer pressão sobre o diafragma da pessoa engasgada, o que provoca uma tosse forçada, que faz com que o objeto seja expulso dos pulmões. Após se detectar que a pessoa não consegue respirar corretamente, devido a um engasgamento, o primeiro passo é pedir para ela tossir com força e em seguida aplicar 5 pancadas secas nas costas com a base de uma mão. Caso isso não seja suficiente, deve-se preparar para aplicar a manobra de Heimlich, que pode ser feita de 4 formas: 1º na pessoa acordada Posicionar-se por detrás das vítimas, envolvendo-as com os braços; Fechar uma das mãos, com o punho bem fechado e o polegar por cima, e posicioná-la na região superior do abdômen, entre o umbigo e a caixa torácica; Colocar a outra mão sobre o punho fechado, agarrando-o firmemente; Puxar com forca ambas as mãos para dentro e para cima. Caso essa região seja de difícil acesso, como pode acontecer em obesos ou gestantes nas últimas semanas, uma opção é localizar as mãos sobre o tórax. Repetir a manobra por ate 5 vezes seguidas, observando se o objeto foi expelido e se a vítima respira. Na maioria das vezes, estes passos são suficientes para que o objeto seja expelido, entretanto, em alguns casos, a vítima pode continuar sem conseguir respirar corretamente e acabar desmaiando. Neste caso, deverá ser feita a manobra adaptada para a pessoa desmaiada. 2º na pessoa desmaiada Quando a pessoa esta inconsciente ou desmaiada, a manobra é feita deitando-se a vítima sobre a superfície plana e dura, e seguir: Sentar-se de frente para a vítima, sobre sua bacia ou pernas; Posicionar as mãos aberturas, uma sobre a outra na região superior do abdômen, próximo ao tórax; fazer uma forte pressão para dentro e para cima, utilizando o peso do corpo, e repetir quantas vezes forem necessárias. Durante a realização da manobra, é importante observar se a vítima ainda respira. Caso ocorra uma parada respiratória, é necessário interromper esta manobra e iniciar a reanimação cardiorrespiratória, com massagem cardíaca e respiração boca-a-boca. 3º na própria pessoa 4ºbebe engasgado
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