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Estudos Cartográficos - Livro-Texto - Unidade II

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ESTUDOS CARTOGRÁFICOS - SISTEMAS SIG, GPS, AEROFOTOS
Unidade II
5 SENSORIAMENTO REMOTO E AEROFOTOGRAMETRIA
5.1 Definição
O rápido desenvolvimento do sensoriamento remoto nas últimas décadas do século XX resultou do 
aparecimento de diversos problemas, como a poluição e a exaustão dos recursos naturais, cuja solução 
depende de meios rápidos e eficientes de coleta e análise de dados.
Sensoriamento remoto é toda técnica de exploração e análise de objetos distantes por meio de 
instrumentos que emitem ou captam radiações.
A primeira ciência a utilizar as técnicas de sensoriamento remoto foi a Astronomia. Aplicando uma 
série de sensores acoplados a telescópios, os astrônomos conseguem informações sobre a distância, 
massa, composição e velocidade dos astros.
[Sensoriamento remoto] é um recurso técnico para ampliar os sentidos 
naturais do homem, ou seja, é um dispositivo ou equipamento (câmera 
fotográfica, radar etc.) que capta e registra, sob forma de imagens, a energia 
refletida ou emitida pelas áreas, acidentes, objetos e acontecimentos do 
meio ambiente natural ou artificial (OLIVEIRA, 1987b, p. 83).
5.2 Tipos de sensores
Os sensores podem ser classificados de forma diferente. Quanto à origem da fonte de energia, por 
exemplo, podem ser ativos ou passivos.
Os sensores ativos são aqueles que possuem uma fonte de energia própria, ou seja, eles mesmos 
emitem uma quantidade de energia na direção dos alvos para captar a sua reflexão. São exemplos de 
sensores ativos o radar, uma filmadora com spot de luz acoplado e uma câmera fotográfica que use flash. 
Já os sensores passivos não possuem fonte própria de energia, necessitam de fontes externas para a captação 
da reflexão dos alvos e dependem de uma fonte de radiação externa ou natural, como o Sol e a Terra. Uma 
filmadora e uma câmera fotográfica desprovida de spot e flash são exemplos desse tipo de sensor.
 Lembrete
Spot: pequena luminária de luz direcionada.
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Unidade II
5.2.1 Aerofotogrametria
Figura 87 – Exemplos de fotografias aéreas verticais
A câmera fotográfica foi o primeiro tipo de sensor utilizado pelo homem. Hoje em dia, elas estão bem 
aperfeiçoadas. As aéreas, por exemplo, possuem dispositivos que permitem combinar simultaneamente o 
movimento do filme com o deslocamento do avião. A aerofotogrametria desempenha papel fundamental 
na produção cartográfica atual.
Câmeras fotográficas vêm sendo usadas há mais de um século para a confecção de mapas a partir 
de fotos aéreas. O uso de fotografias aéreas para o mapeamento de recursos naturais e dos efeitos da 
atividade humana sobre a Terra começou por volta de 1930. Durante a Segunda Guerra Mundial, as 
câmeras fotográficas, os filmes e as técnicas de interpretação foram muito aprimorados para fins militares. 
Além das câmeras fotográficas, os aviões passaram a transportar radares e sensores infravermelhos. O 
filme sensível aos raios infravermelhos foi criado para detectar objetos camuflados em florestas. Depois 
da guerra, passou a ser usado para detectar pragas em plantações.
Figura 88 - Esquema de uma cobertura fotográfica aérea
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ESTUDOS CARTOGRÁFICOS - SISTEMAS SIG, GPS, AEROFOTOS
Segundo Fitz (2008), para a obtenção de um produto bom e confiável em operações em 
aerofotogrametria, algumas etapas devem ser respeitadas, como:
• planejamento de voo: por meio de um estudo teórico-prático da região a ser recoberta;
• execução de voo: com os equipamentos adequados e observando todos os quesitos relacionados 
às condições meteorológicas necessárias, horário para a tomada das fotos etc.;
• revelação do filme: e posterior verificação da qualidade da imagem das fotos impressas ou no 
formato digital;
• realização de apoio terrestre: com a utilização de pontos de controle que devem estar presentes 
nos pares estereoscópicos;
• fototriangulação ou triangulação aérea: análise das imagens obtidas, a fim de que se estabeleça 
um controle geométrico da foto pelo processo de triangulação;
• restituição fotogramétrica ou aerorestituição: visa à confecção de um mapa com a utilização 
de aparelhagem adequada, com base nas aerofotos obtidas no levantamento realizado;
• estereocompilação: características altimétricas e planimétricas são compiladas e adaptadas a 
uma mesma escala;
• reambulação: quando é realizada uma verificação das aerofotos, visando à identificação de 
características do terreno que não foram ou não puderam ser interpretadas adequadamente. Por 
exemplo: classificação dos tipos de rodovias, detalhes escondidos pela vegetação, limites políticos etc.;
• elaboração, ajustes e impressão do mapa final.
5.2.2 Radar
Figura 89 – Imagem de satélite no canal infravermelho que mostra a temperatura (em Celsius) 
do topo das nuvens às 22h15, conforme os valores na legenda abaixo da figura
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Unidade II
É um sensor ativo que, para obter a imagem de uma determinada superfície, emite fluxos de energia 
(ondas eletromagnéticas) por meio de uma antena que é simultaneamente transmissora e receptora, isto 
é, envia e depois recebe de volta a energia refletida pela superfície. A seguir, essa energia é processada 
e transformada em imagens por outros instrumentos do radar e, finalmente, as imagens são registradas 
em fitas magnéticas ou filmes.
O Brasil, por exemplo, iniciou, a partir de 1970, um amplo levantamento da Amazônia por meio 
de radar (Projeto Radam ou Radambrasil) com a finalidade de elaborar o mapeamento da região, 
abrangendo diversos aspectos, como geológicos, geomorfológicos, hidrográficos, botânicos, pedológicos 
etc. O trabalho, concluído em doze meses, foi posteriormente realizado em outras regiões do país.
O radar permite obter imagens no escuro e através de nuvens. Com o filme infravermelho, sensível 
às radiações de calor, é possível detectar incêndios a grandes distâncias.
Instrumento de observação 
Observador
Direção azimutal
Analógico
Coletor
Receptor
Detector
Antena
Avião
DigitalFilme
Superfície 
terrestre
Largura 
do feixe
Dur
açã
o 
do p
ulso
Direção 
transversal
Transmissão
Figura 90 - Diagrama de um sistema de imagens de radar
 Observação
No governo Itamar Franco, por pressão dos militares, surgiu uma nova 
ideia: o Projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Esse projeto seria 
baseado num conjunto de radares que, localizados em pontos estratégicos 
da Amazônia, como Belém, Porto Velho, Manaus e Boa Vista, teriam 
condições de rastrear e monitorar o território norte, captando qualquer 
movimento estranho, como a invasão da fronteira por guerrilheiros, aviões 
clandestinos transportando drogas, queimadas ou destruição das florestas. 
O projeto causou grande polêmica, já que a concorrência para determinar a 
companhia que forneceria os radares foi acusada de fraudar os preços, em 
virtude dos elevados custos do projeto.
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ESTUDOS CARTOGRÁFICOS - SISTEMAS SIG, GPS, AEROFOTOS
 Lembrete
As ondas são pulsos energéticos que se propagam no espaço transportando 
energia, podendo ser de doistipos: mecânicas e eletromagnéticas.
As ondas mecânicas precisam de um meio material para se propagar, 
já as eletromagnéticas podem se propagar no vácuo. São exemplos de 
ondas magnéticas: as ondas de rádio e de TV, celulares, internet, ultrassons, 
micro-ondas, raio X etc.
5.2.3 Satélites artificiais
Pastagens 
em uso
Florestas já 
queimadas
Florestas não 
queimadas
Pastagens e capoeiras 
abandonadas
Figura 91 - A ilusão do satélite
O sensoriamento remoto por meio de satélites artificiais começou no final da década de 1950, 
inicialmente com câmeras fotográficas e depois com outros tipos de sensores mais avançados e 
eficientes. Atualmente, o sensoriamento remoto por meio de satélites representa o mais importante e 
eficiente recurso tecnológico de observação da Terra à disposição do homem.
O principal e mais bem-sucedido programa de sensoriamento por satélites é o Landsat, desenvolvido 
pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa). O Landsat 1, lançado em 23 de julho de 
1972, retornou em janeiro de 1978; o Landsat 2, lançado em 22 de janeiro de 1975, retornou em fevereiro 
de 1982; e o Landsat 3, lançado em 5 de março de 1978, retornou em março de 1983, sustentando mais 
de 1 milhão de imagens. Em 16 de julho de 1982, o Landsat 4 foi lançado dentro de uma órbita que ficou 
acima do mesmo ponto da Terra por dezesseis dias. Em 1° de março de 1984, o Landsat 5 foi enviado 
de uma órbita polar circular. Em 5 de outubro de 1993, foi lançado o Landsat 6, que falhou ao atingir 
sua órbita. Em 15 de abril de 1999, foi lançado o Landsat 7, que está funcionando atualmente, mas com 
falhas desde maio de 2003. O Landsat 8 foi lançando em 11 de fevereiro de 2013.
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O Brasil é um dos muitos países que utilizam serviços (informações) prestados por esse programa. 
Com essa finalidade, o país conta com uma estação terrestre de rastreamento e de recepção de dados, 
situada em Cuiabá (MT), e outra para processamento e distribuição de dados, em Cachoeira Paulista (SP).
Com os progressos da astronáutica, a partir da década de 1960, os sensores e as câmeras passaram 
a ser instalados em satélites e naves espaciais, o que permitiu o estudo da Terra, da Lua e dos planetas 
com detalhes antes desconhecidos. Em 1972, os Estados Unidos puseram em órbita o primeiro satélite 
dedicado exclusivamente ao sensoriamento remoto dos recursos naturais, o ERTS-1 (Earth Resources 
Technology Satellite). No ano seguinte foi lançada a estação Skylab, equipada com um avançado sistema 
de sensoriamento remoto, que forneceu dados para a agricultura, pecuária, Geologia, Meteorologia e 
Cartografia, entre outras áreas.
Suas aplicações incluem previsões da produção agrícola ao redor do mundo, assistidas pela 
administração de terras e florestas, localizando energia e recursos minerais e avaliando a densidade 
populacional urbana.
5.3 Como se faz a recepção de dados coletados pelos satélites
Tudo o que existe em nosso planeta tem uma maneira própria de absorver, refletir e transmitir 
luz. Por exemplo, uma plantação de trigo vista do espaço mostra-se diferente de um milharal; uma 
montanha de minério de ferro é bem distinta de uma de carvão; e assim por diante. Os satélites são 
aparelhados para registrar essas diferenças. Coletam dados por meio de uma variedade de instrumentos 
– câmeras, sensores de radiações infravermelhas e muitos outros – e os transmitem por sinais de rádio 
e de TV captados em estações terrestres. No caso de fotos, os filmes podem chegar de paraquedas ou 
ser revelados no próprio satélite, que então transmite eletronicamente os resultados. Com o auxílio de 
computadores, imagens coloridas, detalhadas, podem ser elaboradas a partir das informações enviadas 
por satélites, permitindo aos cientistas localizar plantações com pragas, identificar incêndios florestais, 
descobrir minerais valiosos, rastrear o movimento de petróleo que, derramado no mar, ameaça poluir 
praias e até mesmo observar a migração de um bando de animais.
No campo da meteorologia, os satélites, além das previsões normais de tempo, são capazes de avisar 
com antecedência a aproximação e a rota provável de nevascas e furacões.
Antigamente, os marinheiros definiam o curso correto de seus navios pela posição do Sol e das 
demais estrelas. Atualmente, satélites de navegação funcionam como “estrelas” eletrônicas; desse modo, 
os pilotos, no mar ou no ar, podem a qualquer instante saber precisamente onde estão.
Esse tipo de satélite envia sinais de rádio que dão sua localização exata no espaço no momento 
desejado. Para saber a posição de seu navio ou avião, o piloto só precisa sintonizar os sinais de 
três desses satélites; então, um microcomputador a bordo realiza todos os cálculos necessários. 
Mesmo pequenos pesqueiros equipados com esses instrumentos podem utilizar os satélites para a 
sua navegação.
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ESTUDOS CARTOGRÁFICOS - SISTEMAS SIG, GPS, AEROFOTOS
As maiores agências espaciais do mundo concordaram em aumentar sua cooperação para a 
observação da Terra. As informações assim coletadas vão mostrar claramente o que o homem 
está fazendo com seu meio ambiente e permitirão que as nações explorem melhor seus recursos 
e evitem acidentes, naturais ou não, provocados pela ação humana. Cada vez mais, os “olhos no 
espaço” melhorarão nosso conhecimento sobre o planeta, possibilitando que cuidemos melhor dele 
e de seus habitantes.
Comandos de 
rastreamento
Satélite
Cuiabá
Dados do sistema de coleta 
de dados, obtidos do sistema 
de rastreamento, telemetria 
de controle, danos de vídeo
Dados 
RBV/MSS (Landsat 1, 2, 3) 
MSS/TM (Landsat 4,5)
Estação de rastreamento, recepção e 
gravação de dados da série Landsat
Fitas de alta densidade (HDDT) 
enviadas por via aérea Cachoeira 
Paulista
Estação de processamento e 
distribuição de dados Landsat 
 * Processamento eletrônico 
 * Processamento fotográfico 
 * Arquivo de distribuição
Figura 92 - Estações terrestres brasileiras ligadas ao sistema Landsat
 Saiba mais
Um texto muito interessante sobre sensoriamento remoto está 
disponível no link a seguir:
INGUI, D. Sensoriamento remoto: a nova era do mapeamento terrestre. 
Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, Campinas, n. 123, 10 nov. 2010. 
Disponível em: <http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?sectio
n=8&edicao=61&id=771>. Acesso em: 12 maio 2014.
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Unidade II
Ossos da Terra
Satélite delimita as regiões de maior densidade da superfície do planeta
Até cair no mar, em novembro do ano passado, encerrando sua missão de quatro anos 
na órbita do planeta, o satélite Goce (sigla em inglês para missão de estudo da gravidade 
e da circulação oceânica em regime estável) registrou com precisão o campo gravitacional 
da Terra, determinado pela variação de densidade. Quanto maior a massa no interior da 
Terra, maior o campo gravitacional e a aceleração da gravidade. Agora as informações 
estão ajudando a desvendar as grandes estruturas da Terra, principalmente de regiões de 
difícil acesso como a Amazônia, os Andes e a Sibéria, onde os dados terrestres são escassos. 
Projetado, lançado e administrado pela Agência Espacial Europeia (ESA), o Goce tem ajudado 
a reconstruir a história da Terra.
Usando as informações do Goce, Carla Braitenberg, da Universidade de Trieste, na Itália, 
determinou as regiões de maior densidade ou demaior campo gravitacional, destacando as 
áreas mais densas, como se estivesse observando os ossos da Terra, inacessíveis a observações 
geológicas diretas. Ela identificou as estruturas rochosas mais antigas, chamadas de crátons, 
da África e da América do Sul e detectou a continuidade das estruturas de maior ou de menor 
densidade dos dois continentes, como a Província da Borborema, no nordeste brasileiro, que 
se conectava geologicamente com o oeste da África Central. A conclusão é que esses blocos 
de rochas deviam ser contínuos antes de os continentes se separarem, afastando o que 
agora reaparece unido.
Usando o Goce, o físico Everton Bomfim, em seu doutorado no Instituto de Astronomia, 
Geociências e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), detectou 
falhas nas medições da variação de gravidade, por terra, em áreas limitadas na Amazônia 
na década de 1970. Em seguida, ele verificou que o cráton da Amazônia, antes visto como 
único, pode ser na verdade dois – um ao norte, o Escudo das Guianas, e outro ao sul do rio 
Amazonas, o Escudo Brasileiro –, ainda que tenham idades geológicas próximas entre si, de 
até 3,2 bilhões de anos.
Essa possibilidade “poderia mudar um pouco a história geológica da região”, disse 
Bomfim, com a ressalva: “Não é possível tirar uma conclusão final a partir apenas de medidas 
gravitacionais. Precisamos também de outras fontes de dados como o paleomagnetismo”. O 
paleomagnetismo é uma técnica de análise das variações do polo magnético da Terra e de 
determinação dos polos magnéticos das rochas há milhares ou milhões de anos (ver Pesquisa 
FAPESP nº 85). Estudos paleomagnéticos recentes nas regiões sul e norte do cráton amazônico, 
coordenados por Manoel D’Agrella-Filho e Franklin Bispo-Santos, também do IAG-USP, 
detectaram uma possível diferença na direção entre as duas partes do cráton, indicando que 
elas poderiam ter origens distintas e que, em algum momento, já estiveram separadas. “Apenas 
sugerimos essa indicação, que contraria conclusões amplamente aceitas sobre a formação da 
bacia sedimentar amazônica”, observou Bomfim. Já é o bastante, porém, para aventar outras 
possíveis ocorrências de jazidas minerais e de petróleo ainda não identificadas na região.
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ESTUDOS CARTOGRÁFICOS - SISTEMAS SIG, GPS, AEROFOTOS
“O Goce não via detalhes, mas a Terra inteira”, sintetizou Eder Molina, professor do IAG-USP 
especializado em medições das variações do campo de gravidade, que foi o orientador de mestrado 
e doutorado de Bomfim. “Ou seja: via melhor coisas grandes, que os outros modelos gravimétricos 
não veem bem.” Por essa razão, disse ele, mesmo com uma resolução de 80 quilômetros, inferior 
a de outros satélites, os dados do Goce têm ajudado a complementar ou corrigir as medições 
terrestres, não tão abrangentes, e era o único a medir a variação dos componentes da gravidade 
em relação aos três eixos espaciais, chamados de x, y e z – até agora se media apenas a variação 
vertical, no eixo z, da aceleração da gravidade, determinada pela força da gravidade. O Goce via 
as variações do campo de gravidade de nove modos (para cima, para baixo, para frente, para trás 
e para os lados), indicando a influência de montanhas ou rochas mais densas da proximidade do 
ponto analisado, cujo formato, a partir daí, poderia ser delineado com mais precisão.
Em 2011, com informações de satélites gravitacionais mais simples que o Goce, Molina, 
com sua equipe, elaborou um mapa da variação do nível do mar, registrando uma diferença 
de 70 metros entre a altura da linha-d’água na África do Sul e em Belém, no Pará, em 
consequência da variação do campo gravitacional da Terra (ver Pesquisa FAPESP nº 181).
África e Andes
Sua obra seguinte, ainda não publicada, retratou o possível encaixe gravimétrico entre a 
América do Sul e a costa oeste da África antes da separação dos continentes. O mapa, ele notou, 
é muito semelhante ao publicado em fevereiro deste ano por Carla Braitenberg, de Trieste. 
Ela própria afirma, no artigo, que seu mapa representa outra forma de ver os continentes 
unificados em um único bloco e certamente será analisado com rigor por geólogos que 
examinavam apenas regiões específicas eventualmente comuns nos dois continentes.
“Alguns resultados questionam a validade de conceitos estabelecidos”, comentou 
Orlando Álvarez, pesquisador da Universidade de San Juan, Argentina, que trabalhou em 
Trieste com Carla Braitenberg durante um mês em 2010. De volta à Argentina, usando o 
Goce e outros modelos gravimétricos, ele mapeou as zonas de fraturas dos Andes, o limite 
geográfico dos crátons da Argentina e o avanço horizontal ou inclinado da placa de Nazca 
sobre o continente sul-americano. “As áreas de ruptura causadas por terremotos intensos, 
como o de Valdivia em 1960, coincidiram com nossos resultados”, disse ele. “Podemos agora 
mapear as regiões mais frágeis e as possíveis zonas de ruptura antes dos tremores, embora 
não seja possível prever onde e quando um tremor possa ocorrer.”
Talvez às vezes seja possível. No dia 27 de março, o chileno Hans Agurto Detzel, em uma 
apresentação no IAG-USP, onde é pesquisador, disse que tinha observado uma sequência de 
terremotos pequenos na costa norte do Chile, com base em uma rede de sismógrafos, um 
dos aparelhos mais comuns para estudos em geofísica. Ele indicou uma região ainda vazia – 
uma lacuna sísmica – e a possibilidade iminente de um terremoto de magnitude oito a nove 
naquela área; o último dessa intensidade tinha ocorrido em 1877. No dia 1º de abril chegou 
o terremoto de magnitude 8,2 na região que ele havia assinalado, rompendo somente 200 
dos 500 quilômetros da lacuna sísmica.
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Nos dias seguintes, acompanhando os tremores no norte do Chile, ele notou que 
os tremores começavam a migrar para o sul da lacuna sísmica. Exatamente ao sul, 
entre Iquique e a península de Mejillones, parecia haver muita energia acumulada, “o 
suficiente para gerar outro sismo de magnitude similar ou maior”, segundo ele. Uma 
página do IAG na internet contém informações atualizadas sobre tremores no Brasil e 
nos países vizinhos.
Fonte: Fioravanti (2014).
6 CARTOGRAFIA DIGITAL E GEOPROCESSAMENTO
6.1 Cartografia digital
A Cartografia foi a área do conhecimento que apresentou um profundo impacto com o 
desenvolvimento da tecnologia dos computadores, pois nas últimas décadas houve um desenvolvimento 
e aperfeiçoamento dos equipamentos que viriam a permitir a visualização gráfica de informações.
Começando no início de 1960, e concorrente com a pesquisa em 
comunicação cartográfica, a Cartografia foi muito influenciada pela 
tecnologia do computador. A adaptação a essa nova ferramenta ocorreu 
muito rapidamente, apesar de os métodos primitivos de produção 
gráfica produzirem, à época, representações, muito grosseiras (MENEZES; 
FERNANDES, 2013, p. 194).
No início da década de 1980, surgiram alguns termos para designar esse novo modo de conceber a 
Cartografia, como Cartografia automotizada, Cartografia apoiada por computador e Cartografia assistida 
por computador. No entanto, esses termos não refletiram na significação do processo de modernização, 
que viria a ser caracterizado no final da década de 1980, quando se nota a percepção e a prática em 
grande escala de uma maneira revolucionária de fazer Cartografia.
É a partir do final da década de 1980 que os computadores começaram a ser usados no tratamento 
cartográfico profissional para a construção de mapas. Durante essa década, alguns dispositivos periféricos 
que incorporavam umpouco de cores começaram a ser desenvolvidos, e os programas cartográficos 
foram elaborados para tirar proveito desses dispositivos.
Nesse contexto, qualquer pessoa que possua um software de cartografia, 
bem como um hardware com capacidade de processamento gráfico, é 
capaz de gerar mapas com pelo menos uma aparência de qualidade. 
O que se vê, até hoje, e com um crescimento cada vez maior, é uma 
popularização da Ciência Cartográfica. Mais e mais pessoas passam 
a trabalhar com Cartografia apoiadas nos sistemas computacionais, 
porém, sem embasamento confiável de conhecimentos cartográficos 
(MENEZES; FERNANDES, 2013, p. 194).
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Segundo Menezes e Fernandes (2013), a Cartografia foi desmitificada com essa popularização, pois 
permitiu o aparecimento de uma grande quantidade de mapas e documentos cartográficos, divulgando 
e disseminando a informação geográfica. A documentação gerada pode não ter uma qualidade muito 
boa por falta de conhecimento cartográfico do pessoal envolvido nessa produção, mas nota-se a busca 
por esse conhecimento para utilizar esses sofisticados softwares.
O computador passa a ser uma ferramenta para o cartógrafo e os equipamentos periféricos, os 
instrumentos dessa nova Cartografia, denominada Cartografia digital. Portanto, Cartografia digital é 
a Cartografia tratada e assistida por processos computacionais, por meio de softwares e hardwares 
apropriados ou adaptados.
6.2 Geoprocessamento
Segundo Menezes e Fernandes (2013), a velocidade na obtenção, manipulação e exibição de dados e 
informações, somada à necessidade de espacialização dos fenômenos de diversas naturezas, tornou-se 
elemento fundamental no planejamento e na gestão de diferentes propósitos, nos mais variados 
segmentos da sociedade.
Segundo Câmera, Davis e Monteiro (2001), o termo geoprocessamento 
denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas computacionais 
para o tratamento da informação geográfica. Xavier da Silva (2000), 
privilegiando a execução do geoprocessamento digital, o define como 
um conjunto de técnicas computacionais que opera sobre bases de dados 
georreferenciados, para transformá-los em informações relevantes, com 
análises, sínteses e reformulações desses dados, tornando-os utilizáveis em 
um sistema de processamento automático. Cruz (2000) avalia que essas 
geotecnologias objetivam a localização, a delimitação, a quantificação, o 
equacionamento e o monitoramento da evolução de fenômenos ambientais 
em uma determinada área ou objeto de análise. A paisagem será adotada 
como área ou objeto de análise, porque é um termo adotado pela geografia 
como unidade de análise espacial (MENEZES; FERNANDES, 2013, p. 203).
Menezes (2000 apud MENEZES; FERNANDES, 2013) apresenta as disciplinas e campos de estudos 
envolvidos com o geoprocessamento.
• áreas que desenvolvem conceitos para o relacionamento do espaço: Ciências Cognitivas, Geografia, 
Linguística, Psicologia (no seu aspecto comportamental);
• campos que desenvolvem ferramentas práticas e instrumentos para obtenção ou trabalho com 
dados espaciais: Cartografia, geodésia, fotogrametria, sensoriamento remoto, topografia etc.;
• campos que elaboram formalismos e teorias fundamentais ao trabalho com espaço e 
automação: Ciências Computacionais, Geometria, Informática, Inteligência Artificial, 
Semiologia, Estatística etc.;
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• campos que fazem uso de sistemas de informações geográficas (SIGs): todos aqueles que 
trabalham com informações georreferenciais;
• campos que preveem orientação sobre informação: Direito, Economia.
 Observação
SIG (Sistema de Informações Geográficas) é o conjunto de funções 
automatizadas que fornecem aos profissionais capacidades avançadas 
de armazenamento, acesso, manipulação e visualização de informação 
georreferenciada.
Podemos notar que essas geotecnologias vêm demonstrando uma grande utilidade e influenciando 
de maneira crescente diversas áreas do conhecimento, como: análise e monitoramento ambiental, 
planejamento urbano e regional, estudos de recursos terrestres, controle de redes de transportes e 
comunicação e distribuição de energia, entre outros.
Há uma relação entre Cartografia e Geoprocessamento, pois ambos têm como objeto de estudo o 
espaço geográfico. A Cartografia preocupa-se em apresentar um modelo de representação de dados para 
os processos que ocorrem no espaço geográfico. Já o Geoprocessamento utiliza técnicas matemáticas e 
computacionais fornecidas pelo Sistema de Informações Geográficas (SIG) para tratar os processos que 
ocorrem no espaço geográfico.
A cartografia contemporânea busca atender às necessidades atuais, tendo como objetivo uma 
produção em massa no menor tempo possível e com precisão cada vez maior, contando para isso com 
tecnologias modernas como sensoriamento remoto, GPS e SIGs.
 Observação
O GPS (global positioning system ou sistema de posicionamento 
global) é um elaborado sistema de satélites e outros dispositivos que têm 
como função básica prestar informações precisas sobre o posicionamento 
individual no globo terrestre.
O que é e para que serve o Geoprocessamento?
Geoprocessamento representa um conjunto de tecnologias capazes de coletar e tratar 
informações georreferenciadas, que permitam o desenvolvimento constante de novas 
aplicações. Neste sentido, as tecnologias que são englobadas nessa concepção, e que a cada 
momento fazem cada vez mais parte do nosso dia a dia, são o Sensoriamento Remoto (SR), 
o Sistema de Informação Geográfica (SIG) e o Sistema de Posicionamento Global (GPS), este 
último mais conhecido pela sua sigla em inglês.
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O SR é a tecnologia capaz de obter imagens e outros tipos de dados através do 
monitoramento da superfície terrestre, através da captação e do registro da energia 
eletromagnética refletida ou emitida da superfície. Existem vários programas que executam 
atividades de processamento digital de imagens, entre eles o Sistema de Processamento de 
Informações Georreferenciadas (SPRING), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais (INPE), outro produto muito popular e que devido a sua gratuidade é amplamente 
utilizado é o Google Earth, pois permite sobrevoar o planeta através das imagens de satélite.
O SIG é erroneamente considerado um geoprocessamento. Geoprocessamento é um 
conceito muito mais abrangente, representando qualquer tipo de processamento de dados 
georreferenciados, enquanto o SIG processa dados gráficos (por exemplo, mapas) e alfanuméricos 
(por exemplo, tabelas) com a finalidade de desenvolver análises espaciais e modelagens da superfície. 
Comparativamente com o SR, existe um número bem maior de programas desenvolvidos para o 
SIG, como o Sistema de Análise Geo-Ambiental (SAGA), além do próprio SPRING. O GPS é um 
sistema de posicionamento por satélites utilizado para a determinação da posição de um receptor 
na superfície terrestre. Este posicionamento é apresentado em coordenadas de longitude, latitude 
e altitude. Este sistema pertence aos EUA e possui inserção no mundo inteiro, mas já começa a 
sofrer a concorrência de sistemas similares como o europeu (GALILEO) e o russo (GLONASS).
O Brasil é um país com uma expressão fantástica no restrito mundo dos países que 
investem na pesquisa e desenvolvimentode produtos técnicos espaciais. A prova disso é que 
recentemente o nosso país, em parceria com a China, lançou em 1999 o primeiro satélite 
Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), o CBERS-1, e em 2003 o CBERS-2. O sucesso 
desta parceria foi tamanho que os dois países renovaram seus interesses de produzirem 
e lançarem mais dois satélites. As imagens de satélite coletadas pelo CBERS podem ser 
adquiridas gratuitamente no site do INPE.
Em janeiro de 2004, a revista britânica Nature indicou que os negócios relativos ao 
Geoprocessamento estão entre os três mercados emergentes mais importantes da atualidade, 
junto com a nanotecnologia e a biotecnologia. Atualmente, as aplicações das tecnologias em 
Geoprocessamento ramificaram-se para várias áreas do conhecimento, como a Geografia, 
a Biologia, a História, a Engenharia, a Arquitetura, os Sistemas de Informação, entre outros, 
atendendo as mais variadas necessidades de nossa sociedade, como o desenvolvimento de 
bases cartográficas, a análise de recursos naturais, a implantação de redes de infraestrutura 
(abastecimento de água, esgoto, drenagem, energia elétrica, e comunicações), os estudos em 
planejamento urbano-ambiental, os mapeamentos em segurança-pública e atividades militares, 
as análises de mercados para a prospecção de produtos e serviços, a otimização e segurança para 
o transporte de cargas e pessoas através monitoramento de veículos, entre outras aplicações.
A cada ano que passa, as aplicações das tecnologias de Geoprocessamento tornam-se 
mais necessárias ao desenvolvimento das sociedades que necessitem planejar e implementar 
o seu desenvolvimento.
Fonte: Gomes (s.d.).
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 Saiba mais
Para aprofundar mais os conceitos de geoprocessamento, acesse o site 
a seguir:
BRASIL. Ministério das cidades. Conceitos de geoprocessamento. Niterói: 
2008. Disponível em: <http://www.uff.br/sigcidades/images/Download/
SIGCidades_Conceitos_de_Geoprocessamento_3edio.pdf>. Acesso em: 12 
maio 2014.
 Resumo
As novas tecnologias relacionadas a pesquisas contribuíram para 
a ampliação e o maior detalhamento dos estudos cartográficos. O 
sensoriamento remoto foi colocado como nova técnica de exploração e 
análise de objetos distantes que por radiação são registrados.
Da mesma forma, destaca-se a aerofotogrametria, método em que as 
câmeras aéreas usam dispositivos que combinam o movimento do filme 
com o deslocamento do avião. Devemos destacar que os aviões, além de 
transportar as câmeras fotográficas, também são aparelhados com radares 
e sensores infravermelhos.
O radar é um sensor ativo que emite fluxos de energia na forma 
de ondas eletromagnéticas e antena e, ao mesmo tempo, recepciona 
e emite a energia que se transforma em imagens registradas em fitas 
ou filmes.
 
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 Exercícios
Questão 1. (Enade 2011, adaptada).
 
Fonte: Disponível em: <www.imazon.org.br/mapas/desmatamento-mensal-2011>. Acesso em: 20 ago. 2011.
O ritmo de desmatamento na Amazônia Legal diminuiu no mês de junho de 2011, segundo 
levantamento feito pela organização ambiental brasileira Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente 
da Amazônia). O relatório elaborado pela ONG, a partir de imagens de satélite, apontou desmatamento 
de 99 km² no bioma em junho de 2011, uma redução de 42% no comparativo com junho de 2010. No 
acumulado entre agosto de 2010 e junho de 2011, o desmatamento foi de 1.534 km², aumento de 15% 
em relação a agosto de 2009 e junho de 2010. O estado de Mato Grosso foi responsável por derrubar 
38% desse total e é líder no ranking do desmatamento, seguido do Pará (25%) e de Rondônia (21%). 
Fonte: Disponível em: <http://www.imazon.org.br/imprensa/imazon-na-midia>. Acesso em: 20 ago. 2011(com adaptações).
De acordo com as informações do mapa e do texto:
A) foram desmatados 1.534 km² na Amazônia Legal nos últimos dois anos.
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B) não houve aumento do desmatamento no último ano na Amazônia Legal.
C) três estados brasileiros responderam por 84% do desmatamento na Amazônia Legal entre agosto 
de 2010 e junho de 2011.
D) o estado do Amapá apresenta alta taxa de desmatamento em comparação aos demais estados da 
Amazônia Legal.
E) o desmatamento na Amazônia Legal, em junho de 2010, foi de 140 km2, comparando-se o índice 
de junho de 2011 ao índice de junho de 2010.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a alternativa está incorreta, pois no texto um período de 2009 a 2010 é apontado.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: quando comparados os anos de 2011 com 2010 diminui, porém com 2009 aumentou.
C) Alternativa correta.
Justificativa: sim, Mato Grosso, Pará e Rondônia.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: consultando o mapa pode-se perceber que é um Estado com predomínio de áreas de 
conservação não desmatadas e de terras indígenas pouco desmatadas.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: está errada a questão, pois se em 2010 a extensão desmatada fosse de 140km2, em 
2011 a extensão seria de 58, 8k2, e não de 99k2, constante no texto. O valor correto da alternativa 
deveria ser de aproximadamente 236 km2.
Questão 2. (Enade 2005, adaptada) Imagine-se dentro de um avião, observando a paisagem. À 
medida que o avião vai subindo e, portanto, ficando mais distante, os elementos da paisagem vão se 
tornando menores e alguns detalhes vão desaparecendo. Por outro lado, quanto mais distante estiver 
o avião maior é a área da superfície terrestre que pode ser observada. Este aspecto pode ser verificado 
através da representação do Rio de Janeiro nas imagens de satélite, que indicam:
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Fonte: INPE (Imagem Landsat-7 27/05/03).
I – Na imagem A, de menor escala, a área representada é maior.
II – Na imagem B, de maior escala, o tamanho dos objetos é maior.
III – A imagem B, de maior escala, fornece mais detalhes.
A) somente a afirmativa I é correta.
B) somente as afirmativas I e II são corretas.
C) somente as afirmativas I e III são corretas.
D) somente as afirmativas II e III são corretas.
E) as afirmativas I, II e III são corretas.
Resolução desta questão na plataforma.

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