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Unidade IV ESTRUTURA E ARQUITETURA HOSPITALAR Profa. Valdice Pólvora Planejamento dos setores Requisitos de desempenho do sistema construtivo segurança estrutural O subsistema estrutural como um todo, ou os elementos deste, deve ser apropriadamente dimensionado, construído e unido de forma a garantir que no seu uso não ocorram perturbações tensionais, capazes de comprometer a edificação. Segurança ao fogo O uso criterioso dos materiais visando à limitação da possível influência destes na alimentação e propagação de um foco acidental de incêndio interna ou externamente à edificação. Os materiais e as disposições destes devem levar à resistência temporária à exposição ao fogo e, para tanto, é essencial o emprego de materiais que apresentem altos índices de resistência e reação a focos de incêndio. Estanqueidade Esta exigência apresenta-se sob três aspectos: permeabilidade ao ar, água e fluídos das instalações. No primeiro caso, a exigência refere-se às limitações da permeabilidade ao ar nas fachadas, vedação, aberturas e coberturas, de maneira que seja controlável a sua passagem. No caso de estanqueidade à água, os requisitos visam à garantia da impermeabilidade dos elementos da edificação, seja à água de chuva, ao solo, ou àquelas provenientes do uso de operações de limpeza e manutenção. Em terceiro lugar, é essencial o cuidado com vazamentos ocorrentes nas instalações. Estanqueidade A construção das passagens das instalações deverá prevenir a propagação de vazamentos em forros, paredes ou pisos. http://www.hmsj.sc.gov.br/page/22/ Conforto higrotérmico A forma e os materiais do conjunto de elementos da edificação hospitalar deverão promover a adequada satisfação às exigências do usuário em qualquer época do ano, relativas à temperatura no interior dos espaços habitados; prevenir o risco de condensação sobre as superfícies muito frias; e a ocorrência de superfícies quentes produtoras de desconfortável calor radiante. As variáveis que devem ser controladas para alcançar o conforto térmico referem-se à temperatura, umidade relativa e velocidade do ar. Conforto acústico Os aspectos básicos a serem considerados sobre o aspecto acústico referem-se à localização e orientação do hospital em relação às fontes externas de ruído (principalmente causado pelo tráfego), dimensionamento e posição das janelas, isolamento das paredes e características acústicas dos materiais de construção. A ocorrência de fontes internas de geração de ruído deve ser examinada e eliminada dentro do possível. Durabilidade O critério de durabilidade está intimamente relacionado à manutenção do edifício, fornecendo indicadores do desempenho dos materiais, detalhamentos e associações capazes de aumentar não só a vida útil da edificação, mas também planejar as operações e etapas de manutenção. Nos revestimentos de pisos e paredes cabe especial cuidado, devido à forte ação dos desinfetantes, detergentes e outros produtos químicos utilizados na manutenção e assepsia. Manutenção O requisito de manutenção deve orientar e contribuir para a redução dos custos desta, não significando a aplicação indiscriminada de recursos na instalação inicial. São dois aspectos a considerar: a conservação da construção em si e a manutenção do complexo de instalações. O sistema construtivo e a disposição dos elementos deverão propiciar amplamente a manutenção das instalações por meio de dispositivos de visitação e acesso para este fim. Requisitos de construção – construtibilidade Fonte: figura 22 do livro-texto – p. 91 Tempo de construção Contribuição para a rapidez da execução de obras, sem prejuízo da segurança e da qualidade. O tempo de execução deve estar previsto no projeto de execução da obra e vinculada ao desembolso e medições para faturamento. Tecnologia de construção Incorporação de técnicas e materiais de construção de aplicação consagrada e simples, sempre que não existirem estudos mais aprofundados. Busca de ampliação das técnicas a partir de materiais e técnicas testados no mercado e no controle de laboratório. Custos Devem ser levados em consideração os tipos de materiais e instalações que serão utilizados no projeto, de acordo com as especificações estabelecidas em normas. Os custos envolvidos na construção de uma edificação hospitalar devem levar em conta os custos diretos, indiretos, de mão de obra etc. Interatividade A compatibilidade deve assegurar o maior grau de harmonização entre os elementos da construção. Para tanto, deve-se observar (assinale a alternativa incorreta): a) a cobertura. b) a construção. c) as instalações. d) as vedações. e) a inalação. Práticas do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) Fonte: figura 23 do livro-texto – p. 92 Estudo Preliminar Estudo efetuado para assegurar a viabilidade técnica a partir dos dados levantados no Programa de Necessidades, assim como de eventuais condicionantes do contratante. Projeto Básico Conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para caracterizar os serviços e obras, elaborado com base no Estudo Preliminar, e que apresente o detalhamento necessário para a definição e quantificação dos materiais, equipamentos e serviços relativos ao empreendimento. Projeto Executivo Conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras. Níveis de biossegurança De acordo com o nível de biosssegurança exigido, são definidos os requisitos recomendados e obrigatórios, que se classificam em barreiras de contenção primárias e secundárias. http://images.slideplayer.com.br/1/288816/slides/slide_16.jpg Nível de Biossegurança NB1 O nível de Biossegurança 1 representa um nível básico de contenção que se baseia nas práticas e padrões de microbiologia sem uma indicação de barreiras primárias ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização das mãos. Fonte:www.portalbiomedico.net Nível de Biossegurança NB1 As práticas, o equipamento de segurança e o projeto das instalações são apropriados para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos e professores de técnicas laboratoriais. https://www.google.com.br/ Nível de Biossegurança NB2 As práticas, os equipamentos, o projeto e a construção são aplicáveis aos laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratórios escolas e outros laboratórios em que o trabalho é realizado com um maior espectro de agentes nativos de risco moderado presentes na comunidade e que estejam associados a uma patologia humana de gravidade variável. Nível de Biossegurança NB2 O nível de Biossegurança 2 é adequado a qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias, em que a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecida. http://www.lavras.mg.gov.br/?p=11379 Nível de Biossegurança NB3 As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências são aplicáveis para laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratórios escolas, de pesquisa ou de produções. Cabine de Segurança Biológica – https://portal.fiocruz.br/. Nível de BiossegurançaNB3 Nestes locais realiza-se o trabalho com agentes nativos ou exóticos que possuem um potencial de transmissão via respiratória e que podem causar infecções sérias e potencialmente fatais. Laboratório de segurança máxima – www.icb.usp.br Departamento de Microbiologia – USP Nível de Biossegurança NB4 As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e construção das dependências são aplicáveis para trabalhos que envolvam agentes exóticos perigosos que representam um alto risco por provocarem doenças fatais em indivíduos. Estes agentes podem ser transmitidos via aerossóis e até o momento não há nenhuma vacina ou terapia disponível. A instalação do Nível de Biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente. Barreiras primárias São considerados como barreiras primárias as Cabines de Segurança Biológica (CSB) ou outros equipamentos projetados para remover ou minimizar exposições aos materiais biológicos perigosos. Exemplos: Equipamentos de Proteção Individual (EPI); Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC). https://saudefacil.files.wordpress.com/2013/03/ss_nr_32.jpg?w=476 Barreiras secundárias Barreiras secundárias: algumas soluções físicas presentes nos ambientes devidamente previstas nos projetos de arquitetura e de instalações prediais, e construídas de forma a contribuir para a proteção da equipe do estabelecimento de saúde, proporcionando uma barreira de proteção para as pessoas que se encontram fora do laboratório contra agentes infecciosos que podem ser liberados acidentalmente pelo ambiente. Exemplo: desenho e estrutura física do laboratório. Desenvolvendo o senso crítico Na elaboração do Projeto Executivo devem ser descritos todo o tipo de material, acabamento de paredes, pisos, tetos e bancadas e os requisitos de limpeza. Deve-se destacar as áreas críticas e também as semicríticas. Descrição dos tipos de rodapés, forros, banheiras, elevadores, tubulações, instalações ordinárias e especiais. Interatividade O nível básico de contenção que se baseia nas práticas padrões de microbiologia sem uma indicação de barreiras primárias ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização das mãos, é o: a) Nível de Biossegurança NB1. b) Nível de Biossegurança NB2. c) Nível de Biossegurança NB3. d) Nível de Biossegurança NB4. e) Nenhuma das anteriores. Instalações de emergência Outro ponto importante que o gestor deve observar são as instalações de emergência. A NBR 13.534 divide as instalações de emergência em três classes, de acordo com o tempo de restabelecimento da alimentação: Fonte: figura 24 do livro-texto – p. 92 Nível de segurança A norma também classifica as instalações quanto ao nível de segurança elétrica e garantia de manutenção de serviços, dividindo-as em três grupos, conforme a atividade realizada no ambiente. Fonte: figura 25 do livro-texto – p. 98 Instalações Para as instalações fluido-mecânicas (F), são adotadas como complementares as seguintes normas: Quadro 6 – livro-texto – p. 99 Norma Descrição ABNT/NBR-6.401 Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto – Parâmetros Básicos de Projeto. ABNT/NBR-7.256 Tratamento de Ar em Unidades Médico- Assistenciais. ABNT/NBR 14.518 ABNT/NBR 14.518 No quadro a seguir, destacamos as normas ABNT que regulam os procedimentos para instalações de climatização: Quadro 7 – livro-texto – p. 100 Climatização Dispositivos de entrada Detectores automáticos, acionadores automáticos e acionadores manuais. Centrais de alarme Painéis de controle individualizados, no mínimo, por setor de incêndio. Dispositivos de saída Indicadores sonoros, indicadores visuais, painéis repetidores, discagem telefônica automática, desativadores de instalações, válvulas de disparo de agentes extintores, fechamento de portas corta-fogo e monitores. Rede de interligação Conjunto de circuitos que interligam a central com os dispositivos de entrada, saída e as fontes de energia do sistema. Quadro – elementos dos sistemas de proteção contra incêndio Quadro 8 – livro-texto – p. 100 Quadro – normas de segurança contra incêndio em edificações urbanas Quadro 9 – livro-texto – p. 101 Norma Descrição NBR 9.441 Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio NBR 8.674 Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com água nebulizada para transformadores e reatores de potência NBR 9.441 Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio - procedimento NBR 14.432 Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações NBR 5.628 Componentes construtivos estruturais. Determinação da resistência ao fogo NBR 6.125 Chuveiros automáticos para extinção de incêndio NBR 9.077 Saídas de emergência em edifícios NBR 11.785 Barra antipânico - especificação NBR 11.742 Porta corta-fogo para saídas de emergência NBR 11.711 Portas e vedadores corta-fogo com núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e industriais NBR 13.714 Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndios; NB 98- Armazenamento e manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis NBR 10.897 Proteção contra incêndio por chuveiro automático NBR 12.693 Sistemas de proteção por extintores de incêndio NBR 13.434 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Formas, dimensões e cores NBR 13.435 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico NBR 13.437 Símbolos gráficos para sinalização contra incêndio e pânico NBR 11.836 Detectores automáticos de fumaça para proteção contra incêndio Interatividade Quanto ao nível de segurança, os equipamentos essenciais à sustentação da vida da pessoa pertencem ao: a) Grupo 0. b) Grupo 1. c) Grupo 2. d) Grupo 3. e) Grupo 4. Arquitetura e hotelaria hospitalar Com uma nova abordagem sobre o conceito de hotelaria hospitalar, os pacientes são considerados hóspedes enfermos; por isso, requerem atenção especial que concilie a saúde com o ato de hospedar-se bem, tornando o ambiente mais acolhedor para o paciente e sua família, humanizando, dessa forma, o ambiente e seu atendimento. Hospitais usam serviços de hotel de luxo para disputar público de alta renda Serviços VIP incluem chef de cozinha, mordomo e até menu de chinelos. Hospital de São Paulo investiu R$ 5 milhões em uma ala para a ‘classe A’. http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/foto/0,,35422281-EX,00.jpg Arquitetura e hotelaria hospitalar Muitos serviços poderão ser pensados na concepção do prédio, já prevendo ponto de água, ponto de ramal telefônico e acessos adequados para serviços diversos que refletem o conforto na infraestrutura, tais como: banco 24 horas; telefones públicos; máquinas de refrigerantes; achados e perdidos; restaurantes e lanchonetes; lojas de conveniências; floricultura; fraldário; espaço ecumênico e fitness center. Arquitetura e hotelaria hospitalar A hotelaria deve estar incorporada aos serviços hospitalares, mas também muito pode contribuir para o desenvolvimento estético do hospital, fazendo, por exemplo, a recepção deste parecer-se muito com a de um hotel. O mesmo se aplica a todas as áreas sociais, como corredoresde apartamentos, hall de elevadores, restaurantes etc. Arquitetura e hotelaria hospitalar O projeto arquitetônico é fator fundamental para os fluxos e técnicas adotadas nas rotinas diárias do atendimento ao paciente. Os problemas básicos do planejamento do hospital incluem os padrões de circulação, os sistemas de transporte de materiais, equipamento e refugos, sistemas de ventilação e controle das correntes de ar e facilidades de limpeza de superfícies e materiais. http://www.noticiashospitalares.com.br/nh54/Fotos/tirazeze7.JPG Arquitetura e hotelaria hospitalar O uso da cor deve ser visto como um aspecto particular no projeto arquitetônico em hospitais. Apesar de algumas controvérsias, a cromoterapia vem firmando-se como um campo de estudo capaz de orientar a melhor utilização das cores na organização do ambiente construído. Em hospitais, a cromoterapia vem sendo utilizada como recurso auxiliar no estímulo ao tratamento e promoção do bem-estar dos pacientes. As cores serão definidas em função do estilo de arquitetura, do público a ser atendido e da imagem que a instituição deseja passar a seus usuários. Hospitalidade Hospitalidade é o ato ou efeito de hospedar, é a qualidade do hospedeiro ou, ainda, bom acolhimento, liberalidade, amabilidade e afabilidade no modo de receber os outros. http://www.hospitalalemao.org.br/hospital/imagens/hotelaria2.jpg Atendimento Nessa área, a principal tarefa é atender o cliente por meio de um balcão de atendimento ou via telefone. Mas, diferentemente de um hotel, em que o balcão da recepção é o principal e, muitas vezes, o único contato do cliente para receber os serviços de hospedagem em sua entrada e saída, em um ambiente hospitalar pode haver inúmeros balcões para tipos de serviços diferentes. http://www.hospitalpasteur.com.br/portals/0/Images/area_verde.png Governança O Setor de Governança de um hospital normalmente envolve a supervisão e responsabilidade operacional das seguintes atividades: limpeza das unidades de internação e áreas restritas; limpeza das áreas sociais; destinação de resíduos infectantes; circulação de material perfurocortante; uniformes; lavanderia; costura e rouparia. Nutrição e dietética Essa área também demonstra grandes possibilidades de encantamento do cliente. O Setor de Nutrição e Dietética, tradicionalmente entendido nos hospitais como uma área assistencial, focou tanto seus esforços na recuperação de seus pacientes que se esqueceu do glamour da gastronomia e, por conta desse entendimento, a comida hospitalar ganhou fama de uma comida sem tempero, sem criatividade e sem cor. Na linguagem mais popular, transformou-se em uma expressão para se referir a uma comida ruim e sem graça. https://encrypted- tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTdE5MeO8VdD7iFV- p1FXx2gazF3AzoucoWn93eaIRTesFUEWC9 Interatividade O conceito de hotelaria hospitalar que tem sido empregado como modelo de gestão de excelência abrange as atividades: a) atendimento. b) governança. c) nutrição e dietética. d) hospitalidade. e) todas estão corretas. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Planejamento dos setores �Segurança ao fogo� Estanqueidade Estanqueidade Conforto higrotérmico �Conforto acústico� �Durabilidade� Manutenção �Requisitos de construção – construtibilidade� �Tempo de construção� �Tecnologia de construção� Custos Interatividade Resposta Práticas do Departamento Administrativo�do Serviço Público (DASP) Estudo Preliminar Projeto Básico Projeto Executivo Níveis de biossegurança Nível de Biossegurança NB1 Nível de Biossegurança NB1 Nível de Biossegurança NB2 Nível de Biossegurança NB2 Nível de Biossegurança NB3 Nível de Biossegurança NB3 Nível de Biossegurança NB4 Barreiras primárias Barreiras secundárias Desenvolvendo o senso crítico Interatividade Resposta Instalações de emergência Nível de segurança Instalações Climatização �Quadro – elementos dos sistemas�de proteção contra incêndio� �Quadro – normas de segurança contra�incêndio em edificações urbanas� Interatividade Resposta Arquitetura e hotelaria hospitalar �Hospitais usam serviços de hotel de�luxo para disputar público de alta renda� Arquitetura e hotelaria hospitalar Arquitetura e hotelaria hospitalar Arquitetura e hotelaria hospitalar Arquitetura e hotelaria hospitalar Hospitalidade Atendimento Governança Nutrição e dietética Interatividade Resposta Slide Number 53
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