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Unidade I INTRODUÇÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO Prof. Ricardo Calasans Introdução à Segurança do Trabalho A Lei Federal nº 8.080/90, entre as ações preventivas e de proteção ao meio ambiente, estabeleceu as diretrizes de vigilância ambiental em saúde, compreendendo um conjunto de ações que propicia o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionamentos que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos ambientais relacionados a doenças ou outros agravos à saúde, por meio de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Brastra.gif Introdução à Segurança do Trabalho estudo dos fatores de risco existentes (físicos, químicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos ou psicossociais); verificação das características especiais do ambiente que interferem no padrão da saúde da população; estudo dos efeitos adversos à saúde, relacionados à exposição a fatores de risco ambientais. http://ct.aticenter.com.br/file.php/25/moddata/scorm/27/03_CT_ST_org_local_trab_07_ilu01a.jpg Introdução à Segurança do Trabalho Termos-chave Perigo: é a fonte de dano ou prejuízo potencial ou uma situação com potencial para provocar dano ou prejuízo. “Situação em que se encontra, sob ameaça, a existência ou a integridade de uma pessoa, um animal, um objeto etc. / Situação ou eventualidade em que pode ocorrer um dano.” (HOUAISS, 2001). “Exposição relativa a um risco que favorece a sua materialização em danos. / Circunstância que prenuncia um mal para alguém ou para alguma coisa.” (NOSÉ, 1992). Introdução à Segurança do Trabalho Risco: é uma combinação da probabilidade de ocorrência e das consequências de um evento perigoso específico (acidente ou incidente). Portanto, um risco é composto pela probabilidade de um perigo ocorrer e as consequências de um evento perigoso. “Probabilidade de perigo, geralmente com ameaça física para o homem e/ou para o meio ambiente.” (HOUAISS, 2001). “Fator adverso que se antepõe aos esforços em produzir segurança à integridade física das pessoas e patrimônios.” (NOSÉ, 1992). Acidente de trabalho Segundo Gardin (2001), a década de 1970 é conhecida como a Era Industrial do Brasil, pois foi a época em que o país mais cresceu no campo das indústrias. Entretanto, nesse mesmo período, o país foi considerado campeão mundial de acidentes de trabalho. Atualmente, mesmo após as cobranças dos sindicatos e da legislação, independentemente das dificuldades da contagem real dos casos, o Brasil ainda ocupa o quarto lugar. Acidentes do Trabalho no Brasil 1998 – 414.341 1999 – 387.820 2000 – 363.868 2003 – 399.077 2004 – 465.700 2005 – 499.680 2006 – 512.232 2007 – 659.523 Dos 5 milhões de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil entre 2007 e 2013, data da última atualização do anuário estatístico da Previdência Social, 45% acabaram em morte, em invalidez permanente ou afastamento temporário do emprego. 2008 – 755.980 2009 – 733.365 2010 – 709.474 2011 – 720.629 2012 – 713.984 2013 – 725.664 2014 – 704.136 http://aeps-rj.com.br/wp- content/uploads/2016/06/ Acidente-de-trabalho.jpg Acidentes do Trabalho no Brasil Só nesse período, o desembolso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com indenizações aos acidentados foi de R$ 58 bilhões. Só em 2013, o INSS pagou R$367 milhões em benefícios por acidentes de trabalho. Numa conta atualizada para 2015, somente o custo gerado pelos acidentes entre trabalhadores com carteira assinada que são notificados e identificados nas estatísticas oficiais é estimado em R$ 70 bilhões. http://www.desenhoonline.com/site/wp- content/uploads/cifrao-dinheiro.jpg Acidentes do Trabalho no Brasil Cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média no Brasil todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o Ministério da Previdência. O País gasta cerca de R$ 70 bilhões nesse tipo de acidente anualmente. Entre as causas desses acidentes estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos. Os acidentes mais frequentes são os que causam fraturas, luxações, amputações e outros ferimentos. Muitos causam a morte do trabalhador. A atualização tecnológica constante nas fábricas e a adoção de medidas eficazes de segurança resolveriam grande parte deles. http://admin.midiamax.com.br/sites/default/files/ arquivos/noticias/2016/abr/acidente-trabalho- digitador-ergonomics.png http://www.fsindicalsp.org.br/novo/images/stories/2 013/Abril/2404_01/acidente2.jpg http://www.cgtp.pt/images/images/2014/09/ambulancia.jpg Acidentes do Trabalho no Brasil Na sequência, aparecem os casos de lesões por esforço repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort), que incluem dores nas costas. A prevenção se dá por correções posturais, adequação do mobiliário e dos instrumentos e dosagem da carga de trabalho. http://www.protecao.com.br/upload/protecao_noticia/9585.jpg Acidentes do Trabalho no Brasil Em terceiro lugar, aparecem os transtornos mentais e comportamentais, como episódios depressivos, estresse e ansiedade. Segundo Remígio Todeschini, diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social, esses são os problemas de solução mais complexa. http://www.ampare-pe.com.br/artigos/trist.jpg Interatividade Para os profissionais da Segurança do Trabalho, é importante saber identificar os perigos existentes nos ambientes de trabalho e, para tanto, saber a definição de perigo. É correto afirmar que perigo é: a) a probabilidade da ocorrência de um acidente e a sua gravidade; b) a relação entre frequência e severidade dos acidentes; c) a fonte de dano ou prejuízo potencial ou uma situação com potencial para provocar dano ou prejuízo; d) a situação que se encontra fora de controle; e) todas as alternativas estão corretas. Fatores históricos, sociais, políticos e econômicos A saúde do trabalhador é muito importante e pode ser considerada como uma área do conhecimento que requer investigação e intervenção e que tem sofrido diversas configurações ao longo das últimas décadas. O crescimento da área da saúde do trabalhador pode ser entendido por meio de duas dimensões: decorrente da nova ordem do capital sobre o trabalho; reconhecimento político da área, representado pela sua inserção, ainda que insuficiente, no conjunto das políticas públicas e intersetoriais, resultante da capacidade de organização de diferentes agentes políticos. Fatores históricos, sociais, políticos e econômicos Os avanços políticos e legais (novas legislações) estão associados ao reconhecimento da preocupação ampliada de saúde e sua regulação como direito universal (direito para todos) e, ainda, à incorporação da saúde do trabalhador no campo da saúde coletiva e em demais políticas públicas, configurando-se como uma nova ordem de interesse geral da população. http://static.inbep.com.br/blog/uploads/2015/10/01174235/respons%C3%A1vel.jpgar Fatores históricos, sociais, políticos e econômicos Tais fatores contribuem para o crescimento da participação social na defesa e no controle social de políticas públicas, assim como para o fortalecimento da organização dos trabalhadores (sindicatos) e a incorporação nas pautas coletivas de necessidades voltadas para a saúdee a proteção social e do trabalho enquanto conquista da mobilização de amplos setores da sociedade. http://static.inbep.com.br/blog/uploads/2015/07/21190703/Depositphotos_14213417_s.jpg Trabalho e saúde do trabalhador: a quebra de paradigmas A denominação “saúde do trabalhador” carrega em si as contradições produzidas na relação capital e trabalho e no reconhecimento do trabalhador como sujeito político. O surgimento da relação saúde e trabalho é fruto da própria história social do trabalho ao longo do tempo. Essa transformação constante vem exigindo respostas políticas, teóricas e sociais, cuja raiz está na compreensão do trabalho, seu significado e metamorfoses. https://www.abrasco.org.br/site/wp-content/uploads/2014/08/saude_do_trabalhador_slide.jpg Trabalho e saúde do trabalhador: a quebra de paradigmas Este “trabalho dinâmico” representa, para o trabalhador, sua história individual e também coletiva. A centralidade do trabalho (ANTUNES, 1999) na vida das pessoas é repleta de antagonismos e contradições, pois ao mesmo tempo em que propicia qualidade de vida, de satisfação das necessidades básicas, pode também representar o seu anverso, devido às condições destrutivas da organização trabalho na lógica do capital, podendo determinar a produção de doenças e mortes. http://luciahelenaenfermagem.com.br/wp- content/uploads/2014/09/Saude_Trab_01.jpg Trabalho e saúde do trabalhador: a quebra de paradigmas A construção do conhecimento e a compreensão das múltiplas determinações que constituem o processo saúde- doença fazem parte da relação entre o capital e o trabalho na explicitação do conjunto de manifestações no corpo e na mente dos indivíduos envolvidos neste processo. Como refere Dias (1994), os trabalhadores vivem, adoecem e morrem de forma compartilhada com a população de um determinado tempo, lugar e classe social, mas também de forma diferenciada, decorrente de sua inserção particular no processo produtivo. Dias sustenta a proposição de que esta especificidade deve ser contemplada no atendimento às suas necessidades de saúde. Trabalho e saúde do trabalhador: a quebra de paradigmas Segundo Dias (1994), a reestruturação produtiva alterou substancialmente o perfil do trabalho e dos trabalhadores, assim como os determinantes da saúde-doença destes. Essas alterações modificaram também o perfil da morbimortalidade relacionada ao trabalho, assim como a organização e as práticas de saúde e trabalho. http://bancariospnr.org.br/wp-content/uploads/2016/02/Acidente-de-Trabalho-%C3%B3bito-300x137.jpg Trabalho e saúde do trabalhador: a quebra de paradigmas Inicialmente, a atenção prestada aos trabalhadores se voltava apenas para o trabalho formal. Contudo, em tempos de transformações, constata-se que a precariedade das relações de trabalho, em todos os seus segmentos, mudou, sem dúvida, a forma de entender a questão, o que exigiu transformações radicais na maneira de se conceber e de se enfrentar os problemas daí decorrentes. http://og.infg.com.br/in/2832585-770-2d0/FT1500A/550/Mulher-se-arrisca-para-limpar-janela-de- predio-na-Gavea.-Foto-do-leitor-Helmut-HossmannEu-Reporter.jpg Trabalho e saúde do trabalhador: a quebra de paradigmas Atualmente, a saúde do trabalhador entende o social como determinante das condições de saúde, sem negar que o adoecimento deve ser tratado e que é necessário prevenir novas doenças, privilegiando ações de promoção à saúde. Este entendimento define que as várias causas dos acidentes e das doenças do trabalho têm uma hierarquia entre si, não sendo neutras e iguais, havendo algumas causas que determinam outras (MENDES; OLIVEIRA, 1995). http://euquerotrabalho.com/files/2013/09/Acidentes-de-trabalho.jpg Trabalho e saúde do trabalhador: a quebra de paradigmas Para se conseguir a excelência na questão saúde do trabalho, é necessária uma estruturação em uma abordagem que tenha como meta a realização de ações coletivas, no âmbito da vigilância, da promoção e da proteção da saúde, nas quais o sujeito é parte essencial dessa ação. http://www.protecao.com.br/upload/protecao_noticia/1787.jpg Interatividade Situando o desenvolvimento conceitual em saúde do trabalhador, identifique os fatores determinantes do processo saúde-doença do fator biológico. a) Ação principal – tratamento da doença. b) Ação principal – prevenção da doença. c) Ação principal – promoção da saúde. d) Nenhuma das alternativas está correta. e) Todas as alternativas estão corretas. Histórico da Segurança do Trabalho “Não só nos tempos antigos, mas também na nossa época, os governos bem constituídos têm criado leis para conseguirem um bom regime de trabalho, pelo que é justo que a arte médica se movimente em favor daqueles que a jurisprudência considera de tanta importância, e empenhe-se, como até agora tem feito, em cuidar da saúde dos operários, para que possam, com a segurança possível, praticar o ofício a que se destinam” (RAMAZZINI, 2000, p. 21). https://letamendi.files.wordpress.com/2014/02/de-morbis-artificum-diatriba.jpg?w=550 Histórico da Segurança do Trabalho Em 1779, na França, a Academia de Medicina fazia constar em seus anais um trabalho sobre as causas e prevenção de acidentes. Nesse ano também foi fundada, em Milão, na Itália, a primeira sociedade filantrópica que visava o bem-estar do trabalhador. http://www.medicinaintensiva.com.br/academia-francesa.jpg Histórico da Segurança do Trabalho A seguir, fatos relevantes relacionados ao tema ao longo dos anos: 1830 – inicia-se a etapa da Medicina do Trabalho; 1890 – ocorre a Conferência Internacional em Berlim; 1900 – Associação Internacional para Proteção dos Trabalhadores; 1919 – Organização Internacional do Trabalho (OIT); 1950 – Etapa da Saúde Ocupacional; 1970 – Etapa da Saúde do Trabalhador. Histórico da Segurança do Trabalho A partir da Revolução Industrial (1760-1850), as condições de trabalho começaram a se tornar cada vez mais intoleráveis. Como estava claro que o país que adotasse medidas com o objetivo de melhorar as condições de trabalho elevaria o custo da mão de obra e, consequentemente, ficaria em uma posição desvantajosa no mercado em relação aos outros países, concluiu-se que deveria haver acordos internacionais para que se pudesse conseguir resultados positivos. http://www.uel.br/pessoal/andreazevedofonseca/alunos/christianvieirasilvano/wp-content/uploads/revolucao_industrial.jpg Histórico da Segurança do Trabalho Em 1978 foi aprovada uma portaria com as 28 Normas Regulamentadoras (NR) relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. A partir de 1994, já adotando como paradigma a Convenção nº 161/85 da OIT, foram aprovadas as atuais versões das normas NR-7, NR-9, NR-18 e NR-29. Finalmente, em 1999, foi aprovada a atual versão da NR-5 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa). Atualmente temos 36 NRs em vigor. Histórico da Segurança do Trabalho Ao fazer uma análise sobre Saúde e Segurança no Trabalho, podemos compreender a importância de se interferir no processo de segurança ocupacional dos trabalhadores, com o objetivo de prevenir, minimizar e eliminar os riscos decorrentes de condutas e procedimentos que causem riscos à saúde do trabalhador. http://portal.fmu.br/pos/img/pos/bn-742.jpg Histórico da Segurança do Trabalho Podemos entender que um serviço de saúde ocupacional apresenta finalidades como: cuidar e proteger o colaborador contra qualquer risco à saúde que se origine em seu ambiente de trabalho ou das condições físicas e psicológicas a que o trabalhoo expõe; buscar o equilíbrio, o ajustamento mental e físico do colaborador; estabelecer e manter um alto grau de bem-estar dos colaboradores. Prevenção A prevenção na Saúde e Segurança do Trabalho deve ser desdobrada em duas funções: 1. controlar riscos; 2. controlar emergências – diminuindo, assim, as estatísticas dos acidentes com os colaboradores. http://www.cursosadistanciapt.com/wp-content/uploads/2010/04/Curso- de-Preven%C3%A7%C3%A3o-em-Riscos-Laborais.jpg Prevenção De acordo com Cardella (1999), o controle de riscos pode ser exercido por meio de sistemas altamente sofisticados, como o de uma unidade industrial, ou muito simples, como o de um trabalhador que controla os riscos de suas atividades. Em qualquer um dos casos, são adotados os seguintes princípios: nas organizações e sociedade, o acidente é um fenômeno de natureza multifacetada, que resulta de interações complexas entre fatores físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais; Prevenção todos os acidentes podem ser evitados; os acidentes ocorrem porque a mente se envolve com o trabalho e esquece o corpo; um indivíduo não consegue, sozinho, controlar os riscos de sua atividade. http://www.fasete.edu.br/arquivos/images/images/cipa_prevencao.jpg Prevenção Algumas organizações não conscientizam seus colaboradores da responsabilidade da prevenção, mas é dever de todos zelar por uma boa saúde, segurança no trabalho e, consequentemente, por uma boa qualidade de vida. Segundo Cardella (1999), a política estabelece as regras comportamentais da organização. Portanto, cada organização, família, pessoa ou sociedade deve estabelecer sua própria política, que é sempre um reflexo de seus valores. Prevenção Veja algumas regras básicas: a preservação de pessoas tem prioridade sobre a preservação de bens; quem responde por uma atividade deve responder também pelos riscos decorrentes dessa atividade. http://blog.qualidadesimples.com.br/wp-content/uploads/2013/05/CIPA-blog1.jpg Interatividade De acordo com Cardella (1999), é considerado emergência todo procedimento perigoso sobre o qual o homem não tem nenhum controle. Dessa forma, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta. a) A velocidade de propagação da série de eventos perigosos é maior que a velocidade com que o homem detecta, analisa e toma decisões. b) Em situação de emergência, o homem apresenta uma elevada probabilidade de cometer falhas. c) Não é possível elevar a confiabilidade dos sistemas a cem por cento. d) Nenhuma das alternativas está correta. e) Todas as alternativas estão corretas. Ajustamento ao trabalho A Organização Internacional de Trabalho estabeleceu o Programa Internacional para a Melhoria das Condições de Trabalho e do Meio Ambiente (PIACT), iniciado em 1976, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e a proteção da saúde física e mental do trabalhador. Seu foco está na: prevenção contra os efeitos desfavoráveis de fatores físicos, químicos e biológicos no local de trabalho e no meio ambiente imediato; prevenção da tensão mental resultante da duração excessiva do ritmo, do conteúdo ou da monotonia do trabalho; Ajustamento ao trabalho promoção de melhores condições de trabalho, visando a distribuição adequada do tempo e do bem-estar dos trabalhadores; adaptação das instalações e locais de trabalho à capacidade mental e física dos trabalhadores mediante a aplicação da ergonomia. http://www.climedjacarei.com.br/2/images/stories/slideshow/4.jpg Tratamento Quando o objeto é um produto, podemos identificar o tratamento deste, de acordo com as seguintes fases, conforme o seu ciclo de vida: implantação; desenvolvimento; produção; armazenagem, transporte e distribuição. No entanto, quando o objeto é uma pessoa, o seu tratamento é identificado por meio das seguintes fases: seleção; formação e treinamento. Tratamento Neste sentido, podemos concluir que a grande função da saúde ocupacional nas organizações é assegurar a todos aqueles que possuem um papel a desempenhar na criação de um ambiente de trabalho seguro, o façam em harmonia, já que a doença não respeita separações sociais e políticas e o progresso futuro será alcançado com a colaboração de todos os envolvidos. http://www.ibccoaching.com.br/wp-content/uploads/2015/07/1-TrabalhoEquipe.jpg Tratamento Em vez de um tratamento mais detalhado dos preceitos nos dispositivos legais, optou-se por delegar a competência normativa ao Ministério do Trabalho, não só para regulamentar, mas também para complementar as normas, como expressamente prevê o art. 200 da CLT: I. medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual em obras de construção, demolição ou reparos; II. depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas; Tratamento III. trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminação de poeiras, gases e facilidades de rápida saída dos empregados; IV. proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização; Tratamento V. proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento e profilaxia de endemias; VI. proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou atenuação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam necessárias; Tratamento VII. higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações sanitárias com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais; VIII.emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo. Interatividade A Organização Internacional de Trabalho estabeleceu o Programa Internacional para a Melhoria das Condições de Trabalho e do Meio Ambiente (PIACT), iniciado em 1976, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e a proteção da saúde física e mental do trabalhador. Seu foco está na: a) prevenção contra os efeitos desfavoráveis de fatores físicos, químicos e biológicos no local de trabalho e no meio ambiente imediato. b) prevenção da tensão mental resultante da duração excessiva do ritmo, do conteúdo ou da monotonia do trabalho. Interatividade c) promoção de melhores condições de trabalho, visando a distribuição adequada do tempo e do bem-estar dos trabalhadores. d) adaptação das instalações e locais de trabalho à capacidade mental e física dos trabalhadores, mediante a aplicação da ergonomia. e) todas as alternativasestão corretas. ATÉ A PRÓXIMA!
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