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Unidade II SOCIOLOGIA DO TRABALHO Profa. Sirlei Terra Unidade II 5. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho. 6. Desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda. 7. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade. 8. Trabalho e lazer. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho O processo de globalização é responsável pelo: Desenvolvimento da microeletrônica, inovações e integração mundial; Crescentes inovações tecnológicas poupadoras de mão de obra; Desemprego conjuntural, em momentos de crise; Os fatores de desemprego são: falta de qualificação profissional; baixa escolaridade; subemprego; precarização e/ou desemprego estrutural ou conjuntural. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.1 A reestruturação produtiva e seu impacto no mundo do trabalho é responsável pela: Abertura econômica aliada a doutrina neoliberal (início da década de 1960); Implantação do Estado mínimo: fim do fordismo e taylorismo, (era do pleno emprego); Tecnologia eliminando tempo e espaço na acumulação capitalista e postos de trabalho; Desregulamentação da economia, reajustamento; Décadas perdida: 1980 1990; Tudo isso respaldado pelo Consenso de Washington. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.1.1 A economia brasileira e as relações capital-trabalho: Trajetória da economia mundial: desenho da economia nacional, principalmente a partir de 1960 até a segunda década do século XXI, em decorrência da globalização. 5.1.2 Antecedentes históricos da economia brasileira e do trabalho: De 1930 aos 1940: houve a ampliação do emprego industrial. 5.1.3 Politicas econômicas e o trabalho no pós-guerra: Necessidade de desenvolvimento maior da infraestrutura; Ocorrência do êxodo rural e aumento do trabalho informal. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.2 A economia brasileira e o trabalho a partir de 1970. Aprofundou o sistema de substituição de importações. 5.2.1 O fim da década de 1960 e a década de 1970 (milagre brasileiro): Até 1973: crescimento de PIB de certa de 11% (endividamento externo); Choque do petróleo (1973 e 1979), desestabilizando a economia mundial e a brasileira. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.2.2 As décadas de 1970 e 1980: o crescimento por substituição de importações e o trabalho. Permitiu: Ampliação da infraestrutura interna; Aumento do pessoal empregado; Porém, a partir do choque do petróleo gerou a crise da dívida, com perdas salariais e inflação descontrolada; Para melhorar a economia foram lançados os seguintes planos econômicos na década de 1980: Plano Cruzado (1986) Plano Bresser (1987) Plano Verão (1989) Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.2.3 Os anos de 1990 a 2007: os planos econômicos, o processo de estabilização econômica e o trabalho; As tentativas de conter a inflação e melhorar o desempenho econômico brasileiro geraram novos planos econômicos, como: Planos Collor I e II (1990); Plano Real (1994): ajuste fiscal + URV estável + emissão e lastreamento do real; O Plano Real veio acompanhado do esgotamento do Estado desenvolvimentista, iniciando com as privatizações das estatais; Globalização da economia, crises mundiais e trabalho A nova economia foi responsável pela: Flexibilização das relações de trabalho e limitação do assalariamento; Aumento do desemprego aberto entre 1991 e 2002; Perda de trabalho na indústria e migração para setor de comércio e serviços: aumento da informalidade; Reestruturação produtiva e organizacional: com utilização de mais tecnologia, visando a produção enxuta e criando novas formas de trabalho. Restando Falta e baixa qualidade de postos de trabalho, qualificação e remuneração; Levando à necessidade de criação de programas sociais. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Tomada de medidas para atenuar o desemprego. Surgimento de uma nova divisão internacional do trabalho: países centrais X países periféricos; Crescente descentralização da produção = com enfraquecimento do sindicato; Adoção do sistema toyotista = just in time: + downsizing e a customização, isto é, a produção enxuta; Levando o mercado de trabalho a adquirir novas características. Entretanto, entre 2003 a 2006: houve a redução da desigualdade social, no Brasil. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.2.4 O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e o trabalho (2007 a 2015): Em decorrência do PAC, tem-se: Investimento em infraestrutura e na construção civil: permitindo a geração de empregos; Sendo que a indústria de transformação, o comércio, a agricultura e a construção civil = geraram 1,095 milhão de empregos formais; Houve a diminuição da inflação; Porém, em 2008 assiste-se a uma crise mundial do capital, tornando necessário o socorro às empresas e o aumento do estímulo ao consumo interno. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho De 2011 a 2014: houve a ampliação da desindustrialização, diminuindo a competitividade externa e aumentando a precarização do trabalho; Acompanhando a esses fatos, verificou-se: Diminuição da inflação e expansão da economia, por conta do relaxamento do controle fiscal e aumento dos gastos públicos; Geração de 5.052.710 empregos formais; Porém, em 2015 aprofunda-se a crise econômica e política brasileira responsáveis pela perda de postos de trabalho. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.3 Trabalho e tecnologia: Com a profunda regulamentação do mercado de trabalho, a baixa qualificação dos trabalhadores e a introdução da tecnologia, o resultado é o aumento do desemprego; Há impacto da tecnologia na geração ou não do desemprego? Sim e não. Para que não haja necessita-se de políticas econômicas com nova capacidade produtiva; Também, não gera desemprego quando há substituição de postos de trabalho da indústria pelo comércio; Dessa forma, tecnologia e emprego estão vinculados a fatores econômicos institucionais, educacionais e políticos Globalização da economia, crises mundiais e trabalho O que produz o desemprego? Novas tecnologias e políticas econômicas (Castells); O acesso à tecnologia da informação não democrática: pode gerar exclusão; As inovações tecnológicas: gerando nova divisão internacional do trabalho; O desenvolvimento tecnológico permitindo maior organização do trabalho, o que pode resultar em desemprego (Pochmann); A dependência econômica e tecnológica do Brasil, tendo como consequência a precarização do trabalho e o desemprego. Globalização da economia, crises mundiais e trabalho 5.4 A integração regional via Mercosul, a inserção na economia Mercosul (1991) Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela: O Mercosul visou a ampliação do mercado regional e maior competitividade externa, ampliando o mercado de trabalho, em decorrência do liberalismo econômico. 5.5 As economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China – e o trabalho. Nesses países houve um crescimento econômico, gerador de emprego formal, porém principalmente de emprego informal e de baixa qualidade. Interatividade Just in time: sistema de administração da produção que configura-se como um dos principais pilares das: a) Empresas prestadoras de serviços. b) Fábricas e do sistema toyotista de produção. c)Fábricas e do sistema taylorista de produção. d) Fábricas e do sistema fordista de produção. e) Fábricas e do sistema fordista/flexível de produção. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Até a década de 1970, vigoraram as políticas de pleno emprego (keynesianismo/Estado do Bem Estar Social): Contudo, entre 1970 e 1980, o desemprego começou a tornar-se grande em muitos países, isto é, pessoas com trabalho formal começaram a ser despedidas. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda O novo capitalismo exige: Trabalhador flexível, Menos trabalho remunerado (tecnologia); Economia mais forte capaz de criar mais empregos; Ocorrência das reestruturações produtivas e organizacionais: que absorvem mais tecnologia, gera menos emprego e aumento da precarização do trabalho; Trabalho sem proteção do Estado: gerando a flexibilização do trabalho e do consumo. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Nesse sentido, dados da OIT, informam que: 1/4 da população mundial tem estabilidade no emprego. E, no Brasil: 18,4% de jovens entre 15 a 29 anos não estudam ou fazem cursos profissionalizantes: ficando desempregados; Bric (2014-2016): Brasil será o único pais a ter desemprego acima da média mundial; Gênero: mulheres têm taxa mais alta de desemprego. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Além do desemprego, há aumento do trabalho precário pelos processos de: terceirização, temporário, jornada parcial, banco de horas. Terceirização: traz insegurança e falta de benefícios. Terceirização de meios e fins; Trabalho temporário: transitoriedade; Jornada parcial: refere-se à jornada semanal em regime de tempo parcial que não ultrapasse 25 horas, sendo vedada a prestação de horas extras; Banco de horas: pagamento adicional ou compensação. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda 6.1 A legislação trabalhista no Brasil-CLT. Excessivamente regulamentadora; Precisa ser revisada. Uma legislação excessivamente regulamentadora leva o trabalhador à informalidade, cujos conceitos são: 6.1.1 O trabalho informal: Refere-se ao trabalho sem vínculo empregatício, por conta própria; 6.1.2 Setor informal: empresas informais (bens e serviços). Para efeito de estatística, o trabalhador informal é aquele que trabalha em empresas informais (sempre existiram na economia brasileira). O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Para se delimitar o âmbito do setor informal, o ponto de partida é a unidade econômica – entendida como unidade de produção – e não o trabalhador individual ou a ocupação por ele exercida; Fazem parte do setor informal as unidades econômicas não agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas, sendo excluídas aquelas unidades engajadas apenas na produção de bens e serviços para o autoconsumo; O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda As unidades do setor informal caracterizam-se pela produção em pequena escala, baixo nível de organização, e pela quase inexistência de separação entre capital e trabalho enquanto fatores de produção; O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda A ausência de registros, embora útil para propósitos analíticos, não serve de critério para a definição do informal, já que o substrato da informalidade refere-se ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica, e não ao seu status legal ou as relações que mantém com as autoridades públicas. Havendo vários tipos de registro, esse critério não apresenta uma clara base conceitual; não se presta a comparações históricas e internacionais, e pode levantar resistência junto aos informantes; O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda A definição de uma unidade econômica como informal não depende do local onde é desenvolvida a atividade produtiva, da utilização de ativos fixos, da duração das atividades das empresas (permanente, sazonal ou ocasional) e do fato de tratar-se da atividade principal ou secundária do proprietário da empresa e sim pela produção em pequena escala, baixo nível de organização, e pela quase inexistência de separação entre capital e trabalho enquanto fatores de produção. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Emprego informal inclui os seguinte tipos de empregos: Trabalhadores por conta própria, donos de suas próprias empresas do setor informal; Empregadores donos de suas próprias empresas do setor informal; Trabalhadores familiares e auxiliares, independentemente de trabalharem em empresas do setor formal ou informal; Membros de cooperativas de produtores informais; Assalariados que têm empregos informais, desde que estejam empregados por empresas do setor formal, por empresas do setor informal ou por residências que os empreguem como trabalhadores domésticos assalariados; O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Trabalhadores por conta própria que produzem bens exclusivamente para o próprio uso final em sua residência, estão ocupados de acordo com o artigo 6 do § 9 da Resolução sobre Estatística da População Economicamente Ativa, do Emprego, do Desemprego e do Subemprego adotada pela 13ª Centro Integrado de Empresa e Trabalho-CIET. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda 6.1.3 Diferentes formas de trabalho e renda: Economia solidária surgiu no final do século XIX, como forma de cooperativismo e resistência ao capitalismo industrial. Ela ressurgiu no Brasil (final do século XX) como ocupações sem direitos sociais; O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Por economia solidária compreende-se o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão, possuindo as seguintes características (BRASIL, 2015b): Cooperação; Autogestão; Dimensão econômica; Solidariedade. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Cooperativas de produção e consumo; abrangem as associações e produtores, as redes de produção, consumo e comercialização; as empresas de autogestão; as instituições financeiras para empreendimentos solidários, entre outras modalidades. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda 6.2 Os trabalhadores diante das transformações no mundo do trabalho. A partir do desenvolvimento da microeletrônica assiste-se grandes transformações no mundo do trabalho. 6.2.1 As transformações no mundo do trabalho Indústria: perda da função empregadora. Empresas: não dependentes do trabalhador: (tecnologia) Desemprego e crescimento da informalidade: por conta das privatizações, inovações, mudanças legislativas; introduçãotecnológica. Fatores esses decorrentes da prevalência do capital sobre a força de trabalho. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Essas transformações, para Antunes (2010), explicam o desemprego e a expansão da informalidade, principalmente pelas tomadas de medidas conjuntas, como: Abertura de mercados (importação) e privatizações; Inovações tecnológicas aceleradas e a consequente redução da capacidade produtiva; Mudanças que acontecem e vão acontecer nas legislações trabalhistas; Mudanças nos processos de trabalho proporcionadas pelas novas tecnologias no processo produtivo. O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda Essas transformações fundamentam-se no modo de produção baseado no toyotismo, que: transforma o trabalhador em operador multifuncional; promove a horizontalização – reduzindo o âmbito de produção da montadora e estendendo às subcontratadas, às terceirizadas, a produção de elementos básicos; O desemprego e suas diferentes formas e causas: o trabalho precário e as novas formas de trabalho e renda promove a flexibilização e a terceirização do trabalho; promove a flexibilização do trabalhador, pois estrutura-se a partir de um número mínimo de trabalhadores, aumentando as suas horas extras. Um operário da Toyota trabalha aproximadamente 2.300 horas por ano, enquanto um funcionário da Ford ou da GM trabalha em media 1.550 horas por ano. Interatividade Downsizing, em português, significa “achatamento”. Trata-se de uma técnica de conhecimento mundial que tem como objetivo, entre outros: a) A introdução de maior complexidade nos processos produtivos. b) Tornar a empresa enxuta na área de recursos humanos (RH). c) A curto prazo aumentam as demissões. d) A curto prazo aumentam custos. e) Diminuir o achatamento estrutural das empresas. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Hoje, o trabalhador precisa ser qualificado e a qualificação profissional refere-se a atributos e características necessárias a um bom posicionamento no mercado de trabalho. Trata-se do aprimoramento de habilidades para a boa execução de atribuições e a obtenção de sucesso no mundo globalizado. Todas as mudanças que incidem no processo de trabalho levam a necessidade de crescente e contínua capacitação para que o trabalhador possa concorrer no mercado formal de trabalho. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Dessa forma, a ideia de ter um emprego único para toda a vida já não existe. Os trabalhadores já não podem esperar ter uma carreira linear e progressiva em uma profissão. Os trabalhadores precisam adequar suas competências às necessidades apresentadas pelo mercado de trabalho, mesmo porque os menos qualificados são os mais atingidos pelo desemprego. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atualmente, as áreas que têm melhores perspectivas de emprego, na atualidade, são: Serviços às empresas em TI, seguros ou consultoria; Cuidados em saúde e ação social; Distribuição, serviços pessoais, hotelaria, restauração e educação; Em menor grau, construção civil, com tendência a estabilização. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Algumas competências transversais são de muita importância no mercado de trabalho, como: Competências instrumentais voltadas a planejamento e organização; Resolução de problemas; TIC; Planejamento e ação; Comunicação escrita; Tomada de decisões; Inovação e criatividade. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Dentre as competências pessoais, são muito relevantes: Motivação; Disponibilidade para aprendizagem contínua; Adaptação à mudança; Autoconfiança; Autocontrole; Compromisso ético; Tolerância ao estresse; Iniciativa; Persistência. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Já, entre as competências relacionais e interpessoais, são preponderantes: Relacionamento interpessoal; Capacidade para ouvir; Trabalhar em grupo; Comunicar-se oralmente. Todas essas competências podem ser adquiridas em contexto escolar ou em atividades extracurriculares. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Desta forma: As mudanças exigem maior capacitação, para que se tenha maior possibilidade de emprego; A ideia de ter um emprego único para toda a vida já não existe; Todas as profissões terão requisitos cada vez mais elevados de competência. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade 7.2 O Sindicalismo: Nesse novo contexto econômico e de trabalho o papel do sindicato também está mudando. O sindicalismo surge com a Revolução Industrial, como associação criada pelos trabalhadores e capaz de ter força nas reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade No séc. XX entra na vida política e passa a reivindicar e conquistar cada vez mais direitos e, com isso, melhor qualidade de vida, principalmente pela realização de greves para obtenção de melhores condições de trabalho, estabilidade no emprego, benefícios sociais e aumento de salário. Ele atingiu força durante o período dos anos dourados, no modo de produção fordista e taylorista. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade No Brasil, pela sua inserção tardia no processo de industrialização, o início da regulamentação das relações de trabalho deu-se em 1930, com a criação do MT por Getúlio Vargas que instituiu o modelo sindical brasileiro corporativo, isto é, controlado pelo Estado. Esse modelo foi submetido a algumas alterações durante o século XX, em especial após a Constituição de 1988, mas continua mantendo as características principais de seu início. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Foi criado com unicidade sindical por categoria profissional e econômica de base territorial distrital, municipal, intermunicipal, estadual e interestadual, porém nunca nacional, possibilitando o surgimento de milhares de sindicatos tanto de trabalhadores quanto de patrões, além do monopólio de representação. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atualmente, os sindicatos estão perdendo a força reivindicatória e seu poder de negociação coletiva, com relação ao aumento nos índices de reajustes salariais, e estão direcionando as reivindicações apenas para a manutenção de empregos, por meio de negociações envolvendo o trabalhador, o governo e os empresários, visando a melhores condições de vida da classe trabalhadora. Além disso, é fator agravante os empregados tenderem a negociar diretamente com o empregador suas reivindicações. Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade O papel dos sindicatos, tanto dos trabalhadores como dos patrões, precisa, atualmente, ser revisto, para que possa dar conta da heterogeneidade dos atuais segmentos produtivos e ocupacionais. O país já não suporta a legislação social e trabalhistaexpressa na CLT, e precisa de uma legislação que incorpore todos os trabalhadores formais e informais. Interatividade Atualmente, o mercado de trabalho exige que o trabalhador tenha várias competências pessoais, entre essas: a) Motivação, disponibilidade para aprendizagem contínua, adaptação à mudança, iniciativa e persistência. b) Relacionamento interpessoal. c) Capacidade para ouvir. d) Capacidade para trabalhar em grupo. e) Capacidade de comunicar-se. Trabalho e lazer Trabalho pode ser considerado uma característica do ser humano, que, ao produzir e modificar a natureza pelos seus esforços, também modifica o próprio mundo. Porém, no sistema capitalista, o trabalho tornou-se o principal meio de existência do homem. Trabalho e lazer Lazer (DUMAZEDIER, 1999), define-se pelas ocupações que os indivíduos fazem de livre vontade para repousar, divertir-se, recrear-se, entreter-se ou desenvolver sua informação ou formação de forma desinteressada, participação social voluntária ou sua capacidade criadora após realizar suas obrigações profissionais, familiares e sociais. Trabalho e lazer Estudiosos do lazer, como Joffre Dumazedier (1999) e Georges Friedmann (1973), concluíram que o avanço da produtividade industrial e a introdução da informática na prestação de serviços conjugadas com a reestruturação produtiva e organizacional, contribuem para a ampliação do tempo de lazer e a redução da centralidade do trabalho na sociedade capitalista, levando o trabalhador a ter o direito à preguiça. Trabalho e lazer Contrariamente, Lafargue (1999) e Meszaros (2002) entendem que o trabalho ainda é parte preponderante da sociedade capitalista e que a mudança localiza-se na apropriação do tempo livre do trabalhador por meio do consumismo exagerado influenciado pela mídia, isto é, o sistema capitalista está se apropriando do tempo, não trabalho. Trabalho e lazer Entretanto, é possível verificar uma diminuição na quantidade de horas trabalhadas nos estados brasileiros, no período de 1988 a 2007, corroborando com as expectativas positivas sobre a sociedade do lazer. Trabalho e lazer Contudo, conforme Lazzareschi (2009), atualmente a necessidade de redução de custo da força de trabalho (downsizing) tem levado aqueles que ainda têm um bom emprego, e não querem perdê-lo, a estenderem sua jornada de trabalho e ficar à disposição da empresa, atendendo ao telefone celular, respondendo a e-mails etc. mesmo fora do expediente. Trabalho e lazer Também, estarão sujeitos a prorrogação da jornada de trabalho aqueles que quiserem permanecer no mercado informal, realizando seu próprio negócio. Dessa forma, as mudanças que levaram ao estágio atual das relações capital-trabalho não trouxeram benefícios para o trabalhador, e sim perda da qualidade de vida. Trabalho e lazer O que se verifica é que o trabalho em excesso é gerador de estresse tanto para o trabalhador formal quanto para o informal. As empresas também estão enxugando seus custos, diminuindo o número de empregados e estendendo a jornada de trabalho e, ao mesmo tempo, precarizando as condições de trabalho, o que leva o trabalhador a manter seu emprego às custas de uma capacitação constante. Isso o torna multifuncional e não livre nem no tempo fora do expediente. Trabalho e lazer Assim, o trabalhador precisa ter um tempo livre para o lazer e, conforme Lazzareschi (2009), poder desfrutá-lo liberando a criatividade em atividades escolhidas para, de fato, darem prazer, descanso, entretenimento, crescimento pessoal, isto é, melhorando a qualidade de vida. Trabalho e lazer Há algumas empresas que entendem que o lazer do trabalhador é de vital importância, na medida em que contribui para a recuperação da energia para a manutenção do equilíbrio e para a minimização do desgaste da rotina, permitindo, assim, o aumento da produtividade. Trabalho e lazer Portanto, o trabalhador precisa ter um tempo livre para o lazer e, conforme Lazzareschi (2009), poder desfrutá-lo liberando a criatividade em atividades escolhidas para, de fato, darem prazer, descanso, entretenimento, crescimento pessoal, isto é, melhorando a qualidade de vida. Interatividade O trabalhador precisa ter um tempo livre para o lazer e para: a) Liberar a criatividade, mesmo que desgastante. b) Desenvolver atividades visando somente o prazer. c) Desenvolver atividades visando somente o descanso. d) Desenvolver atividades visando somente o entretenimento. e) O crescimento pessoal, englobando todas as alternativas anteriores, para melhorar a qualidade de vida. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Unidade II Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Globalização da economia, crises mundiais e trabalho Interatividade Resposta O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda O desemprego e suas diferentes formas e causas: �o trabalho precário e as novas formas de trabalho �e renda Interatividade Resposta Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade �Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade� Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidadeAtuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Atuais necessidades exigidas do trabalhador: qualificação, competência e empregabilidade Interatividade Resposta Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Trabalho e lazer Interatividade Resposta Slide Number 66