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MECÂNICA VIBRATÓRIA Prof. Dr. Ricardo da Silva Pereira ESTACIO BELÉM Aula 02 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Rao, Singiresu S. Vibrações Mecãnicas. 4 ed. Prentice Hall, 2008. Willian T. Thomson. Teoria da Vibração com aplicações. Editora Interciência, 1998. ( Tradução) Elementos que compõem um sistema mecânico vibratório Molas (representação física): armazenam energia potencial elástica - deformação elástica que sofre o corpo. Amortecedores: dissipam energia mecânica sob a forma de calor e/ou som. 4 (ii) Diagnosticar o estado de funcionamento de uma máquina Desbalanceamento Dinâmico Desalinhamento Angular De acordo com a medição da vibração em uma máquina, podemos verificar se há algum defeito e que tipo de defeito está ocorrendo. 5 Exemplos de medição da vibração de máquinas Acelerômetro Sensor de deslocamento Vibração livre é aquela produzida por uma perturbação inicial que não persiste durante o movimento vibratório. Como exemplo tem-se a vibração do pêndulo simples. Depois de deslocado de sua posição de equilíbrio, o pêndulo simples permanece em movimento oscilatório sem que nenhum efeito externo intervenha. 7 Sistema Livre Condição inicial de deslocamento: x(0) Condição inicial de velocidade: v(0) Oscila sem a ação de forças externas Oscila em uma ou mais freqüências naturais (amortecida ou não) do sistema Sistema vibra devido a aplicação de condições iniciais de deslocamento e/ou velocidade • Vibração forçada é provocada por um efeito externo que persiste durante o tempo em que o movimento vibratório existir. O movimento de um rotor desbalanceado é típico de uma vibração forçada. 9 Sistema Forçado Oscila sob a ação de forças externas Oscila na(s) freqüência(s) da força externa de excitação • Vibração amortecida é aquela em que a energia vibratória se dissipa com o transcorrer do tempo de forma que os níveis vibratórios diminuem progressivamente. • Vibração não amortecida é aquela em que a energia vibratória não se dissipa de forma que o movimento vibratório permanece imutável com o passar do tempo. • Vibração linear é aquela que ocorre em um sistema cujos componentes atuam linearmente (a força de mola proporcional ao deslocamento, a força de amortecimento é proporcional à velocidade e a força de inércia é proporcional à aceleração). • Vibração não linear é aquela em que um ou mais componentes do sistema não se comporta linearmente, ou seja a força produzida não apresenta uma relação linear com a variável cinemática a que se associa (relações quadráticas, cúbicas, logarítmicas, exponenciais, senoidais, etc. • Vibração determinística é aquela em que se pode prever todas as características do movimento vibratório em qualquer instante de tempo. Vibração aleatória ou não determinística é aquela em que não é possível prever o que irá acontecer no movimento vibratório. • Vibrações – Conceitos Básicos • Movimento Harmônico • O movimento harmônico é a forma mais simples com que uma vibração se apresenta. A Figura ilustra a geração deste movimento. Pode ser representado pela equação x = Asen(ωt) ou, se a origem do movimento não coincidir com sen(ωt) = 0, x = Asen(ω t +φ ). • A forma do movimento harmônico não muda se ao invés de seno se utilizar cosseno ou uma soma de seno e cosseno com o mesmo argumento. Estas formas apenas provocam um deslocamento da função no tempo, refletida no valor de φ . • As principais características do movimento harmônico são: • Vibrações – Conceitos Básicos • Amplitude - A - é o máximo valor atingido por x. A unidade utilizada é a mesma da variável x. • Período - T - é o tempo transcorrido até que o movimento se repita • Freqüência - f - é o número de repetições que ocorrem em uma determinada unidade de tempo. É definida como o inverso do período, • Freqüência angular - ω - é a velocidade angular com que um vetor de amplitude A gira, de forma que suas projeções horizontal e vertical são movimentos harmônicos. • Relaciona-se com a freqüência f por ω = 2πf. • Fase inicial - φ - é o ângulo inicial do argumento da função senoidal que descreve o movimento harmônico. 16 1.2. Elementos dos Sistemas Vibratórios Massas e/ou Mom. de Inércias Molas (lineares ou torcionais) Amortecedores Elementos que formam modelos de sistemas vibratórios Modelo de sistema com 1 GDL, forçado e amortecido Exemplo 17 Mola (k): Representa a elasticidade (ou rigidez) do sistema Assumida, geralmente, ter massa desprezível Assumida ter amortecimento desprezível Gera força restauradora (A mola após comprimida ou tracionada tende a fazer com que a massa retorne ao seu ponto de equilíbrio) 1 2 2 1 ou x x x x x= − − Deflexão da mola: xkFk = Esta força sempre se opõe ao movimento da massa Coeficiente de rigidez da mola 18 Assumida ser linear Deflexão da mola (Para isso considera-se a vibração com pequenos deslocamentos) xkFk = 2 2 1 xkEp =Armazena energia potencial elástica Lei de Hooke 19 Amortecedor: Representa a dissipação de energia no sistema (representa o amortecimento); Para representar matematicamente o amortecimento, existem vários modelos do mesmo; Os mais utilizados são: Modelo de amortecimento viscoso; Modelo de amortecimento estrutural; e Modelo de atrito seco (amortecimento de Coulomb); 20 Amortecedor (cont.): O amortecimento linear viscoso será adotado em nosso curso. Este amortecimento é representado matematicamente pelo coeficiente de amortecimento viscoso (C) e esquematicamente por um pequeno pistão. Unidade de C: [N.s/m] Força de amortecimento: xcFc & = ( ) ( ) ( )dx tv t x t dt = = & Força Proporcional à velocidade do movimento da massa 21 Modelo de Amortecimento Estrutural ou Histerético Modelo de Amortecimento de Coulomb (atrito seco) Modelo de Amortecimento Viscoso Sistema Superamortecidos: (C > Cc) Sistemas Criticamente Amortecidos: (C = Cc) Sistemas Subamortecidos: (C < Cc) amortecimento crítico 2cC km= = 2) Quanto ao Modelo de Amortecimento 22 Movimento Harmônico: Movimento Determinístico: Pode ser escrito por uma função matemática. Pode se conhecer exatamente a amplitude do movimento em um tempo futuro. Movimento Periódico Não - Harmônico: Movimento Determinístico Não Periódico: 23 Sistemas Discretos são descritos por equações diferenciais ordinárias, enquanto sistemas contínuos são descritos por equações diferenciais parciais. Sistema Discreto Sistema Contínuo • No finito de GDL • Parâmetros Concentrados • Eq. Dif. Ordinárias • No infinito de GDL • Parâmetros Distribuídos • Eq. Dif. Parciais 24 Exemplo de Sistema Discreto e Sistema Contínuo y(t) y1(t) y2(t) y3(t) Sistema contínuo Sistema discreto com 1 GDL Sistema discreto com 3 GDL y(x,t)...... .. 25 5) Quanto à Linearidade do Sistema Sistemas Lineares: Sistemas Não Lineares: • Descritos por equações diferenciais lineares • Obedecem ao princípio da superposição linear • Descritos por eq. dif. não lineares • Não obedecem ao princ. da superposição Exemplo: Equação Governante do Movimento de um Sistema Linear de 1 GDL: 2 2 ( ) ( ) ( ) ( ), ou ( ) ( ) ( ) ( ) d x t dx t m c kx t F t dtdt mx t cx t kx t F t + + = + + =&& & 26 Princípio da Superposição Linear: F(t) x(t) Sistema Linear M , C , K F1(t) x1(t) Sistema Linear M , C , K F2(t) x2(t) Sistema Linear M , C , K F1(t)+F2(t) x1(t)+x2(t) Sistemas Lineares obedecem ao princípio da superposição linear e são governados por equações diferenciais lineares Sistema LinearM , C , K F(t) x(t) 27 6) Quanto ao Tipo de Coordenadas que Descrevem o movimento Retilíneas ou Translacionais Angulares ou Rotacionais x(t) x(t) Modelo físico – matemático 29 Exemplo de Modelagem Física: Sistema Real 30 Exercícios 1) Um movimento harmônico simples possui 0,01 mm de amplitude máxima e freqüência de 50 Hz. Determine: (a) a equação do MHS; (b) a máxima velocidade; (c) a máxima aceleração Um movimento diz-se do tipo harmônico simples, quando é representado pela expressão: )cos()( φ+ω= tAtx O sistema da figura é formado por um bloco de 80 kg e duas molas de massas desprezíveis associadas em paralelo, de mesma constante elástica. A força horizontal mantém o corpo em equilíbrio estático, a deformação elástica do sistema de molas é 20 cm e a aceleração da gravidade local tem módulo 10 m/s2. Então, é correto afirmar que a constante elástica de cada mola vale, em N/cm: A mola da figura tem constante elástica 20N/m e encontra- se deformada de20cm sob a ação do corpo A cujo peso é 5N. Nessa situação, a balança, graduada em newtons, marca Um bloco de massa 5 kg está parado sobre um plano inclinado de um ângulo de30°com a horizontal, preso a uma mola, de constante elástica k = 100 N/m, como mostra afigura. O atrito entre o bloco e o plano pode ser desprezado. Duas molas A e B de comprimentos iguais a L, mas de constantes elásticas diferentes ( KA= 0,2 KB ), são unidas no ponto C e alongadas até o comprimento total 4L. Os terminais das molas são então fixados em suportes rígidos, como mostra a figura. Determine a razão, LA/LB entre os comprimentos das molas nessa situação
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