Buscar

RESUMO Ascaris lumbricoides

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

O A. lumbricoides é encontrado em quase todos os países do mundo e ocorre com frequência 
variada em virtude das condições climáticas, ambientais e, principalmente, do grau de desenvolvimento 
socioeconômico da população. 
 
-Morfologia 
As formas adultas são longas, robustas, cilíndricas e apresentam as extremidades afiladas. 
Machos: Quando adultos, medem cerca de 20 a 30cm de comprimento e apresentam 
cor leitosa. A boca ou vestíbulo bucal está localizado na extremidade anterior, e é 
contornado por três fortes lábios com semelha de dentículos e sem interlábios. A 
boca segue-se o esôfago musculoso e, logo após, o intestino retilíneo. O reto é 
encontrado próximo a extremidade posterior. Apresenta um testículo filiforme e 
enovelado, que se diferencia em canal deferente, continua pelo canal ejaculador, 
abrindo-se na cloaca, localizada próximo a extremidade posterior. Apresentam ainda 
dois espículos iguais que funcionam como órgãos acessórios da cópula. A 
extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral é o caráter sexual 
externo que o diferencia facilmente da fêmea. Notam-se ainda na cauda papilas pré e 
cloacais. 
Obs.: cauda enrolada, menores que as fêmeas. 
 
 
Fêmea: Medem cerca de 30 a 40cm, quando adultas, sendo mais robustas que os 
exemplares machos. A cor, a boca e o aparelho digestivo são semelhantes aos do 
macho. Apresentam dois ovários filiformes e enovelados que continuam como 
ovidutos, diferenciando em úteros que vão se unir em uma única vagina, que se 
exterioriza pela vulva, localizada no terço anterior do parasito. A extremidade posterior 
da fêmea é retilínea. 
Obs.: maiores que os machos, possuem 2 ovários e 2 úteros. 
 
 
 
 
Ovos: Originalmente são brancos e adquirem cor castanha devido ao contato com as fezes. São grandes, 
com cerca de 50 µm de diâmetro, ovais e com cápsula espessa, em razão da membrana externa 
mamilonada, secretada pela parede uterina e formada por mucopolissacarídeos. A essa membrana 
seguem-se uma membrana média constituída de quitina e proteína e outra mais interna, delgada e 
impermeável à água constituída de 25% de proteínas e 75% de lipídios. Esta última camada confere ao ovo 
grande resistência às condições adversas do ambiente. 
Internamente, os ovos dos ascarídeos apresentam uma 
massa de células germinativas. Frequentemente podemos 
encontrar nas fezes ovos inférteis. São mais alongados, 
possuem membrana mamilonada mais delgada e o 
citoplasma granuloso. Algumas vezes, ovos férteis podem 
apresentar-se sem a membrana mamilonada. 
 3-ovo fértil não- embrionado; 4- ovo fértil embrionado; 5- ovo infértil. 
Obs.: ovos inférteis são maiores que os férteis, não possuem embrião, são eliminados pelas fêmeas, forma 
NÃO infectante. 
Obs.2: ovos férteis membrana corticada e decorticada. 
 
 
 
C I C L O B I O L Ó G I C O 
É do tipo monoxênico, isto é, possuem um único hospedeiro. Cada fêmea fecundada é capaz de 
colocar, por dia, cerca de 200.000 ovos não-embrionados, que chegam ao ambiente juntamente com as 
fezes. 
A primeira larva (L1) forma dentro do ovo e é do tipo rabditóide, isto é, possui o esôfago com duas 
dilatações, uma em cada extremidade e uma constrição no meio. Após uma semana, ainda dentro do ovo, 
essa larva sofre muda transformando-se em L2, e, em seguida, nova muda transformando-se em L3, 
infectante com esôfago tipicamente filarióide (esôfago retilíneo). Estas formas permanecem infectantes no 
solo por vários meses podendo ser ingeridas pelo hospedeiro. 
Após a ingestão, os ovos contendo a L3, atravessam todo o trato digestivo e as larvas eclodem no 
intestino delgado. A eclosão ocorre graças a fatores ou estímulos fornecidos pelo próprio hospedeiro, 
como a presença de agentes redutores, o pH, a temperatura, os sais e, o mais importante, a concentração 
CO, cuja ausência inviabiliza a eclosão. 
As larvas, uma vez liberadas, atravessam a parede intestinal na altura do ceco, caem nos vasos 
linfáticos e nas veias e invadem o fígado entre 18 e 24 horas após a infecção. Em dois a três dias chegam ao 
coração direito, através da veia cava inferior ou superior e quatro a cinco dias após são encontradas nos 
pulmões (ciclo de LOSS). 
Cerca de oito dias da infecção, as larvas sofrem muda para L4, rompem os capilares e caem nos 
alvéolos, onde mudam para L5. Sobem pela árvore brônquica e traqueia, chegando até a faringe. Podem 
então ser expelidas com a expectoração ou serem deglutidas, atravessando incólumes o estômago e 
fixando-se no , intestino delgado. Transformam-se em adultos jovens 20 a 30 dias após a infecção. Em 60 
dias alcançam a maturidade sexual, fazem a cópula, ovipostura e já são encontrados ovos nas fezes do 
hospedeiro. 
 
 
 
1) ovo não-embrionado no exterior; 2) ovo torna-se 
embrionado (L1 rabditóide); 3) embrião passa para L3, 
rabditóide infectante (dentro do ovo); 4) contaminação de 
alimentos ou mãos veiculando ovos até a boca. Daí chegam 
ao intestino delgado, onde emergem as larvas que vão ao 
ceco, chegam ao sistema porta e depois ao fígado; ganham 
veia cava, vão ao coração, pulmões e faringe; larvas são 
então deglutidas e chegam ao intestino delgado, 
transformando-se em vermes adultos, ocorrendo 
oviposição dois a três meses após a infecção. 
 
TRANSMISSÃO 
Ocorre através da ingestão de água ou alimentos 
contaminados com ovos contendo a larva L3. Os ovos de A. 
lumbricoides têm uma grande capacidade de aderência a 
superfícies, o que representa um fator importante na 
transmissão da parasitose. 
Uma vez presente no ambiente ou em alimentos, estes 
ovos não são removidos com facilidade por lavagens. Por isto, o uso de substâncias que tenham 
capacidade de inviabilizar o desenvolvimento dos ovos em ambientes e alimentos é de grande importância 
para o controle da transmissão. 
 
PATOGENIA 
Em infecções de baixa intensidade, normalmente não se observa nenhuma alteração. Em infecções 
maciças encontramos lesões hepáticas e pulmonares. No fígado, quando são encontradas numerosas 
formas larvares migrando pelo parênquima, podem ser vistos pequenos focos hemorrágicos e de necrose 
que futuramente tomam-se fibrosados. Na realidade, a migração das lar- vas pelos alvéolos pulmonares, 
dependendo do número de formas presentes, pode determinar um quadro pneumônico com febre, tosse, 
dispnéia e eosinofilia. 
 
DIAGNÓSTICO 
Determinada pelo número de vermes que infectam cada pessoa. Como o parasito não se multiplica 
dentro do hospedeiro, a exposição contínua a ovos infectados é a única fonte responsável pelo acúmulo de 
vermes adultos no intestino do hospedeiro. 
É feito pela pesquisa de ovos nas fezes. Como as fêmeas eliminam diariamente milhares de ovos 
por dia, não há necessidade, nos exames de rotina, de metodologia específica ou métodos de 
enriquecimento, bastando a técnica de sedimentação espontânea. Contudo, o método de Kato-Katz, 
Hoffman é bastante eficiente (ovos pesados). 
 
TRATAMENTO 
Albendazol, Mebendazol, Levamisol, Pomoato de Pirantel ou Ivermectina.

Continue navegando