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Aula_04 Fundamentos Da Gestao Hospitalar (1)

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LEGISLAÇÃO E SAÚDE
Aula 4- As obrigações médicas
AS OBRIGAÇÕES MÉDICAS– AULA-04
LEGISLAÇÃO E SAÚDE 
Conteúdo Programático desta aula
As obrigações de meio e de resultado nas atividades vinculadas ao direito à saúde;
A prova do inadimplemento nas obrigações do direito à saúde;
As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
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As obrigações médicas
Quando uma pessoa com alguma enfermidade procura um profissional de saúde, ela deseja que suas demandas sejam atendidas. Muitos sentimentos circundam uma doença, como o medo, ansiedade, perdas, necessidade de readaptação, dentre outros. Os profissionais que atuam em equipes de saúde têm o compromisso de exercer suas funções com excelência, pois se trata da vida humana.
 
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As obrigações médicas
O médico tem que se dedicar muitos anos ao estudo e aperfeiçoamento de técnicas e procedimentos para o atendimento adequado dos pacientes que se submetem ao tratamento por ele indicado.Toda a equipe médica tem suas obrigações, pois se faz relevante que os enfermeiros e técnicos de enfermagem cumpram as orientações médicas e busquem aliviar os malefícios das enfermidades.
 
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As obrigações médicas
A diretriz determinada pelo médico deve ser seguida, o que coloca na figura do profissional médico uma grande responsabilidade. 
O paciente espera de todos os membros da equipe de saúde respeito, uma conduta mais zelosa, rigorosa, justamente por cuidarem do bem jurídico mais precioso: a vida, a saúde e a integridade física e psicológica do paciente, sob pena de responderem pelo dano causado. 
 
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As obrigações de meio e de resultado nas atividades vinculadas ao direito à saúde
As obrigações a cargo do médico - assim como do advogado ou do psicólogo – abrange a correta utilização dos meios adequados, conforme a necessidade do caso, buscando o empenho em adotar a melhor conduta na prestação dos serviços ajustados, sem que se comprometa a garantir que o objetivo pretendido - supostamente a superação da moléstia que atinge o paciente – seja alcançado. Assim sendo, temos:
 
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Obrigações de meio
Comprometimento dos profissionais de saúde em empregar os meios apropriados para obtenção do resultado esperado pelo paciente, mas não o resultado propriamente dito. Na obrigação de meio, o profissional só será responsabilizado pela falta de êxito, se restar demonstrado que houve dano ao paciente, e que esse dano foi resultado de erro, onde se verificou alguma imprudência, imperícia ou negligência deste profissional.
 
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Obrigações de meio
O contratado se obriga a emprestar atenção, cuidado, dedicação e toda a técnica disponível sem garantir êxito. Nesta modalidade o objeto do contrato é a própria atividade do devedor, cabendo a este enveredar todos os esforços possíveis, bem como o uso diligente de todo seu conhecimento técnico para realizar o objeto do contrato, mas não estaria inserido aí assegurar um resultado.
 
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Obrigações de resultado
São obrigações vinculadas a um resultado certo e determinado. A responsabilidade, portanto, é objetiva e não subjetiva como nas obrigações de meio. A obrigação de resultado é aquela em que o credor tem o direito de exigir do devedor a produção de um resultado, sem o que se terá o inadimplemento da relação obrigacional. O contratado compromete-se a atingir objetivo determinado, de forma que quando o fim almejado não é alcançado ou é alcançado de forma parcial, tem-se a inexecução da obrigação.
 
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As obrigações de meio e de resultado nas atividades vinculadas ao direito à saúde
Diferença básica: 
As obrigações de meio são subjetivas e precisam ser provadas.
As obrigações de resultado são objetivas, sem a necessidade de se provar a culpa profissional.
 
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As obrigações de meio e de resultado nas atividades vinculadas ao direito à saúde
A finalidade de cura visada com o tratamento empregado depende de outros fatores, de caráter totalmente externo ao atendimento prestado pelo agente de saúde, como por exemplo: a própria condição de saúde/enfermidade do paciente (imunidade, reações adversas a medicamentos, higiene etc), o trabalho desenvolvido pelos outros membros da equipe de saúde (o cumprimento pelos enfermeiros da ordem dada pelo médico), as condições emocionais e vínculos familiares do paciente, dentre outros.
 
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Exemplo:
Um médico está de plantão na UTI de um hospital. Às duas horas da manhã chega um paciente que sofreu um acidente de moto e precisava fazer uma cirurgia de emergência. Contudo, cinco minutos antes, uma pessoa com ferimento por bala perdida também deu entrada no hospital e, em função disso, o centro cirúrgico estava ocupado. O médico ofereceu todo o atendimento possível na UTI, mas não conseguiu estancar as múltiplas hemorragias que o paciente acidentado tinha pelas muitas fraturas expostas. 
 
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O paciente também precisava receber uma transfusão de sangue, mas o hospital não dispunha do tipo de sangue necessário para a transfusão. Foi solicitado ao banco de sangue de outro hospital a quantidade de sangue necessária, que chegou apenas uma hora depois da solicitação. O paciente veio a óbito, mas o médico cumpriu com todas as suas obrigações. Será que se o centro cirúrgico estivesse livre mudaria alguma coisa? Se as bolsas de sangue tivessem chegado em um tempo mais curto, o paciente poderia ser salvo?
 
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Não podemos responder a essas perguntas. Muitos são os fatores aqui envolvidos: a gravidade do acidente, a hemorragia, a necessidade de transfusão de um tipo de sangue que o hospital não dispunha, o centro cirúrgico ocupado, as condições vitais do paciente. 
 
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As obrigações de meio e de resultado nas atividades vinculadas ao direito à saúde
A cura da doença depende do resultado da interação de muitos fatores, fugindo à responsabilidade exclusiva do médico e, portanto, não pode constituir o resultado da obrigação. A distinção entre as obrigações de meio e de resultado seria temperada pela dificuldade do procedimento empregado.
 
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As obrigações de meio e de resultado nas atividades vinculadas ao direito à saúde
Exemplos:
1)Obrigação de meio – na área médica, em geral, é adotada a responsabilidade decorrente da obrigação de meio, pois o médico não promete curar doenças, mas ele se compromete a utilizar todos os meios possíveis e lícitos para que isto aconteça, como no caso da clínica geral em UPAs.
 
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As obrigações de meio e de resultado nas atividades vinculadas ao direito à saúde
Exemplos:
2)Obrigação de resultado – nas cirurgias plásticas o médico tem obrigação de resultado, pois o contrato implica em um resultado final oferecido pelo médico e esperado pelo paciente.
 
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A prova do inadimplemento nas obrigações do 
direito à saúde 
Como vimos até agora, na obrigação de resultado, o médico responde pelo resultado final do procedimento realizado. Isso implica que, em casos, de ações judiciais contra o médico em função dos resultados, é o profissional médico que precisará provar a inverdade do que lhe é imputado, incorrendo na inversão doônus da prova.
 
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A prova do inadimplemento nas obrigações do 
direito à saúde 
ÔNUS DA PROVA:
Comprovação dos fatos alegados
Na obrigação de resultado, o médico responde pelo resultado final do procedimento realizado. Isso implica que, em casos, de ações judiciais contra o médico em função dos resultados, é o profissional médico que precisará provar a inverdade do que lhe é imputado, incorrendo na inversão do ônus da prova.
PACIENTE
O ônus da prova é originalmente atribuído a uma das partes para a comprovação dos fatos alegados, encargo esse que, em regra é atribuído à suposta vitima autora de uma ação judicial que vise a reparação do dano que alega ter sofrido.
MÉDICO
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A prova do inadimplemento nas obrigações do 
direito à saúde 
A relação médico-paciente engloba vertentes de um contrato muitas vezes verbal, subjetivo, pois o paciente espera que o médico exerça sua função com qualidade técnica, visto que ele estudou para isso e atua em um hospital, o que, para o paciente, pressupõe em segurança e confiança de que o médico atenderá suas demandas e necessidades. Nesse contexto vamos esclarecer os termos adimplemento e inadimplemento na área da saúde.
 
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A prova do inadimplemento nas obrigações do 
direito à saúde 
ADIMPLEMENTO
Também chamado de pagamento, compreende uma das formas de extinção de uma determinada obrigação através do seu cumprimento do contrato pelo contratado. No caso da saúde implica na ação adequada do médico em relação ao paciente, no cumprimento de suas obrigações contratuais.
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A prova do inadimplemento nas obrigações do 
direito à saúde 
INADIMPLEMENTO
Falta de cumprimento de um contrato ou de qualquer de suas condições; falta de pagamento de uma obrigação acordada; descumprimento; inadimplência. No caso da saúde implica no não cumprimento do contrato estabelecido entre médico e paciente.
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A prova do inadimplemento nas obrigações do 
direito à saúde 
Mesmo que o paciente tenha autorizado, previamente, o médico a realizar o tratamento considerado adequado e ainda que o médico proceda com a melhor conduta no caso específico, mesmo assim tal tratamento pode não ser perfeito e incorrer em erros, oriundos do inadimplemento total ou parcial do dever lateral, no caso o contratado (médico/hospital).
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
Responsabilidade médico-hospitalar consiste em todas as obrigações que o hospital e médicos têm com o público específico que atende e a responsabilização que podem sofrer em face das faltas cometidas no exercício de suas atribuições.
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
DANO MÉDICO
Toda e qualquer lesão, ainda que em potencial ou futura. Tem correlação com a culpabilidade do agente de saúde conforme sua ação ou omissão, a relação de causalidade e o dano experimentado pelo paciente. Também é considerado erro médico. A noção de dano também está associada à moral, quando se caracteriza lesão dos direitos humanos e da personalidade do paciente (dano moral).
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
ERRO MÉDICO
É o dano provocado no paciente pela ação ou inação do médico, no exercício da profissão, e sem a intenção de cometê-lo. Há três possibilidades de suscitar o dano e alcançar o erro: imprudência, imperícia e negligência.
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Necessidade de se compensar um eventual erro cometido. O art. 927 do código civil traz à tona que:
“Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
Sem a comprovação da culpa inexiste o dever de indenizar. O paciente que se sente lesado por qualquer ato médico, praticado ou não, deve, então, encontrar meios que comprovem sua culpa.
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
Por ocasião de uma ação indenizatória por erro médico – obrigação de meio - o ônus da prova é do Paciente, que precisa avaliar as conseqüências do erro e reunir um conjunto de contextos e implicações que comprovem o erro médico. Contudo, em casos em que a obrigação médica for de resultado, cabe ao médico o ônus da prova, como nos casos de cirurgias estéticas ou reparadoras.
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
A dificuldade de se provar um erro médico reside nos seguintes fatores: 
 Relação confidencial entre o médico e o paciente;
 Silêncio por parte daqueles que presenciaram ou participaram do fato;
 Aspecto técnico da culpa médica.
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
Se faz relevante ressaltar que em muitos casos a conduta do médico é correta, mas mesmo assim podem ocorrer danos, pois como já vimos, muitos são os fatores que podem levar o paciente a ter prejuízo no que tange à sua necessidade de ter atendidas as suas demandas. 
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
Por falta de conhecimento técnico acerca da sua enfermidade e dos procedimentos necessários a ela, o paciente muitas vezes confunde a frustração de suas expectativas com erro médico. Por isso é muito importante que o médico esclareça ao paciente qual é a sua enfermidade e todos os procedimentos necessários que serão adotados para o seu processo de cura. 
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
Segundo pesquisa realizada, as 10 especialidades médicas com mais queixas em 2001, em ordem de maior número de reclamações, são: 
 
 
cirurgia plástica
ginecologia/obstetrícia 
pediatria
ortopedia
medicina do trabalho
oftalmologia
psiquiatria
dermatologia
cardiologia
infectologia
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
O artigo 18 do Código Penal trata dos tipos de crimes possíveis: 
"Diz-se o crime: 
I- doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
II- culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.” 
 
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As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
A partir do descrito no Código Penal brasileiro, podemos afirmar que no crime doloso, a vontade do agente de saúde é de produzir o resultado danoso ou, como no caso de dolo eventual, ele assumiu o risco de haver um resultado danoso. No crime culposo, a vontade do agente de saúde não era de causar dano, mas isso veio a ocorrer em razão de imprudência, negligência ou imperícia.
 
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 As noções de dano médico, erro médico e responsabilidade civil.
CRIME CULPOSO
Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução.
IMPERÍCIA
Falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao exercício de sua profissão, inabilidade.
Falta de atenção ou cuidado; inobservância de deveres e obrigações.IMPRUDÊNCIA
NEGLIGÊNCIA
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IMPRUDÊNCIA
Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução.
Exemplos: 
1) Praticar cirurgia de risco sem os equipamentos necessários a um atendimento de emergência. 
2) Fazer um parto sem possuir o aspirador do líquido amniótico, por exemplo. (necessário para retirar o líquido que a criança geralmente aspira).
 
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IMPRUDÊNCIA
3) Anestesista que atende duas ou mais cirurgias ao mesmo tempo, realizando anestesias simultâneas. A prática deste expediente configura ilícito penal. O ilícito civil ocorre quando há qualquer tipo de dano ao paciente. 
Responsabilidade solidária – quando o médico responsável pela cirurgia aceita realizar a cirurgia nas condições expostas no exemplo 3. Nesse caso ele também é responsável, pois assumiu o risco junto ao anestesista. 
 
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NEGLIGÊNCIA
Falta de atenção ou cuidado; inobservância de deveres e obrigações.
Exemplos: 
1) Médico que deixa de praticar atos que sejam altamente relevantes para o estado de saúde do paciente. Como em casos de acidentes automobilísticos graves que o médico não solicita Raio X.
 
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NEGLIGÊNCIA
2) Médico que não determina atendimento hospitalar ou de enfermagem compatível com o que é recomendado pela medicina conforme o estado de saúde do paciente. Como em casos em que se faz necessária internação e o uso de soro na veia e o médico não prescreve.
 
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NEGLIGÊNCIA
3) Alta prematura: o paciente ainda precisa de cuidados médicos e hospitalares e recebe alta prematuramente. Nesse caso, o paciente pode sofrer seqüelas graves e vir a falecer ao sair do hospital.
4) O médico que, no momento da cirurgia opera o joelho direito quando o esquerdo é que deveria ser operado. Esse é um exemplo de ilícito penal e ilícito civil, pois houve lesão corporal e o paciente pode promover ação de indenização.
 
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IMPERÍCIA
Falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao exercício de sua profissão, inabilidade.
Exemplos:
1) O médico tem todos os sintomas que indicam claramente uma doença e prescreve o tratamento para outra doença.
 
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IMPERÍCIA
2) O médico cirurgião que, durante o procedimento cirúrgico, corta músculos, veias ou nervos que não podem ser suturados, gerando seqüelas para o paciente. Como em casos de cirurgia plástica da face em que o paciente perde movimentos de expressão fácil em função de ter músculos seccionados.
 
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Por mais especializado que o médico seja, ele também é um ser humano e está sujeito a falhas, mas com atenção e cuidado, em consonância com as normas médicas recomendadas, erros grosseiros podem ser evitados. 
 
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O médico e toda a equipe de saúde devem ter como preocupação na sua atuação profissional: o respeito ao paciente e sua família, pautar sua prática no conhecimento técnico da sua profissão específica, avaliar e informar ao hospital os medicamentos e insumos necessários para os procedimentos específicos, investigar e diferenciar disfunções até que tenha certeza de qual enfermidade o paciente está acometido, oferecer ao paciente informação adequada a respeito da sua enfermidade levando em consideração sua condição de saúde física e mental, utilizando uma linguagem de fácil entendimento, dentre outros.
 
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A conduta do médico é primordial para que a relação com o paciente seja benéfica para o paciente, sua participação no seu próprio tratamento e para que o médico também possa se implicar no processo de cura do paciente.
 
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Explorando o tema
Visite os sites:
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1128
Artigo: Posicionamento jurídico acerca da responsabilidade médica
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3229
Artigo: A atividade médica e o código de defesa do consumidor
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000200039
Artigo: Responsabilidade civil, penal e ética dos médicos

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