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INCA - Ações e Programas no Brasil - Controle do Câncer de Mama

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2017­6­4 INCA ­ Ações e Programas no Brasil ­ Controle do Câncer de Mama
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_controle_cancer_mama/conceito_magnitude 1/2
CONCEITO E MAGNITUDE
Conceito
O câncer de mama é um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos. A heterogeneidade deste
câncer pode ser observada pelas variadas manifestações clínicas e morfológicas, diferentes assinaturas genéticas e
consequentes diferenças nas respostas terapêuticas.
O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui hiperplasia, hiperplasia atípica,
carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses últimos, o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais
comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há
tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são edema
cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou
ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao
câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos.
Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
Magnitude
O câncer  de mama é  o mais  incidente  em mulheres,  excetuando­se  os  casos  de  pele  não melanoma,  representando
25% do total de casos de câncer no mundo em 2012, com aproximadamente 1,7 milhão de casos novos naquele ano. É
a  quinta  causa  de  morte  por  câncer  em  geral  (522.000  óbitos)  e  a  causa  mais  frequente  de  morte  por  câncer  em
mulheres [1].
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de
todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. Para o ano de 2016
foram estimados 57.960 casos novos, que representam uma taxa de incidência de 56,2 casos por 100.000 mulheres [2].
A  taxa  de  mortalidade  por  câncer  de  mama  ajustada  pela  população  mundial  apresenta  uma  curva  ascendente  e
representa a primeira causa de morte por câncer na população  feminina brasileira, com 13,03 óbitos/100.000 mulheres
em 2014  [3]. As  regiões Sudeste e Sul  são as que apresentam as maiores  taxas,  com 14,21 e 14,60 óbitos/100.000
mulheres em 2014, respectivamente.
Como mostra  a  tabela  a  seguir,  o  Brasil  apresenta  valores  intermediários  no  padrão  de  incidência  e  mortalidade  por
câncer de mama. Cabe destacar que, proporcionalmente, as diferenças entre as taxas de incidência e mortalidade nos
países desenvolvidos são maiores, sugerindo maior alcance das ações de rastreamento em diagnosticar precocemente
a doença e acesso aos avanços no tratamento.
Taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama, por 100.000 mulheres, em países selecionados, 2012
Região\País
Incidência Mortalidade
Taxa Bruta TaxaPadronizada Taxa Bruta
Taxa
Padronizada
Finlândia 162,9 89,4 31,3 13,6
Reino Unido 164,5 95,0 36,7 17,1
Espanha 106,6 67,3 25,7 11,8
Estados Unidos 145,6 92,9 27,5 14,9
Canadá 134,1 79,8 28,2 13,9
Austrália 128,0 86,0 25,7 14,0
Japão 85,9 51,5 21,3 9,8
Paraguai 37,1 43,8 13,0 15,6
Bolívia 15,7 19,2 5,8 7,2
Zâmbia 11,9 22,4 5,9 1,1
Brasil * 66,8 59,5 16,3 14,3
Brasil (dados oficiais) ** 56,1 ­ 14,4 13,0
Fonte: Globocan. IARC (WHO), 2012.
* Os dados do Globocan são diferentes dos dados das  fontes nacionais por diferenças metodológicas no cálculo das
taxas.
** Referem­se à estimativa de incidência para 2016/2017 (INCA, 2015) e à taxa de mortalidade do ano de 2014 (Sistema
de Informação sobre Mortalidade/Ministério da Saúde).
2017­6­4 INCA ­ Ações e Programas no Brasil ­ Controle do Câncer de Mama
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_controle_cancer_mama/conceito_magnitude 2/2
Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, em 2014, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar
no país, representando 15,7% do total de óbitos. Esse padrão é semelhante para as regiões brasileiras, com exceção da
região  Norte,  onde  os  óbitos  por  câncer  de  mama  ocupam  o  segundo  lugar,  com  12,2%.  Neste  ano,  os  maiores
percentuais  na mortalidade  proporcional  por  câncer  de mama  foram  os  do  Sudeste  (16,5%)  e  Centro­Oeste  (16,3%),
seguidos pelos Sul (15,4%) e Nordeste (14,7%) [5].
A  incidência do  câncer de mama  tende a  crescer progressivamente a partir  dos 40 anos,  com exceção de países da
Ásia [4]. A mortalidade também aumenta progressivamente com a idade, conforme dados para o Brasil apresentados a
seguir  [5]. Na população feminina abaixo de 40 anos, ocorrem menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres, enquanto
na faixa etária a partir de 60 anos o risco é 20 vezes maior.
Taxas de mortalidade por câncer de mama feminina, específicas por faixas etárias, por 100.000 mulheres. Brasil, 1990 ­
2014

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