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Aula 028 1 CAPÍTULO 15 Aula 028 2 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Só estudaremos casos onde os objetos rolam sem deslizar, ou seja, não há movimento relativo entre as superfícies em contato, no ponto de contato. Aula 028 3 15.1 – Condição de não-deslizamento: CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Quando um objeto rola sem deslizar sobre uma superfície, o movimento é chamado de rolamento suave. Sempre que o objeto rola sem deslizar, a distância linear percorrida pelo seu centro de massa é igual ao comprimento do arco de círculo descrito por um ponto na periferia do objeto. Aula 028 4 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Condição de não-deslizamento para a posição: Derivando em relação ao tempo: Condição de não-deslizamento para a velocidade: Derivando em relação ao tempo: Condição de não-deslizamento para a aceleração: Aula 028 5 Pontos a diferentes distâncias do eixo de rotação descreverão trajetórias diferentes Ciclóide CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Aula 028 6 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento 15.2 – Rolamento como uma combinação de translação e rotação: O movimento de rolamento pode ser representado como uma combinação do movimento de translação pura do centro de massa mais o movimento de rotação pura de todos os outros pontos do objeto em torno do centro de massa. translação pura rotação pura rolamento Aula 028 7 E se o corpo rolar com uma aceleração..... CM aa 2 0v0a CMaa CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento O ponto do objeto que está em contato com a superfície precisa ter velocidade instantânea nula pois caso contrário haveria deslizamento do objeto em relação à superfície. Nunca há atrito cinético atuando no rolamento suave, apenas atrito estático (supondo apenas um ponto de contato entre as superfícies). Aula 028 8 15.3 – Rolamento como uma rotação pura: CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento O movimento de rolamento também pode ser representado como uma rotação pura em torno do ponto de contato com a superfície (correspondendo ao eixo de rotação, onde v=0). rotação pura: Aula 028 9 15.4 – Energia cinética de rolamento: CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Considerando o movimento de rolamento como uma rotação pura em torno do ponto de contato com a superfície Mas como o ponto P não é o centro de massa do objeto, precisamos calcular IP pelo T.E.P. Aula 028 10 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Pela condição de não-deslizamento, temos: Aula 028 11 A energia cinética de rolamento é composta de um termo puramente rotacional e outro termo puramente translacional CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Aula 028 12 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento 15.5 – O papel do atrito no rolamento : Quando liberado na posição mostrada abaixo do alto de um plano inclinado real, um disco de hóquei desce rolando suavemente. - Quem faz o disco girar? - Para onde age a força de atrito? - Por que ele rola e não desliza? Aula 028 13 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento - Quem faz o disco girar? Os suspeitos usuais seriam o peso e a normal ... Mas como o disco gira em torno do seu CM, os torques são: Como P age no centro de massa, Como N age na direção radial, Aula 028 14 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Então nem o nem a causam torque! Consequentemente, a força que faz o disco girar tem que ser a força de atrito estático! Como a força de atrito sempre é oposta à tendência de desliza- mento, nesse caso ela está no sentido contrário ao de Px. (giro horário) - Para onde age a força de atrito? Aula 028 15 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Porque num plano real sempre há possibilidade de uma força de atrito atuar. O atrito surge sempre que há tendência ao deslizamento, aparecendo no sentido contrário à essa tendência. Quando o disco é colocado com um só ponto em contato com a superfície (aproximadamente), surge inicialmente o atrito ESTÁTICO. Como essa força de atrito estático já é capaz de causar torque, ela inicia o movimento de rolamento e não aumenta em valor máximo até virar atrito cinético. - Por que ele rola e não desliza? Aula 028 16 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Exemplo 15.1 Um disco de hóquei está inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal áspera. Um agente externo então realiza uma ação sobre o disco. Indique qual a direção da força de atrito agindo sobre o disco e qual o torque resultante em cada caso: a) Uma força externa é aplicada sobre o CM do disco, na direção ilustrada. b) Uma força externa é aplicada na borda superior do disco, na direção ilustrada. c) Um torque externo é aplicado ao disco, gerando uma a no sentido ilustrado abaixo. Aula 028 17 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento a) Uma força externa é aplicada sobre o CM do disco, na direção ilustrada. Como a força F age no centro do disco, em torno do qual ele pode girar, o torque de F será nulo pois a distância do eixo ao ponto de aplicação de F é zero. Mas F causa uma tendência ao deslizamento para a direita. Contrária à essa tendência, surge uma força de atrito estático (não chega a haver deslizamento) para a esquerda. Essa força de atrito estático causa um torque, pois age no ponto de contato com a superfície, a uma distância R do eixo. E esse torque produz um giro no sentido horário, para este caso. tendência ao deslizamento ࢋ Aula 028 18 b) Uma força externa é aplicada na borda superior do disco, na direção ilustrada. CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento tendência a derrapagem (deslizar) Como a força F age na borda do disco, ela agora gera uma tendência ao giro, pois está a uma distância R do eixo central. O torque de F induz um giro no sentido horário, de forma que, no ponto de contato com o solo, o disco tende a derrapar, empurrando o solo para a esquerda da figura. Contrária à essa tendência, surge uma força de atrito estático para a direita. Essa força de atrito estático também causa um torque, que no caso é oposto ao de F, portanto no sentido anti-horário. ࢋ Aula 028 19 c) Um torque externo é aplicado ao disco, gerando uma a no sentido ilustrado abaixo. CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Se há um torque externo agindo, há tendência à derrapagem no ponto de contato com a superfície. Essa tendência sempre aparece no sentido em que o disco varia sua velocidade angular. Logo, uma força de atrito surge no sentido contrário ao da tendência à derrapagem, gerando um torque que se soma vetorialmente ao torque externo. tendência a derrapagem Aula 028 20 CAPÍTULO 15 – Movimento de rolamento Por exemplo, quando começa a pedalar uma bicicleta, você imprime uma aceleração angular à roda traseira. Essa aceleração angular gera uma tendência à derrapagem no ponto de contato entre a roda traseira e o chão. Como resultado, uma força de atrito estático aparece, no sentido oposto ao da tendência à derrapagem. Assim, o atrito estático é o responsável pelo translado da bicicleta!tendência àderrapagem
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