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Unidade II ESTUDOS REGIONAIS DO BRASIL (SE, S) Prof. Wanderlei Sergio Síntese da aula Região Sudeste: quadro natural. Região Sudeste: quadro humano. Região Sudeste: quadro econômico. Espírito Santo. Problemas ambientais de destaque. Região Sudeste: quadro natural Destaca-se por seu quadro natural diversificado e marcado pela atividade humana, pela existência de grandes aglomerados urbanos industrializados, extensas áreas de pastagens, plantações diversas, exploração mineral e por ser a mais populosa e densamente povoada das regiões do país. Dentre os Estados que a compõem, somente Minas Gerais não é banhado pelo Oceano Atlântico (turismo). Região Sudeste: quadro natural No conjunto, o SE apresenta terras altas (destaque para a Serra do Mar, próxima ao Oceano Atlântico), depressões relativas (destaque para o Vale do Paraíba, entre São Paulo e Rio de Janeiro), planaltos ondulados e tabulares com feições variadas e geomorfologicamente denominados Mares de Morros, além de Planícies Intermontanas e áreas mais elevadas. É possível dividir o relevo da região entre: Sudeste Oriental – a partir do litoral, onde nascem as terras cristalinas dos planaltos e serras do atlântico, de elevada idade geológica (pré-cambrianas) que se apresentam como se fossem degraus à medida que nos afastamos do litoral. É a região das grandes serras. Região Sudeste: quadro natural Nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a zona de serras chega até o oceano, apresentando escarpas elevadas na Serra do Mar. No sul de Minas Gerais, dominando grandes áreas desse Estado e as áreas fronteiriças com São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, aparece a Serra da Mantiqueira. Destaques na região são os pão-de-açucarenses (conjunto de escarpas pontiagudas) e os mares de morros (grandes superfícies cobertas de morros arredondados, também conhecidos como meias-laranjas, uma verdadeira muralha constituída por rochas cristalinas muito antigas e desgastadas pela erosão). Outras feições do relevo: Região Sudeste: quadro natural praias – onde se alarga a Planície Costeira ou Litorânea, nascendo nos terrenos alagadiços muitas lagoas (como Maricá – RJ) e baixadas litorâneas (como a santista – SP ou a fluminense – RJ); restingas – cordões formados pelo acúmulo de areia, resultado da sedimentação marinha junto à costa. Algumas chegam a formar extensas ilhas, como Ilha Comprida – SP. Do ponto de vista geológico, apresenta terrenos cristalinos antigos, onde são encontrados muitos recursos minerais de destaque, como ocorre no chamado “Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais”. Região Sudeste: quadro natural Outros recursos minerais estão presentes em formações geológicas mais recentes (áreas de sedimentação), com destaque para o xisto (Vale do Paraíba) e o petróleo (Campos – RJ). Sudeste Ocidental – caracterizado por planaltos e chapadas da Bacia do Paraná (idade geológica mais recente – Paleozoica). Extrapola os limites da região e do país, abrangendo terras de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Terrenos de formação predominante arenítico-basáltica, onde se destaca a presença de cuestas e morros testemunhos. Região Sudeste: quadro natural É importante destacar o intemperismo que ocorre na região, tanto o físico (contato, abrasão) quanto o químico (reação dos componentes rochosos em contato com a água da chuva e os raios solares – localiza-se nos trópicos). Por conta de sua posição geográfica e das características do relevo, suas temperaturas são amenizadas. Localiza-se nas zonas climáticas tropical e subtropical. Em termos de localização geográfica, encontra-se entre as latitudes aproximadas 15 e 25 graus sul, sendo o Estado de São Paulo cortado pelo Trópico de Capricórnio. Região Sudeste: quadro natural O clima ocorre segundo os tipos: tropical, tropical de altitude, subtropical e tropical semiárido. Os tipos tropicais ocorrem no Espírito Santo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e oeste de São Paulo, caracterizando-se por médias anuais elevadas e duas estações bem-definidas: verão chuvoso e seca de inverno. O tropical de altitude ocorre nos trechos mais elevados do relevo, com temperaturas mais baixas. O subtropical ocorre no sul de São Paulo, marcado por chuvas bem-distribuídas durante o ano, temperaturas médias anuais mais baixas e grande amplitude térmica anual. Região Sudeste: quadro natural O tropical semiárido ocorre no norte de Minas Gerais, com estação seca de cinco meses ou mais, como nos vales dos rios São Francisco e Jequitinhonha. As temperaturas são mais elevadas e há menos umidade. Durante o inverno, o centro-leste de São Paulo e o sul do Rio de Janeiro são frequentemente atingidos pelos ventos frios de origem polar, frentes frias vindas do Sul. Nesse período, o clima em lugares mais altos chega a atingir temperaturas abaixo de zero, com ocorrência de geadas. De modo geral, os totais anuais de chuva da região encontram-se entre 1.000 e 2.000 milímetros cúbicos. As exceções são: Região Sudeste: quadro natural o norte de Minas Gerais, com totais entre 500 e 1.000 mm3 – características de semiaridez – região incluída no polígono das secas; a fachada atlântica da Serra do Mar, com totais superiores a 2.000 mm3. Itapanhaú apresenta o maior total pluviométrico do Brasil (4.780 mm/ano). A causa dessas precipitações são as chuvas de relevo. O normal é que a maior intensidade de chuvas ocorra entre outubro e março, as chamadas chuvas de verão. As paisagens vegetais estão diretamente ligadas ao tipo climático e ao solo. Região Sudeste: quadro natural A ocupação intensiva alterou profundamente as paisagens naturais. As áreas mais úmidas eram cobertas pela Mata Atlântica. Alarga-se além da faixa próxima ao litoral onde a Serra do Mar também se afasta. Ocupa grandes áreas de São Paulo e Minas Gerais e praticamente todo o Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ao longo dos principais rios, onde a Mata Atlântica também dominava, a maior parte da mata foi cortada para o avanço das frentes agrícolas ou para a transformação da madeira em carvão para as indústrias siderúrgicas. Na porção centro-oeste de Minas Gerais ocorre o Cerrado, já que o clima apresenta uma estação seca mais definida. Ele ocorre em alguns bolsões esparsos pela região também. Interatividade “Grandes superfícies cobertas de morros arredondados, também conhecidos como meias-laranjas, uma verdadeira muralha constituída por rochas cristalinas muito antigas e desgastadas pela erosão”. Essa descrição corresponde: a) aos Mares de Morros. b) à Planície Costeira. c) às Planícies Intermontanas. d) às Depressões Periféricas. e) à Bacia do rio São Francisco. Região Sudeste: quadro natural O Cerrado também sofreu com a devastação, para alimentar os fornos das indústrias com carvão e, de modo mais localizado a oeste, para dar lugar a gramíneas que servem de pasto para o gado. No norte de Minas Gerais ocorre a Caatinga, na área de clima semiárido. Próximo do litoral a vegetação é muito variada, com plantas adaptadas aos solos com muito sal. Na foz de alguns rios, periodicamente invadidas por águas marinhas, aparecem os manguezais, o principal berço da vida aquática costeira tropical atlântica. Região Sudeste: quadro natural Quanto à hidrografia, pela sua localização, a região Sudeste exerce papel de centro dispersor de bacias hidrográficas, dando origem a importantes rios que escoam por todas as direções. Rios do centro-norte escoam para a Bacia do rio São Francisco, as do Sudeste para o rio Paraná e as do leste para as bacias costeiras, sendo essas as principais bacias hidrográficas. Os rios são essencialmente de planalto, apresentando muitas cachoeiras e corredeiras, o que dificulta a navegação, mas permite uma enorme produção de energia hidroelétrica. Região Sudeste: quadro natural O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG), a cerca de 1.000 m de altitude, e toma o rumo norte, atravessando Minas Gerais e dirigindo-se para a Bahia. Deságua entre os estados de Alagoas e Sergipe. Sua bacia drena cerca de 7,5% do território nacional. É o maior rio totalmente brasileiro. Historicamente, teve enorme importância ao ser utilizado na penetração da colonização pelo sertão. É navegável durante o ano todo entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), e seu afluente de maior destaque é o rio das Velhas, que entra pela margem direita após passar próximo a Belo Horizonte. Dentre as usinas hidroelétricas; merece destaque a de Três Marias (MG). Região Sudeste: quadro natural O rio Paraná nasce na fronteira entre São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, da união do rio Grande (Serra da Mantiqueira) e rio Paranaíba (Serra da Mata da Corda), e toma a direção sudoeste, separando São Paulo e Mato Grosso do Sul. Pela margem esquerda recebe os seus mais importantes afluentes: os rios Tietê e Paranapanema. Drena 10,47% das terras do país, além de outros países. Apresenta o maior potencial instalado de geração de energia hidroelétrica do país, com muitas usinas distribuídas no seu curso e dos seus afluentes. Merece destaque o rio Tietê, que atravessa o interior do Estado de São Paulo – a hidrovia do álcool. Região Sudeste: quadro natural As bacias litorâneas agrupadas do leste englobam rios que deságuam diretamente no mar, após vencer as escarpas do Planalto Atlântico. Outro rio muito importante, o Paraíba do Sul, nasce na Serra do Mar, toma rumo oeste, mas logo faz uma ferradura e toma rumo nordeste. Atravessa o chamado Rift Valley, fossa tectônica que separa as serras do Mar e da Mantiqueira até o norte do Rio de Janeiro, onde alcança o oceano. A grande importância de sua bacia está no fato de ligar as duas áreas mais importantes do Brasil – São Paulo e Rio de Janeiro – por meio da Rodovia Presidente Dutra, a mais movimentada do país. Região Sudeste: quadro natural No contexto dessa bacia, ganha destaque o rio Guandú, que depois da transposição do rio Paraíba tornou-se um rio caudaloso que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro. Na transposição, dois terços da vazão do rio Paraíba são desviados para o Guandú. Merece destaque também o rio Doce, que nasce nas terras altas de Minas Gerais e desce para o Espírito Santo, onde alcança o mar. Em Minas Gerais, atravessa a região produtora de ferro e aço. Região Sudeste: quadro natural Ao descer do planalto para a planície, escavou um vale de pouca inclinação, o que possibilitou a construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas. Na região destacam-se também os rios Ribeira de Iguape e Jequitinhonha. Interatividade “Nasce na fronteira entre São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, da união do rio Grande (Serra da Mantiqueira) e rio Paranaíba (Serra da Mata da Corda), e toma a direção sudoeste, separando São Paulo e Mato Grosso do Sul”. Essa descrição corresponde ao rio: a) São Francisco. b) Jequitinhonha. c) Amazonas. d) Paraná. e) Tietê. Região Sudeste: quadro humano Com mais de 80 milhões de habitantes, a região representa 42,3% da população do país (dados de 2011). São Paulo, com 42 milhões de habitantes, é o Estado mais populoso, seguido de Minas Gerais (19,5 milhões de habitantes), Rio de Janeiro (15,9 milhões de habitantes) e Espírito Santo (3,5 milhões de habitantes). É também a região mais povoada (densidade demográfica) do país e a mais urbanizada (cerca de 92% da população vive no meio urbano). Ainda é a região de maior atração populacional. Seu crescimento populacional (cerca de 1,5% ao ano) continua elevado em termos absolutos. Região Sudeste: quadro humano O povoamento começou pelo litoral e áreas próximas, baseado no cultivo de cana-de-açúcar, mas foi com a descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais que se efetivou a ocupação do interior. Algumas cidades fundadas nesse período merecem destaque: Ouro Preto, Mariana, Diamantina e São João Del Rei, todas em Minas Gerais. Ouro Preto, inclusive, tem sua arquitetura preservada como patrimônio histórico mundial. A ocupação continuou com a cafeicultura, vinda do Rio de Janeiro pelo Vale do Paraíba e, depois, atingindo os demais Estados da região. Região Sudeste: quadro humano O desmatamento e as plantações empobreciam o solo, e os fazendeiros se deslocavam em busca de áreas mais férteis para a agricultura. Um grande número de migrantes nordestinos e imigrantes europeus e asiáticos foram atraídos para a região, principalmente após a abolição da escravatura. Com a industrialização e a multiplicação dos serviços nas áreas urbanas, a atração populacional acentuou-se, intensificando o êxodo rural, que já acontecia por outras razões, como a mecanização rural, mudanças quanto ao tipo de produtos cultivados e transformação de muitas fazendas cafeeiras em fazendas de criação de gado. Região Sudeste: quadro humano Sucintamente, as etapas de povoamento da região Sudeste foram: século XVI – colonização do litoral; século XVII – bandeirismo; século XVIII – mineração; século XIX – cafeicultura; século XX – expansão urbano – industrial. Com o processo de industrialização, principalmente em São Paulo, acentuou-se o êxodo rural e o processo de urbanização. Região Sudeste: quadro humano É no eixo Rio-São Paulo que se concentra a maior parte da população do Sudeste, além de Belo Horizonte. Destaca-se também a concentração populacional do Vale do Rio Doce, além do norte do Estado de São Paulo e Triângulo Mineiro. O Rio de Janeiro teve um crescimento populacional entre praias e morros cobertos de florestas. Atualmente, tais morros estão tomados por favelas e, nas baixadas, proliferam organizações espaciais quase sempre problemáticas, como ocorre na Baixada Fluminense. Região Sudeste: quadro humano A população do Sudeste apresenta certas peculiaridades em relação às demais regiões, decorrentes: do crescimento vegetativo relativamente baixo; das migrações frequentes para a região; da atuação como área polarizadora de mão de obra; da alta taxa de urbanização; do intenso processo de industrialização; (continua...) Região Sudeste: quadro humano da mecanização agrícola cada vez maior; da presença de grande número de imigrantes de várias nacionalidades. Possui o maior número de cidades que, pelo próprio processo de ocupação, estão muito próximas umas das outras (conurbação). Áreas ao redor de uma metrópole ou capital regional, com destaque para a Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Vitória e as regiões metropolitanas de Campinas e Baixada Santista. As rodovias caracterizam-se como eixos de industrialização, principalmente em São Paulo. Algumas regiões metropolitanas serão destacadas: Região Sudeste: quadro humano A região metropolitana de São Paulo abrange 39 municípios e possui cerca de 21 milhões de habitantes. A grande concentração industrial foi o grande fator de seu desenvolvimento. Sua área de influência direta abrange todo o Estado, o Triângulo Mineiro, o sul deMinas Gerais, o norte do Paraná, o sul de Goiás e o Mato Grosso do Sul. A região metropolitana do Rio de Janeiro abrange 17 municípios e conta com uma população de 11,9 milhões de habitantes. É o segundo complexo industrial do país. Polariza todo o Estado, a Zona da Mata mineira, o leste de Minas Gerais e todo o Espírito Santo. Região Sudeste: quadro humano A região metropolitana de Vitória é composta por 5 municípios e possui 1,7 milhão de habitantes. Destaca-se pela intensa atividade portuária (Tubarão) e por uma estrutura hoteleira de turismo de alta qualidade. A região metropolitana de Belo Horizonte engloba 20 municípios e totaliza 5,2 milhões de habitantes. É o terceiro maior centro urbano industrial do país. Seu complexo industrial se desenvolve graças às riquezas minerais e ao movimento comercial, bancário e administrativo. Polariza o norte e o centro do Estado. Região Sudeste: quadro humano Na região Sudeste, além da indústria, a pecuária também é muito importante, com destaque para as regiões de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Uberaba, Uberlândia e muitas outras. O Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, é considerado um dos lugares mais problemáticos do Brasil, em termos sociais. No âmbito do Estado de São Paulo, a região menos desenvolvida e mais problemática em termos sociais é o Vale do Ribeira. Espírito Santo A capital é Vitória. Outras importantes cidades são: Aracruz, Anchieta, Cariacica, Cachoeiro do Itapemirim, Colatina, Guarapari e Vila Velha. Foi ocupada com lavouras cafeeiras que se originaram no Rio de Janeiro, após o extermínio de índios cujas tribos foram consideradas hostis. Estabeleceram-se latifúndios escravistas e, no fim do século XIX, chegaram os imigrantes originários da Itália, Alemanha e Pomerânia (nação extinta que se localizava onde hoje ficam a Polônia e a Alemanha). Espírito Santo A praia de Guarapari oferece muita atividade balneária, e também há outras belas praias. Além do turismo, a atividade econômica apoia-se na existência de reservas de mineral radiativo, atividade portuária (Tubarão), exploração de petróleo e gás natural. Atualmente ocorrem muitos reflorestamentos de eucalipto de origem australiana ou canadense. A Mata Atlântica encontra-se muito degradada. O litoral é rochoso ao sul, recortado, apresentando enseadas e baías. Ao norte, apresenta-se arenoso. Problemas ambientais de destaque: contaminação das represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo – segundo o governo paulista, 400 toneladas de lixo são despejadas diariamente só na bacia da represa Billings, onde moram cerca de 1 milhão de pessoas; excessiva pressão populacional sobre os recursos naturais; devastação da Mata Atlântica; poluição do rio Tietê, em São Paulo – para despoluí-lo, estima-se gastar cerca de 11 bilhões de reais até 2020; presença de lixões; problemas ambientais decorrentes de atividades mineradoras. Interatividade Durante o século XX, na região Sudeste, e principalmente em São Paulo, acentuou-se o êxodo rural e o processo de urbanização. Isso decorre, principalmente: a) do plantio de café. b) do plantio de cana-de-açúcar. c) do processo de industrialização. d) do clima tropical. e) da proximidade com Minas Gerais. Região Sudeste: quadro econômico Em 2005, a região participava com mais da metade do PIB brasileiro (cerca de 56,5%). O desenvolvimento está ligado a um conjunto de causas, como: a exportação de café, que possibilitou o acúmulo de capital; a imigração, que incrementou a mão de obra; a expansão ferroviária no início e, mais tarde, a rodoviária; o aparelhamento do Porto de Santos; os aspectos naturais, principalmente relevo e hidrografia, propiciando grande potencial gerador de energia hidroelétrica; a existência de grandes reservas minerais, principalmente em Minas Gerais (fornecedora de matéria-prima). Região Sudeste: quadro econômico A industrialização ocorreu de modo muito forte no período que envolve as guerras mundiais (1914 a 1945). A dificuldade de importações gerou a substituição de produtos. Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961) também incentivou-se o processo de industrialização por meio de grandes investimentos públicos para melhoria e ampliação dos serviços de infraestrutura (energia, transportes, siderurgia etc.). As condições naturais (notadamente clima, solo e relevo), junto ao grande potencial mineralógico, oferecem excelentes condições para o desenvolvimento econômico. Região Sudeste: quadro econômico Destaques do processo histórico-econômico: descoberta do ouro; transferência da capital do país para o Rio de Janeiro; formação de um mercado regional; desenvolvimento da agricultura cafeeira. Tais fatores ajudaram a dinamizar os setores agropecuário, industrial e comercial, aumentando o desequilíbrio regional do Brasil, e mesmo o intrarregional. Trata-se da região mais desenvolvida do país, apresentando: a agricultura mais variada e de maior produtividade; Região Sudeste: quadro econômico maior concentração de indústrias; maior e melhor rede de transportes; melhor fornecimento de energia; rede bancária e comercial mais organizada; presença de centros culturais e tecnológicos. Destaques em termos de atividade econômica: Indústria – foi favorecida pelos capitais oriundos do café, pela produção de energia, pelos recursos minerais, pelo mercado consumidor e por uma rede de transporte muito boa. A região detém a maior produção industrial e subsequente concentração de indústrias, o maior número de trabalhadores e de mercado consumidor. Região Sudeste: quadro econômico Agricultura – nas últimas décadas, passou de monocultura (café) para policultura. Grandes fazendas foram divididas em propriedades menores, proprietários introduziram técnicas modernas. É essencialmente comercial, produzindo tanto para mercados nacionais quanto para estrangeiros. Dentre outros produtos, é o maior produtor nacional de café, laranja, cana-de-açúcar, milho, feijão, frutas e verduras. Pecuária – atividade antiga na região, abastece com alimentos in natura diretamente à população ou atende a indústrias alimentícias. Destacam-se os rebanhos bovino, suíno e equino. Região Sudeste: quadro econômico Recursos minerais – apresenta excelentes reservas em seu subsolo, com destaque para ferro e manganês (quadrilátero ferrífero de Minas Gerais), bauxita (Ouro Preto – MG), sal (Araruama e Cabo Frio – RJ), zinco (MG), zircônio (MG), mármore (ES) e petróleo (bacias de Campos – RJ e Santos – SP). As sub-regiões do Sudeste – para efeitos de caracterização econômica e de distribuição populacional, o Sudeste pode ser dividido em: metropolitano, oriental e ocidental. Região Sudeste: quadro econômico Sudeste Metropolitano – caracteriza-se pela grande concentração industrial e de cidades, onde vive quase metade da população regional. Espaços rurais são aproveitados principalmente para a produção de verduras, hortaliças, frutas, criação de aves e pecuária leiteira, atividades destinadas a abastecer a grande população urbana. Destaque deve ser dado ao quadrilátero ferrífero de Minas Gerais, de onde a produção a exportar é transportada para o Porto de Tubarão. Sudeste Oriental – a ocupação foi feita com a agricultura cafeeira. Com a decadência dessa cultura, a criação de gado tornou-se sua principal atividade econômica, sobretudo nas áreas montanhosas. Região Sudeste: quadro econômico Ao norte do Rio de Janeiro, a pecuáriaé leiteira; no Vale do Rio Doce é de corte. No Estado do Espírito Santo, o café teve grande expansão na década de 1980. Na região de Campos, o destaque fica com a cultura de cana-de-açúcar. No sul de Minas Gerais predominam pequenas propriedades e policultura, com a criação de suínos e de gado leiteiro. Nos últimos anos o café tem ressurgido em função das geadas constantes no norte do Paraná. Outra atividade importante é o turismo em estâncias. Região Sudeste: quadro econômico Sudeste Ocidental – área de policultura e criação de gado. Na depressão periférica destaca-se a produção de cana-de-açúcar; no oeste paulista, café nas colinas e algodão nos vales. A laranja predomina no centro-norte. Nas terras cansadas é praticada a pecuária e a área de invernadas destina-se à engorda. No norte de Minas Gerais há o predomínio da pecuária extensiva; no Vale do São Francisco, fruta irrigada e café. Com relação aos recursos minerais, no litoral do Rio de Janeiro destaca-se a Bacia de Campos, principal área produtora de petróleo do Brasil, responsável por cerca de 84% da produção nacional. Sua reserva estende-se do Espírito Santo até Arraial do Cabo. Sua descoberta é responsável direta pelos bons indicadores socioeconômicos da região. Região Sudeste: quadro econômico Na Bacia de Santos, o pré-sal é a nova fronteira exploratória. Trata-se de uma camada de reservatório que se encontra no subsolo do litoral desde o Espírito Santo até Santa Catarina, ao longo de 800 km. Interatividade Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961) ocorreram grandes investimentos públicos para melhoria e ampliação dos serviços de infraestrutura (energia, transportes, siderurgia etc.). Isso colaborou para o fortalecimento do quê? a) Do avanço dos bandeirantes pelo interior do Brasil. b) Do processo de industrialização. c) Do governo militar. d) Da cafeicultura. e) Da pecuária extensiva. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Síntese da aula Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Interatividade Resposta Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Região Sudeste: quadro natural Interatividade Resposta Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Região Sudeste: quadro humano Espírito Santo Espírito Santo Problemas ambientais de destaque: Interatividade Resposta Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Região Sudeste: quadro econômico Interatividade Resposta Slide Number 51
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