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Resenha - Comunicação Pública e Privada

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A importância da comunicação pública através de emissoras de rádios e TV sem gerar manipulação, somente com o objetivo de informar seja através de programas educativos e culturais. Não tratando apenas de passar propagandas publicitarias, mas sim de usar a informação como esclarecimento, como interesse ao público. 
A comunicação pública tem que falar para o público em geral através de noticiários, programas de debate, documentários. Para o público infantil que é um ponto forte e importante, essas emissoras transmitem programas educacionais, as produções como “Vila Sésamo e Sítio do Picapau Amarelo” tiveram grande destaque desde os anos 1970. As coberturas de programas esportivos que tem o interesse da sociedade, como Paralimpíadas, transmissões de Campeonato de Futebol das series inferiores. Em 2016, a TV Brasil e emissoras parceiras da Rede Pública exibiram cerca de 10 horas diárias de programação dedicada às Paralimpíadas.
A professora e jornalista Marcia Detoni esclarece que as emissoras públicas não são apenas aquelas que refere-se à programas que não são lucrativos, ou que são emissoras que atuam mais no campo da educação ou comunitário, isso não define uma emissora pública. As emissoras públicas são basicamente financiadas pelo poder público ou de uma taxa que é cobrada dos telespectadores ou ouvintes. É uma emissora que não está atrelada a nenhum interesse político e nem interesse comercial.
Como exemplo disso, temos a BBC com o seu lema “A nação deve transmitir paz para a nação" que foi fundada como emissora privada em 1922 com o nome de “British Broadcasting Corporation” após enfrentar problemas de financiamento tornou-se em 1927 a primeira empresa pública de rádio de fusão do mundo e mudou o nome para “British Broadcasting Company Ltd”. 
A primeira emissora pública do Brasil foi a Rádio Mec criada em 1923 por Edgar Roquete Pinto e Henrique Mourize como radio sociedade do Rio de Janeiro, foi doada ao ministério da educação em 1936 tornando-se pública. A emissora hoje gerida pela empresa Brasil de Comunicação mantem fins educativos, culturais e informativos. Já a primeira televisão pública do Brasil foi a TV Universitária de Pernambuco, inaugurada em 1968.
“A comunicação pública é a única ferramenta capaz de garantir democracia”, diz a professora de Comunicação e Artes, Márcia Haswani.
 Definitivamente a comunicação pública é importante para a definição de questões políticas ou culturais, através dessas emissoras sem a contaminação de interesses comerciais ou políticos. Apenas a transmissão de pontos de vistas alternativos, possibilitando a informação de maneira clara sem ruídos, sem impor nada, sem manipulação, dando voz aos setores que não são representados na mídia comercial, fazendo com que expressem seu ponto de vista, argumentem a favor de mudanças de reivindicações. “Isso é democracia, é pluralidade de vozes.”
Em 2007 foi criada uma empresa pública federal que possui um conglomerado de mídias no Brasil, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Com o intuito de reunir todas as emissoras de televisão e rádio do governo federal para criar uma grande empresa nos moldes da BBC de Londres que é referência de comunicação pública, sendo a emissora de maior audiência da Grã-Bretanha. A EBC ficou muito dependente na época de uma verba estatal, acabando se “inflamando” com os interesses políticos. 
Desde do Governo Vargas isso vem sendo uma verdade, a “política” implanta meios e estratégias políticas de comunicação. Como por exemplo o programa “A Hora do Brasil” e depois se transformou em “A Voz do Brasil”, a “EBC”, “TV Câmera”, “TV Senado”, “TV Justiça” , surgem de uma necessidade que vem da política e não da sociedade.
 “A rádio fusão pública se afirmar quando ela é relevante para a sociedade e um dos aspectos que garantem a sua dependência é a participação social nas emissoras. Esse modelo no Brasil era garantido até 2016, ou grande parte garantido, por meio de um conselho curador”, diz o Jornalista e Pesquisador Octavio Penna Pieranti. 
Com as novas tecnologias, a comunicação pública tem um novo objetivo que não é apenas veicular as notícias através de rádio ou televisão no qual os jovens de hoje em dia não estão mais tão ligados à esses meios. A professora e jornalista Marcia Detoni, destaca que as novas tecnologias são uma grande oportunidade de rejuvenescimento da mídia pública. “Eu vejo que isso é o caminho, as emissoras pensarem como produtoras de conteúdo e oferecerem esse conteúdo pelas mais diversas plataformas.”
“A mídia pública para ter audiência, ela tem que se aproximar muito mais do cidadão. No passado, nós tínhamos uma mídia pública, uma mídia estatal, muito voltada para uma programação de elite. Então você transmite consertos, shows, espetáculos de alta cultura e você acaba isolando um cidadão que não acompanha este tipo de arte e acaba não seguindo e acompanhando aquela programação. Então o grande desafio da mídia pública é falar para o grande público que sejam numa linguagem acessível a ele e dentro de temas que são importantes para o dia a dia dele.” 
“O grande desafio da comunicação pública no Brasil é se tornar realmente pública.”
Ser independente de manipulação política, é ter a participação da sociedade na discussão da programação, na linha editorial, ter um conselho curador que seja realmente independente que não seja influenciado pela rede política. 
A televisão digital ela da novas possibilidades, inclusive em termos de possibilidade de veiculação simultânea de diferentes fachas de programação focadas em públicos específicos, é o que a gente chama de multi programação. Então aquele canal que era um só, q tinha apenas uma programação na televisão, ele pode ser subdividido, com base na multiprogramação a tv brasil passa a retransmitir tbm em brasilia, rj e em SP a tv BR, tv escola e o canal saúde da FIOCRUZ. Assim como no futuro poderá ter outras faxas de programação transmitindo outro tipo d econteudo.
As novas tecnologias,e las são uma grande oportunidade para o revejunecismento da mídia publica. E a gente observa q essa oportunidade tem sido muito bem aproveitada nos ?EUA e gran Bretanha. Eles perceberam que eles não são apenas uma emissora de tv ou uma emissora de radio. Uma emissora publica é uma emissora de conteúdo nas mais diversas plataformas. Então hoje nos encontramos a internet como uma ferramenta mt importante de ocmunicação com o publico. tem programação especifica na internet, a acesso aos programas. Hoje vc tem as mídias publicas oferecendo conteúdo via satélite, via cabo na tecnologia digital, aberta. Houve um aumento considerado da audiência, então nos temos um publico jovem que hoje não esta mais ouvindo tanto radio, já não tya mmais assistindo tanto a tv, mas tem acesso ao conteúdo pela internet. Eu vejo q isso é o caminho, as emissoras pensarem como produtoras de conteúdo e oferecerem esse conteúdo pelas mais diversas plataformas. 
Marcia Detoni, Jornalista/ Profª Mackenzie - No Brasil se constuma falar de um campo público de comunicação, esse campo público no Brasil refere-se a todas as emissoras que não são lucrativas. Então são emissoras que atuam mais no campo da educação, no campo comunitário. Mas não é isso que define uma emissora pública, então nós no campo público temos rádios comunitárias, temos rádios universitárias, tvs educativas, mas isso não define uma emissora pública. Uma emissora pública basicamente é uma emissora que tem um financiamento que vem do poder público ou que vem de uma taxa cobrada dos telespectadores e ouvintes e trabalha com independência editorial. É uma emissora que não está atrelada a nenhum interesse político e nem interesse comercial e ela tem um conselho de representantes da sociedade que controlam o cumprimento dessa missão pública.
Márcia Haswani, professora de comunicação e artes na USP - A comunicação pública é a única ferramenta capaz de garantir democracia, por que como é que o camarada lá na ponta vai decidir uma coisa, se ele não tem a informação aqui no começo.A comunicação públoca é fundamental para a democracia no país, se a gente pegar as grandes democracias como EUA e a Gran Bretanha, elas tem emissoras verdadeiramente públicas, que tem conselhos curadores que garantem o cumprimento da missão pública e evitam que interesses políticos ou comerciais contaminem a programação. E ela é importante para democracia porque ela permite pontos de vistas alternativos, ela permite que setores que não estão representados na mídia comercial tenhama possibilidade de expressar seu ponto de vista, de argumentar a favor de mudanças e de fazer reivindicações. Isso é democracia, é pluralidade de vozes. 
No Brasil a comunicação infantil sempre foi o ponto forte e uma questão importante, através dessas emissoras públicas, que veiculam programas educativos mas ela desenvolve determinados produtos que são muito específicos de um meio de comunicação público. No cenário internacional, emissoras públicas fortes, costumam veicular novelas, transmitir noticiários, programas de debate, documentários. Mas elas veiculam uma série de outros programas, então a comunicação infantil na comunicação pública costuma ser muito importante e sempre foi importante no Brasil. Cobertura de programas esportivos que tem interesse para sociedade e que não são aqueles principais eventos exibidos pelas emissoras comerciais. Isso tbm é feito pela TV Brasil, paraolimpíadas, transmissões de campeonato de futebol das series inferiores e assim 
A excelentes conteúdos na área cultural, mas o que nós mais precisamos e eu acho que o Brasil precisa olhar muito para essa experiência dos estados unidos e da Gran Bretnah que são referências para nós, é o jornalismo, por que o mercado não está conseguindo oferecer um jornalismo plural, o jornalismo oferecido e a gente observa isso no Brasil está muito contaminado pelas posições políticas, pelas posições econômicas dos grupos midiáticos. E o que você observa tanto na “” Pibs, BBC, CBC, é que eles fazem um jornalismo de qualidade, um jornalismo onde visões alternativas estão presentes, onde se discuti os verdadeiros problemas da comunidade.
Sobre a percepção do público em geral, eu diria que na Europa existe uma tradição muito antiga de rádio fusão pública, e mesmo nos países em que essas emissoeas publicas foram criadas a partir da década d e80, eles tinham uma referência muito forte dos países vizinhos. Então essa referência sempre existiu, e a população encara 
A BBC sofre pressão muito forte para que ela se abra a Publicidade, por que a BBC é a emissora de maior audiência, e as empresas querem utilizar essa audiência para divulgar os seus produtos, mas a gente observa que o cidadão Britanico é muito favorável a BBC. Houve durante o governo Thatcher nos anos 80 e depois durante o governo conservador que se seguiu nos anos 90 uma tentativa de privatizar a BBC, e o cidadão Britanico não aceitou, eles tem muito respeito pela BBC. E claro que à uma pressão, principalmente pelos políticos neo liberais de retirar essas verbas que vem por meio de uma taxa que o contribuinte paga para ter a melhor televisão do mundo, porque a BBC é considerada a melhor televisão do mundo. 
Nas ultimas décadas a mídia publica nacional passou por uma serie de mudanças, incluindo a criação da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) que construiu o novo modelo publico de radio de fusão, gerindo emissoras de televisão de radio e agencias de noticias. Ao mesmo tempo a popularização da internet e a chegada da TV digital trouxeram outros desafios para o setor.
É feito um primeiro projeto de uma emissora que atenda essa necessidade de oferecer direito de informação a população. No segundo mandato do presidente Lula, então já a um entendimento dos movimentos sociais e do próprio governo de que seria possível reunir todas as emissoras de tv e radio do governo federal para criar uma grande empresa, mas aos moldes da BBC de Londres com o foco no interesse publico, numa programação plural, que trouxesse as diversas vozes para dentro da emissora. O problema que se constatou na época era encontrar um modelo especifico para o casdo Brasileiro, já que não se previa a possibilidade de vc cobrar uma taxa do telespectador para ter uma tv publica. Então ficou muito dependente a EBC que surge na época de uma verba estatal. 
A radio fusão publica ela se afirma quando ela é relevante para a sociedade, e um dos aspectos que garantema sua dependência e a radio fusão publica ela tem que ser dependente é a participação social naquelas emissoras. Esse modelo no Brasil era garantido ate 2016 ou em grande parte garantido, por meio de um conselho curador.
 A televisão digital ela da novas possibilidades, inclusive em termos de possibilidade de veiculação simultânea de diferentes fachas de programação focadas em públicos específicos, é o que a gente chama de multi programação. Então aquele canal que era um só, q tinha apenas uma programação na televisão, ele pode ser subdividido, com base na multiprogramação a tv brasil passa a retransmitir tbm em brasilia, rj e em SP a tv BR, tv escola e o canal saúde da FIOCRUZ. Assim como no futuro poderá ter outras faxas de programação transmitindo outro tipo d econteudo.
As novas tecnologias,e las são uma grande oportunidade para o revejunecismento da mídia publica. E a gente observa q essa oportunidade tem sido muito bem aproveitada nos ?EUA e gran Bretanha. Eles perceberam que eles não são apenas uma emissora de tv ou uma emissora de radio. Uma emissora publica é uma emissora de conteúdo nas mais diversas plataformas. Então hoje nos encontramos a internet como uma ferramenta mt importante de ocmunicação com o publico. tem programação especifica na internet, a acesso aos programas. Hoje vc tem as mídias publicas oferecendo conteúdo via satélite, via cabo na tecnologia digital, aberta. Houve um aumento considerado da audiência, então nos temos um publico jovem que hoje não esta mais ouvindo tanto radio, já não tya mmais assistindo tanto a tv, mas tem acesso ao conteúdo pela internet. Eu vejo q isso é o caminho, as emissoras pensarem como produtoras de conteúdo e oferecerem esse conteúdo pelas mais diversas plataformas.

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