Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 1- A Escassez e a Curva de Possibilidades de Produção ( CPP Introdução Ao analisarmos os vários mercados específicos de milhares de produtos, as alternativas de escolha são inúmeras. Neste sentido, dada a escassez existente de bens, serviços e de fatores de produção, a Curva de Possibilidades de Produção ( CPP ) mostra o máximo de combinações de produtos que uma dada organização social pode produzir utilizando todos os recursos existentes. O conceito de escassez na economia A ESCASSEZ é o princípio fundamental da ciência econômica. Quantidade finita de Recursos Necessidades humanas ilimitadas Escolha racional de prioridades Plena utilização de fatores produtivos. Recursos Produtivos Recursos produtivos ou fatores de produção, são elementos não proporcionais às necessidades humanas ilimitadas, que sempre se renovarão em função do crescimento numérico da população do desenvolvimento - intrínseco desejo humano de ascender socialmente através do crescimento continuo de seu padrão de vida • Trabalho ( Mão de Obra ) • Recursos naturais ( Terra / Natureza ) • Capital físico ( Máquinas, Equipamentos, Edificações ) • Capacidade empresarial ( Competência empreendedora ) • Tecnologia ( Processos de Produção ) Questões Fundamentais • O que e quanto produzir ? • Como produzir e distribuir ? • Onde produzir ? • Para quem produzir ? Para ajudar as unidades econômicas a fazer escolhas e para melhor ilustrar o problema da escassez de recursos, os economistas desenvolveram o modelo da Curva de Possibilidades de Produção. A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO ( CPP ) Representa os valores máximos factíveis que uma economia pode produzir, ou seja, é a fronteira máxima de produção que uma economia está apta a produzir, de forma otimizada ( maximizada ) diante de recursos limitados distribuídos dentre alternativas possíveis e sempre supondo que os insumos de produção estejam empregados de forma plena. A CPP ilustra como a questão da escassez dos insumos obriga a sociedade a optar entre as várias alternativas de produção. Supondo que uma economia só produza dois tipos de produtos ( bens ), onde se utiliza de insumos de produção – Mão-de-obra, Matérias-Primas, Capital, Tecnologia, Competência Gerencial ... - assim dispostos : Cinco pontos hipotéticos sobre a fronteira de possibilidades de produção de Computadores e Automóveis Custo de Oportunidade O modelo da curva de possibilidade de produção demonstra claramente a principal lição de que a elevação na produção de um bem “ X “ somente pode ocorrer com a redução na produção de um bem “ Y “ e vice-versa, em virtude da limitação dos recursos produtivos e a tecnologia utilizada pela organização social. Em outras palavras, a redução na produção de uma determinada quantidade de um produto pode gerar oportunidade no aumento da produção de outro produto. A este movimento, dá-se o nome de CUSTO DE OPORTUNIDADE. Explicando-se assim, o principio de que tudo tem um determinado custo. O custo de oportunidade é, portanto, o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, para a produção de outro bem. Deslocamento da CPP por incremento de recursos na economia Exercicio Entre as fontes de deslocamento das curvas de possibilidades de produção, estão : a) o avanço tecnológico b) o aumento da força de trabalho c) o aumento da quantidade de capital d) o aumento da produtividade do trabalho e) todas as respostas anteriores estão corretas Um ponto externo à curva de possibilidade de produção indica que a economia : a) produz, permanentemente, além das suas possibilidades b) utiliza plenamente seus recursos produtivos c) produz ineficientemente, desperdiçando recursos d) é um ponto que representa uma impossibilidade, indicando um nível de produção impossível de se alcançar no momento Uma curva de possibilidade de produção destina-se a mostrar : como a mudança tecnológica permitirá obter uma certa quantidade de um bem afim de garantir maior quantidade de um segundo bem; b) a mais valiosa combinação de dois bens que uma economia poderá produzir; c) as combinações alternativas de bens que se poderão obter com uma quantidade fixa de recursos produtivos e uma dada tecnologia; d) como ocorre o processo de escolha do consumidor. Aula 2 – Demanda, Oferta e Mercado : Princípios de Microeconomia Introdução Microeconomia É o ramo da ciência econômica que se preocupa com a análise do comportamento das unidades econômicas como os consumidores, as famílias e as empresas , por exemplo, na formação dos preços em mercados específicos. Informações Fundamentais sobre a Microeconomia Mercados Especificos Mercado Preços ( formação e relatividade ) Funções ( demanda e oferta ) Equilibrio Hipotese Coeteris Paribus (efeito líquido ou puro que cada variável tem em relação à outra ) Aspectos abordados na Microeconomia Comportamento do consumidor Teoria da produção Teoria dos custos de produção Estudo das estruturas de mercado Teoria dos jogos Teoria de Mercado Um mercado específico é o encontro entre ofertantes de produtos e demandantes de um produto especifico. Contatos : diretos ( mercado físico ) e indiretos ( e-commerce Sistema de Mercado Demanda Oferta Equilíbrio Demanda Ou procura de um determinado consumidor ou grupo de consumidores por um determinado produto “ X “ indica o quanto este(s) agente(s) econômico(s) estão dispostos a consumir, a um determinado preço desse produto, num determinado período de tempo. Lei geral da Demanda de mercado A quantidade demandada varia inversamente com o preço, permanecendo constantes a RENDA NOMINAL e os preços dos demais produto ou serviços. Preço Quantidade Preço Quantidade Curva da Demanda A relação entre a quantidade demandada e o preço do produto, chamada de curva de demanda, apresenta uma relação inversamente proporcional entre as variáveis preço e quantidade, pois à medida que os preços aumentam, os consumidores tendem a diminuir a demanda por quantidade de bens e serviços e vice-versa. Demanda de Mercado Exemplo : Quando o preço de um produto está em nível elevado, a demanda pelo produto é menor, ou seja, uma boa parte dos consumidores não está disposta a adquirir o produto a este nível de preço. No gráfico, ao preço P0 = 12,00 teremos Q0 = 10.000 unidades serem consumidas. Se o preço está em nível mais baixo, a demanda pelo produto será maior, pois mais consumidores estarão dispostos a adquirir o produto àquele nível de preço. Nota-se no gráfico que ao preço P1 = 6,00 haverá Q1 = 15.000 unidades a serem compradas. Preço Exemplo : Quando o preço de um produto está em nível elevado, a demanda pelo produto é menor, ou seja, uma boa parte dos consumidores não está disposta a adquirir o produto a este nível de preço. No gráfico, ao preço P0 = 12,00 teremos Q0 = 10.000 unidades serem consumidas. Se o preço está em nível mais baixo, a demanda pelo produto será maior, pois mais consumidores estarão dispostos a adquirir o produto àquele nível de preço. Nota-se no gráfico que ao preço P1 = 6,00 haverá Q1 = 15.000 unidades a serem compradas Características da Curva de demanda A curva de demanda é negativamente inclinada. Se o preço de um bem aumenta haverá a queda da quantidade demandada. Ocorrendo um aumento na renda do consumidor e mantendo-se as outras condições, a curva de demanda do deslocar-se-á para a direita, mostrando que, aos mesmos preços, os consumidores estariam dispostos a demandar maiores quantidades do bem ou serviço D1. Oferta A oferta de um determinado produto num determinado mercado, é a quantidade de um produto “X “ ( Qx ) que um produtor ou conjunto de produtores está disposto a oferecer ao referido mercado, a determinado preço, em um período de tempo. Pelo gráfico abaixo podemos observar o comportamento da quantidade ofertada de um produto “ X “ ( Qx) Objetivo Econômico da Empresa Partindo-se de uma análise tradicional e seguindo o princípio da racionalidade, o empresário sempre busca maximizar o lucro total, otimizando a utilização de todos os recursos que dispõe Lei geral da Oferta A quantidade ofertada varia diretamente com o preço, o que quer dizer que o produtor só oferecerá quantidades maiores se os preços se elevarem. Ao contrário de demanda, onde preços e quantidades variam diretamente. Preço Quantidade Preço Quantidade Exemplo : Quando o preço de um produto está em nível mais elevado, os produtores tendem a ofertar uma quantidade maior deste produto. Ao preço P0 = 6,00, a quantidade a ser colocada no mercado será de Q0 = 10.000 unidades. Mas, se o nível de preço se elevar para P1 = 12,00 muitos produtores tenderão a ofertar mais produtos e a este preço e teremos uma oferta de Q1 = 15.000 unidades. Características da Curva de oferta A curva de oferta é positivamente inclinada, refletindo um comportamento semelhante entre as variáveis Preço e Quantidade. Se o preço de um bem aumentar isto estimulará as empresas a produzirem mais, aumentando sua receita, de outra forma se os custos de produção de um bem aumentam, a empresa deverá elevar seus preços para continuar produzindo o mesmo que antes. Além do preço de um determinado produto, outros fatores poderão influenciar no nível da oferta deste, no mercado : Custos com os fatores de produção Alterações no nível de tecnologia Aumento da quantidade de empresas no mercado Qualquer modificação do Preço poderá gerar modificações na quantidade ofertada ( modificações do nível da oferta ao longo da própria curva ) e toda e qualquer variação nos custos dos fatores e no nível tecnológico, por exemplo, coeteris paribus, podem acarretar um deslocamento da curva de oferta ( ou modificações na oferta de mercado ), tais como, os custos com os pagamentos de salários, preços das matérias primas etc Equilíbrio de Mercado A interseção entre as curvas da oferta e da demanda, determina em que preço e quantidades ocorrerá o equilíbrio de um bem ou serviço, num determinado mercado. Este ponto “ E “ mostra a quantidade que os demandantes estão dispostos a comprar e a quantidade que os ofertantes estão dispostos a ofertar, de um determinado bem ou serviço. Exatamente neste ponto, não ocorrerá excesso ou escassez de demanda ou de oferta Regra A um determinado preço, quantidade demandada é igual à quantidade ofertada Numa economia de mercado em concorrência, o equilíbrio ocorre por si só, diante das forças de demanda e oferta. No caso da ocorrência de excesso de demanda por um bem ou serviço, isto indica que demandantes estarão dispostos a pagar mais pelos produtos que a oferta não disponibiliza ao mercado. Neste dois casos acima, ocorrerá um movimento natural de ajustes rumo ao equilíbrio, pois as pressões por tais ajustes forçará aumento ou diminuição do preço e assim, sem qualquer interferência externa, os agentes econômicos tenderão a encontrar o ponto ideal de comercialização dos produtos ofertados e demandados, atendendo aos pressupostos estabelecidos pelas leis de Demanda e Oferta Q D Q0 P2 Excesso de Oferta Excesso de Demanda 3 Aula- Escassez ou Excedente de Mercado: estabelecimento de preços máximos e mínimos Introdução A incidência de um imposto acaba funcionando como um custo adicional para os produtores ( vendedores ), gerando um deslocamento a curva de oferta para a esquerda e para cima, igual, ao montante do imposto ( I ) Com a incidência de imposto específico, ocorrerá : Aumento do preço pago pelos consumidores em ΔP1 = P1 - P0 Diminuição do valor recebido pelos produtores em ΔP2 = P0 – P2 Redução da quantidade transacionada no mercado de Q0 para Q1. Em caso de incidência de imposto ad valorem ( ex: ICMS ), o valor do imposto depende do preço do produto, pois o mesmo incide sobre o valor das vendas. O percentual do imposto também aumenta o preço de mercado e reduz a quantidade de equilíbrio. Os produtores receberão i% menos, independentemente do preço de vendas e os consumidores pagarão mais pelo produto, recebendo menor quantidade do produto no mercado, conforme o gráfico a seguir. Por exemplo, se o imposto ( i% ) for 20%, os produtores receberão efetivamente apenas 80% do preço de mercado Neste caso, o que se modifica é , sentido da curva, para cima e para a esquerda, e não o intercepto da curva de oferta de mercado, S1 tende a se tornar mais vertical do que S0 , sendo que o seu coeficiente é dado pela taxa do imposto (i%). Controle de Preços Em situações excepcionais, o controle de preços é aplicado quando os formuladores de políticas econômicas acreditam que o preço de mercado de um bem ou serviço é injusto para o comprador ou mesmo para o produtor, Desta forma, tal controle é realizado através da fixação de preços, pelo governo de duas formas : Através da fixação de um teto (ou preço) máximo legal para o preço de venda de um bem, ou Pelo estabelecimento de um piso ( preço mínimo ) para o preço de venda desse mesmo bem. Política de Preço Máximo Esta política de preços tem como objetivo proteger o consumidor através do tabelamento de preços abaixo do preço de equilíbrio. O chamado preço teto é o preço máximo admitido, ou tabelado, que pode ser cobrado por um determinado bem. Preço Máximo abaixo do Ponto de Equilíbrio Como consequências desta política, podem ocorrer : Escassez de oferta do produto Degradação da qualidade do produto, com consequente surgimento de mercado paralelo Política de Preço Mínimo Esta política tem por objetivo proteger o produtor aumentando a sua lucratividade pela imposição de um preço acima do preço de equilíbrio. Ao adotar tal política, o governo estabelece que o preço cobrado por determinado produto não ficará abaixo de um determinado valor. Como consequências desta política, podem ocorrer Compra do excesso de mercadorias disponíveis no mercado realizadas pelo governo. P2 Excesso de Demanda P2 Esta politica é definida como uma política de compras e é sempre aplicada quando há uma diferença entre a quantidade ofertada e a quantidade que os consumidores estão dispostos a comprar. Política de subsídios e neste caso, o governo permite que os produtores agrícolas vendam toda a sua produção no mercado, gerando a queda do preço, até o nível de preços que o consumidor paga no mercado e o governo, então, paga ao produtor a diferença entre os valores de P0 e P1, subsidiando assim o produtor agrícola. Aula 4 -Demanda e Comportamento do Consumidor As curvas de demanda, mostram o resultado das decisões que os consumidores tendem a tomar sobre a alocação da sua renda Nossa intenção nesta aula é ampliar a análise da demanda e examinar os princípios básicos das condutas do consumidor para a inclusão de bens e serviços na sua cesta de consumo. Destaca-se que a teoria da demanda é derivada de hipóteses sobre a escolha do consumidor entre os diversos bens que o seu orçamento lhe permite adquirir. O consumidor tende a escolher os produtos que mais valorizam, que lhes ofereçam maior nível de satisfação, ou seja , que lhes tragam maior nível de utilidade. Assim sendo, a tendência do consumidor é maximizar sua renda, através da da melhor maneira possível, dos elementos que fazem parte da sua cestas de mercadorias. Define-se como utilidade,ao sentimento de satisfação que o consumidor individualmente experimenta ao consumir determinado bem. Existe um diferença entre demanda individual e demanda de mercado. A demanda de mercado é o somatório de todas as demandas individuais existentes por uma determinada mercadoria (ou produto), num determinado mercado. A demanda de mercado é explicada como sendo a quantidade demandada a cada preço por cada um dos compradores. A Curva de Demanda Individual e O Excedente do Consumidor A figura a seguir, mostra uma curva de demanda individual (D) formada através da relação entre os preços (P) e as quantidades a serem consumidas (Q) por um consumidor. A área verde hachurada neste gráfico é que chamamos de excedente do consumidor. O excedente do consumidor mede, o benefício (ou ganho) que o consumidor tende a receber ao comprar uma mercadoria, para atender suas necessidades de consumo. Comportamento do Consumidor Como um consumidor racional distribui os seus recursos entre os diferentes bens de forma a maximizar o seu nível de utilidade (ou satisfação) ? A utilidade total, derivada do consumo do bem, cresce à medida que o consumidor aumenta a quantidade a ser consumida ao longo do tempo. Para se efetuar uma analise de como o consumidor toma suas decisões na preparação da sua cesta de consumo, é preciso serem avaliadas as Preferências do Consumidor, a Utilidade do produto ( bens ou serviços ) e as Restrições Orçamentárias às quais a família está atrelada O Consumidor dita as regras sobre o tipo e a quantidade de produtos que a Empresa colocará no mercado. É importante determinar como os produtos podem trazer beneficio ou satisfação pelo consumo das Famílias, assim como a utilidade total dos produtos demandados, através do conhecimento sobre os níveis maiores ou menores de satisfação – ponto de saturação – de cada produto ou grupo de produtos. A Utilidade Total e Marginal do consumo, indicam o tal ponto de saturação para cada produto especifico. O eixo vertical mostra as unidades de utilidade. A teoria da utilidade marginal é calcada em 4 premissas: • O consumidor consegue utilidade ou satisfação, provenientes dos bens ou serviços que consome; • A cada unidade adicional de consumo, maior a utilidade total adicional; • A cada acréscimo de quantidade consumida, a utilidade marginal diminui; • O objetivo principal do consumidor é maximizar a utilidade total. A Lei da Utilidade Marginal ( Utilidade Adicional ) confirma que é grande a utilidade derivada pelo primeiro uso de um determinado produto e assim o consumidor está disposto a pagar um valor mais alto por tal produto. No entanto, à medida em que sua utilidade diminui, o consumidor pagará menos, até chegar a um nível de saturação, quando já estará satisfeito e então estará disposto a pagar um valor ínfimo por aquele mesmo produto. Assim sendo, a Utilidade Marginal é sempre decrescente, daí a inclinação negativa da curva de demanda do consumidor Se a cada unidade adicional consumida acrescentar-se cada vez menos satisfação para o consumidor, espera-se que ele estará disposto a pagar um preço cada vez menor pelas unidades adicionais. Curvas de Indiferença São Curvas que representam um conjunto de Cestas de Consumo que geram o mesmo nível de satisfação do consumidor A Função da Utilidade É a relação matemática que associa níveis de utilidade a cestas de consumo individuais. Supondo uma Função Utilidade : μ( A,V ) = A + 2V onde : A = 8 A = 6 V = 3 V = 4 μ( A,V ) = 8 + 2*3 = 14 ou μ( A,V ) = 6 + 2*4 = 14 Ocorre indiferença do consumidor por qualquer das duas cestas de consumo Mas, se : A = 4 V = 4 μ( A,V ) = 4 + 2*4 = 12 Qualquer das cestas anteriores será aceita em detrimento desta última Restrições Orçamentárias Determinam as combinações de bens que o consumidor pode comprar com a sua renda limitada. Ele só poderá comprar menos do que a renda auferida, porque se comprar mais, extrapola a própria renda. Restrições Orçamentárias dos Consumidores Renda Mensal = 1.000 ( $ 10 produto Y - $ 5 produto X ); em qualquer ponto da curva o consumidor gastará $ 1.000; Por Exemplo : I = Renda Mensal Fixa A = Alimento V = Vestuário Pa = Preço do Alimento Pv = Preço do Vestuário PaA = Preço do Alimento x Quantidade PvV = Preço do Vestuário x Quantidade I = PaA + PvV Exemplo : I = R$ 800,00. Pa = R$ 10,00 @ unidade. Pv = R$ 20,00 @ unidade. De acordo com a função Utilidade : μ ( A,V ) = A . V Desenhe a curva de indiferença associada a um nível de utilidade igual a 12 e a curva de indiferença associada a um nível de utilidade igual a 24. Suponha que o alimento custe $1 por unidade, o vestuário custe $3 por unidade, e que Caio e Gisele disponham de $12 para as despesas com os dois bens. Desenhe a linha do orçamento com a qual eles se defrontam Aula 5- Elasticidades INTRODUÇÃO Conforme já estudamos anteriormente, já entendemos que quaisquer modificações ocorridas nos preços dos produtos, automaticamente as quantidades demandadas também se alterarão Agora, precisaremos entender qual será o grau de sensibilidade, ou grau de resposta do consumidor, diante da alteração do preço de um produto. Em outras palavras, o estudo da Elasticidade-Preço permitirá estimar o grau de sensibilidade do consumidor em função da variação do preço de um determinado produto. Uma Aplicação : nos últimos anos, a nossa economia tem se mostrado bastante dinâmica, com elevação constante e significativa da renda da população. Isto tem provocado uma série de alterações de preços, como por exemplo nas atividades de serviço. As remarcações de preços de serviços aceleraram em agosto, com alta de 0,50% em agosto, ante 0,42% em julho, e sobem bem acima da inflação oficial. Com isso, a taxa de variação chegou a 6,83% no ano e a 8,93% em 12 meses, maior patamar anual desde agosto de 1997 quando bateu 9,18%. G1 – 06 set 2011 Outra Aplicação : Você possui uma loja comercial que comercializa cartuchos de impressoras. Neste momento você não possui concorrência na sua área, mas acaba de saber que um concorrente seu está montando uma loja bem perto da sua. Até hoje, você trabalha com lucros bastante satisfatórios, mas diante desta futura concorrência, você estará disposto a diminuir o preço dos seus produtos. Se baixar seus preços em 5% qual será a quantidade de cartuchos você passará a vender, ou seja, qual será a resposta dos seus clientes diante deste novo preço ? O cálculo da Elasticidade-Preço, permite às empresas aferir a previsão de vendas através da estimativa da reação dos consumidores por conta das variações dos preços dos bens e serviços dos produtos concorrentes, mantendo-se constantes as outras variáveis ( concorrência e salários ). Para analisarmos estas questões, é preciso quantificar o grau de resposta da demanda, seja em relação ao preço do produto, em relação ao preço de um produto concorrente ou em relação à renda do consumidor. Assim sendo, a forma que a microeconomia propõe para medir tal resposta do consumidor, em função das modificações de preço de um dado produto, é o estudo da Elasticidade, que mostra a magnitude numérica destas reações ocorridas no mercado Tipos de cálculo da Elasticidade-preço pela Microeconomia : Elasticidade-Preço da Demanda : é a variação percentual da quantidade demandada, devido à uma variação percentual do preço de um determinado produto, mantendo-se constantes as outras variáveis Elasticidade-Preço da Oferta : é a variação percentual da quantidade ofertada, devido à uma variação percentual do preço de um determinado produto, mantendo-seconstantes as outras variáveis. Elasticidade-Renda da Demanda : é a variação percentual da quantidade demandada, devido à uma variação percentual na renda, mantendo-se constantes as outras variáveis Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda : é a variação percentual da quantidade demandada, devido à uma variação percentual no preço de outro bem, mantendo-se constantes as outras variáveis Exemplos de cálculo da Elasticidade-preço pela Macroeconomia : Elasticidade das Exportações, relativa à Taxa de Cambio : é a variação percentual das exportações, devido a uma variação percentual da taxa de cambio, mantendo-se constantes as outras variáveis. Elasticidade da Demanda de Moeda, relativa à Taxa de Juros : é a variação percentual da demanda por moeda, devido à uma variação percentual da taxa de Juros, mantendo- se constantes as outras variáveis . Elasticidade-preço da Demanda Conceito É a resposta relativa da quantidade demandada em função das variações de preço de um bem ou serviço, ou seja, é a variação percentual na quantidade demandada de um determinado bem em relação a uma variação percentual em seu preço, mantendo-se constantes as outras variáveis. Vamos trabalhar com a Elasticidade-Preço em dois pontos de Demanda. Assim sendo, a fórmula abaixo fornece o calculo da EpD : EpD = Elasticidade-preço da Demanda ∆% = Variação Percentual EpD = ─ ( ∆% Q ÷ ∆% P ) Exemplo : Po = Preço Inicial = $ 50 P1 = Preço Final = $ 40 Qo = Quant demandada Inicial = 60 Q1 = Quant demandada Final = 78 Variação % da quantidade ( Q1 – Qo ) ÷ Qo = ( 78 – 60 ) ÷ 60 = 18 ÷ 60 = 0,3 = 30% Variação % do preço ( P1 – Po ) ÷ Po = ( 40-50 ) ÷ 50 = -10 ÷ 50 = - 0,2 = - 20% Valor da Elasticidade-preço da demanda EpD = - (0,30 ÷ - 0,20) = - ( - 1,5 ) = 1,5 Este valor encontrado ( 1,5 ) demonstra que a quantidade demandada cresce 1,5 vez em relação à queda no preço de 20%, ou seja, 30%. O consumidor deste produto tem grande sensibilidade a variações de preço. Isto nos traz indicações quanto aos tipos de elasticidade existentes : Demanda Elástica A variação percentual da quantidade demandada, supera a variação percentual do preço, ou seja : │EpD │> 1,0 No caso de aumentos significativos do preço deste produto sua quantidade demandada cai drasticamente e quando há diminuição do preço, ocorre automaticamente um aumento em seu consumo. Demanda Inelástica A variação percentual do preço, provoca uma variação percentual menor na quantidade demandada, ou seja : │ EpD │< 1,0 ou 0 < EpD < 1,0 Os consumidores deste tipo de produto, oferecem pouca reação quanto às quantidades demandadas, em função de variações de preço no referido produto Exemplo numérico : Po = Preço Inicial = $ 50 P1 = Preço Final = $ 40 Qo = Quant demandada ao preço Inicial = 60 Q1 = Quant demandada ao Preço Final = 66 EpD = 0,5 Demanda Unitária A variação percentual do preço e da quantidade demandada, são de mesma ordem de grandeza, ou seja : | EpD │= 1,0 Os consumidores deste tipo de produto, oferecem reação quanto às quantidades demandadas, igualmente em função de variações de preço no mesmo. No caso de aumento do preço deste produto em determinado percentual, sua quantidade demandada cai exatamente no mesmo percentual e vice versa Exemplo : Po = Preço Inicial = $ 50 P1 = Preço Final = $ 40 Qo = Quant demandada ao preço Inicial = 60 Q1 = Quant demandada ao Preço Final = 72 EpD = 1,0 Fatores mais relevantes que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda 1) Disponibilidade de bens substitutos Quanto maior a quantidade de produtos substitutos para um bem ou serviço, mais elástica será a sua demanda. Quaisquer pequenas variações para cima em seu preço, farão com que sua demanda passe a ser dedicada ao produto seu substituto, provocando diminuição de sua demanda desproporcionalmente à variação de seu preço. Assim sendo, quanto mais especifico o mercado, maior a elasticidade-preço da demanda. 2) Essencialidade do bem ou serviço Sendo um bem essencial, o consumidor apresentará pouca sensibilidade em relação à variação de preço, portanto, possuirá demanda inelástica. 3) A importância dos gastos do bem dentro da renda do consumidor Quanto maior a sua representação percentual dentro da cesta de produtos necessários ao consumo do individuo ( orçamento doméstico ), maior será a elasticidade-preço da demanda, ou seja, maior será a sensibilidade do consumidor quando ocorrem alterações de preço. Uma aplicação da Elasticidade-preço em relação à RECEITA DA EMPRESA O significado do conceito de elasticidade para a empresa. É de fundamental importância para uma empresa, o conhecimento do coeficiente resultante do calculo da elasticidade-preço da demanda para um determinado produto por ela processado, devido à sua relação direta com a Receita Total ( RT ) gerada pela venda deste produto Tal Receita ( RT ), pode ser considerada como desembolso do consumidor e é resultante de : RT = P x Q Onde : RT = Renda Total P = Preço de Venda do Produto Q = Quantidade Vendida deste Produto Sendo tal receita uma função direta do Preço e Quantidade e que a Elasticidade-Preço da demanda mede a variação relativa na quantidade pelo efeito da variação relativa do Preço, há então uma relação direta entre elasticidade e preço. Por exemplo, se a demanda for inelástica, uma queda no preço gerará um aumento na quantidade demandada. Neste caso, a Receita Total será reduzida com uma queda brusca no preço. Para Produtos que apresentam demanda inelástica, a RT seguirá o sentido do preço, ou seja : Para P Qd RT P Qd RT Por analogia : Para Produtos que apresentam demanda elástica, a RT seguirá o sentido da quantidade, ou seja : Para P Qd RT P Qd RT Exemplo : Para o caso de produtos agrícolas, com demanda relativamente inelástica, a relação entre elasticidade-preço e receita dos produtores, ao preço original Po de R$ 150,00 por tonelada, os produtores são capazes de vender 5 milhões de toneladas Qo aos consumidores gerando uma RT de R$ 750 milhões. Em P1 igual a R$ 100,00 por tonelada, os produtores podem vender uma quantidade maior de carne de frango, ou seja, 6 milhões de toneladas Q1. A EpD para este caso é igual a 0,60, apresentando portanto, uma demanda inelástica. Prova-se neste caso, que a RT diminuirá em R$ 150 milhões, pelo fato de que a redução percentual no preço é maior do que a variação percentual da quantidade. Sendo então uma demanda inelástica, um aumento na quantidade e uma queda no preço estão associados a uma receita em menor quantidade. Aponte a única alternativa CORRETA: a Δ% preço provoca uma Δ% menor na quantidade ofertada, portanto a oferta é elástica; B) a Δ% preço é absolutamente igual à variação percentual na quantidade demandada, portanto a oferta é elástica; C) a Δ% preço é superada pela Δ% quantidade, portanto, conclui-se que a demanda é elástica; D) a Δ% preço, provoca uma Δ% maior na quantidade ofertada, portanto a oferta é inelástica; Para um preço inicial de $ 40 a quantidade demandada é de 50. Uma redução de $ 10 no preço faz com que a quantidade demandada aumente 20%. Calcular o coeficiente da Elasticidade-preço da demanda. Sabendo-se que a elasticidade-preço da demanda por um determinado produto é igual a 1,8 , com um aumento de 36% na quantidade : O preço, aumentará em 20% com demanda elástica; B) O preço, diminuirá em 36% com demanda inelástica;C) O preço, diminuirá em 20% com demanda elástica; D) O preço, aumentará em 36% com demanda elástica. Uma empresa ensacadora de arroz vende 2.000 sacas mensais ao supermercado da região. O preço unitário da saca é de $ 50. O gerente de compras do supermercado propõe ao gerente comercial da ensacadora um aumento de 40% na quantidade mensal fornecida. Sabe-se que o coeficiente de EpD do arroz é 0,50. A priori e considerando a teoria da Elasticidade-Preço qual será a variável ( Preço ou Quantidade ) que influirá na formação da Receita Total da Ensacadora ? Qual será deverá ser a melhor decisão do Gerente Comercial da ensacadora, quanto à proposta do Gerente do Supermercado ? Aula6 - Análise da Teoria da Produção Introdução : Introdução: a função de produção A partir de agora, vamos analisar o comportamento de uma empresa) numa economia de mercado, tendo em vista relacionado à sua quantidade de produção. Esta produção é uma função da utilização dos fatores (ou recursos) utilizados no processo produtivo. A função de produção é uma função que mostra a relação entre o volume de recursos de produção utilizados no processo produtivo, relacionado com o volume do produto final que pode ser obtido. Comportamento da Empresa A empresa é uma unidade de produção que atua de maneira racional, no seu respectivo setor e no mercado em que atua. Desta forma, um de seus objetivos é maximizar os resultados relativos à sua produção e consequentemente ao seu lucro – objetivo principal é remunerar o investimento de seus acionistas. A função de produção na análise microeconômica pressupõe eficiência técnica, ou seja, a empresa deve produzir o máximo possível, através os seus níveis de trabalho, capital e tecnologia O processo produtivo refere-se à melhor técnica utilizada para misturar eficientemente os fatores de produção, Teoria da Produção Tecnologia da Produção A Função de Produção Fatores de Produção Fixo e Variáveis, Curto e Longo Prazos Tecnologia da Produção É a relação física que mostra como insumos de produção ( mão-de-obra, matéria-prima, capital, tecnologia, capacidade gerencial ... ) são transformados em produtos: Comportamento dos Produtores; Organização Eficiente da Produção em função das modificações de preços dos insumos e nos níveis de produção; Processo de tomada de decisão da função de Produção, minimizando custos e sua variação de acordo com o volume produzido. O processo de produção pode ser de Mão-de-Obra Intensivo, Capital Intensivo Terra Intensivo. A escolha do processo de produção é determinado pela sua eficiência, que pode ser medida : Eficiência técnica ou tecnológica Escolhido entre dois ou mais processos, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto com a menor quantidade física possível de insumos. Eficiência econômica Opção entre processos de que minimize o custo de produção – microeconomia. A Função de Produção Descreve o produto máximo que a empresa pode gerar para cada combinação especifica de insumos. Em outras palavras, é a relação entre a quantidade de fatores de produção utilizados para a fabricação de um bem e sua quantidade produzida. A Função Cobb-Douglas Após uma analise do processo de produção de uma empresa, pode-se determinar o comportamento desta produção sua empresa. Tendo feito isto, pode-se determinar o comportamento da produção, utilizando-se a função de Cobb-Douglas, que considera a relação entre a quantidade de mão-de-obra e de maquinário disponível. Analises de “Curto “ e “ Longo “ Prazos Curto Prazo: refere-se ao período de tempo onde pelo menos um dos recursos de produção está fixo, ou seja, não varia em função do nível de produção. Em Microeconomia, utiliza-se, Capital ( K ) como fator fixo e Trabalho (N) o fator variável a curto prazo. Longo Prazo: refere-se ao período de tempo que demonstra quando todos os fatores de produção são variáveis, em função do aumento do tamanho da empresa. Curto e Longo prazos são diferentes para cada tipo de indústria ( Metalurgia x Fabrica de Alimentos ) quaisquer alterações em equipamentos ou instalações fabris na primeira, demandam muito mais tempo do que na segunda. Produção com um fator Fixo e outro Variável Uma analise de curto prazo Supondo : Q = ʄ ( k , N ) onde K é fixo, ou seja, o nível do produto varia apenas em função de alterações de Mão-de-Obra. Q = ʄ ( N )
Compartilhar