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Unidade I ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA Prof. Maurício Manzalli Objetivos da disciplina Compreender fatos fundamentais que antecederam a década de 1980. Tratar o contexto internacional que antecede a década perdida. Apresentar os desafiantes anos 1990. Ingressar na década de 2000. Temas da Unidade I Instauração do regime militar no Brasil. Processo de reabertura política brasileira. Defesa do Estado Democrático de Direito. Processo inflacionário e tentativas de estabilização. Medidas neoliberais do Governo Collor. Antecedentes históricos da década perdida Contexto político da década de 1960: intervalo entre os governos de Jânio Quadros e João Goulart. Fortalecimento da política populista da Era Vargas. Ideias nacionalistas, porém, defesa ao capital externo. Incompatibilidade nas propostas e apoio, renúncia de Jânio Quadros. João Goulart, vice, assume a presidência em setembro de 1961. Antecedentes históricos da década perdida Governo João Goulart. Modelo nacional desenvolvimentista com abertura ao capital estrangeiro. Tentativa de controle da inflação. Queda no ritmo de atividade econômica. Crise do populismo. Lançamento do Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social idealizado por Celso Furtado. Também conhecido como política de desenvolvimento de tradição cepalina. Antecedentes históricos da década perdida Objetivos do Plano Trienal. Crescimento da renda. Redução de pressão inflacionária. Distribuição de renda derivada do crescimento econômico. Investimentos em educação, ciência e tecnologia. Diminuição das disparidades regionais. Melhor tratamento quanto à dívida externa. Fortalecimento da unidade de comando governamental. Basicamente: conciliação entre crescimento econômico com reformas sociais. Antecedentes históricos da década perdida Golpe Militar de 1964: Jango deposto. Posse de Humberto de Alencar Castello Branco (1964-1966) Arthur da Costa e Silva (1967-1969) Emílio Garrastazu Médici (1969-1973) No âmbito do regime militar, criação do PAEG – Plano de Ação Econômica do Governo. Objetivo do PAEG: combater a inflação, o desequilíbrio externo, a estagnação econômica e realização de reformas estruturais. Antecedentes históricos da década perdida Período 1968-1973: Milagre econômico. Crescimento com inflação controlada e déficit externo baixo. Como a inflação foi controlada: do entendimento de inflação de demanda para o entendimento de inflação de custos. 1968, Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED). Estabilização de preços; Fortalecimento da empresa privada; Retomada de investimentos infraestruturais; Ampliação do mercado interno; Sustentação da demanda de bens de consumo durável. Interatividade Sobre as reformas monetárias propostas pelo PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo), de 1964, indique a alternativa correta: a) O Banco do Brasil ficou com as funções apenas de banco comercial. b) Criação do BNH (Banco Nacional da Habitação) que funcionava como banco dos bancos do SFH, regulamentador e fiscalizador da atuação dos agentes do sistema. As fontes de recursos eram as cadernetas de poupança, letras imobiliárias e o FGTS, gerido pelo BNH. c) Os bancos de investimento a partir de captação de depósitos de repasses de recursos internos e depósitos a prazo ofereceriam crédito somente de curto prazo. d) Fim dos bancos de desenvolvimento estatais. e) Aumento do déficit do caixa governamental, de modo a aliviar de forma progressiva a inflação e fortalecer a capacidade de poupança. Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Período turbulento entre 1974-1984 Esgotamento do modelo de substituição de importações. Choques internacionais: petróleo e juros. Distensão do regime autoritário e redemocratização. Dependência externa brasileira na manutenção da produção e do setor de bens de consumo durável. Período de transformação e de indefinição. Submissão do país à sua capacidade importadora. Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Desajustes no governo de Ernesto Geisel diante novo quadro. Dependência estrutural e de restrição externa. Soluções: financiamento ou ajustamento. Escolha: ajustamento, via controle da liquidez, porém momentâneo. Seguiu-se, então, a política de crescimento com endividamento. Lançamento do II PND – Plano Nacional de Desenvolvimento como estratégia de financiamento para o período 1974-79. Conjugação de investimentos públicos e privados nos pontos de estrangulamento. Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Março de 1979: João Batista Figueiredo assume presidência. Lançamento do III PND – Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico. Objetivos: Acelerar crescimento econômico com melhor distribuição de renda. Diminuir disparidades regionais. Equilibrar contas do balanço de pagamentos e endividamento. Melhorias na agropecuária, setor energético. Controle da inflação e instauração do estado democrático de direito. Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Década de 1980. Impactos do segundo choque do petróleo e dos juros. Ajuste recessivos na economia. Recessão no cenário internacional. Chegada da Nova República. Planos de estabilização. Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Década de 1980: década perdida Movimento “Diretas Já” e, por eleições ainda indiretas, eleição de Tancredo Neves. Em função de problemas de saúde, não toma posse devido falência múltipla de órgãos. Assume seu vice, José Sarney. Governo considerado de transição entre o regime militar e a democracia. Lançamento de diversos planos de estabilização. Planos de estabilização do governo Sarney Plano Cruzado. Identificação da inércia inflacionária. Mecanismos de indexação e correção monetária de preços e salários, taxa de câmbio e ativos financeiros. Opção pelo choque heterodoxo. Reforma monetária e congelamento. Desindexação da economia. Índice de preços e cadernetas de poupança. Política salarial. Resultado: inflação de 14% ao mês para quase zero. Planos de estabilização do governo Sarney Plano Cruzado. Reação da economia: Visão populista. Superaquecimento da economia. Descontrole inflacionário. Motivos do fracasso do Plano: Concepção e condução; Política salarial e congelamento longo; Políticas: monetária e fiscal brandas; Economia informal não congelada; Piora na situação fiscal do governo. Planos de estabilização do governo Sarney Plano Bresser. Plano heterodoxo de emergência. Concebido como plano híbrido: medidas ortodoxas e heterodoxas. Congelamento de salários e preços; Uso do Índice de Preços ao Consumidor – IPC Câmbio desvalorizado. Congelamento de aluguéis. Contratos financeiros pós-fixados. Criação da URP – Unidade Referencial de Preços para correção de salários. Planos de estabilização do governo Sarney Plano Bresser. Políticas monetária e fiscal mais ativas. Queda na atividade econômica. Desconfiança quanto ao congelamento faz variáveis nominais variar influenciando a inflação. Inflação: 14% em dezembro de 1987. Resultado: demissão de Bresser-Pereira do ministério da Fazenda. Planos de estabilização do governo Sarney Plano Verão. Ministro Maílson da Nóbrega. Inicialmente, rejeiçãoao choque heterodoxo. Estabelecimento de metas para estabilização modestas. Manutenção da inflação abaixo de 20% ao mês. Pressão inflacionária em função de: Reajustes nos combustíveis na energia elétrica e alimentos. Deterioração nas contas públicas como resultado da Constituição de 1988. Mais um Plano fracassado: hiperinflação em dezembro de 1988. Interatividade Sobre os resultados imediatos do Plano Cruzado I, indique a alternativa incorreta: a) O Plano Cruzado foi introduzido em 28 de fevereiro de 1986 e converteu o cruzeiro ao cruzado, com a eliminação de três zeros. b) Os preços e a taxa de câmbio foram congelados na introdução do Plano Cruzado. c) Durante o Plano Cruzado foi instituída uma clausula que previa reajuste automático dos salários, assim que a inflação acumulada atingisse os 20%. d) As taxas de juros permaneceram baixas e a inflação imediatamente baixou na implantação do Plano Cruzado. e) Durante o Plano Cruzado o consumo diminuiu significativamente, assim como houve uma diminuição do total das importações. Crise da dívida externa e a crise fiscal da década de 1980 Falta de legitimidade do Governo Sarney. Planos de Estabilização fracassados. Estagnação econômica. Impossibilidade de continuar com o processo de substituição de importações. Crise da dívida. Crises internacionais a exemplo da moratória mexicana. Soma-se a isso: crise fiscal do Estado bem como do seu modelo de gestão. O Brasil na década de 1990: uma economia em transição Rompimento com o Welfare-state. Estabelecimento de reformas em defesa de maior atuação do mercado. Competitividade no centro das atenções. Do Estado interventor ao regulador. Impressões neoliberais. Tendência internacional. Debate entre Keynes e Hayek. Queda do Muro de Berlim: unificação. O Brasil na década de 1990: uma economia em transição Experiências neoliberais nos países centrais: Inglaterra Estados Unidos Alemanha Dinamarca Quanto à América Latina: Recomendação do Consenso de Washington O Brasil na década de 1990: uma economia em transição O sentido de mudança dá-se em função das respostas ao choque do Petróleo. Novo modelo de economia internacional: Queda da União Soviética. Hegemonia do Neoliberalismo. Conflitos no oriente médio. Empobrecimento dos países subdesenvolvidos. Pujança da globalização e suas dinâmicas. Medidas anti-inflacionárias no mundo capitalista. Brasil: necessidade de mudança na política e na economia. Interatividade O Brasil, na década de 1990, encontra um mundo em que: I. O forte intervencionismo do Estado não faz mais sentido em termos de produção. II. O parque produtivo nacional encontra-se relativamente sucateado em relação ao internacional. III. Há necessidade de mudança política, no sentido de sua modernização. IV. A sociedade apresenta desesperança com relação à inflação. É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II e III. c) III e IV. d) I e II. e) I, II, III e IV. Governo Collor Fernando Affonso Collor de Mello. Vence eleições de 1989 contra Luiz Inácio Lula da Silva Declarações, em campanha, de que seguiria o receituário do Consenso de Washington. Suas intenções: Abertura da economia; Desenvolvimento com apoio do capital estrangeiro; Combate à hiperinflação; Privatizações; Redefinição do papel do Estado. Governo Collor Plano Brasil Novo. Conhecido como Plano Collor I. Ajustamento fiscal; Política tributária; Política de comércio exterior; Política de rendas com congelamento moderado. Reintrodução do cruzeiro como padrão monetário. Principal medida: sequestro de liquidez. Governo Collor Características econômicas do Plano Collor I: recessão em função do confisco da liquidez. Impopularidade do governo apesar de baixa na inflação: De 80% ao mês para próximo de 10%. Tendência de retorno devido desconfiança da população. Necessidade de nova intervenção do governo diante do plano ortodoxo utilizado. Governo Collor Plano Collor II. Janeiro de 1991. Combate à inflação, via: Racionalização dos gastos públicos; Cortes de despesas; Aceleração do processo de modernização do parque industrial; Reforma financeira e eliminação do overnight. Utilização da TR – Taxa de referência (expectativas de inflação futura) como mecanismo de correção. Governo Collor Quanto à política de comércio exterior: Abertura econômica como forma de modernização nacional. Liberalização das importações. Financiamentos às exportações como forma de reestruturação competitiva. Abertura unilateral. Governo Collor Privatizações. Política Industrial e de Comércio Exterior. “Carroça industrial voltar a andar”. Programas de desestatização. Reordenar a posição estratégica do Estado. Contribuir para redução da dívida pública. Retomada de investimentos das empresas. Modernização do parque industrial. Melhoria na administração pública. Fortalecimento do mercado de capitais. Governo Collor: a queda Denúncia por crime de responsabilidade. Excesso no uso de marketing político. Instauração da CPI do Caso PC Farias, ex-tesoureiro de campanha. Falta de amparo parlamentar gera crise de ingovernabilidade. Renúncia em dezembro de 1992 como forma de evitar o impeachment. Interatividade Sobre o Plano Collor II, indique a alternativa incorreta. a) O Plano tinha como objetivo controlar a ciranda financeira e extinguir as operações de overnight com a criação do Fundo de Aplicações Financeiras (FAF), centralizando todas as operações de curto prazo. b) O governo acabou com o Bônus do Tesouro Nacional fiscal (BTNf), o qual era usado pelo mercado para indexar preços, passando a utilizar a Taxa Referencial Diária (TRD) com juros prefixados e aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). c) O governo passou a praticar uma política de juros altos. d) O governo Collor fez nessa época um grande esforço para desindexar a economia. e) O governo abandona as práticas heterodoxas de congelamento de preços e salários. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Objetivos da disciplina Temas da Unidade I Antecedentes históricos da década perdida Antecedentes históricos da década perdida Antecedentes históricos da década perdida Antecedentes históricos da década perdida Antecedentes históricos da década perdida Interatividade Resposta Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Endividamento externo e crise política do Estado burocrático-autoritário Planos de estabilização do governo Sarney Planos de estabilização do governo Sarney Planos de estabilização do governo Sarney Planos de estabilização do governo Sarney Planos de estabilização do governo Sarney Interatividade Resposta Crise da dívida externa e a crise fiscal da década de 1980 O Brasil na década de 1990: uma economia em transição O Brasil na década de 1990: uma economia em transição O Brasil na década de 1990: uma economia em transição Interatividade Resposta Governo Collor Governo Collor Governo Collor Governo Collor Governo Collor Governo Collor Governo Collor: a queda Interatividade Resposta Slide Number 38
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