Buscar

Ciências Econômicas - Slides de Aula - Unidade II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade II
CIÊNCIAS ECONÔMICAS INTERDISCIPLINAR
Prof. Claudio Ditticio 
Assuntos integrantes da Unidade II: da disciplina 
 Políticas industriais no Brasil: da necessidade 
à dificuldade de sua implementação.
 Competitividade sistêmica e inovações tecnológicas.
 Finanças públicas.
 Crescimento de longo prazo e restrições externas.
Política industrial
O objetivo básico de uma política industrial 
é a eficiência produtiva:
 ganhos de competitividade; 
 projeto de desenvolvimento industrial para o país;
 elevação do nível de emprego do país;
 bem-estar da nação.
 Ir além das políticas macroeconômicas convencionais: fiscal, 
monetária, cambial e aquelas de intervenção direta (como a 
política comercial.
Políticas industriais setoriais
 Identificar quais os entraves que prejudicam a competitividade 
de determinado setor da economia.
 A experiência brasileira com essas políticas aconteceu à 
época do modelo de desenvolvimento econômico substitutivo 
de importações.
Escolha de qual segmento industrial será estimulado
 Criação de incentivos fiscais ou creditícios para 
o favorecimento do setor.
 Toda e qualquer compra efetuada por empresas estatais 
seja de produção de empresa nacional, especificamente 
do setor escolhido. 
Políticas industriais horizontais
 Ação governamental mais generalizada.
 Ao invés de privilegiar um setor específico, as medidas 
adotadas visariam à expansão da eficiência de todo o sistema 
econômico: melhoria da competitividade sistêmica.
 São não discricionárias.
 Políticas que promovam melhores condições de competição 
aos produtores da economia nacional.
Políticas industriais horizontais
 Melhoria de infraestrutura de transporte de produtos: melhor 
adequação da área portuária e de escoamento da produção 
por via férrea e rodoviária.
Modelos de desenvolvimento industrial
Neoliberal radical
 Neoliberal reformista.
 Neodesenvolvimentista.
 Social democrata.
Modelo neoliberal radical
 Mercado, via sistema de preços, cuida da perfeita 
alocação dos recursos.
 Ao Estado cumpre o estabelecimento de fundamentos 
macroeconômicos e a implementação de reformas 
jurídico-institucionais, o que leva à expansão industrial 
e ao aumento da produtividade das firmas.
Modelo neoliberal reformista
 Ênfase à intervenção do Estado – falhas de mercado na 
alocação de recursos, especialmente nos de educação 
e de capacitação tecnológica das empresas. 
 As falhas do mercado produzem alterações nas condições 
de competitividade de mercado, tanto doméstico quanto 
internacional: Estado deve estabelecer os objetivos 
e prioridades de atuação.
Modelo neodesenvolvimentista
 Parte do pressuposto de que o mercado é apenas uma das 
formas pelas quais as sociedades capitalistas organizam 
suas relações econômicas. 
 Fortemente embasado nas teses neoschumpeterianas, 
sobre a importância da inovação e difusão do progresso 
tecnológico, em termos nacionais e internacionais, na 
tentativa de recuperação da constituição de novas forças 
produtivas que alterem a estrutura industrial e tecnológica 
do país e sua inserção internacional. 
Modelo social democrata
 Preocupação voltada para os problemas sociais: emprego, 
serviços de utilidade pública para população de baixa renda. 
 Favorece investimentos em educação, capacitação 
tecnológica e organizativa das indústrias e de seus 
funcionários para a produção de novos bens e serviços.
Aspectos da industrialização brasileira no século XX 
e as ênfases das políticas industriais
 Início em meados dos anos 30: reserva de mercado, dada 
a crise econômica mundial. 
 Após a Segunda Guerra Mundial (1945-60): intervenção mais 
ativa do Estado no processo de industrialização – substituição 
de importações de bens de consumo duráveis.
 Década de 1950: alvo da política industrial – criação 
e expansão da capacidade nos setores de bens de consumo 
e, depois, de bens de capital.
 A partir dos anos 1950: Estado produtor – associação 
das grandes multinacionais, empresas estatais 
e privadas nacionais. 
Aspectos da industrialização brasileira no século XX 
e as ênfases das políticas industriais
 Final dos anos 50 e início dos 60: entrada de capital 
estrangeiro – grandes empresas industriais dos países centrais 
(recuperadas da Segunda Guerra Mundial) transformam-se 
em gigantescos empreendimentos dentro de seus e de outros 
países. Chegam ao Brasil dando continuidade ao processo de 
substituição de importações de bens de consumo durável.
 Final dos anos 60 e início dos 70: atividades orientadas 
para exportação e a conquista de mercados externos.
 Final dos anos 80: busca de competitividade como objetivo 
central da política do governo – padrão de industrialização 
(novas tecnologias de microeletrônica, informática, 
telecomunicações, energias renováveis, biotecnologia etc.).
Aspectos da industrialização brasileira no século XX 
e as ênfases das políticas industriais
 Anos 80: elevados índices de inflação – tentativas de 
estabilização – esgotamento do modelo substitutivo de 
importações – ausência de políticas industriais promotoras 
de desenvolvimento econômico.
 À medida que nos aproximamos da década de 1990, a política 
industrial confunde-se mais e mais com a política comercial 
do país – ênfase na liberalização comercial como ruptura 
em relação às políticas industrial e comercial anteriores.
 Em 1990: diretrizes gerais para a Política Industrial }
e de Comércio Exterior (Pice).
Aspectos da industrialização brasileira no século XX 
e as ênfases das políticas industriais
 1997: modelo liberal de desenvolvimento econômico –
estabilidade de preços combinada com reformas importantes 
– maior participação do mercado no processo:
 redução de proteção tarifária e eliminação de mecanismos 
de defesa comercial; 
 exposição da indústria nacional à competição internacional; 
 fortalecimento de segmentos competitivos;
 capacitação tecnológica da empresa nacional;
 a política industrial apresentou pontos em comum com 
a de comércio exterior – rápido processo de abertura.
Linhas gerais para uma política industrial no Brasil
 A sobrevivência e expansão de economias nacionais e de 
suas empresas está nos ganhos de produtividade. 
 Indústria competitiva, integrada na economia mundial, 
crescentemente formada por empresas que utilizem trabalho 
qualificado, produzindo, via processos eficientes e limpos, 
bens de alto valor agregado e com capacidade sustentada de 
criação de emprego: aumento de produtividade dos recursos 
humanos, da renda e do consumo da população.
Linhas gerais para uma política industrial no Brasil
Elevar a eficiência demanda que se observem aspectos 
considerando:
a) alguns segmentos operam sob distintos padrões 
de eficiência; 
b) há no país limitada capacidade de gerar progresso 
técnico, endogenamente, no curto prazo;
c) a pouca disposição revelada pela indústria brasileira quanto 
a lançar novos produtos ou a criar novos processos 
produtivos.
Linhas gerais para uma política industrial no Brasil
 De acordo com Anita Kon (1996), seria necessária a 
implementação de uma política industrial efetiva, com 
perfeito entendimento de quais setores e quais agentes 
envolvidos seriam contemplados com as medidas de 
política e programação econômicas.
Conclusão
 Há espaço para uma maior atuação do Estado quanto 
ao favorecimento das empresas industriais, sem os erros 
do passado. 
 Com iniciativas via políticas verticais ou horizontais, inseridas 
num modelo de desenvolvimento industrial bem delineado 
e de comum acordo com a sociedade, tanto no âmbito nacional 
comono regional, pode ser promovido um maior nível de 
competitividade para tais empresas. 
Interatividade
A propósitos dos modelos de políticas industriais, é incorreto:
a) O modelo Neoliberal radical atribui ao mercado, via sistema 
de preços, a possibilidade de correta alocação dos recursos.
b) No modelo neoliberal radical, tudo ocorre a partir de forte 
intervenção do Estado nas atividades industriais.
c) O modelo Neoliberal Reformista enfatiza a intervenção 
do Estado para o combate às falhas de mercado 
na alocação de recursos.
d) No modelo Neodesenvolvimentista, o foco é direcionado 
para a importância da inovação e difusão do progresso 
tecnológico, em termos nacionais e internacionais.
e) O modelo Social Democrata preocupa-se bastante 
com questões como os níveis de emprego.
Competitividade sistêmica e inovações tecnológicas
 Ganhos de eficiência na produção de um determinado bem 
ou serviço é o mesmo que ganhos de produtividade. 
 Quanto maior a eficiência ou a produtividade, menores serão 
os custos unitários ou médios da referida produção. 
Conceitos fundamentais
Muitas vezes, as empresas tentam adotar medidas para redução 
de custos que, no entanto, não atingem os objetivos de aumento 
da produtividade e competitividade, como:
 redução da mão de obra direta (salários);
 menores investimentos de capital em novas instalações;
 cortes nos financiamentos para P&D (produtos e processos);
 redução nos investimentos em TI;
Seleção de insumos produtivos
 determinação de custos baseada no mercado;
 “a margem de lucro extra gerada ao se ter o custo total baixo”, 
poderá ser destinada para áreas de P&D, propaganda e 
marketing, melhores tecnologias de manufatura e sistemas 
de informação (GUNN ,1993: 89-90); 
 ser um fabricante com qualidade elevada;
 deter o controle dos sistemas de custos precisos;
 a causa fundamental de aumentos de produtividade 
numa economia é o progresso técnico.
Seleção de insumos produtivos
 Para abrir novos mercados conectando diversos segmentos 
a uma rede global, o capital necessitou de extrema mobilidade 
e as empresas precisaram de uma capacidade de informação 
extremamente maior, o que foi proporcionado pela estreita 
interação entre a desregulamentação dos mercados e as 
novas tecnologias da informação.
Fatores determinantes de competitividade 
externos à empresa 
 Ambiente macroeconômico estável tem relação direta com 
o investimento que leva ao crescimento de produtividade.
 Ambiente desfavorável (afetando os recursos financeiros) 
ou marcado por instabilidade política também afeta a 
competitividade.
 Infraestrutura econômica é fator determinante para a 
competitividade (disponibilidade, qualidade e eficiência 
de recursos em transportes, energia e comunicações).
 Modelos de crescimento econômico que dão ênfase 
à acumulação de capital tratam os investimentos em 
infraestrutura como condição crucial para a expansão 
econômica de longo prazo.
Infraestrutura técnico-científica e educacional 
 Constituída por instituições de pesquisa, entidades de 
normatização e aferição de qualidade, centros de ensino 
técnico, educação, treinamento e desenvolvimento de 
recursos humanos.
Fatores determinantes de competitividade 
internos à empresa
Estratégia competitiva:
 cinco forças competitivas básicas (Porter) – risco de entrada 
de novos concorrentes; ameaça de surgimento de novos 
produtos substitutos – o poder de negociação dos 
compradores; o poder de negociação dos fornecedores –
fôrmas e intensidade da rivalidade junto aos atuais 
concorrentes.
 O preço, a qualidade do produto e a produtividade 
da empresa.
 Domínio tecnológico.
Fatores determinantes de competitividade sistêmica 
Stamer (1996: 30): a estabilidade do quadro macroeconômico 
implica um certo “malabarismo” político e elenca três razões 
para a difícil passagem de um quadro “macro” instável para 
outro estável: 
 a luta contra a inflação (com políticas fiscal e monetária 
restritivas) – queda nos padrões de consumo da sociedade 
e menor crescimento da economia; 
 reformas estruturais (setor público, privatizações, sistema 
financeiro e comércio exterior);
 custos do ajuste são sentidos de maneira imediata 
(consequências negativas para a produção, investimento 
e, portanto, o emprego).
O processo de inovações schumpeteriano
 Schumpeter (1988: 46): a ruptura desse mundo estacionário 
e também o início de um processo de desenvolvimento, 
ocorrem precisamente no âmbito da produção, com eventos 
que modificam os velhos sistemas produtivos (“destruição 
criadora”). 
A dinâmica tecnológica e a evolução industrial 
no enfoque evolucionário/neoschumpeteriano
 Com a possibilidade da entrada de novas firmas inovadoras 
na indústria, as vantagens competitivas e tecnológicas das 
atuais tendem a ser continuamente erodidas: maior potencial 
inovador das entrantes – imitação dos novos processos e/ou 
produtos pelas retardatárias.
O desenvolvimento tecnológico 
e os impactos sociais da escolha tecnológica
A questão da introdução de inovação tecnológica por parte 
dos produtores públicos ou privados, implica, segundo Kon 
(1994: 121):
 escolha entre diferentes possibilidades tecnológicas, que 
repercutirão na absorção de maior ou menor quantidade de 
fator trabalho de diferentes níveis de qualificação;
 existirão entre as técnicas aquelas que maximizarão 
o potencial social em termos de bem-estar e, portanto, 
serão as apropriadas para aquela realidade .
Conclusões
 A discussão sobre a escolha de tecnologia apropriada está 
mais presente nas análises do processo de desenvolvimento 
econômico dos países menos adiantados.
 Em países em desenvolvimento como o Brasil, o progresso 
das forças produtivas se dá mais frequentemente pela 
importação de tecnologia, esperando-se com isso reduzir o 
atraso tecnológico frente a outras nações. 
 A evolução tecnológica cria dinâmica própria, que se mantém 
em choque com a racionalidade, pois visa a atender 
prioridades coletivas, adequando-se ao interesse do capital.
Conclusões
 Ao penetrarem em uma economia atrasada tecnologicamente, 
as tecnologias criadas nos países ricos a violentam, forçando 
a estrutura socioeconômica a adaptar-se às suas exigências, 
provocando seis fenômenos elencados pelo autor: forte 
endividamento externo, concentração de renda, migrações 
internas bruscas, autoritarismo político, desajustes culturais 
e desintegração nacional (BUARQUE, 1991: 102).
Interatividade
Indique, entre as assertivas a seguir, o que pode ser identificado 
como razões para a difícil passagem de um quadro “macro” 
instável para outro estável:
I. A luta contra a inflação, que permite aumento imediato 
nos padrões e quantidades de consumo e investimentos.
II. As reformas estruturais permitem que se reconheçam 
as vantagens da adoção de políticas e práticas de 
estabilização anteriores.
III. Em um processo de estabilização, os custos dos ajustes 
são sentidos de forma imediata pelos agentes econômicos 
(na produção, investimento e emprego).
IV. Dados os impactos iniciais negativos, nunca devem 
ser propostas políticas econômicas restritivas.
Interatividade
Está correto o que se afirma em:
a) apenas IV.
b) I e IV.
c) apenas I.
d) III e IV.
e) II e III.
Resposta
Indique, entre as assertivas a seguir, o que pode ser identificado 
como razões para a difícil passagem de um quadro “macro” 
instável para outro estável:
I. A luta contra a inflação, que permite aumento imediato 
nos padrões e quantidades de consumo e investimentos.
II. As reformas estruturais permitem que se reconheçamas vantagens da adoção de políticas e práticas de 
estabilização anteriores.
III. Em um processo de estabilização, os custos dos ajustes 
são sentidos de forma imediata pelos agentes econômicos 
(na produção, investimento e emprego).
IV. Dados os impactos iniciais negativos, nunca devem 
ser propostas políticas econômicas restritivas.
Finanças públicas
 Receitas públicas:
 previsão;
 lançamento;
 Arrecadação. Tratar das finanças e do 
planejamento do orçamento.
 Despesas públicas:
 fixação;
 empenho;
 liquidação;
 pagamento.
Receitas públicas
 Receitas provenientes da produção e circulação 
de mercadorias.
 Receitas provenientes da geração e apropriação da renda.
 Receitas provenientes da propriedade, da acumulação 
de capital e das relações internacionais.
 Vendas de títulos nos mercados financeiros.
 Captação de recursos – Brasil e exterior.
Despesas públicas
 Correntes:
 administração;
 pessoal.
 Investimentos:
 Transferências de rendas.
Políticas fiscais e monetárias
Expansionista:
 descontrole das contas públicas;
 aumento da inflação;
 redução na credibilidade externa devido 
ao descontrole orçamentário;
 redução dos investimentos empresariais;
 redução do desemprego.
Políticas fiscais e monetárias
Contracionista:
 equilíbrio nas contas do governo;
 aumento da credibilidade;
 elevação dos níveis de investimento;
 diminuição das transferências governamentais.
Arrecadação de tributos
 Impostos, taxas e contribuições.
 Tributo: prestação pecuniária compulsória, em moeda 
corrente ou cujo valor nela se possa exprimir – não constitui 
sanção de ato ilícito – instituída em lei – cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada.
 Principal fonte de recursos utilizados no financiamento 
dos programas governamentais.
Receitas correntes
 Tributária: Código Tributário Nacional.
 Contribuições: sociais – econômicas.
 Patrimonial.
 Industrial.
 Agropecuária.
 Serviços.
 Transferências.
Receitas de capital
 Operações de crédito.
 Alienação de bens e direitos.
 Amortização de empréstimos/financiamentos recebidos.
 Transferências de capital recebidas.
 Outras receitas de capital recebidas.
 Orçamento da seguridade social.
 Orçamento fiscal. 
Classificação econômica dos tributos
 Impostos sobre a Riqueza (Patrimônio): estoque 
acumulado de capital.
 Impostos sobre a Renda: fluxos periódicos de rendimentos.
 Impostos sobre Vendas de Mercadorias e Serviços: 
cobrança do produtor ou consumidor.
 Diretos: contribuintes são os mesmos que arcam com a 
contribuição – base econômica é a renda ou o patrimônio.
 Indiretos: contribuintes poderiam transferir total ou 
parcialmente o ônus da contribuição para terceiros –
base é a transação com mercadorias e/ou serviços.
Evolução da carga tributária bruta no Brasil 
(1994-2013)
1994 27,9% PIB
2000 30,4% PIB
2013 35,8% PIB
Despesas públicas
Os gastos públicos podem ser classificados de três formas: 
 quanto à finalidade do gasto;
 quanto à natureza do dispêndio;
 quanto ao agente encarregado por sua execução.
Licitação e execução das despesas
Lei 8.666/93
 Conjunto de procedimentos adotados pelo Estado 
para que se possa adquirir bens e serviços.
 Empenho: primeiro estágio efetivo da despesa –
necessidade de verba para a compra.
 Liquidação: comprovação dos serviços e documentações.
 Pagamentos: repasse de verba ao contratado – extinção 
da obrigação.
Princípios orçamentários
 Legalidade.
 Reserva legal: PPA, LDO e LOA.
 Periodicidade.
 Exclusividade.
 Unidade.
 Universalidade.
 Equilíbrio orçamentário.
 Publicidade.
 Não vinculação de receita.
Dívida pública
 Resultado de acúmulos de déficits públicos (receitas 
inferiores às despesas).
 O déficit do governo (NFG) é composto pela soma de consumo 
(CG), juros de dívida interna (JG), investimentos efetuados (IG) 
todos diminuídos do volume de arrecadação (T). Podemos 
expressar da seguinte forma:
 NFG = CG + JG + IG - T
Dívida pública
 Superávit orçamentário: arrecadação superior ao volume 
de desembolso – poupança do governo.
 NFSP operacional: períodos de inflação elevada.
 NFSP nominal: desconsiderando a atualização monetária.
 NFSP primário: desconta do montante das necessidades 
operacionais de financiamento as despesas com juros reais.
LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)
 Principal lei a ser observada pelos gestores públicos na 
administração patrimonial e financeira da Federação brasileira.
 Normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade 
na gestão fiscal, com ações que previnam riscos e corrijam 
desvios que possam afetar o equilíbrio das contas públicas:
 planejamento;
 controle;
 transparência e responsabilização.
LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)
 Criou uma série de procedimentos fiscais e orçamentários 
para padronizar a apresentação das informações sobre as 
receitas e despesas fiscais no país. 
 Criou uma série de condicionamentos para conter os 
desperdícios e os dispêndios sem amparo financiador, 
com limites máximos de endividamento:
 União: 3,5 vezes a receita corrente líquida anual.
 Estados: 2 vezes a receita corrente líquida anual.
 Municípios: 1, 2 vezes a receita corrente líquida anual.
Controle do orçamento e LRF 
(Lei de Responsabilidade Fiscal)
A correção dos desvios é um preceito estabelecido pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF), que é concretizado por meio de 
relatórios:
 Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), 
publicado bimestralmente.
 Relatório de Gestão Fiscal (RGF) – quadrimestral.
 Preocupam-se em acompanhar a previsão das receitas 
e de despesas e, na ocorrência de desvios de algum destes, 
medidas corretivas devem ser adotadas junto à LDO.
Interatividade
No que tange à LRF, pode ser dito:
I. É promulgada anualmente, com o orçamento do período.
II. Direciona o planejamento e controle das finanças públicas, 
dando transparência às contas dos entes da Federação e, 
consequentemente, facilitando o controle da sociedade 
sobre o governo. 
III. Atende ao governo federal, dado que os estados, municípios 
e Distrito Federal seguem suas próprias diretrizes regionais.
IV. Substituiu a antiga Lei 4.320 de 17/03/1964, conhecida como 
Lei das Finanças Públicas.
Interatividade
a) Estão corretos os itens I e III.
b) Estão corretos os itens II e III.
c) Está correto o item II.
d) Está correto o item IV.
e) Estão corretos os itens I e IV.
Resposta
No que tange à LRF, pode ser dito:
I. É promulgada anualmente, com o orçamento do período.
II. Direciona o planejamento e controle das finanças públicas, 
dando transparência às contas dos entes da Federação e, 
consequentemente, facilitando o controle da sociedade 
sobre o governo. 
III. Atende ao governo federal, dado que os estados, municípios 
e Distrito Federal seguem suas próprias diretrizes regionais.
IV. Substituiu a antiga Lei 4.320 de 17/03/1964, conhecida como 
Lei das Finanças Públicas.
Crescimento de longo prazo e restrições externas
 Na atualidade, fala-se mais em desenvolvimento do que em 
crescimento econômico. 
 Não basta apenas aumentarmos, ainda que significativamente, 
o nosso PIB (Produto Interno Bruto), mas também garantir 
o atendimento a aspectos como o atendimento à saúde e 
educação de forma sustentável, de forma a preparar o 
caminho para as futuras gerações.
 A variável chave, destacada em todos os estudos econômicos 
e sociais, quando se procura tratar da riqueza e do 
crescimento das nações,é produtividade.
A medição do crescimento econômico
 O PIB (Produto Interno Bruto) difere do Produto Nacional 
Bruto (PNB) basicamente pelo montante da renda líquida 
enviada ao exterior (RLEE).
 A RLEE é a diferença entre recursos enviados ao exterior 
(pagamento de fatores de produção internacionais alocados 
no país) e os de lá recebidos do exterior.
 Se o país contar com empresas em outros países, mas proibir 
a instalação de transnacionais no seu território, terá uma 
renda líquida enviada ao exterior negativa – apresentará 
um PNB maior que o PIB. 
 No Brasil, envia-se mais recursos do que se recebe.
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
 As medições vêm sendo complementadas pelo IDH (Índice de 
Desenvolvimento Humano) publicado anualmente pela ONU 
(Organização das Nações Unidas).
 O IDH resume o progresso a longo prazo em três dimensões 
básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. 
 O objetivo de sua criação foi o de oferecer um contraponto ao 
Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas 
a dimensão econômica do desenvolvimento.
Uma brevíssima visão do processo de 
desenvolvimento econômico, com foco no Brasil
 O crescimento da renda per capita no Brasil foi muito baixo 
nos primeiros quatro séculos e começou a se alterar na virada 
do século XIX para o XX, notadamente a partir dos anos 1930.
 O crescimento econômico mundial também o foi até 
o surgimento da Revolução Industrial.
 Atribui-se essa realidade à grande dependência das economias 
agrárias de um fator de produção relativamente fixo (terra).
 Era uma época hoje classificada como malthusiana – baixo 
progresso técnico e expansão populacional – colidiam 
com o limite representado pela lei dos rendimentos 
marginais decrescentes.
Uma brevíssima visão do processo de 
desenvolvimento econômico, com foco no Brasil
 Análises das experiências econômicas de crescimento no 
Pós-Segunda Guerra Mundial mostram países que, partindo 
de uma base pobre, tornaram-se desenvolvidos, como ocorreu 
com os chamados Tigres Asiáticos (Hong Kong, Cingapura, 
Coreia do Sul e Taiwan).
 Outros países, como ocorreu com a América Latina, chegaram 
a um patamar de renda média.
 A China, por outro lado, é o grande destaque, com 
excepcionais taxas anuais de crescimento desde as últimas 
duas décadas do século XX.
Uma brevíssima visão do processo de 
desenvolvimento econômico, com foco no Brasil
 Entre 1950 e 1980, o Brasil passou por grandes 
transformações, quando a economia cresceu a uma das 
taxas mais elevadas do mundo e o país deixou de ser rural 
e agrícola, tornando-se urbano, concentrado na indústria 
e em serviços.
 O processo de desenvolvimento brasileiro no século XX, até 
a crise de 1980, foi caracterizado por forte crescimento, com 
grande transferência de recursos da agricultura, de baixa 
produtividade média, para setores mais produtivos: 
a indústria e os serviços.
Uma brevíssima visão do processo de 
desenvolvimento econômico, com foco no Brasil
 Porém, tal crescimento veio acompanhado de grande 
exclusão social.
 O modelo de substituição de importações, com forte presença 
do Estado na economia e a existência de grandes monopólios, 
foi capaz de gerar, durante algumas décadas, uma 
significativa expansão da economia, mas ao negligenciar a 
educação e o potencial de políticas sociais mais elaboradas, 
gerou, também, muita pobreza, péssima distribuição de renda 
e indicadores sociais frágeis.
 Em 1980, a escolaridade média da população com 15 ou 
mais anos de idade era de 2,8 anos, com 27% sem qualquer 
escolaridade.
 Somente 2,8% tinham o ensino médio completo.
Uma brevíssima visão do processo de 
desenvolvimento econômico, com foco no Brasil
 A crise desse modelo ocorreu no final dos anos 1970, 
iniciando um período de crises e de forte queda da taxa 
de crescimento da economia.
 Podem justificar a queda dos anos 1980 os parcos 
investimentos em educação e a baixa formação bruta 
de capital fixo.
 O país é afetado pelos reflexos dos choques externos da 
década anterior e com as políticas econômicas internas 
malsucedidas em conter a inflação.
Uma brevíssima visão do processo de 
desenvolvimento econômico, com foco no Brasil
Fonte: livro-texto.
O que é importante para o desenvolvimento?
 De forma global, os estudiosos atribuem à produtividade, 
à estabilidade das instituições e à geração de poupança a 
formação da base para um crescimento sustentado.
 O foco atual da pesquisa no campo de desenvolvimento 
econômico é buscar-se as justificativas para as diferenças 
de PTF (produtividade total dos fatores) entre os diferentes 
países.
 A PTF exerceu papel fundamental na explicação das 
diferenças de crescimento entre os países e foi, por exemplo, 
determinante para o sucesso obtido pelo Leste Asiático.
A importância da produtividade 
no crescimento das nações
“A produtividade não é tudo, mas no longo prazo é quase tudo” 
– Paulo Krugman apud VELOSO (2013: Epígrafe).
Fonte: livro-texto.
Os efeitos do setor externo sobre o crescimento 
do produto brasileiro
O período de boom das commodities gera impacto positivo no 
crescimento econômico. 
 O cenário de valorização desses preços tem significado um 
alívio da restrição externa para os países em desenvolvimento 
exportadores de commodities, como o Brasil.
 É importante, outrossim, ressalvar que não é automático 
esse impacto dos preços de commodities no crescimento 
econômico. 
 Dessa forma, pode ser considerada uma condição necessária, 
mas não suficiente para o crescimento econômico.
Teorias econômicas relacionadas com 
o crescimento e o desenvolvimento econômico
Comenta GONÇALVES (2013: 1871):
 Dada a importância empírica dos diferenciais de PTF 
na explicação da disparidade de renda por habitante e a 
inabilidade dos modelos de crescimento endógeno de explicar 
com precisão os diferenciais de PTF, a pesquisa [...] muda 
o foco para as chamadas “causas profundas” desses 
diferenciais, forjando um casamento frutífero entre os modelos 
de crescimento e as áreas de economia política e de economia 
das instituições.
Teorias econômicas relacionadas com 
o crescimento e o desenvolvimento econômico
Comenta VILELA (2013: 2315):
 [...] as instituições têm recebido atenção crescente da literatura 
de crescimento, à medida que, por exemplo, o respeito aos 
direitos de propriedade, a existência de estruturas regulatórias, 
a qualidade e independência do poder judiciário e a capacidade 
da burocracia estatal são elementos importantes para o início 
do processo de crescimento econômico e sua sustentação 
no tempo.
Modelo de Thirlwall
 Evidencia o papel da demanda para o crescimento econômico 
e estabelece a relação entre este e a restrição externa.
 Demonstra o papel exercido pelas exportações.
 Um país não consegue crescer no longo prazo a taxas 
maiores do que as compatíveis com o equilíbrio do seu 
Balanço de Pagamentos.
 Posteriormente, o modelo passou a considerar outras 
variáveis, tais como, por exemplo, o fluxo de capitais 
e a restrição que impõe que o crescimento do déficit 
em conta corrente deve ser proporcional à 
renda doméstica.
Financiamento do crescimento brasileiro
 Em boa parte, o crescimento econômico brasileiro de 1960 
até 2008 foi alcançado através do financiamento externo.
 Entre 1964 a 1980, quando o Brasil atinge elevadas taxas de 
crescimento, a conta de Transações Correntes apenas não 
fica deficitária nos anos de 1964 e 1965.
 Pode-se dizer que o Brasil não conseguiu, ao longo da maior 
parte do período, custear o seu próprio crescimento.
 Essa tendência se alteroua partir de 2002, determinada 
pela combinação de taxa de câmbio desvalorizada e elevado 
preços das commodities – crescimento com superávit em 
transações correntes.
Estabilização e abertura comercial 
versus crescimento econômico
 As críticas às prioridades concedidas à estabilização são 
fundamentadas na crença de que a austeridade constitui o 
antidesenvolvimento, fazendo o país entrar em recessão. 
 Alguns estudiosos argumentam que a abertura comercial 
é outro aspecto vinculado ao baixo crescimento econômico, 
por gerar uma crise cambial.
Estabilização e abertura comercial 
versus crescimento econômico
Considera FRANCO (2005):
 O caráter falacioso dessas proposições é bastante evidente. 
Nada parece indicar que não possa haver desenvolvimento, 
obedecidos alguns princípios básicos de equilíbrio fiscal e 
monetário. Nada parece indicar, da mesma forma, que a 
inflação seja necessária, ou mesmo admissível como efeito 
colateral do desenvolvimento, pois nada mais é do que um 
imposto, e um particularmente perverso, posto que incide 
exclusivamente sobre o pobre. Constitui óbvia tolice imaginar 
que o desenvolvimento econômico, ainda mais quando 
pensado como processo amplo, que incorpore 
necessariamente o progresso na dimensão social, deva ter 
como pré-requisito um imposto sobre o pobre.
A globalização e o crescimento econômico
 A proliferação das redes de filiais de Empresas 
Transnacionais (ETNs) – o caráter global de suas atividades 
determina esforços contínuos de racionalização de atividades, 
resulta em nova identidade supranacional, com grandes 
implicações quanto às suas propensões ao comércio exterior.
 A difusão de “novas formas” de investimento internacional, 
com a utilização de uma grande variedade de instrumentos 
financeiros e tecnológicos acarreta o desenvolvimento de 
maior racionalidade global no processo produtivo.
 No comércio internacional, destacam-se as transações 
realizadas entre as diferentes unidades de uma mesma 
empresa (multinacional ou transnacional), que costumam 
representar mais do que 50% do volume negociado.
Conclusões
 O Brasil participa de maneira tímida no comércio exterior, 
o que é atribuído à exportação basicamente de produtos 
primários (como commodities agrícolas e minerais).
No início do século XXI, a economia brasileira torna-se 
mais complexa e diversificada, apresentando exportações 
de industrializados e processados (semimanufaturados), 
O carro-chefe de nossas exportações é representado 
pelos produtos do agronegócio. 
Conclusões
 São vários os fatores que afetam a perspectiva 
de crescimento da economia.
No caso brasileiro, podem ser ressaltados:
 baixa produtividade;
 carência de poupança interna;
 políticas inadequadas relacionadas com a educação;
 baixos investimentos na formação de capital fixo;
 conjuntura econômica, política e social;
 políticas de industrialização;
 inovações tecnológicas;
 desigualdades regionais.
Conclusões
 O aumento do investimento fixo na economia brasileira 
demanda a complementação via poupança externa. 
 A forte participação do Estado na economia é outro fator 
preocupante na abertura de caminho para o crescimento.
 No caminho para o desenvolvimento, as nações tendem a 
gerar desigualdades constituídas ao longo do processo 
histórico de ocupação, quando certas características e 
especificidades fazem com que as regiões apresentem 
uma desequilibrada distribuição de capital.
 Propõe-se, então, a adoção de políticas regionais, visando 
estimular e melhorar a qualidade da educação nas regiões 
mais pobres, de forma a reduzir essas disparidades.
Interatividade
São vários os fatores que impulsionam o desenvolvimento 
de um país. Indique, entre as alternativas a seguir, o que não
se relaciona com essa possibilidade.
a) Aumento da produtividade dos agentes econômicos.
b) Melhora do nível de escolaridade da sociedade.
c) Incentivos ao desenvolvimento de novas tecnologias.
d) Transformar o Estado cada vez mais em produtor 
do que em controlador.
e) Aumentar a abertura da economia ao exterior.
ATÉ A PRÓXIMA!

Continue navegando