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Portifolio Individual - Ciências Econômicas - Unopar

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PAGE 
SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO
42 DESENVOLVIMENTO
42.1CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
42.2 PRINCIPAIS DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DO PSI NO BRASIL
2.2.1 TENDÊNCIA AO DESEQUILÍBRIO EXTERNO..................................................5 
2.3 A CRISE DOS ANOS 60 E O PAEG
5
2.3.1 Medidas de Combate à Inflação do PAEG
6
2.4 REFORMAS INSTITUCIONAIS DO PAEG
7
2.4.1 Do Crescimento Acelerado a Crise
8
2.4.2 O II PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO (II PND).............................8
2.5 ECONOMIA POLÍTICA BRASILEIRA
.................................................10
2.5.1 ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA ................................ .............11
2.6 ECONOMIA AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.................13
3 CONCLUSÃO
14
REFERÊNCIAS
15
APÊNDICES
16
1 INTRODUÇÃO
Neste breve estudo relata-se que as disciplinas Economia Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, Economia brasileira contemporânea, Economia Política Brasileira e Seminário Interdisciplinar VI, no semestre tendem a contribuir de forma concisa para o desenvolvimento pessoal e profissional do autor do presente material. Estas disciplinas traz uma grande marca na economia Brasileira, suas grandes transformações políticas até os dias atuais.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
O PSI enquanto modelo de desenvolvimento pode ser caracterizado pela seguinte sequência:
Estrangulamento externo – a queda do valor das exportações com manutenção da demanda interna, mantendo a demanda por importações, gera escassez de divisas;
Desvaloriza-se a taxa de câmbio, aumentando a competitividade e a rentabilidade da produção doméstica, dado o encarecimento dos produtos importados;
Gera-se uma onda de investimentos nos setores substituidores de importação, produzindo-se internamente parte do que antes era importado aumentando a renda e consequentemente a demanda;
Observa-se novo estrangulamento externo, dado que parte dos investimentos e do aumento de renda se traduziram em importações, retomando-se o processo.
Neste sentido, percebe-se que o setor dinâmico do PSI era o estrangulamento externo, recorrente e relativo. Este funciona como estímulo e limite ao investimento industrial. Tal investimento, substituindo as importações, passou a ser a variável chave para determinar o crescimento econômico.
Todavia, conforme o investimento e a produção avançavam em determinado setor, geravam pontos de estrangulamento em outros. A demanda pelos bens destes outros setores era atendida através de importações. Com o correr do tempo, estes bens passam a ser objeto de novas ondas de investimentos no Brasil, substituindo as importações ditaria a sequência dos setores objeto dos investimentos industriais que, grosso modo, foi a seguinte:
Bens de consumo leve;
Bens de consumo duráveis;
Bens intermediários;
Bens de capital.
Percebe-se assim que o PSI se caracterizava pela idéia de “construção nacional”, ou seja, alcançar o desenvolvimento e a autonomia com base na industrialização, de forma a superar as restrições externas e a tendência à especialização na exportação de produtos primários.
2.2 PRINCIPAIS DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DO PSI NO BRASIL
Ao longo de três décadas, este processo foi implementado, modificando-se substancialmente as características da economia brasileira, industrializando e urbanizando-a. Isto, porém, foi feito com inúmeros percalços e algumas dificuldades.
As principais dificuldades na implementação do PSI no Brasil foram as seguintes:
2.2.1 TENDÊNCIA AO DESEQUILÍBRIO EXTERNO
A tendência ao desequilíbrio externo aparecia por várias razões:
Valorização cambial – visava estimular e baratear o investimento industrial; significava uma transferência de renda da agricultura para indústria – o chamado “confisco cambial” - desestimulando as exportações de produtos agrícolas;
Indústria sem competitividade, devido ao protecionismo, visava atender apenas ao mercado interno, sem grandes possibilidades no mercado internacional;
Elevada demanda por importações devido ao investimento industrial e ao aumento de renda.
Assim, como a geração de divisas ia sendo dificultada, o PSI, colocado como um projeto nacional só se tornava viável com o recurso ao capital estrangeiro, quer na forma de dívida externa quer na forma de investimento direto, para eliminar o chamado “hiato de divisas”.
2.3 A CRISE DOS ANOS 60 E O PAEG
O início dos anos 60 caracterizaram-se pela primeira grande crise econômica do Brasil em sua fase industrial. Neste período, há uma queda importante dos investimentos e a taxa de crescimento da renda brasileira caiu fortemente em função da materialização das contradições inerentes ao processo de substituição de importações. Para dar prosseguimento ao desenvolvimento econômico, tornava-se necessário desenvolver o setor de bens de capital e ampliar o setor de bens intermediários que estavam defasados, assim como a infraestrutura urbana.
Vários problemas se colocaram neste sentido, em especial a ausência de mecanismos de financiamento adequados, tanto para o setor público, que se encontrava com elevado déficit público devido aos gastos realizados no Plano de Metas (durante o governo de Juscelino Kubitschek), como para o setor privado, em um momento em que as altas escalas de capital dos setores a serem implantados necessitavam de maiores recursos financeiros para viabilizar o investimento.
Outro problema que se colocava ao prosseguimento do desenvolvimento é que tanto o setor de bens de capital como o setor de bens intermediários são os chamados setores de “demanda derivada”, isto é, as demandas de seus produtos dependem da demanda pelos produtos finais na economia. Em virtude da concentração de renda da economia e da ausência de mecanismos de financiamento ao consumidor, a demanda pelos produtos do setor de bens de consumo duráveis era bastante limitada, restringindo os impactos (estímulos) deste setor para o resto da economia. A consequência desta situação foi a retração nas taxas de crescimento e a aceleração inflacionária.
Era um consenso na época à necessidade de reformas institucionais que fossem um quadro favorável à retomada dos investimentos. Os governos Jânio Quadros, a fase do parlamentarismo e o governo João Goulart foram prisioneiros desta situação, e apesar de buscarem diferentes formas de resolver a questão política e encaminhar a solução econômica, houve certo imobilismo da política econômica no período. Neste contexto, o golpe militar de 1964, impondo de forma autoritária uma solução para a crise política, foi uma precondição ao encaminhamento “técnico” das medidas de superação da crise econômica – reformas constitucionais e condução da política econômica de forma adequada e segura.
O governo Castelo Branco lançou o PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo), com vistas para resolver os problemas econômicos. O PAEG pode ser dividido em duas linhas de atuação: políticas conjurais de combate à inflação, associadas a reformas estruturais que permitiram o equacionamento dos problemas inflacionários e das dificuldades que se colocavam ao crescimento econômico.
Os objetivos colocados pelo PAEG eram: acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, atenuar os desequilíbrios setoriais e regionais, aumentar o investimento e com isso o emprego, e corrigir a tendência ao desequilíbrio externo. O controle inflacionário e/ou as formas de conviver com ela eram vistos como precondições para a retomada do desenvolvimento, e o combate à inflação só poderia ser feito acoplado às reformas institucionais.
2.3.1 Medidas de Combate à Inflação do PAEG
O diagnóstico sobre a inflação, que havia subido para 83,2% a.a. em 1963, centrava-se no excesso de demanda. Este era explicado em função da tendência ao déficit público, da elevada propensão a consumir (decorrente da política salarial frouxa dos períodos anteriores – os chamados “arroubos populistas”) e também da falta de controle sobre a expansãodo crédito. Estas pressões inflacionárias propagavam-se com a expansão monetária, que era o veículo para sua perpetuação.
Especificamente, as principais metas do PAEG eram:
Redução do déficit público mediante a redução dos gastos e da ampliação das receitas através da reforma tributária e do aumento das tarifas públicas (a chamada inflação corretiva). Com isso, o déficit público reduziu-se de 4,2% do PIB em 1963 para 1,1% em 1966;
Restrição do crédito e aperto monetário. Houve aumento das taxas de juros reais e consequentemente do passivo das empresas. Este fato levou a uma grande onda de falências, concordatas, fusões e incorporações, processo este que atingiu principalmente as pequenas e médias empresas dos setores de vestuário, alimentos e construção civil. Esta “limpeza de terreno” e consequente geração de capacidade ociosa foi um importante fator para a futura retomada do crescimento econômico;
O terceiro elemento da política de contenção da demanda foi a política salarial, em que se supunha a existência de uma taxa de desemprego relativamente baixa, o que levava a elevados salários reais e inflação crescente. Para romper esta dinâmica, o governo passou a determinar os reajustes salariais, via política salarial, objetivando romper as expectativas e conter as reivindicações. A fórmula de reajustes decidida pela política salarial (circular 10 de 1965) teve por consequência uma grande redução do salário real.
Com estas medidas, a inflação reduziu-se, entre os anos de 1964 e 1967, da casa dos 90% a.a. para os 20% a.a. Este resultado se deve em grande parte a uma retração nas taxas de crescimento econômico.
2.4 REFORMAS INSTITUCIONAIS DO PAEG
Quanto aos problemas institucionais, identificou-se como ponto básico a ausência de correção monetária em uma economia com altas taxas inflacionárias. Vários eram os problemas gerados pelo processo inflacionário:
A inflação, conjugada à lei da usura (que impedia juros nominais superiores a 12% a.a.), desestimulava a canalização de poupança para o sistema financeiro;
A lei do inquilinato numa situação inflacionária, constituía-se em forte desestímulo à aquisição de imóveis e, consequentemente, à construção civil;
Desordem tributária, pois a ausência de correção monetária, no caso dos débitos fiscais, estimulava o atraso de pagamentos e, no caso dos ativos e do patrimônio das empresas, levava à tributação de lucros ilusórios.
Neste sentido, se, por um lado, se fazia necessária a redução das taxas de inflação, também procurou-se criar mecanismos que possibilitassem o crescimento econômico em um ambiente de inflação moderada. As principais reformas instituídas pelo PAEG foram: a reforma tributária, a reforma monetária e financeira e a reforma do setor externo. Vejamos estas reformas mais detidamente.
2.4.1 Do Crescimento Acelerado a Crise
Este período pode ser dividido em dois subperíodos:
O “Milagre Econômico Brasileiro” (1968-73);
O II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND – 1974-79).
O primeiro, caracterizado por um crescimento acelerado, decorrente em grande parte das reformas ocorridas no período anterior e das condições internacionais favoráveis, e o segundo, em que a manutenção do crescimento se deu em função da vontade política do governo militar (o objetivo do Brasil Potência), que foi contra a tendência mundial de retração do crescimento, a partir da primeira crise do petróleo de 1973/74.
2.4.2 O II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND)
O rápido crescimento econômico ao longo do Milagre, com a ocupação de toda capacidade ociosa (o que caracteriza uma situação de pleno emprego), levou ao aparecimento de alguns desequilíbrios, que gerariam pressões inflacionárias e/ou problemas na balança comercial. A manutenção do ciclo expansionista, em fins de 1973, dependeria cada vez mais de uma situação externa favorável. Esta situação foi rompida pela crise internacional desencadeada pelo primeiro choque com o petróleo em 1973, quando os países membros da OPEP quadruplicaram o preço do barril de petróleo.
Em 1974, houve aumento das taxas de inflação que passaram de 15,5% em 1973 para 34,4%. No balanço de pagamentos, verificou-se um déficit no saldo de transações correntes da ordem de US$ 6,5 bilhões, provocado não só pelo aumento do valor das importações de petróleo, mas também em função dos bens de capital e insumos básicos, necessários para manter o nível de produção corrente. Este déficit não foi totalmente coberto pela entrada de recursos, levando a uma queima de reservas, o que revelava o elevado grau de vulnerabilidade externo da economia brasileira.
Em nível interno, a situação política aparecia como uma complicação adicional; a crise mostrava os limites políticos do modelo do Milagre. Em ano de mudança de presidente, começavam a surgir várias pressões por melhor distribuição de renda e maior abertura política, o que gerava certo imobilismo no estado.
As opções que se colocavam naquele momento eram:
Ajustamento, que continha à demanda interna e evitava que o choque externo se transformasse em inflação permanente e correção do desequilíbrio externo;
Financiamento do crescimento, visando ganhar tempo para ajustar a oferta interna, mantendo o crescimento elevado e fazendo um ajuste gradual dos preços relativos (alterados pela crise do petróleo), enquanto houvesse financiamento externo abundante.
O ano de 1974 iniciou-se com o Ministro Simonsen sinalizando a opção pelo ajustamento, buscando o controle da demanda através do controle da liquidez. Entretanto, essa pesquisa resultou inócua, devido à crise financeira detonada pela quebra do Banco Halles, levando a uma grande procura pela assistência à liquidez.
Lançou-se o II PND, em fins de 1974, como uma alternativa à dicotomia de ajustamento ou financiamento, colocando-o como uma estratégia de ajuste de longo prazo e simultaneamente de desenvolvimento econômico.
O plano significou uma alteração completa nas prioridades da industrialização brasileira: de um padrão baseado no crescimento do setor de bens de consumo duráveis com alta concentração de renda, a economia deveria passar a crescer com base no setor produtor de meios de produção – bens de capital e insumos básicos. Dois problemas centrais para a execução do plano eram as questões do apoio político e do financiamento do processo. Neste sentido, percebe-se isolamento do Estado, que se transformou em “Estado-empresário” e centrou o plano em si, tendo como agente central das transformações as empresas estatais.
Além da garantia de demanda, vários incentivos foram dados ao setor privado através do CDE (Conselho de Desenvolvimento Econômico), principal órgão de implementação do plano. Entre os incentivos, destacavam-se: o crédito do IPI sobre a compra de equipamentos, a possibilidade de depreciação acelerada, a isenção do imposto de importação, formas mais ou menos explícitas de reserva de mercado para novos empreendimentos (por exemplo, a Lei da Informática), garantia de política de preços compatível com as prioridades da política industrial etc.
Quanto às empresas estatais, verificou-se a restrição do acesso destas ao crédito interno e uma política de contenção tarifária, que visavam conter as pressões inflacionárias, e forçá-las ao endividamento externo, o que serviria para cobrir o “hiato de divisas” existentes na execução do plano. Iniciou-se com isso o processo de estatização da dívida externa. Já o setor privado foi financiado basicamente com créditos subsidiados de agências oficiais, entre as quais ganhou destaque o BNDES, que teve seu funding praticamente duplicado, com a transferência para este dos recursos do PIS-PASEP, antes administrados pela CEF.
Para realizar o II PND, o Estado foi assumindo um passivo para manter o crescimento econômico e o funcionamento da economia. Dados os níveis extremamente baixos das taxas de juros internacionais, o Estado era capaz de pegar os juros, mas correndo o risco de que qualquer alteração na estrutura das taxas de juros poderia inviabilizar as condições de pagamento,principalmente tendo-se em vista a característica flutuante das taxas de juros dos empréstimos.
A deterioração da capacidade de financiamento do Estado, que socializou todos os custos no período do II PND (com grande aumento nos gastos, ao se autonomizar para realizar o desenvolvimento) sem criar mecanismos adequados de financiamento, constituir-se-ia no grande problema enfrentado posteriormente pela economia brasileira.
2.5 ECONOMIA POLÍTICA BRASILEIRA
Como pôde-se constatar, a validade do pensamento de Caio Prado Jr. para a Teoria Marxista da Dependência e para Ruy Mauro Marini, podem ser resumidas da seguinte forma:
O modo de produção do Brasil e da América Latina nunca foi feudal, ao contrário, sempre estiveram vinculadas e se referiram ao nascente capitalismo mercantil;
A burguesia local, em seu caráter geral, não era progressista e antiimperialista, já que teve um forte impulso por parte do próprio capital internacional, que a beneficiou diretamente;
Existe uma situação de subordinação e dependência orgânica dos países latino-americanos em relação ao sistema capitalista – isto é, das próprias burguesias locais em relação às burguesias imperialistas;
O que remete a análise ao seu princípio, isto é, ao início das formações nacionais, no qual as economias locais foram constituídas para a exportação de matérias-primas com o objetivo de satisfazer as necessidades dos países centrais (a princípio Portugal e Espanha);
Não será uma revolução democrático-burguesa que levará os países da região ao socialismo, mas somente mediante a supressão das relações de produção.
Assim, um estudo sério sobre a Teoria Marxista da Dependência, bem como sobre o pensamento de Ruy Mauro Marini, deve ser tributário às contribuições decisivas de Caio Prado Jr. Se por razões políticas, isto não foi feito antes, cabe às gerações posteriores, já mais afastadas das disputas de outrora, apontar tal ligação, já que foi a partir deste autor que se esboçou a primeira crítica radical às ilusões que a esquerda brasileira e regional adotou durante boa parte do século XX e que persiste ainda hoje.
2.5.1 Economia Brasileira Contemporânea
A expressão desenvolvimentismo começou a ser utilizada no Brasil – e talvez no mundo – nos anos 1950 para designar, de um lado, uma forma de organização do capitalismo e, de outro, uma abordagem teórica. Pedro Cezar Dutra Fonseca (2014: 36), que realizou um amplo estudo sobre as origens do termo, os encontrou pela primeira vez em trabalhos de Hélio Jaguaribe (1962) e Bresser-Pereira (1963).
A partir dos anos 1970, a expressão “nacional-desenvolvimentismo” passou a ser amplamente usada. A nível internacional, porém, o termo só ganhou curso com o livro de Chalmers Johnson (1982) sobre o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão (MITI), no qual o Estado japonês foi definido como um “developmental state”. 
Novo-Desenvolvimentismo defende o modelo exportador, em que os países emergentes de dimensão continental teriam a possibilidade de usar duas grandes vantagens: mão de obra barata e possibilidade de comprar ou copiar tecnologia disponível. Se o país adotasse essa estratégia de industrialização orientada para as exportações, só as empresas eficientes o bastante para exportar seria beneficiadas pela política industrial.
De acordo com Bastos (2012):
No Brasil, por exemplo, a retomada da ideologia liberal como solução para a crise do desenvolvimentismo industrial e do Estado planejador, na década de 1980, difundiu a narrativa histórica de que o “modelo desenvolvimentista” era defeituoso de nascença, seja por alocar recursos “artificialmente” para longe de sua especialização natural (que estaria fora da indústria pesada), seja por conferir a marajás do “Estado burocrático e interventor” o direito de arranjar para si e comparsas empresariais uma série de benefícios privados, em prejuízo da maioria de contribuintes e consumidores. (BASTOS, 2012, p. 780).
O estado desenvolvimentista está associado às coalizões de classes desenvolvimentistas que comandaram a formação do estado-nação e a revolução industrial, ou, em outras palavras, a revolução capitalista. Nos países que primeiro se industrializaram – Inglaterra, Bélgica e França – elas foram coalizões políticas nacionalistas e desenvolvimentistas que resultaram da aliança política do monarca absoluto e sua corte – ou seja, de setores da antiga classe dominante – com a grande burguesia emergente.
Na Alemanha de Bismarck o Estado logrou associar setores da aristocracia proprietária de terras com as classes progressistas e burguesas. No Brasil, a coalizão de classes formada por Getúlio Vargas incluía a burguesia industrial, os trabalhadores urbanos, a burocracia pública moderna que então surgia, e setores da velha oligarquia proprietária de terras que não exportava, mas fornecia para o mercado interno. No caso da coalizão mercantilista, os dois grupos estavam interessados na formação de uma grande unidade político-territorial soberana – o monarca estava interessado no poder, a burguesia, no grande mercado interno seguro que a aliança proporcionava. Interesses comuns também estavam presentes nessas primeiras coalizões de classes desenvolvimentistas.
Elas foram autoritárias, porque o Estado era absoluto; foram nacionalistas, porque transformaram povos relativamente heterogêneos em nações soberanas; e foram desenvolvimentistas, porque além de nacionalistas implicavam a intervenção moderada do Estado no mercado para promover o desenvolvimento econômico.
Tomando esses países de desenvolvimento original como referências, podemos afirmar que eles têm seguido um caminho histórico de desenvolvimento econômico, político, social e ambiental que talvez possa ser resumido em algumas fases estilizadas: no final da Idade Média algumas monarquias absolutas aliadas à burguesia nascente se sobrepõem aos senhores feudais e formam um Estado que é absoluto no plano político, patrimonialista no plano administrativo, e mercantilista no plano econômico.
E dessa maneira aquela unidade territorial aos poucos se transforma em um estado-nação, na medida em que suas elites e seu povo vão se constituindo em nação. O novo e grande mercado interno do estado mercantilista – a primeira forma de estado desenvolvimentista – vai possibilitar a revolução industrial e o surgimento de uma burguesia nacional e de uma grande classe trabalhadora.
 A Nova Geração destaca a autonomia relativa propiciada pela ampliação dos mercados (internos e externos) e pela maior independência do processo de reprodução do capital em relação à importação de meios de produção. Reconhece que a necessária construção de indústria de componentes nacionais e de mecanismos internos de financiamento em longo prazo pode retardar e até encarecer os empreendimentos.
Argumenta que, embora tenha ocorrido enorme redução do peso do Estado na economia brasileira, promovida pelas privatizações neoliberais, ele ainda mantém sua capacidade de coordenação da negociação, agora, entre interesses trabalhistas, privados nacionais e estrangeiros, configurando um Capitalismo de Estado Neocorporativista. Nesta vertente, a democracia e justiça social, estabilidade monetária e fiscal, endogenização do progresso técnico e sustentabilidade social devem estar de fatos ligados aos processos.
2.6 ECONOMIA AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias e contém dois elementos essências: o conceito de necessidade, sobretudo as fundamentais dos mais pobres, que devem receber a máxima prioridade; e a noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõem ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras (FILHO, 2003).
O conceito de desenvolvimento sustentável, apoiado numa visão ética indiscutível, comprometida em preservar a natureza para as gerações futuras, tornou-se consensual em quase todo o mundo. Noentanto, a sua viabilidade prática ainda precisa ser avaliada, pois é difícil definir até que ponto a exploração econômica é compatível com a manutenção de um ambiente saudável.
3 CONCLUSÃO
A economia social sustenta hoje parcela significativa do comportamento geral da demanda agregada nacional, além de garantir a considerável elevação do padrão de vida dos brasileiros, sobretudo daqueles situados na base da pirâmide social, o que corresponde aos compromissos da nova economia política brasileira. A descoberta dessas novidades no interior da dinâmica econômica brasileira atual impõe reavaliar a eficácia dos velhos pressupostos da política macroeconômica tradicional (POCHMANN, 2012).
De certa forma, a concessão do grau de investimento (“investment grade”) ao Brasil na segunda metade da década de 2000 representou, perante a comunidade financeira internacional, a coroação desse processo de modernização, iniciado com a abertura de Collor, continuado com o Plano Real e as reformas de FHC e mantido por Lula. O raciocínio implícito nessa estratégia era que, uma vez obtido tal grau, o Brasil passaria a estar associado a um risco muito menor que no passado, com impacto favorável sobre a taxa de juros real doméstica. Com o tempo, o esforço de ajuste e modernização da economia acabaria sendo recompensado.
REFERÊNCIAS
BASTOS, Pedro Paulo Z. O Presidente Desiludido: a campanha liberal e o pêndulo da política econômica no governo Dutra (1942-1948). História Econômica e História de Empresas, vol. VII, n. 1, pp. 99-135, jan./jun. 2004.
BASTOS. Pedro Paulo Zahluth. Economia e Sociedade. Campinas, v. 21, Número Especial, p. 779-810, dez. 2012.
CHASE, Richard B.; AQUILANO, Nicholas J. Gestão da produção e das operações: perspectiva do ciclo de vida. Lisboa: Monitor, 1995.
CRUZ, Paulo D. Notas sobre o endividamento externo brasileiro nos anos setenta. In: L. G. Belluzzo; Coutinho, R. (orgs.). Desenvolvimento Capitalista no Brasil, vol. 2. São Paulo: Brasiliense, 1983.
FILHO, Hayrton Rodrigues do Prado. A indústria e o desenvolvimento sustentável. 2003. Disponível em: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/148>. Acesso em: 15 de Out. 2017.
FRANCO, Gustavo H. B. O Desafio Brasileiro. São Paulo: Editora 34, 1999.
FURTADO, C. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.
Pochmann, Marcio. A nova economia política brasileira. 2012. Disponível em: <http://diplomatique.org.br/a-nova-economia-politica-brasileira/>. Acesso em: 20 de Out. 2017.
SANTOS, T. A Teoria da Dependência: balanço e perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
APENDICE
	Palavra-Chave
	Conceito / Definição
	Como alcançar / Finalidade
	Desenvolvimento Econômico (pág. 205).
	Crescimento econômico, acompanhado pela melhoria da qualidade de vida da população e por alterações profundas na estrutura econômica.
	Transferência de mão de obra para setores com valor adicionado per capita e salários médios cada vez mais elevados.
	Estados Nacionais (pág. 206).
	Entidades caracterizadas por um território claramente delimitado, uma população constante, mesmo que não seja fixa, e um governo.
	Ordem econômica constitucional.
	Consenso de Washington (pág. 206).
	Propalar a conduta econômica neoliberal com a intenção de combater as crises e misérias dos países subdesenvolvidos, sobretudo os da América Latina.
	Reforma Fiscal; Abertura Comercial; Política de Privatizações; Redução Fiscal do Estado.
	Ponto de Estrangulamento (pág. 207).
	Designação do componente que limita desempenho e capacidade de todo um sistema, que se diz ter um estrangulamento (CHASE et al., 1995, p. 842).
	Aumentar a velocidade no atendimento da demanda fazendo uso eficiente dos gargalos. Ademais, a produção em excesso pode ocasionar perdas de lucratividade para a organização.
	Produtividade (pág. 207).
	Capacidade de se produzir mais utilizando cada vez menos em menos tempo.
	Inovação de Procedimentos para o setor Produtivo.
	Distribuição de Renda (pág. 207).
	Modo como se processa a repartição da riqueza e dos bens socialmente produzidos, entre os habitantes e entre os diferentes estratos da população de um país ou região.
	Promover maior coesão social, sendo vista com meio para viabilizar e sustentar um processo de crescimento econômico a longo prazo.
	Crescimento Econômico (pág. 207).
	Melhora nos indicadores de distribuição de renda.
	Retirar o país de uma condição de país de renda média para um país de renda alta
	Teoria da Dependência (pág. 209).
	A rigor, não existe teoria da dependência, mas simplesmente a dependência como processo histórico dentro do sistema internacional de relações de força e poder.
	Ética de responsabilidade.
	Teoria da Superexploração (pág. 209)
	Enfraquecimento do modelo nacional-desenvolvimentista e a supremacia da visão do desenvolvimento associado.
	Pra lograr esse resultado a burguesia é obrigada a recorrer a métodos autoritários, que seriam, assim, inerentes ás burguesias periférica como a brasileira.
	Desenvolvimento Sustentável (pág. 209).
	Procura harmonizar os objetivos de desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e a conservação ambiental.
	Possibilitar às pessoas, agora e no futuro, atingir um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
	Ambientalismo (pág. 210).
	Conjunto de ideias, ideologia ou movimento em defesa da preservação do meio ambiente.
	Chamar a atenção da população local ou mundial para as problemáticas ambientais.
	Economia Verde (pág. 210).
	Definida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma ou UNEP, em inglês) como "uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica".
	Pouco uso de combustíveis fósseis (gasolina, carvão, diesel, etc.) e aumento do uso de fontes limpas e renováveis de energia;
- Eficiência na utilização de recursos naturais;
- Práticas e processos que visam à inclusão social e erradicação da pobreza;
- Investimento e valorização da agricultura verde;
- Tratamento adequado do lixo com sistemas eficientes de reciclagem;
- Qualidade e eficiência nos sistemas de mobilidade urbana.
	Estatismo (pág. 210).
	Descrever a defesa política ou ideológica da autoridade do Estado e intervenção do mesmo em atividades econômicas e individuais. 
	Propõe liberdade nessas atividades e ceticismo em relação às ações do Estado.
	Dinamismo do mercado interno (pág. 211).
	Opera dentro de limites demarcados, e que por sua vez está rodeado por um mercado maior.
	Facilitar investimentos.
	Encadeamentos Produtivos (pág. 211).
	Competitividade, sustentabilidade, inovação, produtividade e cadeia de valor.
	Inovação, que pode ser em métodos, processos ou novos investimentos em tecnologia.
	Adensamento Produtivo (pág. 211).
	Expansão semelhante ao valor da produção.
	- Concorrência Externa;
- Baixo Empreendedorismo;
- Restrições ao Crédito.
	Substituição de Importações (pág. 211).
	Processo que leva ao aumento da produção interna de um país e a diminuição das suas importações.
	Promoção do desenvolvimento industrial por substituição de importações.
	Desindustrialização (pág. 214).
	Processo de mudança social e econômica causada pela eliminação ou redução da capacidade industrial ou atividade em um país ou região, especialmente a indústria pesada ou indústria transformadora. É um termo oposto de industrialização.
	Transformar matéria-prima em produtos que possam ser vendidos.
	Políticas Neoliberais (pág. 214).
	Defende a não participação do estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
	Mostrar à sociedade uma política macroeconômica que combine estabilidade de preços e uma financeira com crescimentoe fazer frente não mais a uma oligarquia do setor primário-exportador, mas aos capitalistas rentistas e aos interesses estrangeiros no mercado interno.
	Setor Primário-Exportador (pág. 214).
	Segmentos da economia que produzem matérias primas, como a agricultura, a pecuária, a pesca e o extrativismo mineral.
	Produtos considerados matérias-primas são levadas para outras indústrias, a fim de se transformarem em produtos industrializados.
	Catching-up (pág. 215).
	Recuperar o atraso.
	Acumulação de capital.
	Doença Brasileira (pág. 217).
	No período 2004-2011 a conjuntura externa era favorável (altos preços de commodities e bom fluxo de capitais estrangeiros), a situação muda a partir de 2011.
	Haver mais “exportabilidade” da economia, ou seja, maior integração nas cadeias internacionais de valor.
	Investimento Direto Estrangeiro (pág. 218).
	Todo aporte de dinheiro vindo do exterior que é aplicado na estrutura produtiva doméstica de um país, isto é, na forma de participação acionária em empresas já existentes ou na criação de novas empresas.
	Conhecer os conceitos básicos do investimento direto estrangeiro e a sua situação global.
	Cadeias Produtivas Globais (pág. 218).
	Arranjos produtivos.
	Novo modo de produzir, que dilui o poder dos sindicatos e o poder reivindicatório dos trabalhadores.
	Taxa de Câmbio de Equilíbrio Industrial (pág. 222).
	Controlada pela crise de balanço de pagamentos e pela taxa de equilíbrio real da economia brasileira.
	Desloca a oferta do produto para cima de forma a tornar o equilíbrio corrente igual ao industrial.
	Proteção Tarifária (pág. 224).
	Forma de proteger os produtores locais.
	Evitar o aumento das importações, especialmente às oriundas da China.
	Progresso Técnico (pág. 225).
	Fonte de crescimento, atribuindo papel relativamente secundário ao crescimento do volume de fatores.
	Reduzir a participação do trabalho direto despendido; em outros, visa a superar contradições do tipo concorrencial.
	Bens de Capital (pág. 229).
	Equipamentos e instalações.
	Bens ou serviços necessários para a produção de outros bens ou serviços.
	Restrição Externa ao crescimento (pág. 230).
	Quando a taxa de crescimento é igual ou superior à taxa de crescimento da renda mundial, surgem déficits em conta corrente.
	Mudança do padrão de especialização das exportações.
	Inércia Produtiva brasileira (pág. 232).
	Empobrecimento econômico.
	Alavanque produtivo setorial do país.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ciências ECONôMIcAs
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Produção Textual Individual
ITAITUBA-PA
2017
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Produção Textual Individual
Trabalho de Produção textual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Formação Econômica Brasileira, Economia Política Brasileira, Economia Brasileira Contemporânea, Eco. Ambiental e Desenv. Sustentável e Seminário VI.
Orientador: Prof. Renato J da Silva, Profa. Emerson Esteves, Prof. Alexander L. Montini, Profa. Andréia Boechat e Profa. Daiane A. Rodrigues
ITAITUBA-PA
2017

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