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Direito e Legislação Ambiental - Slides de Aula - Unidade IV

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Unidade IV 
 
 
 
 
DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
Prof. Ricardo Calasans 
Conteúdo 
 Licenciamento ambiental brasileiro. 
 Legislação florestal brasileira (Código Florestal brasileiro). 
Fonte: http://www.crmeioambiente.com.br/files/pub/56/03-licenciamente-ambiental.jpg 
Possibilidade jurídica e características 
do licenciamento ambiental: 
 o licenciamento ambiental pode ser considerado uma 
ferramenta que visa garantir a correta aplicação da avaliação 
de impactos ambientais. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Fonte: http://www.thegraduateschronicle.it/wp-
content/uploads/2014/09/lauree-scienze-agrarie1.jpg 
 A avaliação de impactos ambientais e o licenciamento 
ambiental estão previstos em nosso ordenamento jurídico. 
 Artigo 9º, incisos III e IV, da Lei n° 6.938/1981. 
 Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. 
 Processo de identificar as consequências futuras de uma ação 
presente ou proposta. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Fonte: http://www.ambientelegal.com.br/wp-
content/uploads/licenciamento-ambiental.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
 Constituição Federal de 1988, artigo 23, inciso VI, parágrafo 
único: é competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente 
e combater a poluição em qualquer de suas formas. 
 As normas para cooperação entre os entes federados 
deveriam atender ao equilíbrio do desenvolvimento e 
do bem-estar em âmbito nacional, devendo ser fixadas 
por meio de lei complementar. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
 A avaliação de impacto ambiental e o 
licenciamento ambiental continuaram 
sendo realizados por meio da obrigatoriedade 
“juridicamente” precária, estabelecida pelas 
Resoluções Conama nº 01/86 e nº 237/97. 
 A Lei Complementar nº 140/2011 tratou 
especificamente da cooperação entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os municípios 
nas ações administrativas decorrentes do 
exercício da competência comum relativas à 
proteção das paisagens naturais notáveis, à 
proteção do meio ambiente, ao combate à 
poluição em qualquer de suas formas e à 
preservação das florestas, da fauna e da flora. 
Fonte: 
http://www.ilidh.org/Portals/0/coop.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Segundo o artigo 2º, inciso I da Lei Complementar 
nº 140/2011, considera-se como licenciamento ambiental: 
 “O procedimento administrativo destinado a licenciar 
atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos 
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, 
sob qualquer forma, de causar degradação ambiental”. 
Fonte: http://toradv.com.br/wp-content/uploads/2011/05/Artigos-900x251.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Resolução Conama nº 237/97, artigo 1º, 
inciso I – Licenciamento Ambiental: 
 “Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental 
competente licencia a localização, instalação, ampliação e 
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de 
recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação ambiental, considerando as disposições 
legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis 
ao caso”. 
Fonte: http://www.arquiambiental.com.br/imagens/imglicenciamento.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Resolução Conama nº 237/97, artigo 1º, 
inciso II – Licença Ambiental: 
 “Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente 
estabelece as condições, restrições e medidas de controle 
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, 
pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e 
operar empreendimentos ou atividades que utilizem dos 
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação ambiental”. 
 
Fonte: http://vsambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Servi%C3%A7os_ambientaisjpg.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Licenciamento ambiental: 
a) Licença Prévia (LP); 
b) Licença de Instalação (LI); e 
c) Licença de Funcionamento ou Operação (LO). 
 Estudo Prévio de Impacto Ambiental e 
Relatório de Impacto Ambiental (EIA / Rima). 
Fonte: http://www.aguadoce.sc.gov.br/uploads/688/imagens/1189685.png 
Licenciamento ambiental brasileiro 
 A natureza jurídica do licenciamento ambiental 
está na previsão contida no artigo 9º, incisos III e IV, 
da Lei nº 6.938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente, 
sendo um instrumento de caráter preventivo de proteção 
do meio ambiente. 
Fonte: http://www.canalabertobrasil.com.br/wp-content/uploads/2015/04/licenciamento-ambienta.jpg 
Interatividade 
As etapas que envolvem o licenciamento 
ambiental são, respectivamente, as licenças: 
a) Prévia, de Funcionamento, de Instalação. 
b) Prévia, de Instalação, de Funcionamento. 
c) De Instalação, Preventiva, de Operação. 
d) Inicial, de Instalação, de Construção. 
e) Preventiva, de Construção, de Operação. 
Procedimentos administrativos para o licenciamento ambiental: 
 todo o procedimento de licenciamento ambiental 
deverá ser elaborado de acordo com os princípios 
do devido processo legal; 
 alguns aspectos legais principais devem ser protegidos na 
realização do Estudo de Impacto Ambiental e no Relatório de 
Impacto Ambiental. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Fonte: https://ilheusconsultic.files.wordpress.com/2011/10/image.png 
Licenciamento ambiental brasileiro 
a) ser realizado por órgão neutro; 
b) ser realizadas notificações adequadas 
para cada ação proposta e de sua classe; 
c) serem criadas oportunidades para a 
apresentação de objeções ao licenciamento; 
d) ser garantido o direito de produzir e apresentar provas, 
incluindo o direito de apresentar testemunhas, 
caso necessário; 
 
Fonte: http://rrmeioambiente.com.br/projetos-ambientais.JPG 
Licenciamento ambiental brasileiro 
e) o direito de conhecer a prova contrária e ter acesso a ela; 
f) o direito de contraditar (invalidar) testemunhas; 
g) garantir que a decisão sobre conflitos seja baseada 
somente nos elementos constantes da prova produzida 
no procedimento administrativo; 
h) o direito de se fazer representar durante todos os atos oficiais; 
 
 
 
Fonte: http://www.sinergiaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2013/05/licenca-ambiental_previa_lp2-270x190.png 
Licenciamento ambiental brasileiro 
i) o direito a elaboração de autos (processo) escritos 
para acompanhamento de todos os procedimentos; 
j) o direito de receber do Estado auxílio técnico e financeiro; 
k) o direito a uma decisão escrita fundamentada e motivada. 
Fonte: 
http://www.crasp.gov.br/crasp/manager/show
.aspx?show_arquivo=institucional&show_ca
mpo=institucional_imagem_pq&show_chave
=institucional_id=5348 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Assegurados esses aspectos, estaremos diante de um 
licenciamento ambiental que será regido pelos princípios de: 
 moralidade ambiental; 
 legalidade ambiental; 
 publicidade; 
 finalidade ambiental; 
 supremacia do interesse difuso sobre o privado; 
 indisponibilidade do interesse público; 
 dentre outros, que, independentemente da decisão 
de ser concedida ou não a licença, garantem a lisura 
do procedimento do licenciamento. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Etapas do licenciamento 
 A Licença Prévia (LP) está prevista no artigo 8º, inciso I, 
da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(Conama) nº 237/97. 
 Ela é concedida na fase preliminar do projeto para 
ser atendida nas próximas fases de implementação. 
 Conforme dispõe o artigo 18, inciso I, da mesma Resolução, 
a Licença Prévia tem prazo de validade de até cinco anos. 
Fonte: http://www.ecocasa.com.br/acpu_img/servico-licenciamento-ambiental.jpgLicenciamento ambiental brasileiro 
Etapas do licenciamento 
 A Licença de Instalação (LI) deve ser solicitada imediatamente 
após a Licença Prévia, de acordo com a previsão do artigo 8º, 
inciso II, da Resolução Conama nº 237/97. 
 Esta licença em que se “autoriza a instalação do 
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações 
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, 
incluindo as medidas de controle ambiental e demais 
condicionantes, da qual constituem motivo determinante”. 
 A Licença de Instalação também possui prazo de validade, 
que não poderá ser superior a seis anos, conforme dispõe 
o artigo 18, inciso II, da mesma Resolução. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Etapas do licenciamento 
 A Licença de Operação (LO), também conhecida como 
Licença de Funcionamento, sucede a de Instalação e, 
conforme dispõe o artigo 8º , inciso III, da Resolução 
Conama nº 237/97, tem por finalidade autorizar a “operação 
da atividade ou empreendimento, após a verificação do 
efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, 
com as medidas de controle ambiental e condicionantes 
determinados para a operação”. 
 Podendo ter validade mínima de quatro anos e 
máxima de dez anos, de acordo com o artigo 18, 
inciso III, da mesma Resolução. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
O licenciamento ambiental e a cooperação entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios 
 A Lei Complementar nº 140/2011 indicou seus objetivos 
específicos no exercício da competência comum, que 
pode ser verificada no artigo 3º, incisos I a IV: 
1. proteger, defender e conservar o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, promovendo gestão 
descentralizada, democrática e eficiente; 
 
 
Fonte: http://www.ezute.org.br/ezute/imagens/projetos/img-txt-gestao-ambiental.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
2. garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico 
com a proteção do meio ambiente, observando a dignidade 
da pessoa humana, a erradicação da pobreza e a redução 
das desigualdades sociais e regionais; 
3. harmonizar as políticas e ações administrativas para 
evitar a sobreposição de atuação entre os entes federativos, 
de forma que evite conflitos de atribuições e garanta uma 
atuação administrativa eficiente; 
4. garantir a uniformidade da política ambiental para todo o 
país, respeitadas as peculiaridades regionais e locais. 
Fonte: http://www.sener.es/EPORTAL_IMGS/GENERAL/SENERV2/IMG-cw499e82b3aa3e0/sener-politica-ambiental.jpg 
Interatividade 
Os prazos estabelecidos na Resolução do Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (Conama) nº 237/97 para as licenças Prévia, 
de Instalação e de Funcionamento são, respectivamente: 
a) Não superior a seis anos; até cinco anos; 
mínima de quatro anos e máxima de dez anos. 
b) Até cinco anos; não superior a seis anos; 
mínima de quatro anos e máxima de dez anos. 
c) Até seis anos; não superior a cinco anos; 
mínima de quatro anos e máxima de oito anos. 
d) Mínima de quatro anos e máxima de oito anos; 
até dez anos; não superior a oito anos. 
e) Até dez anos; superior a cinco anos; mínima 
de dois anos e máxima de seis anos. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
O Estudo de Impacto Ambiental e o 
Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) 
 Constituem um dos mais importantes instrumentos 
de proteção do meio ambiente na atualidade. 
 Sua filosofia é essencialmente preventiva. 
 A Resolução Conama nº 01/86 exemplifica situações 
em que o Estudo de Impacto Ambiental se faz necessário, 
tornando-o obrigatório em algumas hipóteses descritas no 
artigo 2º da Resolução, por considerá-las significativamente 
impactantes ao meio ambiente. 
Fonte: https://encrypted- 
tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQdeoMME8
mdf56R9CRZ3XKIP2D3EU5OGeVhfG3vXr9R1GlIhP_ 
Licenciamento ambiental brasileiro 
O Estudo de Impacto Ambiental e o 
Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) 
 O diagnóstico, além de levar em consideração os 
aspectos ambientais gerais, deve estabelecer medidas 
que possam ser mitigadoras (diminuidoras) dos impactos 
previamente previstos, bem como deve prever, por meio 
de um programa, o acompanhamento e o monitoramento 
das medidas mitigadoras. 
 Todos os gastos com as atividades realizadas pela equipe 
técnica necessária para a realização do Estudo de Impacto 
Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental correrão a 
custa do proponente do projeto, conforme prevê o artigo 8º 
da Resolução Conama nº 01/86. 
Licenciamento ambiental brasileiro 
 O Relatório de Impacto Ambiental tem por finalidade 
tornar compreensível para o público o conteúdo do 
Estudo de Impacto Ambiental que, por sua natureza, 
deve ter sido elaborado a partir de critérios técnicos 
e, as vezes, não muito inteligíveis. 
 Deve ser claro e acessível, retratando fielmente o conteúdo 
do estudo de modo compreensível e menos técnico. 
Fonte: 
http://www.birding.com.br/Imag
ens/Eia%20Rima.gif 
Licenciamento ambiental brasileiro 
Aspectos constitucionais para a realização 
do Estudo de Impacto Ambiental 
 Está previsto na Constituição Federal de 1988, no seu 
artigo 225, parágrafo 1º, inciso IV, que assim estabelece: 
 “§ 1º. Para assegurar a efetividade desse 
direito, incumbe ao Poder Público: [...] 
 IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra 
ou atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, Estudo Prévio de Impacto 
Ambiental, a que se dará publicidade”. 
Fonte: http://www.viveiroambiental.com.br/backend/timthumb/timthumb.php?src=backend/midias/imagens/06102014111204.jpg&w=1420&h=440 
Licenciamento ambiental brasileiro 
 O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto 
Ambiental devem ser realizados por uma equipe técnica 
multidisciplinar, contando com profissionais das mais 
diferentes áreas – por exemplo, geólogos, físicos, biólogos, 
psicólogos, sociólogos, dentre outros –, os quais avaliarão os 
impactos ambientais positivos e negativos do empreendimento 
pretendido, com o objetivo de se obter um estudo completo e 
profundo a respeito da pretensa atividade. 
Fonte: http://lautecengenharia.com.br/images/slides/lautec.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
A Resolução Conama nº 237/97, artigo 11, estabelece: 
 “Os estudos necessários ao processo de licenciamento 
deverão ser realizados por profissionais legalmente 
habilitados, às expensas do empreendedor. 
 Parágrafo único. O empreendedor e os profissionais que 
subscrevem os estudos previstos no caput deste artigo 
serão responsáveis pelas informações apresentadas, 
sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais”. 
Fonte: 
http://www.stabra.com.br/visita_20tecni
ca.jpg?v=2drstc1e21tolq0x 
Licenciamento ambiental brasileiro 
 Quanto à obrigatoriedade de realização de audiência pública 
durante os procedimentos de licenciamento, ela poderá ou 
não acontecer, não tendo cunho obrigatório. 
 A sua formação ocorrerá nas seguintes hipóteses: 
a) quando o órgão competente para a 
concessão da licença julgar necessário; 
b) quando um número mínimo de 50 (cinquenta) cidadãos 
requerer ao órgão ambiental a sua realização; 
c) quando for solicitada a sua realização pelo Ministério Público. 
Fonte: http://segurogaucho.com.br/wp-
content/uploads/2015/06/1705032014202326au
diencia-publica.jpg 
Licenciamento ambiental brasileiro 
 Caso a audiência pública não seja realizada mesmo 
diante das hipóteses anteriores, a licença concedida 
não será considerada válida. 
 Caso a audiência pública seja solicitada das maneiras 
anteriormente elencadas, ela devera ser marcada e realizada 
em local acessível, principalmente para o público que será 
atingido pelo empreendimento, com o propósito de facilitar 
a participaçãoda sociedade. 
 Os aspectos procedimentais da audiência pública 
são regulamentados pelas Resoluções Conama 
nº 01/86 e nº 09/87. 
Interatividade 
Conforme determina a Resolução Conama nº 237/97, 
em seu artigo 11, os estudos necessários ao processo 
de licenciamento deverão ser realizados: 
a) por órgãos públicos previstos em Lei. 
b) apenas pelas pessoas jurídicas certificadas por 
órgão competente, às expensas do empreendedor. 
c) por auditores fiscais de órgãos federais. 
d) por profissionais legalmente habilitados, 
às expensas do empreendedor. 
e) pelo próprio empreendedor. 
 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
Noções introdutórias sobre a mudança 
da legislação florestal brasileira 
A Lei nº 12.651/2012 pretende estabelecer normas gerais sobre: 
 a proteção da vegetação; 
 áreas de preservação permanente; 
 áreas de Reserva Legal; 
 exploração florestal; 
 suprimento de matéria-prima florestal; 
 controle da origem dos produtos florestais; 
 controle e prevenção dos incêndios florestais. 
Prevendo instrumentos econômicos e financeiros 
para o alcance destes objetivos. 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 Para os ambientalistas, a nova lei acabou por diminuir a 
obrigação de restauração não só das áreas de preservação 
permanente historicamente degradadas, mas também 
daquelas que ainda não foram desmatadas, como é o caso 
das que protegem nascentes, além de alegarem que nenhum 
dos campos de altitude degradados terá de ser restaurado, 
anistiando possíveis infratores históricos. 
 Para os ruralistas, uma nova possibilidade de legalização 
diante do histórico de penalidades atribuídas pelo antigo 
Código Florestal, além de torná-los expostos a procedimentos 
mais rigorosos de controle por meio do georreferenciamento 
e do Cadastro Ambiental Rural. 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
Histórico da proteção florestal 
 O Código Florestal, antes previsto na Lei nº 4.771, 
de 15 de setembro de 1965, era uma norma fundamental 
para a proteção das florestas. 
 A nova legislação florestal trouxe uma evolução, dando maior 
independência aos municípios e delegando-lhes poderes para 
determinar o percentual de área verde que deve ser observado 
em empreendimentos urbanos, conforme previsão do artigo 
25, inciso III, da Lei nº 12.651/12. 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 O primeiro Código Florestal brasileiro 
foi criado por Getúlio Vargas em 1934. 
 A matriz energética que vigorava no 
Brasil era à base de carvão e lenha. 
 Os proprietários deveriam manter um quarto ou 25% da 
área de seus imóveis com a cobertura de mata original. 
Fonte: 
http://static.wixstatic.com/media/54712c_c16
81ea2090e4f4dae3ef96e62ff4eae.jpg_srz_350
_293_75_22_0.50_1.20_0.00_jpg_srz 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 Em 1965, a função das reservas florestais privadas 
já não era mais a mesma, e a lenha não tinha mais 
importância como fonte estratégica. 
 Demandas internacionais que passam a se 
adequar a uma maior preocupação em relação 
ao papel ambiental da manutenção florestal. 
 Reserva Legal, sendo estabelecido o percentual 
de 50% na Amazônia e 20% no restante do país. 
Fonte: http://www.sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/2013/11/vitrine_servico-reservalegal.jpg 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 No Código Florestal de 1965 também foi reformulada a figura 
jurídica criada pelo Código de 1934, denominada de florestas 
protetoras, que passariam a se chamar Áreas de Preservação 
Permanente (APP), sendo sua manutenção necessária para 
garantir a saúde dos recursos hídricos, tais como rios e lagos, 
e áreas de risco, como encostas íngremes e dunas. 
Fonte: http://www.pinedaekrahn.com.br/sites/default/files/carrossel/APP.jpg 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 Apenas na Constituição Federal de 1988 se confere caráter 
constitucional à preservação ambiental, atribuindo a todos o 
direito ao meio ambiente equilibrado e o dever de preservá-lo, 
passando a ser comum a todos os entes federativos a 
competência administrativa de preservar as florestas, 
conforme dispõe o artigo 23, inciso VII, da Constituição 
Federal de 1988. 
Fonte: http://ipco.org.br/ipco/wp-content/uploads/2012/06/Mapa-verde.jpg 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
Principais discussões relacionadas ao 
Código Florestal de 1965 (Lei nº 4.771/65): 
 o Decreto nº 6.514/08 passou a regulamentar a 
Lei nº 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais. Foi fixado 
o prazo de 180 dias para que todos os donos de imóveis 
rurais averbassem na matrícula do imóvel junto aos 
cartórios as áreas destinadas como Reserva Legal, 
atendendo as determinações do Código Florestal; 
 realizar a averbação da Reserva Legal não era tarefa simples; 
 demandava, além de custos com a contratação 
dos técnicos habilitados, demasiado tempo pela 
demora no diálogo com os órgãos ambientais; 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 averbar a Reserva Legal implicaria vários outros “prejuízos”, 
pois os imóveis onde essa área estivesse gerando produtos 
agrícolas deixaria de fazê-lo, além de a medida da fixação da 
Reserva Legal requerer do produtor a iniciação do processo 
de recuperação da vegetação natural nessas áreas ou a 
compensação pelo dano ambiental historicamente consolidado; 
Fonte: http://www.ciflorestas.com.br/arquivos/c_44_44_11672.jpg 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 a primeira grande consequência da histórica inobservância 
do Código Florestal é que grande parte da produção agrícola 
(grãos, fibras, pecuária, florestas plantadas, biocombustíveis 
etc.) foi consolidada em áreas que deveriam ser protegidas 
sob as regras da Reserva Legal e/ou de Áreas de 
Preservação Permanente. 
Fonte: http://biton.uspnet.usp.br/bios/wp-content/uploads/2010/09/brasil2.jpg 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
Principais alterações trazidas pela 
Lei nº 12.651/2012 ao Código Florestal: 
 a pequena propriedade ou posse rural familiar ficou 
estabelecida como a propriedade responsável pelo pagamento 
de quatro módulos fiscais, conforme regulamentação trazida 
pelo artigo 3º da Lei nº 11.326/06; 
 embora a definição das Áreas de Preservação Permanente não 
tenha sido modificada, as de Reserva Legais foram; 
 antes eram excluídas as Áreas de Preservação 
Permanente do cômputo das Reservas Legais; 
agora não há mais essa limitação; 
Legislação florestal brasileira 
(Código Florestal brasileiro) 
 houve a ampliação das possibilidades de atividades que 
podem ser consideradas de utilidade pública e interesse 
social, permitindo a supressão de Áreas de Preservação 
Permanente para o desempenho de tais atividades; 
 houve a inclusão de algumas novas definições, como: 
 área rural consolidada, sendo área de imóvel rural 
com ocupação pelo homem, desde que preexistente 
a 22 de julho de 2008; 
 as Áreas de Preservação Permanente não foram 
reduzidas; ao contrário, foram criadas mais hipóteses, 
ampliando o rol de áreas declaradas de interesse social 
por ato do chefe do Poder Executivo. 
Interatividade 
No que tange à Reserva Legal, considerando a nova Lei 
Florestal, alterada pela Lei nº 12.727, é correto afirmar que: 
a) impõe que deve ser de 80% da área, sem contar APP. 
b) diferencia região Amazônica da Mata Atlântica, 
determinando 80% e 50%, respectivamente. 
c) determina porcentagens diferentes para áreas 
que foram desmatadas antes e após 2008. 
d) considera 35% para áreas em geral. 
e) determina de 0% a 20%, incluindoAPP, a depender 
do tamanho do imóvel e data do desmatamento para 
qualquer região do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
	Slide Number 1
	Conteúdo
	Licenciamento ambiental brasileiro
	Licenciamento ambiental brasileiro
	Licenciamento ambiental brasileiro
	Licenciamento ambiental brasileiro
	Licenciamento ambiental brasileiro
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	Licenciamento ambiental brasileiro
	Licenciamento ambiental brasileiro
	Interatividade
	Resposta
	Licenciamento ambiental brasileiro
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	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
	Legislação florestal brasileira�(Código Florestal brasileiro)
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