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Unidade II GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR Profa. Ma. Anna Teles Funções Gerenciais Fundação Nacional da Qualidade (FNQ): modelo de excelência desenvolvido em conjunto de fundamentos observados em organizações bem-sucedidas gerencialmente. Modelo de gestão proposto defende a necessidade da alta direção disseminar os valores da organização. Valorização das pessoas: oportunidades podem incluir: Treinamentos; Rodízios de funções; Remuneração baseada no conhecimento, na habilidade, e na criatividade. Funções Gerenciais Informações devem estar vinculadas a indicadores de satisfação do cliente e produtividade da força de trabalho. Conhecimento sobre o cliente e o mercado: a qualidade é inerente ao serviço, mas julgada pelo cliente. O relacionamento entre organização e cliente podem afetar o valor percebido e a satisfação do cliente. Gestão centrada do cliente significa o êxito obtido em fases de recuperação, corrigindo erros e eliminando causas de insatisfação. Funções Gerenciais Geração de resultados: devem ser orientados e balanceados de acordo com interesses das partes interessadas. Indicadores balanceados oferecem um meio eficaz para: comunicar prioridades de curto ou longo prazo; promover o alinhamento da estratégia em toda a organização; monitorar o desempenho global da organização; analisar de forma estruturada os resultados e propor melhoria nos processos. Funções Gerenciais Orientação por processos e informações: informações relacionadas com cliente e o mercado, desempenho dos serviços e processos organizacionais, fornecedores, pessoas e aspectos financeiros. Aprendizado organizacional: capacidade de resposta rápida e flexível no atendimento aos clientes. Responsabilidade social: expectativas básicas da organização quanto a aspectos legais, atenção à saúde pública, segurança e proteção ambiental. Comprometimento da alta direção: a liderança no estabelecimento de valores e na definição da missão e visão estimula o progresso. Liderança Hospitais de sucesso não dependem de um líder para sobreviver, mas de um sistema de liderança forte. Itens para a boa prática da liderança: o sistema de liderança; o estímulo à cultura de excelência; o preparo da liderança para fazer análise crítica do desempenho global do hospital. Sistema de liderança Exercício de liderança Liderança Governança Tomada, comunicação e implementação de decisões Identificação e desenvolvimento de líderes potenciais Avaliação de líderes Estabelecimento de valores e princípios organizacionais Cultura da excelência Interatividade Atingir os mais altos níveis de desempenho requer métodos e processos bem executados voltados para o aprendizado. O aprendizado precisa estar impregnado na organização. Analise as afirmativas e indique a que não condiz com o aprendizado: a) Desenvolvimento de novas oportunidades de negócio. b) Rapidez de resposta e redução do tempo de ciclo. c) Redução de erros, defeitos, desperdícios e dos respectivos custos associados. d) Melhoria no desempenho da organização. e) Diminuição da percepção do valor pelo cliente por meio de serviços novos e melhorados. Planejamento Estratégico Examina como a organização de saúde define as estratégias e as desdobra em planos de ação que conduzam a uma gestão eficaz. Dificuldade reside em transformar estratégias em realização concreta. Formulação de estratégias: visa definir focos estratégicos e se inicia com a revisão da identidade da organização. Revisão dos conceitos que definem a cultura organizacional, principalmente valores, missão, visão e políticas básicas. Planejamento Estratégico Análise Fofa (ou SWOT): visa atingir adequação entre as capacidades internas e possibilidades externas. Análise do ambiente interno: verifica se os recursos disponíveis na organização são suficientemente bons para ela. O uso das informações para a análise crítica e tomada de decisão são baseadas em dados e fatos. Na gestão de processos analisa-se como são gerenciados os principais processos do hospital (fins e apoio). Planejamento estratégico Gestão econômica e financeira aborda como são gerenciados a sustentabilidade econômica do hospital, os aspectos financeiros que suportam as necessidades operacionais e aqueles relacionados à capitalização necessária às estratégias. Análise do ambiente externo: criar condições para que a empresa opere com eficácia diante de ameaças ou restrições ambientais e possa também capitalizar as oportunidades oferecidas pelo ambiente. Variáveis: forças político-sociais, forças econômicas e mudanças tecnológicas. Planejamento Estratégico Focos estratégicos são verificáveis – com ações estratégicas a administração seria capaz de perguntar: As ações estratégicas foram atingidas? Alvos de preocupação de estratégias corporativas: reestruturação e estratégicas de crescimento. Desdobramento de estratégias: acontece em ações estratégicas, e estas em planos de ação, os quais serão desdobrados em atividades do dia a dia que significam a realização desses planos. Relações com clientes Cliente é toda organização ou pessoa que recebe um produto, podendo ser consumidor, usuário final beneficiário ou comprador. Serviços são consumidos na hora em que são produzidos, em uma relação direta entre produtor e consumidor. Não são armazenados, estocados ou guardados para serem consumidos depois. Serviços são intocáveis e isso tem implicações. Não se deve querer entregar ao cliente mais do que ele esteja disposto a pagar e que o seu reinado pode e deve ter limites. O cliente é importante, mas existem outras variáveis de qualidade antes de atender desejos, principalmente na área da saúde. Relações com a sociedade Organizações só existem porque a comunidade ao redor delas sanciona positivamente esta existência. Retribuem não só produzindo bens ou serviços da maior qualidade ou menor custo como também gerando riqueza e empregos. O envolvimento social de organizações de saúde impõe-se por causa de suas características como referência para a sociedade. Existe consideração implícita das pessoas pela organização de saúde, seja pelo que ela representa ou por experiências pessoais que cada um tenha a relatar com ela. Interatividade Na aplicação do desdobramento de estratégias, o que se busca saber é se os planos de ação estão alinhados com as partes interessadas. Em um painel de controle pode-se apreciar a correlação de perspectivas dos grupos de interesse em uma organização. Indique a alternativa que não represente um grupo de interesse para a organização: a) Fornecedores. b) Donos ou acionistas. c) Sociedade. d) Pessoas que já trabalharam na organização. e) Clientes. Gestão de Pessoas Qualquer ação eficaz ocorre em nível pessoal. Equipes representam instrumento fundamental para excelência gerencial. Produtos e serviços hospitalares tornam-se cada vez mais complexos, exigindo uma cultura de excelência gerencial humanizada – compensar tecnologia intermediando os contatos humanos. Sucesso da organização X sucesso das pessoas. Gestão de Pessoas Sistemas de trabalho: organização do trabalho e da estrutura de cargos, flexibilidade, cooperação, resposta rápida e aprendizado; comunicação eficaz e compartilhamento deconhecimentos e habilidade; sistemas de remuneração e reconhecimento das pessoas. Definição e implementação da organização do trabalho. Cooperação e comunicação eficaz entre pessoas de diferentes localidades e áreas. Seleção e contratação. Integração de novos membros da força de trabalho. Gestão de Pessoas/Gestão por Processos Gerenciamento do desempenho. Remuneração, reconhecimentos e incentivos. Gestão por processos Padronização: protocolos clínicos e procedimentos operacionais padrão (POPs). Ciclo PDCA. Padrão é qualquer atividade reconhecida como correta pelo consentimento geral, pela aprovação na prática ou por aqueles mais competentes para decidir. Gestão por Processos Atividades necessárias ao atendimento aos clientes podem ser agrupadas em processos. Outputs (produtos, serviços) resultam de processos e não de departamentos ou funções. Processos atravessam os diversos departamentos da empresa e em diferentes níveis hierárquicos. Abandonar a visão tradicional (coleções de departamentos) → Organizações são coleções de processos. GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Gestão por Processos Fornecedores Processos Clientes ótimo (cliente); inter-relacionamento de processos; orientação para cliente; cooperação entre equipes; equipes autônomas. Gestão por Processos Processos fins: relacionados à criação de valor para os clientes. está relacionado com a missão e a atividade-fim. sem um projeto claro e um plano de implementação adequado, as chances de sucesso de um novo produto ou serviço são pequenas. Processos de apoio: todos os processos que suportam os processos fins, dando-lhes apoio para que possam existir. estão voltados à administração de recursos. Interatividade Fornecedor é qualquer pessoa física ou jurídica que fornece produtos e serviços à organização. A cadeia de suprimento consiste no fluxo de produtos, serviços e informações do fornecedor ao cliente e vice-versa. Estão contemplados neste fluxo os seguintes, exceto: a) O envolvimento dos fornecedores com os valores e princípios organizacionais. b) O atendimento aos requisitos da organização. c) A disponibilidade da alta direção. d) A seleção e qualificação dos fornecedores. e) O desenvolvimento da cadeia de suprimento. Processos de Relacionamento com Fornecedores Fornecedor: pessoa física ou jurídica que fornece produtos e serviços à organização. Identificação de fornecedores e desenvolvimento da cadeia de suprimento. Seleção e qualificação de fornecedores. Atendimento aos requisitos da organização. A avaliação do desempenho dos fornecedores. A minimização dos custos. O comprometimento dos fornecedores. Processos econômico-financeiros Trata de todas as atividades coordenadas para dirigir e controlar as finanças de uma organização. Impacto na sustentabilidade econômica do negócio Recursos para atender as necessidades operacionais Recursos financeiros para estratégias e planos de ação Identificação e monitoramento de riscos financeiros Gerenciamento do orçamento Resultados Resultados devem ser consequência de uma ação integrada, sistêmica e coerente da gestão. Para avaliar o grau de sucesso ou insucesso de uma organização, deve-se medir o grau de satisfação de todas as partes interessadas ou de seus grupos de interesse. O grau de satisfação das partes interessadas é medido por meio de indicadores, gráficos, tabelas, quadros, ou seja, com números que comprovem que a missão da organização está sendo atendida de acordo com as expectativas dos grupos de interesse. Resultados Os indicadores devem: Refletir valor para uma ou mais partes interessadas; Ter relação com, pelo menos, uma das estratégias; Estar alinhado com outros indicadores; Poder ser fácil e periodicamente mensurado; Estar facilmente entendido nos diversos níveis da organização; Permitir uma coleta acurada; Poder ser objetivamente mensurado e comparado; Pode ser apresentado em diferentes mídias e ser de fácil interpretação; Pode ser comparado com referenciais. Interatividade Os indicadores devem evidenciar o valor agregado às partes interessadas, e para isso precisam, exceto: a) Apoiar as tomadas de decisão. b) Facilitar o entendimento. c) Propiciar uma visão equilibrada da atuação da organização. d) Ter fácil visibilidade. e) Definir metas desafiadoras e infactíveis no curto e longo prazo. ATÉ A PRÓXIMA!