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Teoria Topográfica 
A concepção tópica do aparelho psíquico ocorreu progressivamente e desde os primeiros trabalhos de Freud sobre a histeria. O primeiro esquema topológico do aparelho psíquico está descrito no capitulo VII da Interpretação dos Sonhos (1900) e no ensaio sobre O Inconsciente (1915). 
É no capítulo VII da Interpretação dos Sonhos que Freud formula o primeiro grande modelo do aparelho psíquico (a primeira tópica). Nesse texto Freud teoriza um psiquismo composto por dois grandes sistemas – inconsciente e pré-consciente/consciente – que são separados por uma barreira (a censura) que através do mecanismo de recalque expulsa e mantêrm certas representações inaceitáveis fora do sistema consciente. Mas essas representações exercem uma pressão para tornarem-se conscientes e ativas. Ocorre um jogo de forças, entre os conteúdos reprimidos e os mecanismos repressores. Como resultado desses conflitos há a produção das chamadas formações do inconsciente: sintomas, sonhos, lapsos e chistes. Essas formações representam o fracasso e o sucesso das duas forças em conflito, uma espécie de acordo entre elas.
A palavra “aparelho” é usada para caracterizar uma organização psíquica dividida em sistemas, ou instâncias psíquicas, com funções especificas para cada uma delas, que estão interligadas entre si. (Zimerman, 1999).
Consciente 
Localizado entre o mundo exterior e os sistemas mnêmicos; é encarregado de registrar as informações oriundas do exterior e perceber as sensações interiores da série prazer – desprazer. (Boulanger, 2006). 
Recebe informações provenientes do exterior e do interior que ficam registradas qualitativamente (prazer x desprazer); mas não tem função de inscrição; não conserva nenhum traço duradouro das excitações que registra; pois funciona em registros qualitativos enquanto o resto do aparelho mental funciona em registros quantitativos.
Faz a maior parte das funções perceptivas, cognitivas e motoras, como a percepção, o pensamento, juízo critico, evocação, antecipação, atividade motora. 
Pré-Consciente 
O conteúdo do pré-consciente não está presente na consciência, mas é acessível a ela. Ele pertence ao sistema de traços mnêmicos e é feito de representações de palavras.
Funciona como um pequeno arquivo de registros (representações de palavras) que consiste num conjunto de inscrições mnêmicas de palavras oriundas e de como foram significadas pela criança. (Zimerman, 1999). 
A representação da palavra é diferente da representação da coisa, cujas inscrições não podem ser nomeadas ou lembradas voluntariamente.
Inconsciente 
É a parte do psiquismo mais próxima da fonte pulsional. É constituído por representantes ideativos das pulsões. Contém as representações das coisas, as quais consistem em uma sucessão de inscrições de primitivas experiências e sensações provindas dos órgãos dos sentidos o que ficaram impressas na mente antes do acesso à linguagem para designá-las.
O inconsciente opera segundo as leis do processo primário e além das pulsões do id, esse sistema também opera muitas funções do ego, bem como do superego.  
Segunda tópica 
As primeiras linhas dessa conceituação aparecem em Além do Princípio do Prazer (1920) e será desenvolvida em o Ego e o Id (1923). Introduz a existência de três instâncias: o Id, o Ego e o Superego. Essas três estruturas separadamente têm funções especificas, mas que são indissociadas ente si, interagem permanentemente e influenciam-se reciprocamente.
Id
O id tem um correspondente quase exato na primeira tópica: o inconsciente. É o pólo pulsional. Na segunda tópica pulsão de vida e pulsão de morte pertencem a ele. No id não há lugar para a negação, nem o princípio da não-contradição, ignora os juízos de valor, o bem, o mal, a moral.
Em Esboço de Psicanálise Freud (1930) diz que na origem tudo era id; o ego se desenvolveu a partir do id, sob a influência persistente do mundo externo.
Sob o ponto de vista econômico, o id é a um só tempo um reservatório e uma fonte de energia psíquica. Do ponto de vista funcional ele é regido pelo princípio do prazer; logo, pelo processo primário. Do ponto de vista da dinâmica psíquica, ele abriga e interage com as funções do ego e com os objetos, tanto os da realidade exterior, como aqueles que, introjetados, estão habitando o superego, com os quais quase sempre entra em conflito, porém, não raramente, o id estabelece alguma forma de aliança. (Zimerman, 1999).
Ego
O ego é o pólo defensivo do psiquismo. É um mediador. Por um lado pode ser considerado como uma diferenciação progressiva do id, que leva a um continuo aumento do controle sobre o resto do aparelho psíquico. Por outro ponto de vista, o ego se forma na seqüência de identificações a objetos externos, que são incorporados ao ego. De qualquer forma, o ego não é uma instância que passa a existir repentinamente, é uma construção.
O ego não é equivalente ao consciente, não se superpõe ao consciente, nem se confunde com ele. O ego tem raízes no inconsciente, como é o caso dos mecanismos de defesa, que são funções do ego, assim como o desenvolvimento da angústia. 
A função do ego é mediadora, integradora e harmonizadora entre as pulsões do id, as exigências e ameaças do superego e as demandas da realidade exterior.
Ao contrário do id, que é fragmentado em tendências independentes entre si, o Ego surge como uma unidade, e com instância psíquica que assegura a identidade da pessoa. (Boulanger, 2006). Também tem a função de consciência assegura a auto-conservação.
Superego
É o herdeiro do Complexo de Édipo. É estruturado por processos de identificação. A identificação com o superego dos pais. Assume três funções: auto-conservação; consciência moral; função de ideal – ideal de ego.
O superego é constituído pelo precipitado de introjeções e identificações que a criança faz com aspectos parciais dos pais, com as proibições, exigências, ameaças, mandamentos, padrões de conduta e o tipo de relacionamento desses pais entre si. Zimerman, 1999).
Notas de rodapé:
¹ Pulsões -  É necessário distinguir pulsão (trieb) de instinto (instinkt), que designa explicitamente padrões hereditários de comportamento animal, típicos de cada espécie. Na Tradução Brasileira das Obras Completas de Freud pela editora Imago pulsão foi erroneamente traduzida como instinto. 
MOURA, Joviane. Metapsicologia freudiana. Psicologado. Edição 09/2008. Disponível em < https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/metapsicologia-freudiana >. Acesso em 4 Abr 2019.
A psicanálise enquanto psicoterapia é uma relação de pessoa a pessoa (técnica).
A psicanálise enquanto psicologia dá grande importância à história individual e às relações interpessoais da pessoa.
Daí surge o fato da psicanálise ser uma psicologia que dá grande importância à estrutura da personalidade ou aparelho psíquico que vai se configurando no transcorrer da vida da pessoa (teoria).
Em seu livro A interpretação dos sonhos, em seu capítulo VII, Freud refere-se ao funcionamento do aparelho psíquico.
Freud fala da personalidade utilizando-se de um modelo puramente psicológico sem associação nenhuma com o fisiológico.
Freud propaga a ideia de que a personalidade deve ser compreendida como um aparelho psíquico e não mais neurológico.
Essa primeira concepção da personalidade como aparelho psíquico recebeu o nome de “Primeira Tópica”.
A Primeira Tópica de Freud
Consciente, Pré-consciente e Inconsciente
Consciente
Sistema do aparelho psíquico que recebe as informações do mundo externo e do mundo interno.
É o agora, onde estou pensando o agora, vendo, sentindo o agora.
As ideias e pensamentos que penso raciocinando estão no Consciente e vêm do Pré-Consciente impulsionados pelo Inconsciente.
Pré-consciente
Sistema onde permanecem conteúdos que estão acessíveis à consciência, mas que no momento não tem a atenção voltada para eles.
O Pré-Consciente se constitui como uma instância provisória que abriga pensamentos, ideias.
Por exemplo, pergunto a você: Com o que você tomou café esta manhã?
Você irá recuperardados e responder. Estes dados estavam no Pré-Consciente.
Inconsciente
Conteúdos não conscientes e reprimidos por uma censura interna.
O Inconsciente é um lugar onde se localizam pulsões e desejos, a energia libidinal.
Algumas características do inconsciente:
Desconhece a dúvida e a negação;
Não existe proibição;
É atemporal, vive no presente;
Não leva em conta a realidade;
Tende à satisfação do desejo.
2 tópica
As primeiras linhas dessa conceituação aparecem em Além do Princípio do Prazer (1920) e será desenvolvida em o Ego e o Id (1923). Introduz a existência de três instâncias: o Id, o Ego e o Superego. Essas três estruturas separadamente têm funções especificas, mas que são indissociadas ente si, interagem permanentemente e influenciam-se reciprocamente.
Id
O id tem um correspondente quase exato na primeira tópica: o inconsciente. É o pólo pulsional. Na segunda tópica pulsão de vida e pulsão de morte pertencem a ele. No id não há lugar para a negação, nem o princípio da não-contradição, ignora os juízos de valor, o bem, o mal, a moral.
Em Esboço de Psicanálise Freud (1930) diz que na origem tudo era id; o ego se desenvolveu a partir do id, sob a influência persistente do mundo externo.
Sob o ponto de vista econômico, o id é a um só tempo um reservatório e uma fonte de energia psíquica. Do ponto de vista funcional ele é regido pelo princípio do prazer; logo, pelo processo primário. Do ponto de vista da dinâmica psíquica, ele abriga e interage com as funções do ego e com os objetos, tanto os da realidade exterior, como aqueles que, introjetados, estão habitando o superego, com os quais quase sempre entra em conflito, porém, não raramente, o id estabelece alguma forma de aliança. (Zimerman, 1999).
Ego
O ego é o pólo defensivo do psiquismo. É um mediador. Por um lado pode ser considerado como uma diferenciação progressiva do id, que leva a um continuo aumento do controle sobre o resto do aparelho psíquico. Por outro ponto de vista, o ego se forma na seqüência de identificações a objetos externos, que são incorporados ao ego. De qualquer forma, o ego não é uma instância que passa a existir repentinamente, é uma construção.
O ego não é equivalente ao consciente, não se superpõe ao consciente, nem se confunde com ele. O ego tem raízes no inconsciente, como é o caso dos mecanismos de defesa, que são funções do ego, assim como o desenvolvimento da angústia.
A função do ego é mediadora, integradora e harmonizadora entre as pulsões do id, as exigências e ameaças do superego e as demandas da realidade exterior.
Ao contrário do id, que é fragmentado em tendências independentes entre si, o Ego surge como uma unidade, e com instância psíquica que assegura a identidade da pessoa. (Boulanger, 2006). Também tem a função de consciência assegura a auto-conservação.
Superego
É o herdeiro do Complexo de Édipo. É estruturado por processos de identificação. A identificação com o superego dos pais. Assume três funções: auto-conservação; consciência moral; função de ideal – ideal de ego.
O superego é constituído pelo precipitado de introjeções e identificações que a criança faz com aspectos parciais dos pais, com as proibições, exigências, ameaças, mandamentos, padrões de conduta e o tipo de relacionamento desses pais entre si. Zimerman, 1999).
MOURA, Joviane. Psiquismo: Segunda Tópica. Psicologado. Edição 08/2010. Disponível em < https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/psiquismo-segunda-topica >. Acesso em 4 Abr 2019.
 O id é inteiramente inconsciente, o ego e o superego o são em parte.
Com esta proposta da Segunda Tópica, Freud afirma que o propósito prático da psicanálise “é, na verdade, fortalecer o ego, fazê-lo mais independente do superego, ampliar seu campo de percepção e expandir sua organização, de maneira a poder assenhorear-se de novas partes do id“.

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