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AULA-06

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DIREITO ELEITORAL REGULAR P/ TRIBUNAIS ELEITORAIS (TREs/TSE) 
CESPE E FCC 
TODOS OS CARGOS: AJAJ, AJAA E TÉCNICO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 6 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
 
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DIREITO ELEITORAL – REGULAR – TREs/TSE 
 
Queridos(as) Alunos(as)! 
Segue nossa Aula 6 de Direito Eleitoral! 
Bons estudos! 
Ricardo Gomes 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
Resolução nº 21.538/2003: 
a) Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). 
b) Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. 
c) Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros institutos. 
d) Título Eleitoral. 
e) Fiscalização dos Partidos Políticos. 
Aula 6 
 
DIREITO ELEITORAL REGULAR P/ TRIBUNAIS ELEITORAIS (TREs/TSE) 
CESPE E FCC 
TODOS OS CARGOS: AJAJ, AJAA E TÉCNICO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 6 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
 
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f) Acesso às Informações Constantes do Cadastro. 
g) Batimentos. 
h)Hipótese de Ilícito Penal. 
i) Restrições de Direitos Políticos. 
j) Revisão de Eleitorado. 
k) Justificação do Não-Comparecimento à Eleição. 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 21.538/2003 
 
1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). 
 
A Lei nº 7.444/85, ainda na década de 80, entre outras 
disposições, instituiu o processamento eletrônico de dados no alistamento 
eleitoral. Como forma de Regulamentar tal diploma e outras disposições legais 
a respeito da informatização do sistema eleitoral, somente em 2003, o TSE 
edita a Resolução nº 21.538/03. 
Apesar de muito detalhista e operacional, esta Resolução passou a 
ser um coringa em provas de Tribunais Eleitorais (TSE e TREs)! 
No plano prático, o abstrato alistamento eleitoral que estudamos 
em aula pretérita operacionaliza-se por um requerimento de alistamento, 
chamado formalmente de RAE – Requerimento de Alistamento Eleitoral. 
O RAE é um formulário simples preenchido manualmente por 
Servidor da Justiça Eleitoral onde são consignados os dados pessoais do 
alistando e a operação requerida (ex: alistamento, transferência, etc). Após 
este preenchimento, deverá o RAE ser processado eletronicamente (isto é, 
em meio eletrônico, em computador). Assim, o formulário físico serve 
apenas de fonte das informações necessárias ao processamento eletrônico 
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(documento de entrada de dados no sistema). 
Esta exigência decorre da diretriz estabelecida pela Lei e pelo TSE 
de que o Sistema Eleitoral deve ser o mais informatizado possível, para 
facilitar a gestão da Justiça Eleitoral e o próprio processo eleitoral (eleições, 
alistamento, etc). Este procedimento não impede o antigo procedimento, ainda 
subsidiário, de alistamento manual mediante cédulas eleitorais, previsto no 
Código Eleitoral. No entanto, hoje o RAE deverá sempre ser processado 
eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. 
O Juiz Eleitoral da Zona Eleitoral respectiva é quem tem 
competência para deferir e indeferir os requerimentos de alistamento. Os 
servidores dos Tribunais Eleitorais e os Chefes de Cartório Eleitoral apenas 
processam os requerimentos. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 2º O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo 
I) servirá como documento de entrada de dados e será 
processado eletronicamente. 
Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o 
parágrafo único do art. 1º conterá os campos correspondentes ao 
formulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do requerimento, 
com as informações pertinentes, para apreciação do Juiz 
Eleitoral. 
Este sistema eletrônico de alistamento deve ser adotado em todo o 
País e os TREs devem seguir esta metodologia desenvolvida pelo TSE. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico 
de dados, implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será 
efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do 
referido diploma legal e desta resolução. 
Parágrafo único. Os Tribunais Regionais Eleitorais adotarão o 
sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior 
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Eleitoral. 
 
Conceito de Alistamento Eleitoral. 
O Alistamento Eleitoral é o procedimento pelo qual o cidadão 
ainda não-eleitor qualifica-se e inscreve-se como eleitor. 
Por meio da qualificação o cidadão comprova perante a Justiça 
Eleitoral possuir os requisitos necessários para ser eleitor. Por sua vez, com a 
inscrição, o cidadão passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justiça 
Eleitoral, após a confirmação da qualificação do cidadão e o respectivo 
deferimento do RAE pelo Juiz Eleitoral. 
Assim, segundo o Código Eleitoral, o ALISTAMENTO se faz 
mediante a QUALIFICAÇÃO e INSCRIÇÃO do eleitor. 
Código Eleitoral 
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e 
inscrição do eleitor. 
A Resolução nº 21.538/03 acrescenta mais algumas peculiaridades 
ao conceito ao alistamento ao prevê que somente será deferida inscrição 
eleitoral se: 
a) NÃO for identificada inscrição em nenhuma Zona Eleitoral 
do país ou exterior; 
b) a única inscrição localizada estiver cancelada por 
determinação de autoridade judiciária. 
Desse modo, caso seja identificada inscrição já existente em nome 
do mesmo eleitor (salvo se cancelada), o RAE será indeferido. 
São 4 (quatro) as Operações possíveis para requerimento do 
alistando no RAE. Listo abaixo as Operações, com os respectivos números. É 
interessante decorar os nºs para uma eventual cobrança em provas de sua 
literalidade (acho um absurdo, mas é possível que cobrem com o número): 
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1. OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO propriamente dito – quando 
o alistando, no 1º contato com a Justiça Eleitoral, requer sua 
a inscrição eleitoral. Como acima disposto, para ser deferido 
o alistamento, não pode haver nenhuma inscrição eleitoral já 
realizada ou, caso existindo, esta deve estar cancelada por 
decisão judicial. 
2. OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA – quando o eleitor 
regularmente inscrito desejar simplesmente alterar seu 
domicílio eleitoral, podendo ser cumulado o pedido de 
transferência com o pedido de retificação de dados do 
cadastro eleitoral; 
3. OPERAÇÃO 5 – REVISÃO – quando o eleitor requerer 
alguma das seguintes hipóteses: 
a. alteração apenas do local de votação no mesmo 
Município, mesmo que seja alterada a Zona Eleitoral 
em Municipalidade com + de 1 Zona Eleitoral. Cuidado 
que não é transferência de domicílio eleitoral, que 
implica, ao menos, na alteração de Município; 
b. retificação de dados pessoais como único pedido 
(diferente de Transferência com pedido de retificação 
de dados cumulado); 
c. regularização de inscrição cancelada. 
 
4. OPERAÇÃO 7 – 2ª VIA – quando ocorrer o extravio do seu 
título, o eleitor inscrito regularmentepoderá requerer sua 2ª 
via. O título deve ser expedido automaticamente, sem 
qualquer alteração dos dados da inscrição, inclusive de data 
de domicílio do eleitor. 
 
Registre-se que NÃO será alterada a data do domicílio eleitoral 
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nos pedidos de REVISÃO e de 2ª VIA, devendo o título ser expedido de forma 
automática. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO 
quando o alistando requerer inscrição e quando em seu nome não 
for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou 
exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada por 
determinação de autoridade judiciária (FASE 450). 
Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 - TRANSFERÊNCIA 
sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for encontrado 
em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, 
unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual 
retificação de dados. 
Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 - REVISÃO quando o 
eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo município, 
ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais 
ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas 
condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do 
art. 5º. 
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 - SEGUNDA VIA 
quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por 
ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título 
eleitoral, sem nenhuma alteração. 
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título 
eleitoral será expedido automaticamente e a data de domicílio do 
eleitor não será alterada. 
 
 
 
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Transferências de domicílio X nº da inscrição eleitoral. 
Na transferência de domicílio eleitoral, o número original da 
inscrição do eleitor permanece inalterado (não é modificado), devendo apenas 
ser consignada a sigla da UF (do Estado) anterior. 
NÃO será concedida transferência do domicílio eleitoral caso a 
inscrição do eleitor esteja envolvida nas seguintes pendências (vedação de 
transferência): 
1. em coincidência (agrupamento pelo batimento de duas ou 
mais inscrições ou registros que apresentem dados iguais ou 
semelhantes), 
2. estiver suspensa ou cancelada automaticamente ou por 
decisão judicial nos casos de perda e suspensão dos direitos 
políticos. 
Nestes casos citados o eleitor deve inicialmente procurar a Justiça 
Eleitoral para tentar regularizar sua situação. Superada esta fase é que 
estará autorizado a fazer sua transferência. 
Como já relatado, no pedido de transferência não há qualquer 
alteração no número da inscrição do eleitor, permanecendo o número original. 
Contudo, como exceção, em pedidos de transferência de domicílio 
eleitoral poderá ser reutilizado o nº de inscrição eleitoral CANCELADO, do 
mesmo ou de outro eleitor ou de ex-eleitor (reutilização do nº de inscrição 
eleitoral já cancelado) se comprovado que não existe outra inscrição para o 
mesmo eleitor (seja liberada, não liberada, regular ou suspensa). 
Esta reutilização do nº de inscrição eleitoral já cancelado somente 
poderá ocorrer nos seguintes casos: 
a) falecimento (utiliza-se o nº do título do eleitor falecido); 
b) duplicidade/pluralidade de inscrições (uma ou mais das 
inscrições serão reutilizadas); 
c) deixar o eleitor de votar por 3 eleições consecutivas; 
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d) nos casos de revisão de eleitorado. 
O TSE, ao editar tal disposição, pretendia que fossem reutilizados 
números de títulos eleitorais cancelados para impedir o inchamento do 
cadastro, isto é, a definição de um grande número de inscrições eleitorais sem 
qualquer utilidade (ex: com a morte do eleitor não faz sentido o número da 
sua inscrição não ser reutilizado). 
Se existirem + de 1 (uma) inscrição cancelada para o mesmo 
eleitor, a transferência do nº da inscrição dar-se-á na seguinte ordem: 
a) na inscrição que tenha sido utilizada para o exercício do voto 
no último pleito; 
b) que seja mais antiga. 
 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 5 
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número 
originário da inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada 
no campo próprio a sigla da UF anterior. 
§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em 
coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema 
quando envolver situação de perda e suspensão de direitos 
políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por 
decisão de autoridade judiciária (FASE 450). 
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de 
inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 - falecimento, 027 - 
duplicidade/pluralidade, 035 - deixou de votar em três eleições 
consecutivas e 469 - revisão de eleitorado, desde que comprovada 
a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou 
suspensa para o eleitor. 
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no 
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cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, 
preferencialmente, a transferência daquela: 
I - que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último 
pleito; 
II - que seja mais antiga. 
 
Modelo de RAE retirado do sítio do TSE: 
 
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Retificação de dados – competência da Justiça Comum. 
Com muita frequência eleitores solicitam alteração do registro de 
ocupação (profissão) perante a Justiça Eleitoral para posteriormente utilizarem 
a documentação na Previdência Social (ex: prova de atividade rural para 
beneficiar-se da aposentadoria rural). 
Segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), não compete à 
Justiça Eleitoral, mas à Justiça Comum Estadual processar e julgar os 
pedidos de retificação de dados cadastrais da Justiça Eleitoral. Ou seja, caso o 
eleitor solicite à Justiça Eleitoral alguma retificação de dados cadastrais e esta 
seja negada, conforme a Súmula 368 do STJ, caberá à Justiça Comum 
Estadual julgar o conflito. 
Para o STJ, matéria registral não compete à Justiça Eleitoral. 
Súmula - STJ nº 368/2008: 
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar os 
pedidos de retificação de dados cadastrais da Justiça 
Eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. 
 
O preenchimento do RAE deve ser feito por quem mesmo 
Professor? 
Vocês acham que deverá ser pelo alistando ou por vocês mesmos, 
servidores dos Tribunais Eleitorais? Não haveria razão para ter concurso para 
os TREs e para o TSE se não houvesse serviço! 
Por lógico, o RAE é preenchido pelo Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!) no Cartório Eleitoral ou no posto de alistamento eleitoral. Vocês 
digitarão o RAE, preenchendo as informações constantes da documentação 
apresentada pelo alistando e complementando com informações pessoais 
necessárias. 
O alistando (requerente) deve presenciar o preenchimento do RAE 
e a sua impressão. A Resolução nº 21.538/2003 faculta ao alistando a 
escolha/preferência do local de votação dentre os locais existentes na 
respectiva Zona Eleitoral. Para tanto, deverá ser disponibilizada relação de 
todos os locais de votação da Zona. Importante considerar que o eleitor 
apenas poderá escolher novo local de votação dentro de sua Zona Eleitoral, 
isto é, não poderá escolher local de votação pertencente a zona eleitoral 
diversa daquela em que tem domicílio. 
O eleitor deve assinar ou apor sua impressão digital (hipótese 
de analfabetismo) no RAE na presença do Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!). Os servidores terão a incumbência de atestarem a satisfação dessa 
exigência (assinatura ou impressão digital). 
Para informação, conforme a Lei nº 7444/85, art. 5º, §1º, no caso 
de analfabeto, a impressão digital a ser colhida é a do polegar direito. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o 
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servidor da Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as 
informações no sistema de acordo com os dados constantes do 
documento apresentado pelo eleitor, complementados com 
suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do 
processamento de dados, destas instruções e das orientações 
específicas. 
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na 
presença do requerente. 
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente 
manifestará sua preferência sobre local de votação, entre os 
estabelecidos para a zona eleitoral. 
§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, 
no cartório ou posto de alistamento, a relação de todos os locais de 
votação da zona, com os respectivos endereços. 
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão 
digital do polegar será feita na presença do servidor da Justiça 
Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa 
exigência. 
 
Como havia dito, o RAE deverá sempre ser processado 
eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Assim, os RAEs apenas 
preenchidos manualmente devem ser preenchidos/digitados NO SISTEMA 
antes de serem submetidos ao despacho do Juiz Eleitoral. 
Em cada Zona Eleitoral, para preenchimento e digitação do RAE no 
sistema, deverá ser elaborada relação de servidores, pelos nºs de seus 
títulos eleitorais, aptos a praticarem os atos reservados ao Cartório Eleitoral. 
Se a emissão do título não for imediata (entrega imediata), o 
servidor deverá destacar o protocolo de solicitação de inscrição eleitoral 
(espécie de comprovante de requerimento de alistamento) a ser entregue ao 
alistando. Neste comprovante já deve constar o nº do título eleitoral. 
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Resolução nº 21.538/2003 
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o 
servidor providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema 
dos espaços que lhe são reservados no RAE. 
Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento 
ou de digitação no sistema, será mantida em cada zona eleitoral 
relação de servidores, identificados pelo número do título eleitoral, 
habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. 
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assinar o 
formulário, destacará o protocolo de solicitação, numerado de 
idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão do 
título não seja imediata. 
 
Número da inscrição eleitoral. 
Como é composto o número de inscrição eleitoral? 
Conforme determina o TSE, o título eleitoral tem 12 ALGARISMOS 
numéricos, sendo formado na seguinte ordem: 
a) os 8 (oito) primeiros algarismos são seqüenciais – são 
números seqüenciais, mas devem ser desprezados os zeros à 
esquerda. Assim, pode o título ostentar os seguintes 
primeiros nºs: 100.00.000; 100.00.001; 100.00.002; 
100.00.003; 100.00.004.... 
b) os 2 (dois) algarismos seguintes representam a Unidade 
da Federação (Ex: RS; AC; BA; RN; MT – com seus 
números abaixo); 
c) os 2 (dois) últimos algarismos são simples Dígitos 
Verificadores. 
Ex: 10404251.05.09.  
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a) 10404251 (8 primeiros dígitos seqüenciais); 
b) 05 (algarismo referente à Unidade da Federação); 
c) 09 (algarismo referente ao Dígito Verificador. 
 
Os algarismos referentes às Unidades da Federação são, 
exemplificadamente, na seguinte ordem: 
01 - São Paulo 
02 - Minas Gerais 
03 - Rio de Janeiro 
04 - Rio Grande do Sul 
05 - Bahia 
06 - Paraná 
07 - Ceará 
08 - Pernambuco 
09 - Santa Catarina 
10 - Goiás 
(...) 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada 
a seqüência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às 
zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de 
inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. 
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 
algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados: 
a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando-
se, na emissão, os zeros à esquerda; 
b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade 
da Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes 
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da seguinte tabela: (...) 
c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, 
determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado 
sobre o número seqüencial e o último sobre o código da unidade da 
Federação seguido do primeiro dígito verificador. 
 
Documentação necessária para o alistamento. 
O alistando deverá apresentar pelo menos 1 dos seguintes 
documentos, que comprovam sua nacionalidade brasileira (lembro mais 
uma vez que não é para apresentar todos os documentos,basta pelo menos 1 
deles): 
a. carteira de identidade (RG) ou carteira profissional 
(emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores 
do exercício profissional – ex: Carteira da OAB; CRA; CRE); 
b. certificado de quitação do serviço militar – obrigatório 
apenas para os maiores de 18 ANOS do SEXO 
MASCULINO; 
c. certidão de nascimento ou casamento, extraída do 
Registro Civil; 
d. instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 ANOS e do qual 
constem, também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação. 
Como já adiantado, é obrigatória a apresentação do certificado 
de quitação do serviço militar os eleitores do SEXO MASCULINO maiores 
de 18 ANOS. Nesse caso, mesmo que apresentem sua carteira de identidade 
no ato de inscrição, deverão fazer acompanhar do respectivo certificado de 
quitação. 
Resolução nº 21.538/2003 
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Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos 
seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira 
(Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): 
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados 
por lei federal, controladores do exercício profissional; 
b) certificado de quitação do serviço militar; 
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, 
também, os demais elementos necessários à sua qualificação. 
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se 
refere a alínea b (Certificado de Quitação do serviço militar) 
é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. 
 
Quanto à idade mínima de 16 ANOS, é preciso que se comprove 
esta idade de 16 ANOS completos na data do pleito, e não 
necessariamente na data do alistamento eleitoral, desde que a inscrição seja 
no mesmo ano eleitoral. Assim, é possível alistar-se com 15 anos de idade, 
desde que se prove possuir os 16 anos completos quando da eleição. 
Assim manifestou-se o TSE em vista da previsão constitucional do 
alistamento e do voto facultativos para os maiores de 16 e menores de 18 
ANOS. Contudo, o título eleitoral somente terá efeitos com o implemento dos 
16 ANOS de idade. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem 
eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, 
inclusive. 
§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o 
encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição 
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eleitoral ou transferência. 
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá 
efeitos com o implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 
19.465, de 12.3.96). 
 
Multa por não alistamento. 
Vimos anteriormente que o Código Eleitoral previa, no art. 8º, 
multa para o eleitor que ficasse inadimplente com a Justiça Eleitoral por não 
alistar-se no prazo legal. 
Todavia, a Resolução nº 21.538/03 também veio dispondo 
exatamente sobre esta sanção, mas trouxe algumas peculiaridades relevantes, 
a seguir dispostas. 
Sofrerá pena de MULTA o eleitor: 
1. Brasileiro nato – que não se alistar até os 19 ANOS de 
idade; 
2. Brasileiro naturalizado – que não se alistar até 1 ANO 
depois de adquirida a nacionalidade. 
Na esteira do art. 91 da Lei nº 9.504/97, a Resolução dispõe que 
não sofrerá a multa o não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o 
151º (centésimo quinquagésimo primeiro) DIA anterior à eleição 
subsequente à data em que completar 19 anos. Ou seja, mesmo 
ultrapassando os 19 ANOS de idade, se for ano eleitoral, o cidadão não será 
multado caso aliste-se até o 151º dia anterior à eleição. 
Já relatamos sobre a discussão doutrinária a respeito do prazo 
legal de alistamento. O prazo de alistamento previsto no art. 91 da Lei nº 
9.504/97 e no referido art. 15, parágrafo único, da Resolução nº 21.538 
teriam revogado as disposições do Código Eleitoral (Lei Complementar) sobre 
prazos de alistabilidade? 
Importa termos em mente que a Lei nº 9.504/97, a despeito de ser 
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Lei Ordinária, em tese não revogadora do Código Eleitoral, em seu art. 91 
prevê que nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum 
requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência (período de 
fechamento do cadastro eleitoral). A Resolução nº 21.538/03 segue este 
mesmo entendimento. 
Mais uma vez, aconselho a todos a atentarem-se aos prazos 
concedidos pelo Código Eleitoral e pelos referidos diplomas legais, tentando 
adivinhar o que a prova está cobrando. Deveras, nas provas mais recentes, os 
examinadores têm apontado pela revogação do Código Eleitoral neste aspecto, 
aplicando-se o prazo da Lei Eleitoral (Lei nº 9.504/97) e da Resolução nº 
21.538/03. 
Lei Eleitoral 
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e 
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou 
o naturalizado que não se alistar até 1 (um) ano depois de 
adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa 
imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que 
requerer sua inscrição eleitoral até o 151º (centésimo 
qüinquagésimo primeiro) dia anterior à eleição subseqüente 
à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. 
a Lei nº 9.504/97, art. 91). 
Além disso, vale frisar que, segundo a Resolução nº 21.538/03, 
esta multa deve ser cobrada nos termos do seu art. 85, que prevê como base 
de cálculo para aplicação das multas a UFIR e não mais o salário-mínimo, 
como o faz ainda o Código Eleitoral. 
Resolução nº 21.538/2003 
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Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas 
previstas pelo Código Eleitoral e leis conexas, bem como das 
de que trata esta resolução, será o último valor fixado para a Ufir, 
multiplicado pelo fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, 
em conformidade com as regras de atualização dos débitos para 
com a União. 
Esta é o atual entendimento do TSE a respeito das multas 
eleitorais, inclusive o aplicado na prática. Recordo apenas que os dispositivos 
do Código Eleitoral ainda não foram revogados expressamente pela legislação 
em vigor. 
 
Ex-Analfabeto. 
Se o analfabeto, que tinha seu alistamento e votos facultativos, 
deixar esta condição (passar a ser alfabetizado), DEVERÁ requerer sua 
inscrição eleitoral! Seu alistamento evoto passarão a ser OBRIGATÓRIOS! 
É preciso que se entenda o seguinte: enquanto guardam a 
condição de analfabetos, estão livres da multa comentada acima. No entanto, 
quando deixar de ser analfabeto, o cidadão deve se alistar, pois seu 
alistamento é obrigatório, sob pena de incorrer em multa eleitoral. 
Assim, o analfabeto não pagará a multa eleitoral prevista no art. 8º 
do Código, conforme art. 16 da Resolução nº 21.538/2003. Porém, caso deixe 
a condição de analfabeto e não se aliste deliberadamente, incorrerá na multa. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo. 
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá 
requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa 
prevista no art. 15. 
 
Recursos das decisões sobre alistamento e transferência. 
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A partir do despacho do Juiz Eleitoral sobre o RAE, o TRE enviará 
aos Cartórios Eleitorais relação de inscrições incluídas no cadastro, para que 
sejam colocadas à disposição dos partidos políticos nos dias 1º e 15 de cada 
mês ou no 1º dia útil seguinte. 
Do despacho que DEFERIR o RAE ou a transferência de eleitor, 
poderá qualquer delegado de Partido Político recorrer em 10 DIAS, a partir 
da colocação da listagem à disposição dos partidos. 
Do despacho que INDEFERIR o RAE, o alistando poderá recorrer 
no prazo de 5 DIAS. 
 Deferimento do RAE – recurso de Delegado de Partido  10 
DIAS 
 INdeferimento do RAE – recurso do Alistando  5 DIAS 
Observem que a legitimidade para o recurso é diversa, a depender 
da espécie de Decisão (deferimento ou indeferimento). Aos partidos cabem, 
como fiscais do alistamento, verificar a legalidade e pertinência de cada 
alistamento. Por isso é que os Delegados dos partidos têm legitimidade para 
recorrer do deferimento do RAE. De outro lado, somente ao alistando interessa 
rediscutir as razões do indeferimento de seu RAE. 
Ressalta-se que estas mesmas regras APLICAM-SE para os casos 
de TRANSFERÊNCIA de domicílio eleitoral! Consoante dispõe o art. 18, § 4º e 
5º, da Resolução nº 21.538/2003. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral 
e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal 
Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento 
eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à 
disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no 
cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 1º Do despacho que INDEFERIR o requerimento de 
inscrição, caberá RECURSO interposto pelo alistando no prazo de 
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5 (cinco) dias e, do que o DEFERIR, poderá recorrer qualquer 
delegado de partido político no prazo de 10 (dez) dias, 
contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos 
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou 
no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao 
alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem (Lei nº 6.996/82, art. 7º). 
Art. 18. 
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz 
eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do 
Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de 
processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as 
colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições 
atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, 
caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do 
que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político 
no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem 
à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de 
cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido 
exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os 
partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º). 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros 
institutos. 
 
Em caso de mudança de domicílio do eleitor (residência), este 
deverá requerer formalmente a transferência de seu domicílio eleitoral ao Juiz 
Eleitoral da nova residência. Para que seja deferida a transferência, devem 
ser preenchidas as seguintes condições: 
a) recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio 
no prazo estabelecido pela legislação vigente – este 
prazo, segundo a própria Resolução nº 21.538/03, é de 150 
DIAS antes da eleição. Neste período, o cadastro de 
eleitores estará fechado para transferência, alistamento ou 
revisão. 
b) transcurso de, pelo menos, 1 ANO do alistamento ou da 
última transferência; 
c) residência mínima de 3 MESES no novo domicílio, 
DECLARADA, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor – 
basta o eleitor AFIRMAR que possui residência mínima de 3 
meses no novo domicílio. No plano prático, contudo, tem-se 
exigido comprovante de residência (ex: conta de luz, água, 
telefone, contrato de aluguel, etc). 
d) prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
 O conceito de QUITAÇÃO ELEITORAL reúne a plenitude do 
gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, salvo quando 
facultativo, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar 
os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em 
caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, excetuadas as anistias 
legais, e a regular prestação de contas de campanha eleitoral, quando se 
tratar de candidatos. Assim, para o eleitor estar quite com a Justiça Eleitoral 
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deverá preencher todos os requisitos acima. 
Para requerer a transferência, pelo menos é o que determina a 
legislação, deve o eleitor entregar seu antigo título eleitoral (como 
comprovação de sua condição de eleitor) e provar a sua quitação eleitoral. 
Se não comprovados, o Juiz arbitrará desde logo o valor da MULTA a ser paga 
pelo eleitor que requerer a transferência, o que não impede o indeferimento do 
pedido. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 18 
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do 
cartório o título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça 
Eleitoral. 
§ 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação 
para com a Justiça Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde 
logo, o valor da multa a ser paga. 
As exigências de tempo mínimo de 1 ANO do alistamento ou 
transferência e de residência mínima de 3 MESES NÃO se aplicam para 
servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família,por motivo de REMOÇÃO ou TRANSFERÊNCIA por interesse público. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 18 
§ 1º O disposto nos incisos II e III (1 ano de alistamento e 
residência mínima de 3 meses) não se aplica à transferência 
de título eleitoral de servidor público civil, militar, 
autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de 
remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo 
único). 
 
 
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2ª VIA do Título. 
O eleitor fará pedido de 2ª VIA do seu título eleitoral sempre que 
ocorrer a perda ou o extravio do título eleitoral ou quando for inutilizado ou 
dilacerado. 
Nestes casos de inutilização e dilaceração do título, o pedido da 2ª 
VIA deve ser acompanho da 1ª Via do título, mesmo já inutilizado ou 
dilacerado. 
Da mesma forma que no alistamento eleitoral, em qualquer dos 
motivos do pedido de 2ª VIA, deve o eleitor apor sua assinatura ou a 
impressão digital do polegar na presença do Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!). 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua 
inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente 
ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via. 
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento 
será instruído com a primeira via do título. 
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor 
deverá apor a assinatura ou a impressão digital do polegar, se não 
souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que 
deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a 
identidade do eleitor. 
 
 
 
 
 
 
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Restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco e 
Código FASE. 
 
A Resolução prevê expressamente a possibilidade de 
RESTABELECIMENTO de inscrição eleitoral CANCELADA por equívoco nos 
casos de Falecimento (FASE 019), por decisão de autoridade judiciária (FASE 
450) e por revisão de eleitorado (FASE 469). 
Assim, caso a inscrição de determinado eleitor seja cancelada por 
um desses motivos de forma equivocada, poderá ser restabelecida 
normalmente, não necessitando de nova inscrição eleitoral (basta o 
restabelecimento da inscrição). 
Gente! Pense num trabalho complicado! Convivi com o setor que 
fazia este trabalho e todos diziam que era cansativo! Depois da posse começa 
a reclamação! Rsrs. 
Fiquem tranquilos quanto a estes código FASEs, pois não devem 
ser cobrados em provas em vista de regulamentação e utilização ultra 
específica da Corregedoria-Geral Eleitoral. 
Os Códigos FASE (Formulário de Atualização da Situação do 
Eleitor) são números que indicam situações específicas na vida eleitoral do 
cidadão, relacionados em tabela estabelecida pela Corregedoria-Geral, e 
mantidos no histórico da inscrição. O Prov.-CGE nº 3/2007 aprovou o Manual 
do FASE com tabela de códigos FASE. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante comando do 
código FASE 361, de inscrição cancelada em virtude de comando 
equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469. 
Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscrição no 
cadastro, utilizar-se-á, como documento de entrada de dados, o 
formulário de atualização da situação do eleitor (FASE), cuja tabela 
de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral. 
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Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o caput 
poderá ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no 
sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento 
do formulário FASE. 
 
 
4. Título Eleitoral. 
 
O título eleitoral é um documento emitido pela Justiça Eleitoral de 
acordo com características específicas indicadas no Anexo II da Resolução nº 
21.538/03, conforme figura abaixo: 
 
A sua emissão é obrigatória por computador, devendo constar as 
seguintes informações: nome do eleitor, data de nascimento, unidade da 
Federação, o município, a zona e a seção eleitoral de votação, o número da 
inscrição eleitoral, data de emissão, assinatura do Juiz e do eleitor (ou a 
impressão digital do seu polegar), e no caso de 2ª via a expressão “2ª via”. 
Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA, 
a data de emissão do título será a do preenchimento do RAE. Até esta data de 
emissão do título, o próprio instrumento do título serve de prova da quitação 
eleitoral. 
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Resolução nº 21.538/2003 
Art. 23 
§ 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 
segunda via, a data da emissão do título será a de 
preenchimento do requerimento. 
Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a 
Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. 
Na emissão on-line de títulos eleitorais e em situações tidas por 
excepcionais, os TREs poderão autorizar o uso de impressão da assinatura 
nos títulos eleitorais (chancela) do Presidente do TRE respectivo, em exercício 
na data da autorização, em substituição à assinatura do Juiz Eleitoral da Zona. 
Esta previsão poderá ser utilizada, como exemplo, nos casos de revisão de 
eleitorado, recadastramento ou rezoneamento de eleitores. 
Ao ser impresso o título eleitoral deverá ser também impresso o 
Protocolo de Entrega do Título Eleitoral (PETE), espécie de comprovante 
da retirada do título do cartório (CANHOTO), que deve conter o número de 
inscrição, o nome do eleitor e de sua mãe e a data de nascimento, com 
espaços, no verso, destinados à assinatura ou aposição da impressão digital do 
polegar do eleitor, o número de sua inscrição eleitoral, bem como à data de 
recebimento. 
O título eleitoral somente poderá ser buscado PESSOALMENTE! 
Por incrível que pareça, não se admite terceiros buscarem o título, mesmo com 
procuração! 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 24. 
§ 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de 
alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de 
pessoas estranhas à Justiça Eleitoral. 
§ 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovada a identidade 
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do eleitor e a exatidão dos dados inseridos no documento, o 
servidor destacará o título eleitoral e colherá a assinatura 
ou a impressão digital do polegar do eleitor, se não souber 
assinar, no espaço próprio constante do canhoto. 
Como já amplamente comentado e segundo a Resolução nº 
21.538/03,durante o período de fechamento do cadastro eleitoral previsto no 
art. 91 da Lei nº 9.504/97, de 150 DIAS anteriores à eleição, NÃO serão 
recebidos requerimentos de alistamento ou transferência. 
Tão logo sejam encerrados os trabalhos de apuração das eleições 
em âmbito nacional, as Zonas Eleitorais reabrirão o processamento dos RAEs 
de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA. 
Resolução nº 21.538/03 
Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão 
recebidos requerimentos de alistamento ou transferência (Lei 
nº 9.504/97, art. 91, caput). 
Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona 
logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração em âmbito 
nacional (Código Eleitoral, art. 70). 
Lei nº 9.504/97 
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e 
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 
 
 
 
 
 
 
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5. Fiscalização dos Partidos Políticos. 
 
Em decorrência do Princípio Democrático, de abertura e 
transparência de todo o processo eleitoral e, especificamente, dos trabalhos 
desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, a legislação faculta aos Partidos Políticos a 
fiscalização do alistamento eleitoral. 
Além do dever da Justiça Eleitoral de disponibilizar aos Partidos 
relação contendo os nomes dos eleitores com as respectivas inscrições 
eleitorais para eventualmente impugnar (recorrer) de decisão que defere 
determinados alistamentos ou transferências (visto linhas atrás), as 
agremiações poderão, por intermédio dos seus Delegados: 
a) acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, 
revisão, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão 
e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; 
b) requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente 
e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo 
promovida; 
c) examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos 
servidores designados, os documentos relativos aos pedidos 
de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão 
de eleitorado, deles podendo requerer, de forma 
fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. 
Ao identificar determinadas impropriedades/irregularidades 
geradoras do cancelamento de inscrição de algum(uns) eleitor(es), deverá 
o Partido comunicar por escrito de tal fato ao Juiz Eleitoral, que tomará as 
providências cabíveis. 
Para operacionalizar esta fiscalização, os partidos poderão manter 
delegados perante o TRE e perante as Zonas Eleitorais nos seguintes números: 
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a) até 2 Delegados perante o TRE; 
b) até 3 Delegados perante a Zona Eleitoral, que trabalharão 
em regime de revezamento, em vista da vedação de atuação 
simultânea de mais de 1 Delegado de cada partido. 
Os Delegados indicados pelos Partidos para fiscalizarem o 
alistamento eleitoral perante as Zonas Eleitorais serão credenciados pelo Juiz 
Eleitoral da respectiva Zona. Os Delegados credenciados pelo TRE têm maiores 
prerrogativas, podendo representar o partido em todas as Zonas Eleitorais da 
circunscrição. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 27. 
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de 
cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao 
juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 
77 a 80 do Código Eleitoral. 
Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão 
manter até dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e 
até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não 
sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de 
cada partido. 
§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz 
eleitoral. 
§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral 
poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer 
juízo eleitoral. 
 
 
 
 
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6. Acesso às Informações Constantes do Cadastro. 
 
Este é um ponto que considero bastante sensível à Justiça Eleitoral. 
O Cadastro Nacional de Eleitores é um dos bancos de dados, detidos por uma 
instituição pública brasileira, mais valiosos da atualidade. Nele estão contidos 
dados pessoais de mais da metade da população brasileira! 
São muitos os órgãos e instituições que “paqueram” o TSE em 
busca de uma liberação de acesso aos dados (Ex: Polícia Federal, Receita 
Federal, TCU, CGU, Ministério Público, etc). Mas a postura do TSE tem sido de 
muita cautela na gestão dessas informações. 
Imaginem uma empresa privada tomar posse dessas informações! 
Estes dados valem muito mesmo! Em especial para o setor privado. 
Por isso, na Resolução nº 21.538/03 traz restrições e condições 
para o acesso aos dados, somente sendo acessível as informações constantes 
do cadastro nacional de eleitores às instituições públicas e privadas e às 
pessoas físicas nos termos a seguir tratados. 
REGRA: todos os dados pessoais dos eleitores (informações 
personalizadas – filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, 
escolaridade, telefone e endereço) são preservados pela Justiça Eleitoral, não 
sendo acessíveis por terceiros. Ou seja, a regra que é não serão fornecidas 
informações de caráter personalizado constantes do cadastro eleitoral. 
Com a nova implantação de nova sistemática de identificação do 
eleitor por meio dos dados biométricos e fotografia, o TSE definiu na Resolução 
nº 23.061/2009 que as informações referentes a documento de identidade e 
Cadastro de Pessoa Física (CPF), fotografia e as impressões digitais do eleitor, 
possuem também caráter personalizado (informações pessoais) para fins de 
proteção e sigilo. 
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EXCEÇÕES (podem ter acesso aos dados do cadastro de eleitores): 
a) pelo próprio ELEITOR sobre seus dados pessoais – não 
poderia ser vedado o acesso ao eleitor sobre seus dados no 
cadastro, até mesmo para possa corrigir algum erro ou 
desatualização; 
b) por AUTORIDADE JUDICIAL e pelo MINISTÉRIO 
PÚBLICO, vinculada a utilização das informações obtidas, 
exclusivamente, às respectivas atividades funcionais – 
Atenção que não só os Juízes, mas também o MP tem 
acesso a esses dados! 
c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei 
nº 7.444/85, art. 4º). Exemplo de fato: a Polícia Federal há 
tempos está tentando celebrar um Convênio com o TSE para 
que este libere os dados do cadastro, o que facilitará suas 
investigações (exemplo: endereço do criminoso). No entanto, 
o TSE ainda continua reticente em vista de não haveresta 
reciprocidade. Outros casos são possíveis convênios entre o 
TSE e a Receita Federal do Brasil; entre o TSE e a CGU, etc. 
Acrescente-se a estas hipóteses de exceção outras 2 (duas) 
previstas na Legislação Eleitoral. A 1ª delas decorre de autorização concedida 
pelo TSE aos Partidos Políticos em constituição, por meio da Resolução nº 
21.966/2004. O Tribunal Superior liberou aos Partidos Políticos que estejam 
em processo de registro de seus estatutos na Justiça Eleitoral o acesso à lista 
de eleitores, com os números do título e zona eleitoral. 
Ainda, a Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) garante acesso 
pleno, pelos Órgãos de Direção Nacional dos Partidos Políticos, às informações 
de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. Observem que neste caso 
são liberadas informações apenas dos seus filiados. 
Portanto, são + 2 Exceções adicionadas às listadas acima: 
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 Partidos políticos em processo de registro têm acesso à 
lista de eleitores, com os números do título e zona eleitoral; 
 Órgãos de Direção Nacional dos Partidos Políticos têm 
acesso às informações de seus filiados. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 19 
§ 3o Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão 
pleno acesso às informações de seus filiados constantes do 
cadastro eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
Ademais, observem que a Polícia Federal e as Polícias Estaduais 
NÃO têm competência para requerer os dados de eleitores ao TSE e aos TREs! 
É comum cobrarem em provas e o aluno errar o enunciado. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão 
acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, 
nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I). 
§ 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão 
informações de caráter personalizado constantes do cadastro 
eleitoral. 
§ 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como 
informações personalizadas, relações de eleitores acompanhadas 
de dados pessoais (filiação, data de nascimento, profissão, estado 
civil, escolaridade, telefone e endereço). 
Ademais, o TSE prelecionou que os TREs e os Juízes Eleitorais 
podem autorizar o fornecimento de dados estatísticos constantes do 
cadastro eleitoral, especificamente relativos ao eleitorado ou ao resultado 
de pleito eleitoral, salvo se estas informações tiverem caráter reservado (às 
quais não poderão ser fornecidas). É possível porque estes dados não implicam 
em violação às informações pessoais dos eleitores. Inclusive o TSE divulga 
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dados estatísticos do eleitorado nacional em seu sítio na internet, com 
atualização mensal. 
São vedados aos Juízes Eleitorais e aos TREs fornecerem 
informações pessoais de eleitores constantes do cadastro eleitoral não 
pertencentes a sua jurisdição eleitoral, salvo apenas quanto à possibilidade do 
próprio eleitor efetuar o pagamento de multas impostas por outro Juiz Eleitoral 
ou perante outro TRE. 
Todo aquele que usar os dados estatísticos eleitorais citados acima 
são obrigados a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela 
manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito de suas 
jurisdições, autorizar o fornecimento a interessados, desde que 
sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio magnético, 
dos dados de natureza estatística levantados com base no cadastro 
eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, 
salvo quando lhes for atribuído caráter reservado. 
Art. 31. Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão dados do 
cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição, salvo na 
hipótese do art. 82 desta resolução. 
Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou 
de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte 
e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou 
extrapolada das informações obtidas. 
 
 
 
 
 
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7. Batimentos. 
 
O TSE, mediante a Corregedoria-Geral Eleitoral, realiza 
constantemente BATIMENTOS (Cruzamentos) de informações constantes do 
Cadastro Eleitoral, em âmbito nacional, para verificarem inconsistências nos 
dados e evitar eventuais DUPLICIDADES ou PLURALIDADES (mais de 2) de 
inscrições eleitorais. 
Imaginem o mesmo eleitor com 10 Títulos Eleitorais! É isso que o 
TSE quer evitar, para coibir tentativas de fraude nas eleições. Este 
procedimento de Batimento é feito pelo próprio Sistema do TSE, por meio da 
tecnologia da informação (batimento em meio eletrônico), e mediante 
instauração de processo próprio para cada inscrição irregular, onde será 
verificada minuciosamente (batimento) as informações constantes do cadastro. 
Importante! 
Os requerimentos de ALISTAMENTO, TRANSFERÊNCIA e 
REVISÃO somente serão incluídas no cadastro eleitoral após o BATIMENTO 
realizado pelo TSE em âmbito nacional! 
As inscrições que forem identificadas e agrupadas em duplicidade 
ou pluralidade formarão um processo administrativo próprio sujeito à 
decisão da autoridade judicial competente. 
Das inscrições assim agrupadas, formando um mesmo grupo por 
duplicidade ou pluralidade, as inscrições MAIS RECENTES serão 
consideradas NÃO LIBERADAS no sistema. 
Por outro lado, se forem inscrições de GÊMEOS (2 ou + irmãos 
- aqueles que tenham comprovado mesma filiação, data e local de 
nascimento), mesmo sendo recentes, estas serão consideradas LIBERADAS 
no sistema. No entanto, se a inscrição de um Gêmeo for agrupada com 
outra(s) inscrições de gêmeo ou de não-gêmeo, não sendo indicada a condição 
de gêmeo, esta será considerada NÃO LIBERADA. Para que haja a liberação 
imediata do sistema é necessária a indicação simultânea de 2 ou + 
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inscrições de Gêmeos. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações constantes 
do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis 
duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar 
situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal 
Superior Eleitoral, em âmbito nacional. 
§ 1º As operações de alistamento, transferência e revisão 
somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após 
submetidas a batimento. 
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará 
sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária. 
§ 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não 
liberadas as inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições 
atribuídas a gêmeos,que serão identificadas em situação 
liberada. 
§ 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com 
inscrição para a qual não foi indicada aquela condição, essa última 
será considerada não liberada. 
 
Com o batimento nacional realizado pelo TSE (Corregedoria-Geral 
Eleitoral), serão colocados à disposição das Zonas Eleitorais os seguintes 
documentos: 
a) RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS por duplicidade ou 
pluralidade; 
b) COMUNICAÇÃO à autoridade judiciária competente para 
providências de sua alçada. 
O eleitor que tiver sua inscrição não liberada em virtude do 
batimento será notificado de tal fato. Se desejar regularizar sua situação, 
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tem prazo de 20 DIAS para tanto, a contar do recebimento da notificação. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 34. Será colocada à disposição de todas as zonas eleitorais, 
após a realização de batimento: 
I - RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS (envolvidos em 
duplicidade ou pluralidade) emitida por ordem de número de 
grupo, contendo todos os eleitores agrupados inscritos na zona, 
com dados necessários a sua individualização, juntamente com 
índice em ordem alfabética; 
II - COMUNICAÇÃO dirigida à autoridade judiciária incumbida da 
apreciação do caso, noticiando o agrupamento de inscrição em 
duplicidade ou pluralidade, para as providências estabelecidas 
nesta resolução. 
Parágrafo único. Será expedida NOTIFICAÇÃO dirigida ao eleitor 
cuja inscrição foi considerada não liberada pelo batimento. 
Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em 
decorrência do cruzamento de informações deverá ser notificado 
para, se o desejar, requerer regularização de sua situação eleitoral, 
no prazo de 20 dias, contados da data de realização do batimento. 
O Juiz Eleitoral, ao receber do TSE a relação de eleitores agrupados 
por duplicidades e pluralidades, fará publicar EDITAL com prazo de 3 DIAS 
para que os interessados sejam cientificados da irregularidade, podendo 
corrigi-la. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 35. Colocada à disposição a relação de eleitores agrupados, o 
juiz eleitoral fará publicar edital, pelo prazo de três dias, para 
conhecimento dos interessados. 
Quando a autoridade judiciária competente tomar conhecimento de 
supostas duplicidades/pluralidades (coincidências de inscrições), deverá, DE 
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OFÍCIO (por conta própria) e de forma imediata tomar as seguintes 
providências: 
a) determinar sua autuação; 
b) determinar a regularização da situação da inscrição do eleitor 
que não possuir outra inscrição liberada, independentemente 
de requerimento, desde que constatado que o grupo é 
formado por pessoas distintas; 
c) determinar as diligências cabíveis quando não for possível 
identificar de pronto se a inscrição pertence ou não a um 
mesmo eleitor; 
d) aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao 
cartório durante os 20 dias que lhe são facultados para 
requerer regularização de situação eleitoral; 
e) comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme o 
caso, a preencher o Requerimento para Regularização de 
Inscrição (RRI), ou a requerer, oportunamente, 
transferência, revisão ou segunda via; 
f) determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que 
comprovadamente pertença(m) a um mesmo eleitor, 
assegurando a cada eleitor apenas uma inscrição; 
g) dar publicidade à decisão; 
h) promover a digitação da decisão; 
i) adotar demais medidas cabíveis. 
 
Caso o eleitor tenha sua inscrição eleitoral agrupada por 
duplicidade/pluralidade NÃO PODERÁ requerer TRANSFERÊNCIA, REVISÃO 
e também 2ª VIA! 
Resolução nº 21.538/2003 
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Art. 38. Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou 
segunda via, inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade. 
Decorar! 
Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de 
duplicidade/pluralidade pela autoridade judiciária, a inscrição LIBERADA 
passará a figurar no sistema como REGULAR e a NÃO-LIBERADA como 
CANCELADA: 
1. LIBERADA  REGULAR 
2. NÃO-LIBERADA  CANCELADA 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 39. Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de 
duplicidade ou pluralidade, não existindo decisão de autoridade 
judiciária, a inscrição liberada passará a figurar como regular e a 
não-liberada como cancelada, caso exista no cadastro. 
A Inscrição do Eleitor pode ser classificada em diversas Situações 
Eleitorais específicas, que definem a disponibilidade para o exercício do voto e 
condiciona a possibilidade de sua movimentação no cadastro eleitoral. Dentre 
elas, destacam-se as seguintes as situações das inscrições: 
1. Inscrição REGULAR – é a inscrição não envolvida em 
duplicidade ou pluralidade, que está disponível para o 
exercício do voto e habilitada a transferência, revisão e 2ª 
via. 
2. Inscrição CANCELADA – é a inscrição atribuída a eleitor 
que incidiu em uma das causas de cancelamento previstas 
na legislação eleitoral, que não poderá ser utilizada para o 
exercício do voto e somente poderá ser objeto de 
transferência ou revisão nos casos previstos na Resolução 
nº 21.538/03. 
3. Inscrição COINCIDENTE – é a inscrição agrupada pelo 
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batimento, sujeita a exame e decisão de autoridade 
judiciária e que NÃO poderá ser objeto de transferência, 
revisão e 2ª via, que se subdivide em: 
a. Inscrição NÃO LIBERADA – é a inscrição 
coincidente (duplicidade/pluralidade) que NÃO está 
disponível para o exercício do voto; 
b. Inscrição LIBERADA – é a inscrição que, apesar 
de coincidente (duplicidade/pluralidade), que ESTÁ 
disponível para o exercício do voto. 
 
No batimento realizado pela Corregedoria-Geral Eleitoral, em 
âmbito nacional, caso seja identificada situação em que o mesmo eleitor 
possua 2 ou + inscrições LIBERADAS ou REGULARES, estando ou não 
agrupadas pelo batimento, impõe-se o CANCELAMENTO de 1 ou + inscrições. 
Este Cancelamento deverá recair, preferencialmente, na seguinte 
ordem: 
1. na inscrição MAIS RECENTE, efetuada contrariamente às 
instruções em vigor (na última inscrição, tida por irregular); 
2. na inscrição que NÃO corresponda ao DOMICÍLIO 
ELEITORAL do eleitor; 
3. naquela cujo título NÃO haja sido ENTREGUE ao eleitor; 
4. naquela cujo título não haja sido UTILIZADO para o 
exercício do voto na última eleição; 
5. na MAIS ANTIGA. 
 
Se for caso de Gêmeos ou Homônimos (aqueles, excetuados os 
gêmeos, que possuam dados iguais ou semelhantes e que figurem em uma 
mesma duplicidade ou pluralidade), a circunstância deverá ser oportunamente 
registrada no cadastro eleitoral com os respectivos códigosFASE, pelo 
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cancelamento da inscrição ou mesmo simples correção da informação. 
 Ademais, determinadas inconsistências nos dados do cadastro 
eleitoral deverão ser corrigidas mediante o preenchimento do RAE (Operação 5 
– Revisão). 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 40. 
§ 1º Comprovado que as inscrições identificadas pertencem a 
gêmeos ou homônimos, deverá ser comandado o respectivo código 
FASE. 
§ 2º Constatada a inexatidão de qualquer dado constante do 
cadastro eleitoral, deverá ser providenciada a necessária alteração, 
mediante preenchimento ou digitação de RAE (Operação 5 - 
Revisão), observadas as formalidades para seu deferimento. 
 
Mas quem é a autoridade judiciária competente para 
regularização da situação de eleitores que se encontrem envolvidos em 
duplicidades e pluralidades de inscrições? 
A Resolução nº 21.538/2003 determina que a COMPETÊNCIA 
para decidir sobre pluralidades/duplicidades de inscrições e para os casos 
de eleitores com direitos políticos suspensos, é das autoridades aludidas 
em consonância com os critérios delineados abaixo: 
1. DUPLICIDADES – cabe ao Juiz da Zona Eleitoral onde foi 
efetuada a inscrição mais recente; 
2. PLURALIDADES – caberá: 
a. ao Juiz da Zona Eleitoral – quando ocorrer 
pluralidade de inscrições efetuadas em uma mesma 
Zona Eleitoral; 
b. ao Corregedor Regional Eleitoral – quando envolver 
inscrições efetuadas em Zonas Eleitorais diversas de 
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uma mesma circunscrição – Ex: Zonas Eleitorais 
diversas do mesmo Município (cada qual com 1 Juiz 
Eleitoral diferente). 
c. ao Corregedor-Geral Eleitoral – quando envolver 
inscrições efetuadas entre Zonas Eleitorais de 
circunscrições diversas. Ex: Zonas Eleitorais de 
Estados diversos. 
3. DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS ou PERDIDOS – cabe 
ao Corregedor-Geral Eleitoral. 
Em suas esferas de competência, tanto o Corregedor-Geral quanto 
o Corregedor Regional poderão manifestar-se acerca de todas as inscrições 
envolvidas-agrupadas nas duplicidades e pluralidades. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 41 
§ 1º As decisões de situação relativa a pessoa que perdeu seus 
direitos políticos (Tipo 3D) e de pluralidades decorrentes do 
agrupamento de uma ou mais inscrições, requeridas em 
circunscrições distintas, com um ou mais registros de suspensão da 
Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos (Tipo 3P) serão da 
competência do corregedor-geral. 
Art. 43. Nas duplicidades e pluralidades de sua competência, o 
corregedor-geral ou o corregedor regional poderão se pronunciar 
quanto a qualquer inscrição agrupada. 
As duplicidades de inscrições envolvendo Gêmeos ou 
Homônimos, se houver inscrição não liberada no grupo de duplicidades, a 
competência para decidir acerca será do Juiz Eleitoral da Zona Eleitoral 
correspondente à inscrição não liberada. 
Ademais, vale acrescentar que o Juiz Eleitoral NÃO poderá 
determinar a regularização, o cancelamento ou a suspensão de inscrição que 
pertença a Jurisdição de outro Juiz Eleitoral, mesmo que no curso do processo 
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haja pedido de transferência para outra Zona Eleitoral. O Juiz Eleitoral somente 
tem poderes sobre as inscrições de sua alçada jurisdicional! 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 41 
§ 3º Na hipótese de duplicidade envolvendo inscrições atribuídas a 
gêmeos ou homônimos comprovados, existindo inscrição não 
liberada no grupo, a competência para decisão será do juiz da zona 
eleitoral a ela correspondente. 
Art. 42. O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, o 
cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença à sua 
jurisdição. 
Caberá RECURSO, no prazo de 3 DIAS, para: 
a) o Corregedor Regional Eleitoral – de decisões tomadas 
por Juízes Eleitorais de sua circunscrição sobre inscrições 
eleitorais; 
b) o Corregedor-Geral Eleitoral – de decisões do Corregedor 
Regional. 
A Resolução nº 21.538/03 prevê o prazo de 40 DIAS para a 
autoridade judiciária competente pronunciar-se a respeito da duplicidade ou 
pluralidade detectadas pelo batimento, contados da data do batimento. Nas 
inscrições não liberadas, caso seja ultrapassado este prazo de 40 DIAS e 
não haja decisão da autoridade judiciária, contam-se + 10 DIAS (total: 50 
DIAS). Vencido este prazo total, a inscrição é automaticamente cancelada do 
sistema. 
Após 6 ANOS do cancelamento das inscrições, mediante os 
respectivos códigos FASE, estas serão excluídas do cadastro eleitoral. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 47. A autoridade judiciária competente deverá se pronunciar 
quanto às situações de duplicidade e pluralidade detectadas pelo 
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batimento em até 40 dias contados da data de realização do 
respectivo batimento. 
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade, com 
situação não liberada, que não for objeto de decisão da autoridade 
judiciária no prazo especificado no caput, decorridos dez dias, será 
automaticamente cancelada pelo sistema. 
§ 3º Após o transcurso de seis anos, contados do processamento 
do código FASE próprio, as inscrições canceladas serão excluídas 
do cadastro. 
Importante considerar que, segundo a Resolução nº 21.538/2003, 
compete ao Juiz Eleitoral (da Zona Eleitoral onde foi efetuada a inscrição 
mais recente) e não ao Juiz Criminal julgar as repercussões criminais de 
possíveis atos ilícitos que tenham gerado as duplicidades ou pluralidades de 
inscrições eleitorais. Isto é, cabe ao Juiz Eleitoral da Zona da inscrição mais 
recente julgar na esfera penal casos de duplicidades e pluralidades. 
Resolução nº 21.538/2003 
Art. 44. A competência para decidir a respeito das duplicidades e 
pluralidades, na esfera penal, será sempre do juiz eleitoral da 
zona onde foi efetuada a inscrição mais recente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ELEITORAL REGULAR P/ TRIBUNAIS ELEITORAIS (TREs/TSE) 
CESPE E FCC 
TODOS OS CARGOS: AJAJ, AJAA E TÉCNICO 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 6 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
 
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8. Hipótese de Ilícito Penal. 
 
Os casos de duplicidade ou pluralidade de inscrições podem 
decorrer de alguma prática de crime eleitoral. Tão logo a autoridade 
judiciária competente, vista logo acima, decida sobre a duplicidade/pluralidade, 
se não ficar evidenciada falha dos servidores da Justiça Eleitoral (que é muito 
comum), deverá encaminhar os autos ao Ministério Público Eleitoral 
(MPE), que deverá averiguar a existência ou não de indícios da prática de 
algum ilícito penal. 
Se o MPE manifestar-se pela existência

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