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Leguminosas(forragem)

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Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 1
LEGUMINOSAS OU FABACEAE
A família Fabaceae é uma das maiores famílias botânicas, conhecida 
como Leguminosae (leguminosas) que apresentam ampla distribuição 
geográfica. Um das características típica dessa família é o fruto tipo 
legume, que também é conhecido como vagem (há exceções). A 
família pode ser subdividida em 3 subfamílias distintas: Faboideae ou 
Papilionoideae, Caesalpinoideae ou Caesalpiniaceae e Mimosoideae 
(ou Mimosaceae).
CARACTERÍSTICAS DAS LEGUMINOSAS 
_Plantas de folhas largas
_Possibilidade de consorciar com gramíneas
_Alto Valor Nutritivo em especial (PB) 
_Capacidade de fixar nitrogênio (FBN) rizóbios
_Aumenta proteína forragem
_Aumenta consumo forragem
_Aumenta teor N sistema solo/planta /animal
_Aumento estoque proteína para secas
_Reduz os custos com a suplementação animal.
Apresentam raiz axial ou pivotante, ao contrário das gramíneas que 
apresentam raiz fasciculada. Possuem folhas compostas alternadas e 
estipuladas, e inflorescência do tipo panícula ou racemo.
Figura 1: Raiz axial ou pivotante com nódulos em leguminosas
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 2
PRINCIPAIS ESPÉCIES LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS 
CALOPOGÔNIO - Calopogonium mucunoides
NOME COMUM: Calopogonium, calopo, enxada verde.
ORIGEM: originário da América do Sul tropical.
EXIGÊNCIA: apresenta pequena exigência em fertilidade do solo, 
tolera e desenvolve bem em solos ácidos. É bem adaptada em 
regiões tropicais com maior umidade e maiores temperaturas, requer 
pp. Mínima de1.200 mm/ano.
UTILIZAÇÃO: pode ser utilizada em pastejo em consórcio com 
gramíneas ou em plantio exclusivo na forma de banco de proteína. Na 
fase vegetativa apresenta maior aceitação pelos animais, quando 
mais velho é mais consumido, especialmente quando a gramínea
consorciada está seca ou com baixo valor nutritivo. Também 
recomendada ao processo de fenação.
PORTE E HÁBITO DE CRESCIMENTO: é uma planta perene, de 
ciclo curto, morre em caso de seca prolongada, apresenta ressemeio 
natural. Apresenta hastes finas, rasteiras e volúveis, com intensa 
pilosidade marrom clara, presente também nas folhas, inflorescências 
e frutos a semelhança da soja perene e Kudzu tropical, as folhas são 
pequenas de coloração azulada.
MANEJO: em condição de pastejo normal nos meses mais quentes e 
chuvosos há um maior benefício ao Calopogonium, em consórcio, 
nesta época mais é rejeitado pelos animais. Não tolera altas cargas 
animais.
RENDIMENTO: produz entre 40 a 50 t/ha/ano MV.
RESISTÊNCIA: apresenta pequena a seca e baixas temperaturas e 
mediana ao encharcamento.
MULTIPLICAÇÃO: as sementes devem ser escarificadas, inoculadas 
com inoculante grupo 1, e peletizadas fosfato natural. A densidade 
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 3
de 10 - 12 kg/ha sementes cultivo exclusivo espaçamento entre 
linhas 0,4 a 0,5 m.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: teores de 16,5% PB MS aos 60 dias.
CONSÓRCIO: Andropogon, Setarias, Jaraguá, Braquiária, Vencedor.
ESCARIFICAÇÃO DE SEMENTES - Definição
É uma modalidade de tratamento realizado com a finalidade de
amenizar ou quebrar o efeito da dormência das sementes e 
possibilitar a germinação das mesmas.
Figura 2. Resultados médios da pureza física, germinação e sementes 
duras de Stylosanthes capitata com e sem escarificação mecânica.
Fonte: Fernandes et al, 2000.
Inoculante: Definição
É um Material que contém microorganismos e pode favorecer o 
desenvolvimento de plantas, são bactérias específicas para cada 
espécie de leguminosa. O inoculante é preparado para uma espécie 
de leguminosa e não deve ser utilizado para outra espécie. 
As bactérias fixadoras de N, ou rizóbios, quando em contato com as 
raízes das leguminosas induzem a formação de pequenos nódulos, e 
no interior dos mesmos ocorre o processo de aproveitamento de N do 
ar pelos microrganismos. 
O processo é chamado de FBN. O nitrogênio (N) é um dos nutrientes 
essenciais ao desenvolvimento das plantas.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 4
Vantagens: Inoculantes
Uma das vantagens do inoculante é a melhor qualidade solo; a 
redução da necessidade de adubação nitrogenada; a economia de 
fertilizantes; o aumento na produtividade; a possibilidade de uso de 
produto natural em sintonia e respeito ao meio ambiente.
Inoculantes disponíveis
A Embrapa Agrobiologia produz sob encomenda, inoculante específico 
para 100 espécies leguminosas: sejam produtoras grãos, adubos 
verdes, herbáceas, arbustivas e espécies arbóreas, e ou para 
recuperação de áreas degradadas.
Pragas de Leguminosas - Vaquinha
A vaquinha do feijoeiro ou (Diabrotica speciosa) é um besourinho 
crisomelídeo com 6mm comprimento, corpo verde, cabeça castanha e 
manchas amarelas nas asas. Os ovos são colocados no solo, onde as 
larvas desenvolvem, e alimentam-se de raízes, principalmente de 
gramíneas, como milho, a aveia, a cevada e outros. Os adultos 
migram para as leguminosas, e se alimentam de suas folhas. No 
feijoeiro, os principais danos são percebidos durante 15 primeiros 
dias pós emergência das plantas, e quando apresentam poucas folhas 
os insetos consomem também o broto apical, e causam a sua morte. 
SOJA PERENE - Glycine wightii
NOME COMUM: Soja perene.
ORIGEM: a soja perene é uma leguminosa de origem Asiática.
EXIGÊNCIAS: alta em fertilidade do solo, destaca-se fósforo, com o 
melhor desenvolvimento em solos com pH 6 e ou locais com p.p. 
superior a 700 mm/ano.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 5
UTLIZAÇÃO: pode ser utilizado tanto em pastejo, fenação, forragem 
verde e aditivo de mistura no processo de ensilagem. A soja perene é 
menos aceita, mas apresenta um bom coeficiente de digestibilidade.
PORTE E HÁBITO DE CRESCIMENTO: é uma leguminosa com 
hábito rasteiro, trepadeira, com hastes finas que em alguns casos 
podem enraizar-se por estas hastes (estolonífera).
MANEJO: o principal cuidado é para soja perene assim como para
todas as leguminosas de hábito rasteiro, em consorcio; para que a 
gramínea não venha a abafar a leguminosa. Para o emprego em 
pastejo, a cultura exclusiva, não se deve deixar que o rebaixamento 
seja pelo menos 15 cm pelos animais. Deve-se evitar o pastejo 
exclusivo com leguminosas, por período longo, pois é considerada a 
causa de distúrbios gástricos. No pasto está em condições de receber 
animais, quando completos de 120 a 150 dias (exclusivo) e 60 a 90 
dias (consórcio). No pastejo controlado recomenda-se colocar animais 
na pastagem com altura de 25 a 30 cm e a saída ou retirada dos 
animais a 10 a 15 cm.
RENDIMENTO: Para a produção de feno chega atingir 10 t/ha/ano 
em 3 cortes. A produção de matéria verde (MV) chega a render entre 
30 a 40 t/ha/ano em 3 a 4 cortes.
RESISTÊNCIA: é mais tolerante ao frio do que o siratro e a 
centrosema; apresenta razoável tolerância à seca, é altamente 
susceptível ao ataque de pragas e doenças.
MULTIPLICAÇÃO: pode ser multiplicada por sementes sejam 
escarificadas, inoculadas ou não, na dependência da possibilidade de 
execução da prática. A densidade de plantio pode variar em função 
do valor cultural. Se inoculadas, utilizar inoculantes do grupo I
cowpea, a densidade pode ser de 10-12 kg/ha sementes espaçadas 
0.5 m entre linhas (exclusivo).
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: pode atingir teores entre 16 e 18% em 
média 17% PB MS.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 6
CONSORCIAÇÃO: pode ser consorciado com Gordura, Setária, 
Rhodes.
CULTIVARES: Tinaroo, comum, Cooper, cianova.
TINAROO: é considerada de florescimentotardio em relação às
cultivares Cooper e comum, prefere clima quente e p.p. maiores que 
760 mm anuais.
COMUM: Floresce de abril a setembro, e exige no mínimo 700 mm 
p.p. ao ano sendo susceptível à geada e a fogo.
COOPER: É precoce em relação à cianova e a tinaroo, com boa 
resistência à seca e maior tolerância a solos ácidos do que as cvs. 
tinaroo e comum.
CIANOVA: A época de florescimento é muito semelhante à tinaroo, 
fica verde durante o inverno com uma boa resistência à seca.
CLARENCE: Precoce, tal como comum e Cooper.
RENDIMENTO: pode alcançar em 3 cortes rendimento de 35 a 40 
t/MV/ha/ano, e uma produção de sementes entre 300-400 kg/ha.
RESISTÊNCIA: é susceptível a doença míldio e oídio. Não tolera
secas e nematóides.
SIRATRO 
Macroptilium atropurpureum Urb
Nome: Siratro cv. desenvolvida na (Austrália)
Origem: América Central (México)
Exigência: não muito em fertilidade solo, é tolerante a solos 
medianamente ácidos, p.p maior do que 700 mm/ano, em regiões
mais secas apresentam menor incidência doenças.
Utilização: pode ser utilizada para pastejo e fenação
Porte e Hábito de crescimento: plantas rasteiras trepadoras 
quando em associação com gramíneas, perene, podem enraizar nas 
hastes (estoloníferas).
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 7
Manejo: quando associada deve-se atentar para se evitar o 
abafamento pela gramínea, quando para fenação os cortes podem ser 
feitos rentes ao solo.
Rendimento: chega a produzir entre 40 t/MV/ha, e entre 300-400 
kg/há de sementes.
Resistência: é uma planta altamente susceptível ao míldio e oídio, 
não tolera geadas, tolerante ao pisoteio, apresenta resistência à seca 
e a nematóides.
Multiplicação: pode ser feita utilizando sementes inoculadas com o 
inoculante COWPEA, a densidade é de 10-12 kg/ha de sementes em 
espaçamento de 0,5m entre linhas (cultivo exclusivo).
Composição química: pode atingir teores de 16-18% PB MS
Consórcio: Setária, Panicum, Brachiária e quase todas gramíneas.
Figura 3: Siratro Macroptilium atropurpureum 
GALÁCTIA galactia striata Benth
Nome Comum: Galactia
Origem: América central
Exigências: ñ muito fertilidade, p.p maiores do que 800 mm/ano
tolera solos ácidos e desenvolve bem em bioma Cerrados.
Usos: pastejo e fenação
Manejo: evitar o abafamento da leguminosa pela gramínea quando 
em associação ou consórcio.
Rendimento: pode atingir entre 30-40 t/MV/ha/ano.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 8
Resistência: razoável a seca e a geada, não resiste a fogo e ao 
encharcamento, resiste razoavelmente bem a pisoteio, é volúvel e 
não estolonífera, é susceptível a lagartas e bacterioses.
Multiplicação: por sementes de 4-5 kg/ha em consórcio e de 10-12 
kg/ha em cultivo exclusivo, não necessita a escarificação e inoculante 
caso usado do grupo COWPEA.
Composição Química: atinge teores de 14-20% PB MS
Consórcio: pode ser consorciada com gramíneas de porte alto como 
o Napier, Colonião e Setária.
Cultivares: entre as cvs. Galactia striata cv. comum e cv Yarana (IZ-
Nova Odessa –SP).
Gênero Stylosanthes
Apresenta o maior número de cultivares em estudo. Apresenta 
elevada produção e qualidade de forragem, sendo adaptado a solos 
de baixa fertilidade. Os maiores problemas são; a suscetibilidade à 
antracnose, e a baixa produção de sementes e a persistência em 
consórcios.
Stylosanthes guianensis var. vulgaris cv. Mineirão
NOME COMUM: Estilosantes Mineirão.
ORIGEM: Estado de Minas Gerais.
EXIGÊNCIAS: não muito exigente em fertilidade do solo (adaptada a 
solos ácidos de baixa fertilidade, sendo responsiva à adubação).
UTILIZAÇÃO: pode ser empregada em pastejo seja consórcio ou 
banco de proteína em adubação verde, sendo bem aceita, com a 
exceção de animais eqüinos.
PORTE E HÁBITO DE CRESCIMENTO: planta que atinge altura 
média de 2,50m e, quando pastejada, apresenta-se prostrado, sendo 
considerada uma planta semi-ereta perene.
RENDIMENTO: Produz entre 11 - 13 t/MS/ha/ano.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 9
RESISTÊNCIA: apresenta boa tolerância a pragas e a doenças, 
resiste bem a pastejo e ao pisoteio, tolerante a seca; não tolera 
geada e encharcamento de solo.
MANEJO: quando em pastejo, deve se evitar o rebaixamento 
excessivo para não eliminar a coroa que se eleva facilmente. Em 
consórcio, deve-se atentar para evitar que a gramínea não venha a 
abafar a leguminosa. O porte favorável situa-se entre 50 - 60 cm, 
com bom valor forrageiro e coeficiente de digestibilidade.
A alta persistência em pastejo exclusivo ou em consórcio gramíneas. 
Em resultados obtidos com capim Andropogon em Planaltina (DF), 
quando em CONSÓRCIO promoveu GPV 800 g/animal/dia águas e de 
150 g seca. E em cultivo EXCLUSIVO GPV 200 g/animal/dia secas 
também em Planaltina-DF. Em Campo Grande/MS promoveram GPV 
550g/animal/dia águas, sendo superior aos GPVs de gramíneas como 
as Braquiárias decumbens e brizantha. 
MULTIPLICAÇÃO: A mais utilizada é por sementes sendo que estas 
são impermeáveis à água, e neste sentido, não germinam de
imediato, quando plantada. Assim deve-se proceder a escarificação 
por processo térmico: e mergulhar as sementes em água aquecida 
até 80ºC por 10 min, em seguida retirar e secar a sombra. A 
Inoculação das sementes pode ser realizada com inoculantes rizóbios 
do grupo Stylosanthes. A densidade é de 1,5 a 2 kg/ha SPV, com 
espaçamento de 0,5m entre linhas. Quando em consórcio, o plantio 
deve ser feito a lanço ou em linhas, 2 a 4 kg/ha. Pode ser por mudas 
(estacadas enraizadas), com espaçamento de 0,5 x 0,5m.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: atinge teores de 12 a 18% PB MS.
CONSORCIAÇÃO: consorcia bem com o Andropogon, Jaraguá, 
Braquiárias.
ESTILOSANTHES CAMPO GRANDE
É uma mistura varietal de sementes em peso sendo 20% S. 
macrocephala e 80% de S. capitata.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 10
ESTILOSANTES CAMPO GRANDE 
(Stylozanthes capitata + Stylozanthes macrocephala)
ORIGEM: O Trabalho com o cv. Campo Grande teve inicio em 1990 
na Fazenda Maracujá, no município de Campo Grande, MS. Em uma 
área de solos de Areia Quartzosa, onde surgiram plantas de
Stylosanthes capitata e S. macrocephala a partir de remanescentes 
de experimentos anteriores, plantas sobrevivendo em alta pressão 
pastejo, em condição de baixa fertilidade solo e com alta resistência à 
antracnose, e a doença fungica Colletotrichum gloeosporioides.
As sementes dessas plantas foram colhidas, separadas e levadas 
(Embrapa - CNPGC) onde foram realizados estudos detalhados, que 
identificaram a composição da mistura espontânea de 20% S. 
macrocephala e 80% de S. capitata (EMBRAPA, 2000).
DESCRIÇÃO: O estilosantes Campo Grande é composto de (2) 
espécies o S. capitata e o S. macrocephala. 
O S. capitata apresenta hábito de crescimento cespitoso, e chega até 
(1) metro, com flores nas cores que variam de bege ao amarelo, e 
florescimento, em condições de Campo Grande, MS, na segunda 
quinzena maio, com a maturação das sementes até o final de junho, 
e podem ser colhidas quando mais de 90% de sementes já estejam 
maduras (EMBRAPA, 2000).
O S. macrocephala apresenta hábito de crescimento decumbente em 
estande puro, e pode tornar-se mais ereto quando competindo por 
luz, e pode atingir até (1m) de altura, sendo as folhas mais estreitas 
que as do S. capitata e mais pontiagudas, com florescimento, em 
Campo Grande, MS, a partir da (2ª) quinzena de abril, as flores na 
maioria são amarelas, ou beges, e as sementes estão maduras no
final da (2ª) quinzena de maio e a colheita se inicia quando houver o 
Forragicultura e Pastagens– IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 11
máximo de sementes maduras, e antes da queda de capítulos, sendo 
um fenômeno comum espécie (EMBRAPA, 2000).
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS
A necessidade de pp. é superior a 900 mm, e prefere solos com 
textura arenosa ou mediana, e índice de saturação de bases maior do 
que 30% e no mínimo 5mg/dm³ de P. O Estilosanthes Campo Grande 
é recomendado para consórcio com plantas forrageiras do gênero 
Brachiária e Andopogon, e promove o fornecimento de (N) pela FBN a
pastagem, melhora a qualidade da dieta dos animais em pastejo. 
Arachis pintoi
NOME COMUM: Amendoim forrageiro
ORIGEM: originário da América Central e do Sul, sul da Bahia, região 
de Belmonte, BA.
EXIGÊNCIA: não muito exigente em fertilidade solo, desenvolve bem 
em regiões com p.p. anual maior que 800 mm, é herbácea, perene, 
estolonífera, com crescimento rasteiro, chegando a 40 cm. Apresenta 
folhas quadrifolioladas, ovaladas, cor verde clara, flores pequenas de 
cor amarela clara, raiz pivotante, forma sementes abaixo do nível do 
solo.
UTILIZAÇÃO: em pastejo seja em consórcio ou para banco de 
proteína, apresenta boa aceitabilidade.
PORTE E HÁBITO DE CRESCIMENTO: atinge entre 0,20 a 0,40 m 
e, quando em pastejo, prostra-se. É estolonífera, prostrada, muito 
ramificada, e perene.
MANEJO: em pastejo deve se evitar o rebaixamento excessivo. Em 
consórcio, para evitar o abafamento pela gramínea associada. O 
porte favorável a cultura está entre 25 a 35 cm, quando a planta 
apresenta bom valor forrageiro e boa digestibilidade.
RENDIMENTO: Produz entre 9 - 12 t/ha/ano MS.
RESISTÊNCIA: apresenta uma boa resistência à seca e a solos 
ácidos; desenvolve-se bem em solos de Cerrados, não tolera geada.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 12
MULTIPLICAÇÃO: por sementes, a inoculação das sementes deve 
ser feita com inoculante com rizóbium do grupo Arachis. A densidade 
está entre 4 a 6 kg/ha. A multiplicação é realizada por mudas sendo 
(estacadas enraizadas), e plantas em espaçamento 0,5 x 0,5m.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: chega a atingir teores de 18 a 22% PB 
MS.
CONSORCIAÇÃO: associa-se muito bem com o capim Andropogon, 
Cynodon e Brachiárias.
CULTIVARES: Amarillo e Belmonte
GUANDÚ - Cajanus cajan
NOME COMUM: Guandu
ORIGEM: América tropical, África, Índia.
É uma leguminosa encontrada com freqüência no Brasil Central, em 
quintais domésticos de muitas cidades. A sua popularidade é devida
aos grãos verdes palatáveis, que substituem ervilhas, e secos servem 
como o feijão para os humanos, além de consumido por aves 
domésticas.
No Brasil e Guianas surgiu pela via ou rota dos escravos da África, 
sendo largamente distribuída e semi-naturalizada em regiões 
tropicais, com isso assumiu importância na alimentação humana, ou 
como forragem e na adubação verde.
Entre as importantes leguminosas, o guandu produz colheitas 
elevadas de sementes que são ricas em proteína, mesmo quando 
cultivadas em solos de baixa fertilidade sendo altamente adaptada a 
altas temperaturas e a seca. 
EXIGÊNCIAS: não tolera geadas, p.p. acima de 600 mm anual, solos 
bem drenados e com fertilidade mediana.
UTILIZAÇÃO: Pastoreio, fenação e adubo verde.
PORTE E HÁBITO DE CRESCIMENTO: Bianual, ereto e arbustivo, 
ou semi-perene, porte de baixo (1,5m) a alto (2,5m). As folhas 
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 13
trifolioladas, folíolos lanceolados ou elípticos, 4 a 10 cm de 
comprimento e 3 cm de largura. 
As flores apresentam coloração amarela, as vagens são indeiscentes
(ñ se abre sozinha), coloração marrom, púrpuras ou verde salpicadas 
marrom, 8 cm comprimento e 1,4 cm de largura. 
Apresenta capacidade de fixação média de 170 kg de N/ha/ano, 
indicado para corte, banco proteína e consórcio com gramíneas.
MANEJO: A época de plantio é de outubro a janeiro, devendo evitar 
o plantio tardio para não comprometer a altura plantas.
A época plantio, a variedade, o tipo de solo e a finalidade da cultura 
definem a densidade, o espaçamento e profundidade de plantio. Em 
relação ao espaçamento recomenda-se 2 a 3m entre linha, sendo (6) 
seis sementes metro, com uma densidade, de 4,5 kg sementes ha. 
O Plantio mais espaçado pode ser utilizado, principalmente quando o 
objetivo é cortar plantas para fornecimento no cocho. O Plantio mais 
adensado é 1,5 m entre linhas, com uma densidade 8 a 10 kg 
semente/ha. Em relação tratos aos culturais, devem ser realizados no 
inicio de estabelecimento. A semeadura é feita em sulcos ou covas.
As sementes não apresentam problemas de dormência. O Guandu 
pertence a um grupo de leguminosas promíscuas, que nodoam com 
um grande número de estirpes de Rhizobium, nestes casos 
recomenda-se inocular com inoculantes comerciais, com estirpes de 
bactérias selecionadas para o guandu e mais eficazes na fixação de 
nitrogênio.
Conforme a variedade é anual ou perene vida curta, o caule lenhoso, 
a raiz pivotante penetra no solo. Apresenta numerosas raízes 
secundárias finas, com 30 cm superfície, nódulos com bactérias 
gênero Rhizobium, a FBN que cede à planta para formar aminoácidos 
e proteínas. 
As folhas trifolioladas, os folíolos lanceolados ou elípticos, 4 a 10 cm
comprimento e 3 cm largura. 
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 14
As flores racemos terminais 1,5 a 1,8cm de comprimento, cor 
amarela ou amarelo-alaranjado. As vagens indeiscentes, cor verde-
marrom ou púrpuras, ou verde salpicadas de marrom, forma oblonga, 
8 cm de comprimento e 1,4 cm de largura. 
As sementes, em número de (2-9) por vagem, tem forma 
arredondada, 4 a 8 mm diâmetro, cor verde ou púrpura quando 
imatura e madura, cor branca, amarela, castanho, a preto, ou cores 
claras salpicadas de marrom ou púrpura. As sementes são duras e 
quando secas o número de sementes por kg entre 1.150 a 3.630. 
Com um grande número de variedades, o guandu apresenta variação 
em porte, hábito crescimento, características sementes e respostas a 
foto-período. A maioria das variedades floresce em dias com onze a 
doze horas de comprimento. Algumas são insensíveis a comprimento 
do dia e florescem em qualquer época ano. 
RENDIMENTO: produz em média de 10 a 12 t/ha MS.
RESISTÊNCIA: apresenta tolerância à seca, a pragas e doenças.
MULTIPLICAÇÃO: é feita por sementes, 8 a 10 kg/ha.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: varia entre 11 a 13% PB no florescimento 
com coeficiente de 45 a 50% DIVMS.
CULTIVARES: Comum, IAC-comum, IAPAR-43-ARATÃ, Mandarim 
(EMBRAPA São Carlos, 2008).
DESTAQUES - CULTIVAR BRS MANDARIM:
Apresenta alta produtividade de forragem, alta retenção de folhas no 
inverno, sementes selecionadas para obtenção de linhagem pura, 
baixo teor de taninos.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 15
Figura 4: Feijão guandu cv. mandarim
LEUCENA
Leucaena leucocephala
NOME COMUM: Leucena.
ORIGEM: América Central.
EXIGÊNCIAS: Em solos bem drenados, não tolera solos ácidos.
UTILIZAÇÃO: Pastoreio, Fenação e como Farinha de Leucena.
PORTE E HÁBITO DE CRESCIMENTO: é Perene, arbustiva, ereta, 
atinge entre 5 a 15 m de altura, caule lenhoso, folhas bipinadas 15 a 
20 cm comprimento, apresenta 4 a 10 pares de pinas, cada uma 5 a 
20 pares de folíolos. Flores brancas e redondas com vagens do tipo 
deiscente.
MANEJO: O Plantio deve ser feito no inicio da estação das chuvas e a 
densidade para 1 ha pode variar em função do espaçamento adotado. 
O plantio manual ou mecânico de sementes distribuídas por sulco ou 
cova, a uma profundidade de 1,5cm. 
Os melhores resultados no estabelecimento e plantio da leucena 
ocorrem em outubro a novembro, quando plantada emjaneiro atrasa
o desenvolvimento das plantas. Antes do plantio recomenda-se 
realizar o teste germinação, e caso a germinação seja superior a 70% 
a recomendação é escarificar as sementes. 
PLANTIO: O plantio pode ser feito por mudas, sementes. As 
sementes podem permanecer de molho e água por 12 horas antes do 
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plantio. O espaçamento de 1,0m entre linhas e de 30 cm entre covas. 
Para utilização como banco de proteína espaçamento de 2m entre 
linhas e 1 m por cova sendo (3) sementes/cova.
Figura 5: Leucena, vagens e sementes.
ESCARIFICAÇÃO: A escarificação pode ser feita em água a (80ºC), 
por 2 m, e em seguida realiza a secagem das sementes e seu plantio
(finalidade da escarificação – quebra de dormência das sementes). A 
inoculação e escarificação antes do plantio. A peletização das 
sementes pode ser feita em caso de plantio em solos ácidos o que 
protege as bactérias.
Independente do preparo, manter sementes a sombra e semear o 
mais rápido possível.
Para obter plantas caules mais finos, deve-se aumentar a densidade 
de plantio e usar covas a cada 30 cm com espaçamento de 1,0m 
entre linhas e 3 sementes cova.
No plantio mecânico, deve ser colocado de 8 a 10 sementes por 
metro de sulco. 
O corte de plantas deve ser feito quando o objetivo é submeter às
plantas de leucena a pastejo direto, neste caso recomenda-se o 
espaçamento de 2 - 3 m entre linhas, com as covas distantes 1 m em 
linha e (3) sementes por cova. Neste caso a quantidade de semente, 
é 5 a 7 kg/ha. 
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O espaçamento maior pode ser usado (5 m entre linhas) a leucena é 
plantada em faixas em pastagens já formadas com gramíneas, visa 
utilizar o pastejo da gramínea e leguminosa. 
Para banco de proteína, o pastejo ocorre no período da seca, com 
espaçamento de 3 metros entre linhas o que facilita a movimentação 
de animais na área e ainda os tratos culturais. 
A utilização da leucena, por pastejo, requer um sistema racional uso. 
A leucena é semeada em áreas pastagens formadas com gramíneas 
onde animais ao realizar o pastejo, podem alimentar-se de gramíneas 
e leguminosas. 
Os consórcios de gramíneas com leucena são recomendados há 
muitos anos, mas, ainda carecem mais pesquisas no Brasil. Na 
atualidade existe pouca informação acerca do manejo de leguminosas 
arbustivas. Os capins do gênero Panicum e Brachiaria são adequados 
a este consórcio com leucena. 
A utilização como suplemento na produção de leite e de carne, e 
neste caso, deve-se dividir a área em quatro ou mais subáreas, para 
o pastejo em rotação com pastagem cultivada ou natural. A 
Propagação é mais fácil para semeio direto. 
Com o objetivo de evitar pragas nas plantas mais novas, a opção 
seria o transplante. Nesse caso, as sementes são plantadas em sacos 
plásticos, e, as plantas com 15 a 20 cm, são transplantadas para o 
campo. 
A leucena deve receber pastejo leve até que as plantas apresentem
boa estrutura. 
Ao ser inicialmente pastejada com altura média de 1.5m e 
novamente pastejada quando atingir 75 cm para promover as 
ramificações laterais da base, evitando o crescimento em altura.
No segundo ou terceiro ano as plantas devem estar adequadas ao 
pastejo normal que deve ser realizado em lotação rotacionada. 
Intervalos entre pastejos muito aumentados ou diminuídos conforme 
época, e desenvolvimento da planta.
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O pastejo é realizado na seca, é conveniente, e no inicio das chuvas, 
sugere-se o corte hastes deixadas p/animais. O corte é feito a 20 cm 
do solo para promover a rebrota. 
Para o calculo da área de leucena necessária a ser plantada deve-se 
estimar o rendimento de matéria seca/ha e o consumo de matéria 
seca animal/dia.
Fatores Limitantes: apresentam estabelecimento muito lento.
Leucena (Leucaena leucocephala)
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS: 
Exige p.p. superior a 600 mm, prefere solos mais férteis e profundos, 
é possível o cultivo em áreas com saturação de bases superior a 50% 
e no mínimo 5mg/dm³ P no solo.
Apresentam 27% PB nas folhas e 15% na fração útil da forragem 
(folhas, ramos finos e vagens). 
A capacidade de produção varia de 20 a 25 t/ MS/ha/ano forragem, 
com boa palatabilidade é tóxica para eqüinos e coelhos (princípio 
mimosina) pode ser tóxica para ruminantes, caso o consumo seja o 
único volumoso por períodos superiores a 120 dias.
PUERARIA JAVANICA ou PUERARIA PHASEOLOIDES
Nome comum: Puero, Kudzu tropical ou Pueraria
Exigências: apresenta melhor desenvolvimento cultivado em
baixada úmidas, não é exigente em fertilidade do solo, p.p superior a 
900 mm.
Origem: Ásia oriental, Índia.
Utilização: pode ser para pastejo e fenação, é mais bem aceita pelos 
animais do que a leguminosa centrosema.
Porte e hábito de crescimento: quando em cultivo exclusivo é 
rasteira, herbácea, estolonífera, quando associada se prende a outras 
(trepadeira). É perene, rasteira, trepadora, com folhas trifolioladas de
8 a 10 cm de comprimento e 8 a 12 cm de largura, com folíolo central 
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maior que os laterais, hastes flexíveis revestidas por pelos de 
coloração ferruginosa, que se enraízam em contato com solo. As 
flores são de cor amarelo-lilás e as vagens deiscentes compridas, 
medem em média 10cm.
Manejo: apresenta crescimento inicial lento, recomenda-se cortar a 
20 cm do solo.
Rendimento: pode alcançar entre 40-50t/ha. MV e produz de 180-
400 kg/sementes/ha./ano.
Resistência: apresenta boa tolerância pastejo, entretanto, menor do 
que a centrosema devido a sua alta aceitação, é tolerante a 
sombreamento e alagamento, não tolera geada.
Composição química: apresenta entre 16- 23% PB MS
Multiplicação: é feita por sementes, sendo 4-5 kg/ha em consórcio 
e 10-12 kg/ha. quando em cultivos exclusivos o espaçamento
recomendado é de 0,5 x 0,5m, as sementes produzidas em vagens 
deiscentes multiplica-se por coroa e por nós enraizados.
Figura 6: Sementes Kudzu Tropical Pueraria javanica P. Phaseoloides
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS: 
O Kudzu apresenta exigência exige mais que 1.200 mm de p.p anual,
é indicada para regiões quentes e úmidas, tolera bem o alagamento 
temporário. Não é muito exigente em fertilidade solo, pode ser 
cultivada em locais com índice de saturação bases superior a 30% e 
3mg/dm³ de P. O Kudzu produz entre 12 a 14 t/MS/ha. MS com 16%
a 18% PB e 54% DIVMS, bastante palatável. É sensível ao pastejo 
baixo e freqüente, indicado para consórcio Brachiarias, B.Brizantha.
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Desmodium uncinatum (Jacq) DC
Nome comum: Silver Leaf
Origem: No Brasil foi selecionado na Austrália e tem registro em 
1962, com ampla distribuição no México, Norte da Argentina e 
Uruguay.
Nome comum: cv. Silver Leaf
Manejo: apresenta estabelecimento lento, não muito bem aceita por 
animais, não deixar a gramínea abafar, floresce de abril a maio e isto 
permite maior quantidade de massa verde por maior período de
tempo, no Brasil é muito cultivado na Região Sul, apresenta muita 
importância na Austrália e África.
Rendimento: pode atingir de 15-30 t/ha./ano e produz em média de 
200-300 kg/ha./sementes.
Resistência: é uma planta suscetível a doenças viróticas como o 
little leaf e resiste bem a temperaturas mais baixas e a geadas leves.
Multiplicação: as sementes devem ser escarificadas inoculadas com 
uso do Rizobium (Grupo Desmodium) deve-se aproveitar e peletizar 
com fosfato natural ou calcareo, o espaçamento entre linhas 0,5x 0,5 
ou 1,0 x 1,0 m em linha ou a lanço.
Composição química: atinge teores de 15- 20% PB MS.
Consórcio: pode consorciar bem com capins Setária, Panicum e 
Rhodes.
Cultivares: as mais comuns são; a cv. comum e a cv. Silver leaf ou 
folha prateada
Desmodium discolor Vog
Nome comum: marmelada de cavalo
Exigências: não é muito exigente em umidade, e fertilidade solo, 
desenvolve bem em solos de Cerrado.
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Utilização: pode ser utilizada como forragem verde picado, feno e 
silagem, com boa aceitação e bom valor nutritivo VN e por isso pode 
substituir alfafa.
Porte e hábito de crescimento: pode atingir 2,5m é uma planta 
perene sub-arbustiva.
Manejo: o corte deve ser realizado a 10-15 cm do solo com plantas 
entre 0,5 -0,6 m na floração apresentando bom VN e bom coeficiente 
de DIVMS.
Rendimento: pode atingir em média 20 t/ha./ano MV
Resistência: não é tolerante a baixa temperatura, apresenta 
problemas com doença fungica e manchas ferruginosas.
Multiplicação: pode ser feita por sementes escarificadas e 
inoculadas com densidade de 3-5 kg/ha. em plantio exclusivo pode 
ser multiplicada por estacas.
Composição química: alcança teores de PB entre 15-17%PB MS
Desmodium asperum Desv.
Nome comum: amor de vaqueiro (CE) engorda magro
Utilização: mais recomendado para corte
Porte e hábito de crescimento: atinge altura média de 3 m, não 
sendo o ideal os cortes mais baixos com alto VN e DIVMS, espécie 
perene.
Manejo: corte com altura média de 0,6-0,7m antes da floração.
Multiplicação: por sementes com densidade de 7 kg/ha. espaçado 
de 0,4 a 0,5m entre linhas.
Composição química: atinge em média 23% PB MS.
Nome comum: Pega-pega, Barbadinho (RS).
Origem: América do Sul.
Exigências: é uma leguminosa que prefere solos úmidos.
Utilização: forragem verde picada e pastejo.
Porte e hábito de crescimento: atinge altura 1m, perene, haste 
longa, prostrada decumbente.
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Manejo: corte com 10-15 cm do solo, antes floração com as plantas 
de 0,4 - 0,6 m altura.
Rendimento: 15-20 t/ha./ano/MV 140 kg sementes/há.
Resistência: boa a temperaturas baixas, fogo e pisoteio, não tolera 
solos secos.
Multiplicação: sementes devem ser escarificadas e inoculadas, 
densidade de 8-10 kg/ha. em cultivo exclusivo com espaçamento de 
0,5 x 0,5 m entre linhas.
Composição química: 13% PB MS
Centrosema pubenscens Benth.
Nome comum: Jitirana, Centro, Jetirana.
Origem: América do Sul
Exigências: média exigência em fertilidade do solo, não tolera 
encharcamento, p.p. > 900 mm, baixa altitude.
Usos: pastejo e fenação
Porte e hábito de crescimento: perene, herbácea, volúvel 
(trepadora) pode enraizar nas hastes, altura 0,4m.
Manejo: para feno corte rente ao solo, consorcio evitar abafamento.
Rendimento: 30-40t/ha./ano MV e 150-450 kg/ha. sementes
Resistência: não resiste a geadas, sombra excesso umidade, tolera 
media seca e pastejo, boa rebrota.
Multiplicação: sementes escarificadas inoculadas escarificar com 
acido sulfúrico 15 m, água 80ºC 4 min, risóbio especifico, 2-5 kg/ha.
consórcio e 10-12 kg exclusivo 0,5 a 1,0 m entre linhas.
Composição química: a 18-27% PB
JAVA Macrotyloma axillare cv. Java
ORIGEM: cv. Java leguminosa ciclo perene Matsuda Sementes 
cruzamento (2) cvs. Macrotyloma axillare, 1999. Ambiente 
controlado, casa de vegetação, cvs. Archer e Guatá. (1º) cv. Austrália 
e (2º) cv comercial do I Z.
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Os indivíduos selecionados foram indivíduos superiores, e as plantas 
com melhores características, e dessa seleção, teve inicio a produção 
linhagens ou progênies puras dos genótipos, sendo o lançamento 
realizado em 2003.
EXIGÊNCIAS: apresenta requerimentos de p.p. superior a 900 mm, 
e solos com índice de saturação de bases superior a 40% e 5mg/dm³ 
P, é agressiva, tem palatabilidade de baixa à média, maior produção 
(300 a 500 kg/ha./ano) dissemina fácil as sementes, o que torna 
mais persistente, com facilidade de nodulação por bactérias nativas 
dos solos no Brasil.
PRODUÇÃO: produz entre 5 a 9 t/MS/ha./ano.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: apresenta teores de 18 - 23% PB MS.
UTILIZAÇÃO: é indicada a consorciação com gramíneas, do gênero 
Brachiaria.
PLANTIO: Sementes
MACROTYLOMA LABLAB
Nome comum: mangalô, cumandatia (Bahia).
Origem: África
Exigências: não muito em fertilidade solo > 500 mm
Usos: pastejo e fenação boa aceitabilidade.
Porte e hábito de crescimento: rasteira, herbácea, volúvel, anual 
nos trópicos.
Manejo: recomenda-se o corte a 20 cm do solo.
Rendimento: produz em média de 12-24 t/ha./ano MV e 670 kg 
sementes.
Resistência: apresenta resistência relativa à seca, é susceptível a 
bacterioses que causam desfolha em condição de alta umidade.
Multiplicação: as sementes devem ser inoculadas com inoculantes 
Cowpea 12-18 kg/ha. espaçadas de 0,9 a 1,20m entre linhas.
Composição química: atinge teores de 28% PB MS
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Medicago sativa
NOME COMUM: Alfafa
ORIGEM: Oriente Médio
EXIGÊNCIAS: é uma planta origem temperada, apresenta uma
enorme variação genética, com variedades e cultivares adaptadas aos
climas; temperado, subtropical e tropical. Extremamente exigente em 
fertilidade do solo, é a leguminosa mais adaptada a solos neutros ou 
alcalinos com (pH entre 6,5 a 7,5); entretanto pode desenvolver bem 
em solos moderadamente ácidos. Apresenta alto requerimento de
solos férteis, textura média, estruturada, profundos e permeáveis, 
com bom percentual de Matéria Orgânica. Pode ser cultivada desde 
200 a 3.000 m acima nível do mar; é mais adaptada entre 700 a 
2.800 m altitude. Apresenta alta exigência P. K. S. Mo. B. e Zn. 
Quando cortada com freqüência para produção feno.
UTILIZAÇÃO: Forragem verde, conservada (feno ou silagem), 
pastejo direto, concentrado, alimento humano, e adubo verde.
PORTE E HÁBITO DE CRESCIMENTO: Perene, herbácea, ereta, 
com sistema radicular profundo.
RESISTÊNCIA: Apresenta Boa a temperatura baixas e geadas. Após 
a fase de plântula ela resiste bem à seca desde que não seja muito 
prolongada. Não tolera solos pobres, ácidos, arenosos e mal 
drenados. Também é bastante atacada por pragas e doenças.
MULTIPLICAÇÃO: sementes escarificadas, inoculadas com 
Rhizobium, especifico sendo peletizadas com calcário e hiperfosfato, 
com semeadura com semeadora de forragens (Terence, Natal, 
Brillion) em linhas espaçadas 20 - 30 cm e 2 a 5 cm profundidade. A 
densidade média 15 a 25 kg/ha. sementes. Em consorciação a 
quantidade de sementes que se usa é de cerca de 5 kg/ha. O plantio 
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em março/abril e setembro na região sul e setembro/novembro no 
Brasil central. O solo deve ser muito bem preparado.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: chega a teores de 15 a 20% de PB na MS.
CULTIVARES: Crioula, Moapa. CUF-101, Florida -77
Desmodium intortum Mill
Nome Comum: Carrapicho beiço de boi, pega-pega, amor seco.
Desmodium canum o verdadeiro
Origem: Brasil Central – SP
Exigências: mais exigente em fertilidade do solo que a soja perene, 
tolera solos mais ácidos, p.p mais 900 mm/ano.
Usos: pastejo e fenação.
Porte e hábito crescimento: perene, decumbente, estolonífera.
Manejo: não deixar rebaixar excessivo. Para fenação o corte deve 
rente ao solo (5-10 cm). Em consórcio, deve se evitar abafamento 
gramínea, floresce nas águas e serve de alimento no período nas 
secas.
Rendimento: produz em média 15- 20 t/ha./ano
Resistência: comparado com siratro e asoja perene é mais do que 
em temperaturas baixas, é atacado por Rhizoctonia e vírus e provoca 
a queda de folhas.
Multiplicação: as sementes devem ser escarificadas e inoculadas 
com gasto de sementes de 2-6 kg/ha. em plantio exclusivo espaçado 
0,4 x 0,4m.
Variedade: Desmodium intortum cv. GREEN LEAF
Composição Química: 17-21% PB
Consórcio: com gramíneas de menor porte Gordura e Setária.
GLIRICIDIA sepium
No Brasil, a primeira descrição da Gliricidia sepium em 1974, nome 
popular "mata-ratos", descrito no quinto volume do Dicionário das 
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 26
Plantas Úteis do Brasil e das plantas Exóticas Cultivadas, por 
iniciativa do Dr. Manuel Pio Corrêa e editado em 1974. 
Pela adaptação e potencial de uso, a Gliricidia sepium é (1) 
alternativa, a pequenas propriedades rurais, espécie muito
importante como fonte de lenha e moirões, não produz impacto 
negativo em reservas florestais nos diferentes biomas brasileiros. 
Apresenta capacidade de produção 70 kg MV/planta/ano nos trópicos. 
Na Costa Rica, em poda de cerca viva, em 5 anos, para 20 árvores 12 
cm de diâmetro, com produção média 8,28 kg MS/árvore, com corte 
total de ramos cada 6 meses. 
Projeta-se produção média de 8.000 kg/ano/cada e 1.000 m cerca, 5 
anos de idade, espaçadas 2 m entre árvores. A suplementação 
nutricional de animais, com objetivo melhor índice produtividade. 
A Gliricidia na dieta de ruminantes pode ser um suplemento protéico 
para forrageiras tropicais, subprodutos e palhadas de baixa qualidade 
e tem sido enfatizado o uso. 
Não recomendada para monogástricos (eqüinos e ovinos), possui 
princípios potencialmente tóxicos a estes.
Tabela 1: Composição química da Gliricidia sepium.
Componente Intervalo Média
(% de MS)
Matéria seca (MS) 14,0 - 30,0 21,9
Proteína bruta 9,0 - 30,0 23
Fibra bruta 13,4 - 33,9 20,7
Extrato de éter 0,9 - 6,7 3,1
Cinzas 6,4 - 13,3 9,7
Extrato livre de N 37,6 - 55,7 42,8
Fibra com detergente 
ácido
23,2 - 34,2 28,7
Fibra com detergente 
neutro
37,6 - 55,7 42,8
Celulose 22,0 - 24,4 23,6
Lignina 7,7 - 12,7 10,8
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 27
Fonte: Adaptado e modificado de SMITH & VAN HOUTERT (1987). 
Albizia Lebbeck
A Albizia lebbeck (L.) Benta Fabaceae – Mimosoideae, é originária da 
Ásia Tropical, são árvores de regiões tropicais e subtropicais da Ásia, 
caducifólias, crescimento rápido, conhecida como “Siris” com mais de 
45 nomes comuns Índia.
No Brasil é popularmente conhecida no Brasil por coração-de-negro. 
É uma espécie aclimatada nesse país. As sementes dessa espécie são 
utilizadas no tratamento de diarréia, disenteria e hemorróidas.
Apresenta teores de Saponinas, alcalóides e cumarinas que foram 
detectados em folhas e sementes da planta; e flavonóides que foram 
também identificados nas folhas. 
Dormência: adaptação à sobrevivência de sementes em longo prazo, 
geralmente mantém-se viáveis por longo período, quebra apenas em 
situações especiais, pode dificultar a germinação dificulta a produção 
mudas via sexuada.
Figura 7: Albizia lebeck, vagens.
Os usos múltiplos na (flora apícola, detergente, carvão, papel, setor 
moveleiro, medicina, arborização urbana, curtume, sombrear 
plantações cafeeiras, adesivos, forrageira) e consórcios com culturas 
agrícolas, e se espalha nos trópicos devido ao amplo cultivo e 
adaptabilidade edafo-climáticas.
Forragicultura e Pastagens – IFMG Campus Bambuí – Notas de Aula 3 28
Fonte: Romeiro, 2009

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