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5o termo - Caderno da Prova de 7 pontos - Empresarial - Edson Freitas

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ECONÔMICO E EMPRESARIAL – PROVA 7
Bruno VENDRAMINI
RESUMO: 
5º Termo
Turma C
Professor: Edson Freitas
11 de março de 2014
Aula 06
AÇÃO CAMBIAL E NOTA PROMISSÓRIA
- peculiaridade com relação à impossibilidade de o devedor opor exceções pessoais com relação ao terceiro de boa-fé (credor no caso de ter circulado a cártula)
- forma executiva (ação de execução)
- caso o executado seja co-responsável do título somente se processa a execução com acompanhamento do instrumento de protesto
- perdida a força executiva, a cobrança poderá ser feita através de ação de conhecimento ou monitória (a letra servirá apenas como prova)
prescrição: (para a ação de execução) (para letra de câmbio e letra promissória, que vem da lei uniforme)
a) devedor principal e seu(s) avalista(s): 3 anos, contados do vencimento;
b) codevedores: 1 ano, contado do protesto (ou do vencimento, no caso de letra (cláusula) “sem despesas”);
c) para o direito de regresso contra codevedor, 6 meses, contados da data do pagamento ou do ajuizamento da execução.
- as causas de suspensão e interrupção da prescrição do Direito Civil aplicam-se às cambiais (não há nenhuma regra específica)
- nas ações “causais” (discutem a causa das obrigações e não o documento) nada se pode exigir do avalista: discutem a causa da dívida (“causa debendi”: causa do débito).
AÇÕES CAUSAIS NÃO TEM NADA VER COM TÍTULOS CAUSAIS (exe.: duplicata)
Depois de passada a prescrição, usa-se ação de conhecimento ou monitória.
Ação de conhecimento: será ação de cobrança, apenas contra o devedor principal.
Monitória: apenas contra o devedor principal: arts. 1102, A, B, C – CPC
CAPÍTULO XV
DA AÇÃO MONITÓRIA (Capítulo acrescentado pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995)
Art. 1.102.a - A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.(Incluído pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995)
Art. 1.102.b - Estando a petição inicial devidamente instruída, o Juiz deferirá de plano a expedição do mandado de pagamento ou de entrega da coisa no prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995)
Art. 1.102.c - No prazo previsto no artigo anterior, poderá o réu oferecer embargos, que suspenderão a eficácia do mandado inicial. Se os embargos não forem opostos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo e prosseguindo-se na forma prevista no Livro II, Título II, Capítulos II e IV. (Incluído pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995)
Art. 1.102-C. No prazo previsto no art. 1.102-B, poderá o réu oferecer embargos, que suspenderão a eficácia do mandado inicial. Se os embargos não forem opostos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo e prosseguindo-se na forma do Livro I, Título VIII, Capítulo X, desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Cumprindo o réu o mandado, ficará isento de custas e honorários advocatícios. (Incluído pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995)
§ 2o Os embargos independem de prévia segurança do juízo e serão processados nos próprios autos, pelo procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995)
§ 3o Rejeitados os embargos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial, intimando-se o devedor e prosseguindo-se na forma prevista no Livro II, Título II, Capítulos II e IV. (Incluído pela Lei nº 9.079, de 14.7.1995)
§ 3o Rejeitados os embargos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial, intimando-se o devedor e prosseguindo-se na forma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X, desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
Na monitória, se não houver resposta do réu, converte-se automaticamente em título executivo.
- a prescrição das ações causais segue as regras do Direito Civil
Prescrição: art. 206, § 5º, I, CC
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
Súmula 504 do STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.
NOTA PROMISSÓRIA
- promessa de pagamento
- subscritor (sacador, emitente, promitente - devedor) e sacado (credor)
Na nota promissória, só há o sacador e o sacado.
O sacador é o promitente, emitente, devedor principal.
Sacado é o tomador, credor,
Exercício com a nota promissória:
João está comprando um carro.
Valter está vendendo o carro.
Valor: R$30.000,00
Pgto => 11/abril/2014
1º endosso => P/ Maria
Avalista do endossante => Nair
(verso)
- possibilidade de circulação (crédito autônomo em relação à situação jurídica primária)
- requisitos fixados em lei (art. 75 e 76 da LU):
a) a expressão “nota promissória”;
b) promessa incondicional de pagamento;
c) nome do tomador;
d) data do saque (ou emissão);
e) assinatura do subscritor;
f) lugar do saque (ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor).
- convém constar a época (se faltar, considera-se à vista) e lugar do pagamento (se faltar, considera-se o local de emissão)
- impossibilidade de nota promissória (a exemplo da LC) emitida ao portador
24 de março de 2014
DIFERENÇAS ENTRE LETRA DE CÂMBIO E NOTA PROMISSÓRIA
1ª) não se aplicam à NP as regras incompatíveis com a promessa de pagamento (relacionadas ao aceite – recusa, cláusula “não-aceitável”, vencimento antecipado, etc.) – não existe aceite
2ª) equipara-se o subscritor da NP com o sacado da LC (regras quanto à prescrição, protesto facultativo, a falência do subscritor antecipa o vencimento da dívida)
3ª) o aval em branco é para o emitente (sacador); em ambos os casos.
4ª) há NP com vencimento “a certo termo da vista”, muito embora não exista o aceite (a partir do “visto” dado pelo subscritor, que deverá ocorrer até um ano após o saque – caso o subscritor não dê o visto, cabe protesto). – data do vencimento contada a partir do “visto”, conta de uma segunda assinatura do devedor.
EXERCÍCIO 1
Vila Lobos sacou nota promissória onde constou como sacado Olavo Bilac. Após endosso sem garantia feito cm favor de Raquel de Queiroz, Rui Barbosa avalizou em branco. Na sequência, houve endosso sem despesas em favor de Teixeira de Freitas, que, por sua vez, endossou para Anita Garibaldi. Houve aval de Pablo Picasso em favor de Rui Barbosa e de Wenceslau Braz em favor de Raquel de Queiroz. Por fim, Prudente de Moracs avalizou em branco e houve um endosso com cláusula não à ordem em favor de Artur Bernardes.
Pergunta-se:
l) Para quem o protesto por falta de pagamento é necessário e para quem é facultativo? Explique citando nominalmente cada um dos envolvidos na relação cambial;
Facultativa é para VL, RB, PM e RQ – o sacador, seus avalistas e quem deu cláusula sem despesas
Necessário para AG, TF, WB e PP.
2) Caso Rui Barbosa pague a cambial, contra quem poderá regressar? Explique citando nominalmente cada um dos envolvidos na relação cambial;
100% contra VL ou 50% contra VL e 50% contra PM.
3) E se Teixeira de Freitas pagar, contra quem poderá regressar? Explique citando nominalmente cada um dos envolvidos na relação cambial;
Depende, se não houve protesto no prazo, contra RQ, VL, RB e PM
Se houve protesto no prazo, contra RQ, WB, VL, RB, PM, PP.
4) Artur Bernardes tem como transferir o crédito representando pelo título? Explique.
No regime cambial não, mas pode transferir por cessão civil.
EXERCÍCIO 02
Analisando a nota promissória em anexo responda às seguintes questões:
a) Para quem o protesto por falta de pagamento é necessário e para quem é facultativo? Explique citando nominalmente cada um dos envolvidos na relação cambial;
Facultativo GA, DL, PC, CP.
Necessário RC, SP 
b) Quando ocorre a prescrição para a ação executiva com relação a Sílvio de Paula? E com relação a Ricardo Cunha? Explique.1 ano do protesto para ambos
c) Qual o prazo final para que o título seja apresentado em cartório para protesto de forma que vincule os co-obrigados? Explique.
2 dias úteis após o vencimento (olhar no calendário)
Vejam abaixo julgamento recente do STJ sobre nota promissória, abrangendo análise sobre requisitos da LU e dispositivos do CC/2002.
 
 
STJ
http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/imagens/bg_not_02.png
http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/imagens/bg_not_03.png
http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/imagens/bg_not_04.png
 
 
Ausência de requisitos formais não invalida nota promissória
 
Compartilhar
 	
http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/imagens/imprimir.png
http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/imagens/email.png
Nos casos em que não conste da nota promissória o lugar de emissão e pagamento, a solução deve ser dada em conformidade com o artigo 76 da Lei Uniforme de Genebra (LUG). A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar recurso em que o executado pedia a declaração de nulidade do título, pela ausência de requisitos essenciais à sua formação.
A nota promissória, no caso, foi resultado da outorga de escritura de compra e venda de um imóvel no valor de R$ 750 mil. O executado alegou que a nota não serviria de base à execução porque a ausência de requisitos essenciais, como o local de emissão e pagamento, somada a uma rasura no campo relativo ao vencimento, levava à sua nulidade.
A 1ª Vara Cível da Comarca de Paracatu e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) reconheceram que a nota não preenchia os requisitos essenciais exigidos pelos artigos 75 e 76 da Lei Uniforme de Genebra (Decreto 57.663/66). Contudo, consideraram que continuava exigível em razão do disposto no artigo 889, parágrafo 2º, do novo Código Civil.
O artigo 889 considera como lugar de emissão e de pagamento, quando não indicados no título, o domicílio do emitente. Mas, segundo o relator no STJ, ministro Luis Felipe Salomão, o artigo não regulamenta a matéria, porque o Código Civil de 2002, no artigo 903, menciona que devem ser observadas as normas especiais relativas a títulos de crédito quando faltar algum desses elementos. A norma, no caso, é a Lei Uniforme de Genebra.
O artigo 76 do Decreto 57.663 dispõe que permanece tendo o efeito de nota promissória a cártula em que não se indique a época e o lugar de pagamento. A nota que não indique a época do pagamento será pagável à vista. Aquela em que falte a indicação do lugar onde foi passada, será pagável no lugar da emissão, que, no caso, presume-se ser o lugar do domicílio do subscritor do título.
REsp 1352704
31 de março de 2014
1 CHEQUE
Lei n 7357/85 (Lei do Cheque)
Prazo de apresentação
- 30 dias, mesma praça => local de emissão = ag. pagadora
- 60 dias, praças diferentes => local de emissão ≠ ag. pagadora
Praça de pagamento (ag. pagadora) é a localidade que vem embaixo do lado esquerdo
O protesto do cheque não tem o efeito de vinculação dos coobrigados.
O efeito de vinculação vem com a apresentação dentro do prazo.
Prazo prescricional: 30 ou 60 dias + 6 meses
	Data de emissão
	Prazo de apresentação
	Ação executiva (prescrição) = 6 meses
	31/03/2014
	Mesma praça
30/04/2014
	30/10/2014
	31/03/2014
	30/05/2014
	30/11/2014
Exercício:
Emissão: 30/03/2013
Apresentação banco: 03/04/2013
Devolvido s/ fundo: 05/05/2013 – esta data não tem importância
Mesma praça
Emitente, 2 endossantes e um avalista em branco.
R: prazo de apresentação será 29 de abril de 2013
Prescrição para ação executiva será 29/10/2013
A apresentação foi no prazo
Se o prazo de apresentação der em feriado ou fim de semana, prorrogasse-se ao próximo dia útil, não interferindo em nada no prazo prescricional para ação executiva.
Prazo prescricional não se prorroga.
Cheque a prazo:
Pós-datado = data de emissão futura no cheque (data combinada para apresentação)
Pré-datado = data de emissão atual “marcado” para ser depositado em data futura
Pós-datado depositado antes do prazo: conta-se o prazo da devolução do cheque, para não favorecer quem cometeu ilícito. 
1ª corrente: 01/05/2014 (prazo de apresentação)+ 6 meses: 01/11/2014
2ª corrente: apenas 6 meses: 01/10/2014
Na prova, responder qualquer uma com argumentos.
1 de abril de 2014
Aula 07
CHEQUE.
CONCEITO E REQUISITOS.
- ordem de pagamento à vista contra um banco, em razão de provisão de fundo do emitente
- há autores que o definem como título de crédito impróprio
- é título de crédito de modelo vinculado (emissão em talão fornecido pelo banco)
- requisitos essenciais do cheque (normalmente não há dúvidas quanto à eficácia do documento “cheque) estão previstos nos artigos 1º e 2º da Lei n. 7.357/85, a chamada Lei do Cheque (LC)
- o primeiro requisito (existência da palavra CHEQUE) é a chamada cláusula cambial (manifestação de vontade do emitente de se obrigar por um título que segue as regras cambiais)
- o valor da ordem de pagamento deve constar em algarismos e por extenso, prevalecendo o segundo em caso de dúvida (não se pode incluir juros)
- deve constar o nome do banco (é comum constar o nome da agência)
- a data do saque deve ser expressa, por dia, mês e ano (quanto ao mês é conveniente que seja por extenso, até por segurança – Decreto n. 22.393/33, cuja vigência discute-se na doutrina e na jurisprudência)
- lugar do saque – onde se encontra o sacador (emitente) no momento do preenchimento (importante para o prazo de apresentação do cheque para cobrança – 30 ou 60 dias, conforme seja ou não da praça) – se não preencher não invalida o cheque.
- assinatura do emitente (mecânica ou por processo equivalente - o sacado deve estar identificado no cheque com nome, CPF e RG)
- acima de R$ 100,00 o tomador deve ser identificado (Lei n. 9.069/95) – tem que ser nominativo. Nome do tomador não é requisito. Cheque abaixo de 100 reais pode fazer ao portador.
- lugar do pagamento ou local ao lado do nome do sacado (caso não exista, considera-se pagável no lugar da emissão)
CIRCULAÇÃO.
- implícita a cláusula “à ordem” (transferência por endosso) – pode endossar o cheque. Pode endossar quantas vezes for necessário. Pode riscar o à ordem, bem como escrever, emitido não à ordem.
- responsabilidade do endossante – do mesmo jeito, o endossante fica responsável pelo cheque.
Cláusula sem despesa não faz sentido no cheque.
- possibilidade de cláusula “sem garantia” e de endosso-mandato
- possibilidade de cláusula “não à ordem” (transferência apenas por cessão civil)
- cláusula “não à ordem” não é cláusula “não transmissível” (o Brasil fez reserva quanto a este instituto – como não há legislação interna até hoje, não se admite no Brasil o cheque “não transmissível”)
Cheque não transmissível: não é possível nem por cessão civil, não existe isso no Brasil.
- a legislação tributária vedava o número de endossos do cheque, em razão da CPMF; extinta a CPMF não há mais essa limitação. (só podia fazer um endosso)
MODALIDADES.
a) visado: “vistado”: vai ao banco, entrega o cheque para o gerente, ele e o tesoureiro vista o cheque, coloca o dinheiro em uma conta separada, para garantir o recebimento daquele cheque. É o cheque que com certeza será recebido. Pode voltar se, passado o prazo de apresentação, o banco coloca o dinheiro novamente na conta normal, tira da conta que foi aberta para aquele cheque.
b) administrativo: o banco emite um cheque contra ele mesmo. Banco é sacador e sacado ao mesmo tempo. O banco acaba tendo preferencia por este cheque ao invés do visado, pois é mais difícil de falsificar.
c) cruzado: tem que depositar na conta, não pode descontar na boca do caixa. Duas linhas transversais e paralelas. Tem que ser pago via serviço de compensação bancária. Cruza o cheque para a pessoa se identificar. Hoje a pessoa tem de se identificar Só tem sentido hoje para cheques com menos de 100 reais. Se o favorecidotiver conta na mesma agencia do emitente, pode sacar o cheque.
d) para se levar em conta – cruzamento em preto. No meio do cruzamento “para depósito somente na conta do favorecido”.
PRAZO DE APRESENTAÇÃO.
- mesma praça: 30 dias
- praças diferentes: 60 dias
- a inobservância do prazo desobriga os co-devedores
7 de abril de 2014
Exercício 01
Com relação a um cheque, observe as informações abaixo:
- local da agência pagadora: Presidente Prudente/SP.
- emitido em Porto Velho/RO, mas com local de emissão preenchido como Presidente Prudente/SP;
- data de emissão: 16/01/2014;
- data de apresentação ao banco: 17/02/2014;
- protestado em 24/02/2014;
- sacador: João;
- tomador e endossante: Carlos;
- avalistas em branco: Sérgio e Márcio;
- avalista do endossante: Renato.
Pergunta-se: quais das pessoas envolvidas poderão ser réus das ações cambiais e até quando poderão ser propostas estas ações? 
16/01/2014 + 30 dias: 15/02/2014 (sábado): prescrição será 15/08/2014
Como ele apresentou na segunda-feira, o cheque foi apresentado ao banco no prazo, “todos” poderão ser cobrados: o sacador (João) e seus avalistas (Sérgio e Márcio), o endossante Carlos e seu avalista Renato.
Exercício 02
Considere os mesmos dados acima, alterando-se somente o seguinte:
- preenchido o local de emissão como Porto Velho/RO;
- apresentado ao banco em 18/02/2014;
- cheque não protestado.
Data limite para apresentação ao banco: 17/03/2014
Prescrição: 17/09/2014
Responda:
a)	quando ocorrerá a prescrição para a ação de enriquecimento ilícito?
Prescrição + 2 anos: 17/09/2016
b)	contra quem poderá essa ação ser ajuizada? (explique)
Como o cheque foi apresentado no prazo, “todos” poderão ser cobrados: o sacador (João) e seus avalistas (Sérgio e Márcio), o endossante Carlos e seu avalista Renato.
Exercício 03
Quando prescreve a ação de enriquecimento indevido de um cheque de mesma praça emitido em 03/02/2013 e pós-datado para 30/11/2013, sabendo-se que foi devolvido por falta de fundos em 05/03/2014? Explique.
Prazo p/ apresentação: 30/12/2013
Prescrição: 30/06/2014
Enriquecimento ilícito: 30/06/2016
Exercício 04
Responda à mesma questão do exercício nº 03 supondo que o cheque tenha sido pós-datado para 30/11/2014.
Combinou p/ depositar em novembro, mas depositou em março, portanto, conta-se da data da devolução do cheque.
1ª corrente:
“Emissão”: 05/03/2014
Prazo apresentação: 04/04/2014
Prescrição: 04/10/2014
Enriquecimento ilícito: 04/10/2016
2ª corrente: 
“Emissão”: 05/03/2014
Prazo p/ apresentação – não contam os 30 dias: 05/03/2014
Ação executiva: 05/09/2014
Enriquecimento ilícito: 05/09/2016
SUSTAÇÃO DE CHEQUE.
Sustar é suspender a ordem de pagamento.
Sustação propriamente dita (motivo 21): ele usa o cheque, dá a ordem, assina, e depois suspende a ordem de pagamento. A sustação infundada de cheque tem o mesmo efeito de cheque sem fundo.
–	duas hipóteses: (da sustação propriamente dita, motivo 21):
a) revogação – ou contra-ordem: somente no prazo de apresentação/somente pelo emitente.
b) oposição – relevante razão de direito (desacordo comercial, etc.): a qualquer tempo/pelo emitente ou portador legítimo.
Observação: atualmente os cheques devolvidos por sustação decorrente de atividade criminosa (furto, roubo, etc.) recebem o motivo de devolução (“alínea”) 28 ou 30
- os motivos de devolução abaixo fazem com que o cheque mantenha as suas características cambiais: Só nesses motivos o cheque continua valendo como cheque.
a) motivo 11 – primeira devolução sem fundos;
b) motivo 12 – segunda devolução sem fundos: inscrição CCF, consequentemente SERASA, SPC, ETC.
Impede fornecimento de novos cheques.
c) motivo 13 – conta encerrada;
d) motivo 14 – prática espúria; (definição abaixo).
e) motivo 21 – sustação propriamente dita.
- definição de prática espúria:
"Quando um cheque é apresentado para pagamento, mesmo que não tenha saldo suficiente, pode ser pago pelo banco. Esta facilidade é oferecida pelos bancos que assumem o “Compromisso de Pronto Acolhimento”. Através deste compromisso o banco se compromete a não devolver os cheques de valor até o estabelecido em dispositivo específico. Mas, para evitar que este benefício seja utilizado indevidamente pelo cliente, que pode tentar descontar vários cheques sem a provisão de fundos, o banco pode devolver o cheque pelo motivo 14. O termo “espúria” quer dizer ilegítima, ilegal. É isso que provoca a devolução pelo motivo 14: uma prática ilegítima."
http://doletas.blogspot.com.br/2008/08/prtica-espria.html
Para ver todos os motivos de devolução de cheques: http://www.bcb.gov.br/?CHEQUEDEV`
http://jus.com.br/revista/texto/10438/prescricao-do-cheque
http://jus.com.br/revista/texto/12654/cobranca-de-cheques-prescritos
–	não cabe ao banco analisar a razão da sustação
–	a infundada sustação de cheque tem os mesmos efeitos da emissão de cheques sem fundos (crime)
–	a cobrança de tarifas pelo banco sacado é lícita, mas não o é o pedido de prova do ato de desapossamento (BO)
–	a contra-ordem somente pode ser feita após o prazo de apresentação do cheque
–	a revogação é ato exclusivo do emitente e a oposição pode ser feita por qualquer portador legitimado (endossatário, por exemplo)
Aula 08
CHEQUE (CONTINUAÇÃO).
REPRESSÃO À EMISSÃO DE CHEQUES SEM FUNDOS.
- no Brasil, constitui crime a emissão de cheques sem fundos – art. 171, § 2º, VI, Código Penal (diferentemente de outros sistemas, como o francês, que prevêem apenas sanções administrativas)
–	exceções à tipificação penal:
a) quando o emitente age com culpa (ex.: por descuido no controle do saldo);
b) pagamento do cheque até antes do oferecimento da denúncia (Súmula n. 554/STF);
c) cheques pós-datados (inexistência de fraude – Súmula n. 246/STF);
d) se não há prejuízo patrimonial ao credor, ou seja, quando o credor ainda permanece com o crédito legitimado por outro documento (v.g., contrato de locação, duplicata).
–	âmbito administrativo:
a) inscrição no CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos), no caso de dupla devolução do mesmo cheque – impossibilita a movimentação de qualquer conta-corrente em qualquer banco, salvo recebimento de salários com movimentação através de cheques avulsos;
b) pagamento de taxa do Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis (incorretamente chamada de “multa”), cobrada tanto do emitente como do depositante do cheque
8 de abril de 2014
AÇÕES CAMBIAIS RELACIONADAS AOS CHEQUES:
- a exemplo das ações referentes aos demais títulos de crédito, as ações cambiais referentes a cheques não permitem a discussão da causa debendi ou exceções pessoais pelo devedor ao terceiro de boa-fé.
- são duas as ações possíveis:
a) ação de execução;
b) ação de enriquecimento indevido. (art. 61, CC) – aplicam-se todas as regras do regime cambial, só não é titulo executivo.
–	a ação executiva prescreve em 06 (seis) meses, contados da data do término do prazo para apresentação (é irrelevante a data em que o cheque é apresentado ou devolvido)
–	a única exceção é com relação ao cheque pós-datado depositado antes da data marcada (conta-se o prazo prescricional da primeira data de apresentação do cheque)
–	para fins cambiais, contam-se os dias pelos dias, e não por meses (p. ex.: o prazo de prescrição não é de 7 meses para a mesma praça e 8 para praças diferentes, mas sim de 30 dias + 6 meses ou 60 dias + 6 meses)
–	a ação de enriquecimento indevido é espécie de ação de conhecimento contra o emitente, endossantes e avalistas, após o período de prescrição do cheque como título executivo (até o prazo de dois anos). 
O cheque já está prescrito. É pelo rito ordinário, será uma ação de conhecimento em que o título executivo será a sentença.
Se for para entrar com a ação somente contra o devedor principal, é melhor entrar com a ação monitória.
–	é ação cambial; portanto, não cabe discussão da causa debendi ou oposição de exceções pessoais ao terceiro de boa-fé
–	após o prazo dasações cambiais (6 meses para a execução e dois anos – após a prescrição – para a ação de enriquecimento ilícito) ainda é possível o ajuizamento de ações causais (eximindo-se, entretanto, aquelas pessoas que não têm qualquer relação extracambial)
Apresento abaixo alguns esclarecimentos sobre cheque (dúvidas que podem ocorrer quando do estudo da Lei do Cheque - Lei nº 7.357/85).
Iria questionar esses pontos no trabalho opcional a ser feito, mas achei que iria trazer dificuldades para a pesquisa a ser feita isoladamente pelos alunos.
1. Protesto do cheque
- afirmamos em sala de aula que o protesto do cheque não tem relevância para determinar os coobrigados do título (o que vale é a data da apresentação);
- entretanto, o protesto está previsto na Lei do Cheque, inclusive a cláusula sem despesas (v. art. 50 da Lei do Cheque);
- ocorre que, nos termos da lei, a declaração escrita pelo sacado ou pela declaração da câmara de compensação equivale ao protesto; ou seja, a comprovação de devolução do cheque tem os mesmos efeitos do protesto; e não faz sentido, na prática, que determinado credor apresente o cheque para protesto sem que tenha tentado, antes, efetuar a cobrança do mesmo via sistema bancário;
- assim, embora seja perfeitamente possível e previsto em lei o protesto para vincular coobrigados, esta norma está em desuso;
2. Endosso feito após o protesto (ou equivalente: prova da devolução)
- o art. 27 da Lei do Cheque expressamente determina que o endosso feito após o protesto (ou prova da devolução do cheque) equipara-se à cessão civil, mas a presunção é de que foi feito antes (ou seja, para ser considerado póstumo, tem que haver a prova de que foi feito após o protesto ou prova da devolução);
3. Possibilidade de não pagamento pelo banco caso tenha havido fundos durante o prazo de apresentação e não tenha havido responsabilidade do emitente pela não existência;
- art. 47, § 3º, da Lei do Cheque, prevê expressamente que “O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa de pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o emitente, se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja imputável”
- ou seja, o devedor pode se desobrigar do pagamento do cheque caso tenha mantido fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e, posteriormente, por fato não imputável a ele (emitente), não os tenha mais; entretanto, essa condição depende de prova de que não deu causa à inexistência de fundos;
Veja o julgado abaixo, sobre o assunto:
"CHEQUE - PRESCRIÇÃO - CONTAGEM DO PRAZO - EXCEÇÃO DO ART. 47, § 3º DA LEI DO CHEQUE - QUESTÃO QUE EXIGE PROVA.
I - O prazo de prescrição da ação para cobrança do cheque é de seis meses, contados da expiração do prazo de apresentação e não da data de sua emissão.
II - Eventual ocorrência da exceção prevista no § 3º do art. 47 do CPC, exige dilação probatória. Não se pode afirmar sua ocorrência, apenas porque o cheque foi cobrado ao sacado, após o prazo de apresentação.
III - Afastada a prescrição da ação cambiária, reconhecida de ofício em segundo grau de jurisdição, mister o retorno dos autos à instância de origem para que o Tribunal aprecie a apelação da parte, sob pena de supressão de instância.
IV - Recurso conhecido e provido." (STJ – 3ª Turma, Recurso Especial 182639/MS, Rel. Min. Waldemar Zveiter, j. 18/10/1999, DJU 29/11/1999, pág: 160 – grifou-se)
Aula 09
DUPLICATA.
- duas: a) mercantil; b) prestação de serviços
- título de crédito criado no direito brasileiro, para controle de incidência tributária
- Lei n. 5.474/68 – a partir daí, após forte popularização, passou a ter finalidade exclusivamente comercial
- fator diferenciador: aceite obrigatório
- comporta execução mesmo sem assinatura do devedor
- causalidade: o título está vinculado a negócio mercantil ou a prestação de serviços (não cabe, v.g., com relação a operações financeiras ou outras do Direito Civil, tais como locação, etc.)
- o vendedor não pode emitir qualquer outro documento substitutivo à duplicata (proibição somente com relação à LC, pois a NP e o cheque são emitidos pelo comprador)
- não é obrigatória a emissão da duplicata pelo vendedor
- Livro de Registro de Duplicatas – obrigatório (crime falimentar a não escrituração)
- tipificação criminal: atualmente é crime emitir duplicata em desacordo com a mercadoria – art. 172 do Código Penal, alterado em 1990 (não mais a emissão de duplicata sem causa)
DUPLICATA MERCANTIL (ACEITE).
- emissão, após a venda, da fatura ou da nota fiscal-fatura (discriminando as mercadorias, quantidade, preço unitário e total)
- duplicata mercantil: padrão estabelecido pelo CMN, observando aos seguintes requisitos:
1) a expressão “duplicata”;
2) a cláusula à ordem;
3) data de emissão (igual à da fatura);
4) os números da fatura e da duplicata;
5) data de vencimento ou cláusula à vista (não existe a certo termo);
6) nome e domicílio do sacador (vendedor);
7) nome, domicílio e CPF do comprador (sacado);
8) valor, em algarismos e por extenso;
9) local de pagamento; 
10) declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado; 
11) assinatura do sacador.
- a duplicata deve ser enviada ao sacado até 30 dias após a data de emissão, que deve aceitá-la e fazer a devolução em 10 dias (ou devolução motivada)
- recusa de aceite (únicos motivos previstos na lei): 
1) avaria ou não recebimento das mercadorias (quando transportadas pelo vendedor);
2) vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou quantidade;
3) divergência nos prazos ou preços.
- não é necessária a assinatura do devedor para o aceite, pois ele pode ser:
ordinário: assinatura do devedor no canto inferior esquerdo (padrão CMN, para meios não magnéticos); constitui-se em título executivo extrajudicial, com todas as características cambiais;
por presunção: recebimento das mercadorias, inexistente a recusa formal (é a mais comum, principalmente em razão da utilização do meio magnético);
por comunicação: feita em suporte papel (carta, telegrama ou fax, vedado o e-mail; o documento de comunicação substitui a duplicata para efeito de protesto e execução
Aula 10
DUPLICATA (CONTINUAÇÃO).
DUPLICATA MERCANTIL (PROTESTO).
- com efeitos iguais, a duplicata poderá ser protestada por:
falta de aceite: duplicata enviada ao cartório, antes do vencimento, sem assinatura do devedor;
por falta de devolução: envio ao cartório, também antes do vencimento, da triplicata ou indicações (boleto bancário);
por falta de pagamento: após o vencimento, envio da triplicata ou indicações.
- o lugar do protesto é o do pagamento
- prazo: até 30 dias após o vencimento da duplicata, sob pena de desvinculação dos co-devedores e seus avalistas
- para o aceite presumido, o protesto é sempre obrigatório
protesto por indicação: boleto bancário emitido em acordo com os dados do Livro de Registro de Duplicatas
- emissão do Instrumento de Protesto por Indicação, sem a necessidade da emissão da duplicata (despapelização)
- Triplicata
- a lei prevê a sua emissão em caso de perda ou extravio
- entretanto, pode ser emitida desde que não configure abuso de direito (para protesto, por exemplo)
DUPLICATA MERCANTIL (EXECUÇÃO).
- a duplicata é título executivo extrajudicial (CPC, art. 585, I)
- se o aceite é ordinário, basta a apresentação do título
- se o aceite é presumido: duplicata (ou triplicata) protestada ou instrumento de protesto por indicação, acompanhada do comprovante de entrega da mercadoria
- na execução contra o avalista do sacado, basta a apresentação do título (duplicata ou triplicata), dispensável o protesto
- na execução contra o endossante e respectivo avalista é necessário o instrumento de protesto feito até 30 dias do vencimento
- prescrição: 
1) sacado e avalista: 03 anos, a contar do vencimento;
2)endossantes e avalistas: 01 ano, contado do protesto;
3)regresso: 01 ano, a contar do pagamento.
- juros: contados a partir do protesto (Lei n. 9.492/97)
- correção monetária: da data do vencimento (Lei 6.899/81)
DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
- prestação de serviços: emissão de duplicata ou conta de serviços. As regras do regime cambial são as mesmas. Não é utilizada, hoje é muito melhor usar o cheque.
- emissão por sociedade empresária ou pessoa física que preste serviço ao mercado (hipótese raríssima)
- a conta de serviços é emitida por profissionais liberais e prestador de serviços eventual, obrigatoriamente registrada no Cartório de Títulos e Documentos, constituindo-se em título executivo (substituída, atualmente, entretanto, pelo cheque)
- sistemática igual à da duplicata mercantil (o comprovante será, entretanto, de prestação de serviços e o protesto será condicionada à comprovação de vínculo contratual)
- necessidade do Livro de Registro de Duplicatas
É possível fazer desconto de duplicatas.
EXERCÍCIO COM DUPLICATA.
SOBRE DUPLICATA, RESPONDA ÀS SEGUINTES QUESTÕES:
1. - Suponha que a empresa “A” efetuou venda de uma mercadoria para a empresa “B”, em 03/04/2014, pelo valor de R$ 36.000,00. A venda foi feita através de telefone e combinou-se o pagamento da mercadoria em 28/42/56 dias, em parcelas iguais. A empresa recebeu a mercadoria e assinou o canhoto da nota fiscal, confirmando o recebimento. A nota fiscal não era da modalidade nota fiscal-fatura.
Pergunta-se:
1.1. – Que providências deve tomar, na sequência, a empresa “A”, se pretender obter aceite ordinário nas duplicatas?
Os números são múltiplos de 7, para cair no mesmo dia da semana.
A primeira coisa a ser feita é emitir a nota fiscal fatura.
1.2. – A empresa poderá recusar-se a dar o aceite? Explique.
Não, pois ele foi entregue, e já assinou o canhoto.
1.3. – Poderia a empresa “A” promover a cobrança das duplicatas sem emiti-las? Como? Quais as providências que deveria tomar nesse caso?
1.4. – Procedendo na forma descrita no item “1.3.” como poderia fazer para o desconto das duplicatas?
1.5. – Ainda com relação ao item “1.3.”, como será feito o protesto caso a empresa “B” não pague as duplicatas no vencimento? Quem apresentará o título em cartório? 
2. - Aponte, com relação às situações abaixo, se o protesto da duplicata por falta de pagamento é necessário ou facultativo, justificando a sua resposta:
a) aceite ordinário, com avalista do sacado;
b) aceite ordinário, sem avalistas ou endossantes, sendo a duplicata descontada em instituição financeira;
c) duplicata protestada por falta de aceite, sem endossantes ou avalistas;
d) aceite ordinário, com avalista do sacado, endossante e avalista do endossante;
e) duplicata protestada por falta de devolução, com endosso;
f) aceite por presunção, para ajuizamento de execução;
g) aceite por presunção, tendo a duplicata sido descontada perante instituição financeira.
3. – Quando prescreve para o endossante uma duplicata com vencimento em 15 de abril de 2.014 e protestada em 30 de abril de 2.014? Justifique.
Aula 11
CAMBIAIS E O CC/2002
O Código Civil de 2002 trouxe muitas previsões atinentes aos “títulos de crédito” (arts. 887 a 926).
Entretanto, o art. 903 expressamente determina que “Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código”.
Portanto, as regras do CC/2002 somente têm aplicação a títulos de crédito não disciplinados por lei especial. Como a Lei Uniforme (Decreto nº 57.663/66), a Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85) e a Lei da Duplicata (Lei nº 5.474/68) são leis especiais, não se aplicam as regras do CC/2002 às cambiais propriamente ditas (letra de câmbio, nota promissória, cheque e duplicata) que continuam sendo regidas pelas leis especiais.
Além disso, o CC/2002 trata de “TÍTULOS DE CRÉDITO” no Título VIII, tratando, de forma genérica, inclusive de títulos de crédito impróprios (portanto, para estudo das cambiais propriamente ditas, não há que se falar em aplicação do CC/2002).
Todavia, por cautela e insegurança quanto à interpretação que será dada pelo Poder Judiciário aos casos in concreto, muitos negócios têm sido feitos (principalmente pelos bancos) com observância das regras constantes no CC/2002, como se fossem aplicáveis às cambiais propriamente ditas. É o que vem acontecendo com a exigência de outorga marital para o aval (ver abaixo).
Principais disposições contidas no CC/2002 acerca dos Títulos de Crédito
- o art. 897 prevê o aval (já previsto na LU) e proíbe o aval parcial (§ único) → a LU permite o aval parcial (art. 30);
- o art. 900 prevê que o aval dado após o vencimento tem a mesma eficácia que aquele dado antes do vencimento; não há essa previsão na LU, mas esse entendimento é uma conseqüência lógica da própria sistemática do regime cambial;
- os artigos 904 a 909 tratam do título “ao portador”, prevendo no art. 907 que é nulo o título ao portador não previsto em lei especial; tal fato constitui, inclusive, crime (art. 292, Código Penal) porque um título dessa ordem pode passar a substituir a moeda circulante; há previsões legais de possibilidade de substituição de título dilacerado, mas identificável (art. 908), e de possibilidade de o credor obter outro título judicialmente em caso de perda ou desapossamento indevido, ressalvando-se o devedor quanto ao pagamento feito de boa-fé (art. 909 e § único);
obs.: ao tratar de títulos “ao portador” o CC/2002 refere-se àqueles que pela natureza são emitidos dessa forma (não nominativos e não à ordem, pois se transferem pela simples tradição); é o caso de diversos títulos públicos, que são, na verdade, títulos de crédito impróprios ; quanto ao cheque, cuja natureza pode ser ao portador, a emissão é hoje bastante restrita, tendo em vista a proibição contida na Lei nº 9.069/95, art. 69, que veda a emissão de cheques ao portador de quantia superior a R$ 100,00;
- o art. 914 a maior discrepância entre a LU e o CC/2002, ao determinar que, “ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título”; trata-se justamente do inverso daquilo que está previsto para o regime cambial, pois, neste, o endossante somente não tem responsabilidade sobre o título se inserir cláusula expressa “sem garantia”;
- o arts. 920 prevê que o endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado; trata-se do chamado “endosso póstumo”; a LU prevê a mesma coisa (art. 20), mas ressalta que, caso o endosso tenha sido posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos; e acrescenta que, salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto;
- os arts. 921 a 926 tratam dos títulos nominativos, considerados como tais (art. 921) aqueles emitidos em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente; 
obs.: note-se que essa classificação é diferente daquela ofertada pelos autores quanto a títulos nominativos, pois na classificação da doutrina nominativos são apenas aqueles títulos onde há a identificação do beneficiário, mas que podem ser transferidos através do endosso; há apenas títulos impróprios com essas características, tais como, por exemplo, ações nominativas; não têm relevância para o regime cambial, assim, as regras sobre os títulos nominativos previstas no CC/2002;
- art. 1647 prevê que nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta, prestar fiança ou aval (inciso III); ou seja, o CC/2002 prevê que a outorga marital é necessária para o aval; tal determinação, se aplicada ao regime cambial o desnatura por completo, pois elimina a sua principal característica, que é a facilidade de negociação e de circulação do título;
(anotações)Ao contrário da lei uniforme, o endossante não se torna coobrigado ao pagamento do crédito, salvo cláusula expressa. Na lei uniforme, escreve sem garantia para ele não se tornar coobrigado. Para as cambiais do CC, para se tornar coobrigado, tem que escrever com garantia.
O CC prevê endosso póstumo da mesma forma que a lei uniforme; no entanto, somente a lei uniforme prevê que esse endosso, uma vez efetuado após o protesto ou após expirado o prazo para este, terá efeito de cessão civil.
O que o CC chama de títulos nominativos é diferente daquilo que a lei uniforme chama.
O art. 1647 inciso III do CC diz que, salvo no regime de separação absoluta, exige-se outorga conjugal (avênia conjugal, avênia marital, aceitação do cônjuge ou outorga oxória).
Na hipótese de aval e fiança
Observação:
a) alguns dispositivos do CC/2002 apenas reforçam a aplicação de regras e princípios já previstos para as cambiais propriamente ditas:
- arts. 887 e 888, quanto aos princípios da literalidade e do formalismo, que é descrito por alguns autores como princípio do regime cambial;
- o art. 890 reforça a impossibilidade de inserir cláusula de juros nas cambiais (o valor deve sempre ser determinado), de impedir o endosso (livre circulação e transmissibilidade das cambiais), de se desobrigar pelo pagamento do próprio crédito ou de seus acessórios, de inserir cláusula que dispense as formalidades previstas em lei ou que exclua ou restrinja direitos e obrigações;
- art. 891 prevê que o título de crédito preenchido em branco deve ser preenchido de acordo com o ajuste realizado (de acordo com o negócio realizado entre as partes), mas o preenchimento em desconformidade com o ajuste realizado entre as partes não pode ser alegado contra terceiro, salvo se estiver de má-fé (nota-se a confirmação da aplicação do princípio da autonomia das obrigações em relação ao terceiro de boa-fé);
- o art. 892 responsabiliza quem lança assinatura em títulos de crédito como mandatário ou representante, sem que tenha poderes para tal (ou com excesso de poder), determinando que se torne solidário pelo pagamento do título (trata-se de proteção ao terceiro e ao mandante contra abusos do mandatário);
- o art. 893 apenas esclarece que a transferência do título de crédito transfere todos os direitos que lhe são inerentes;
- o art. 894, ao determinar que “o portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente quitado” deixa claro que o CC/2002 trata dos Títulos de Crédito de forma genérica, incluindo aqueles denominados de “títulos de crédito impróprios”, pois os títulos de crédito propriamente ditos representam apenas um crédito; o mesmo demonstra o contido no art. 895;
- o art. 896 trata da impossibilidade de reivindicação do título de crédito nas mãos de terceiro se este o recebeu de boa-fé;
- o art. 898 prevê que o aval pode ser dado no verso ou no anverso; no caso do aval dado no anverso prevê que basta a assinatura do avalista, o que faz concluir que para o aval dado no verso necessita de expressão que esclareça a qualidade de aval da assinatura (entretanto, lembre-se que uma assinatura no verso de um título que não seja do credor ou endossatário pode ser facilmente entendida como aval);
- o § único do art. 898 diz que considera-se não escrito o aval cancelado; portanto, se alguém “inutilizar” o aval através de um cancelamento estará desobrigando o avalista; 
- o art. 899 prevê que o avalista “equipara-se” (ou equivale, para referir-se ao princípio da equivalência) àquele cujo nome indicar (aval em preto), ou, na falta de indicação, ao emitente ou devedor principal (aval em branco); 
- o § 1º do art. 899 prevê o regresso do avalista contra o seu avalizado ou contra os demais coobrigados anteriores;
- o § 2º do art. 899 prevê que “Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma”, numa clara confirmação da autonomia do aval;
- o art. 901 prevê que o devedor que pagar ao legítimo portador do título fica desonerado da obrigação; o § único do mesmo artigo prevê o direito do devedor de exigir quitação;
- o art. 902 prevê que “não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título” e que aquele “que o paga antes do vencimento fica responsável pela validade do pagamento”;
- o § 1º do art. 902, entretanto, dispõe que no vencimento não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial (o que dá a possibilidade ao devedor de consignar o pagamento);
- o § 2º do mesmo artigo 902 determina que, “no caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em separado, outra deverá ser firmada no próprio título”; trata-se de ,mais uma demonstração de que o CC/2002 trata também dos títulos de créditos impróprios, tendo em vista que as cambiais propriamente ditas, por regra, não admitem quitação em documento à parte (salvo as exceções expressamente previstas em lei, como é o caso da duplicata com aceite por presunção);
- art. 910 prevê que o endosso, nos títulos “à ordem”, deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título; para a validade do endosso dado no verso do título é suficiente a simples assinatura do endossante (§ 1º), o que leva a entender que o endosso dado no anverso precisa estar explícito nesse sentido; o § 2º limita-se a afirmar que o endosso completa-se com a tradição do título; o § 3º do art. 910 determina que se considera não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente;
- o art. 911 apenas confirma que “considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e ininterrupta de endossos, ainda que o último seja em branco”; o § único por sua vez, determina que “aquele que paga o título está obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas”.
- o art. 912 confirma a regra de que “considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o endossante” e o § determina que é nulo o endosso parcial (regra já prevista na LU, art. 12);
- o art. 913 apenas esclarece que “o endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando-o com o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou pode transferi-lo sem novo endosso”.
- os arts. 915 e 916 apenas reforçam o princípio da autonomia das obrigações, da inoponibilidade de exceções pessoas ao terceiro de boa-fé e da abstração;
- o art. 917 trata do endosso-mandato;
- art. 918 trata do endosso-caução;
- art. 919 apenas confirma que a aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil;
b) o artigo 889 tem nítida característica de generalidade, pois prevê os requisitos dos títulos de crédito em geral, determinando que é “à vista” caso não contenha vencimento e que a praça de pagamento e o local de emissão serão os do domicílio do emitente, caso não tenham sido indicados; entretanto, essas regras não são aplicáveis para as cambiais propriamente ditas, em razão da existência de leis especiais;
c) o § 3º do art. 889 é inovador, pois prevê expressamente a possibilidade de emissão de título criado a partir de caracteres de computadores “ou meio técnico equivalente”, desde que “observados os requisitos mínimos previstos no próprio art. 889 e seus §§ 1º e 2º.
TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS:
- No Brasil, decorrente da criatividade comercial e da inventividade do próprio legislador, já existe uma infinidade de títulos de crédito, muitos dos quais, que se inserem na categoria denominada “impróprios”, por não conterem todas ou algumas das regras consideradas essenciais pelo regime cambial (próprio).
- Os principais (“mais conhecidos”) títulos de crédito são: letra de câmbio; nota promissória;cheque; duplicata comercial; duplicada de serviços; conhecimento de depósito; warrant; conhecimento de transporte; letra hipotecária; cédula rural pignoratícia; cédula rural hipotecária; nota de crédito rural; nota promissória rural; duplicata rural; letra imobiliária; certificado de depósito bancário; cédula de crédito industrial; nota de crédito industrial; ações de sociedade por ações; certificado de depósito de ações; certificado de depósito de partes beneficiárias; debênture; cédula pignoratícia de debênture; bônus de subscrição de ações; certificado de bônus de subscrição de ações; bilhete de mercadoria; cédula hipotecária; certificado de depósito em garantia; certificado de investimento; cédula de crédito à exportação; nota de crédito à exportação; cédula de crédito comercial; nota de crédito comercial.
- Na lista acima estão título classificados como próprios e outros como impróprios.
São chamados de próprios porque respeitam em quase inteireza os princípios do regime cambial.
São impróprios os títulos que não respeitam um mais de um desses princípios. Existem cerca de 200.
Espécies de títulos impróprios:
Títulos representativos (representam bens ou mercadorias, os outros representam crédito).
Espécie de título representativo.
Conhecimento de depósito e warrant.
TÍTULOS REPRESENTATIVOS:
- não são propriamente títulos de crédito
- são títulos causais (ou seja, têm situação prevista em lei para a emissão)
- importam em transferência ou direito real sobre mercadorias ou bens
- poder ao detentor do título de exercer certos direitos sobre as mercadorias ou bens
- transferindo através do título as mercadorias ou bens, constituem direitos reais sobre elas
- obedecem em certos aspectos os títulos de crédito (mobilização do crédito)
Conhecimento de depósito e warrant:
- Decreto n. 1.102/1903 (regras para o estabelecimento de empresas de armazéns gerais).
- emissão de dois títulos unidos, mas separáveis à vontade, sempre com cláusula à ordem. 
- podem ser emitidos por outras empresas (não armazéns), desde que autorizados pelo Governo.
Conhecimento de depósito representa o direito de propriedade sobre mercadorias. O conhecimento de depósito pode ser endossado, transferindo a propriedade.
O warrant representa um direito de garantia sobre as mercadorias (penhor).
A regra é que só pode sacar a mercadoria se apresentar o conhecimento de depósito e o warrant. 
requisitos formais (art. 15, Decreto nº 1.102/1903): 
a) a designação do título;
b) denominação da empresa de armazéns gerais e sua sede;
c) nome, profissão e domicílio do depositante ou de terceiro por ele indicado;
d) o lugar e prazo do depósito;
e) a natureza e quantidade das mercadorias depositadas, com a designação mais costumeira no mercado;
f) peso, estado das embalagens e todas as identificações possíveis (se forem mercadoria fungível deve ser indicada essa qualidade);
g) identificador do segurador e valor do seguro;
h) a declaração dos impostos e direitos fiscais, dos encargos e das despesas que as mercadorias estão sujeitas;
i) indicação do dia em que começam a correr as armazenagens;
j) data de emissão e assinatura do empresário ou pessoa habilitada.
- o endosso no conhecimento de depósito transfere a propriedade das mercadorias ao endossatário
- warrant: quando separado, transferido por endosso, constitui penhor sobre as mercadorias depositadas.
- para recebimento da mercadoria no armazém, o portador deve apresentar os dois títulos
- a dívida representada pelo penhor (com a separação do warrant) deve ser anotada no verso do conhecimento de depósito
- quem adquirir o conhecimento de depósito (e conseqüentemente as mercadorias) deverá descontar o valor do warrant
- para a retirada da mercadoria, o possuidor do conhecimento de depósito deverá depositar o valor correspondente ao warrant
- quem posteriormente apresentar o warrant receberá o valor correspondente do armazém (não dá direito à retirada da mercadoria)
- tanto o warrant quanto o conhecimento de depósito podem circular diversas vezes (cláusula à ordem)
- o vencimento do warrant poderá ser posterior ao conhecimento de depósito
- o portador do warrant procurará o primeiro endossante (depositante da mercadoria no armazém) para receber o crédito (correspondente ao valor da mercadoria ainda depositada ou o crédito depositado); se a mercadoria tiver sido vendida (conhecimento de depósito transferido para terceiros) o detentor do warrant procurará o armazém, que estará de posse do depósito efetuado para a retirada das mercadorias
- se a mercadoria ainda estiver depositada, deverá o detentor do warrant protestar o título para responsabilizar os demais endossantes, se houver
- com o protesto, poderá vender as mercadorias por corretor ou leiloeiro
- a emissão de conhecimento de depósito e de warrant em desconformidade com a lei constitui crime (art. 178, Código Penal)
VALORES MOBILIÁRIOS
São exemplos de valores mobiliários que são também títulos de crédito impróprios: certificado de depósito de ações (BDR) e cédula pignoratícia de debentures (cédula de debentures) (decorar).
- alguns documentos de crédito utilizam-se de diversas regras de direito cambiário para sua circulação;
- entretanto, por força de lei (Lei nº 6.385/76, que regula o mercado de valores mobiliários e, inclusive, criou a CVM – Comissão de Valores Mobiliários), estão sujeitos a regime legal próprio
- são exemplos desses títulos o certificado de depósito de ações e a cédula pignoratícia de debêntures;
- como já dito, esses títulos de crédito impróprios são regidos pela legislação específica de valores mobiliários, ao lado das ações, das partes beneficiárias, das debêntures, dos bônus de subscrição, commercial papers e outros títulos criados ou emitidos pelas sociedades anônimas,
5 de maio de 2014
Aula 12
FALÊNCIA.
Não é necessariamente um credor que precisa pedir a falência.
A única chance que o credor tem de receber é pelo patrimônio do devedor.
Credor quirografário tem apenas o título, não tem garantias ou privilégios (legais ou contratuais).
Pode haver o empresário pessoa física (individual) (mesmo que exerça a atividade empresário sozinho, sem sócios, ele recebe CNPJ): empresário individual (“puro”), EIRELI (empresário individual de responsabilidade limitada, exige capital mínimo (100 salários mínimos)), MEI (microempreendedor individual).
Pessoa jurídica: art. 966 CC (tenha finalidade lucrativa organizada):
Limitada (LTDA), S.A., em nome coletivo, em comandita simples e em comandita por ações (as últimas três não precisariam estar na legislação).
Sociedade simples não é empresária (literária, artística (§ 2º))
O que vale é a situação de fato, não importando se há registro ou se ele foi feito corretamente.
Concurso de credores ou execução concursal
- Lei nº 11.101/2005 (anterior => D.L.7661/45)
PRESSUPOSTOS
-	garantia dos credores é o patrimônio (credor pode propor ação de execução)
-	a execução individual torna-se injusta quando o devedor não tenha patrimônio para saldar (honrar) todas as suas dívidas. Problemas: a) credor no mesmo grau de garantia que se antecipa recebe primeiro; b) credor com dívida vincenda sai prejudicado.
-	nesse caso, deve ser instaurado o “concurso de credores” ou “execução concursal”. 
Regras: 
a) igualdade de condições entre credores do mesmo nível de garantia; 
b) preferência aos mais necessitados (trabalhadores); 
c) efetivação de garantias legais e privilégios (fisco, credores com privilégio) e das garantias contratuais (reais); 
d) rateio entre credores nas mesmas condições.
-	a falência é a “execução concursal” do patrimônio do devedor empresário (Lei nº 11.101/05 - Decreto-Lei nº 7.661/45, vigente até 11/06/2005)
- alguns autores adotam a terminologia “execução coletiva”, que não é muito apropriada, pois deve ser reservada atualmente à execução prevista na lei da ação civil pública;
-	para os não-empresários a execução concursal ocorre pela insolvênciacivil
-	“vantagens” da falência em relação à insolvência civil: 
a) possibilidade de recuperação judicial;
b) extinção das obrigações com rateio de 50% do passivo quirografário.
- para a instauração do processo de falência são necessários três pressupostos: (pressupostos para falência)
a) devedor empresário, geralmente uma sociedade limitada ou uma S/A.;
b) insolvência (impontualidade injustificada, execução frustrada ou realização de “ato de falência”);
c) sentença declaratória de falência.
Legislação: Lei nº 11.101/05 (Lei de Falências e Recuperação de Empresas).
 
Doutrina (livro texto): Fábio Ulhoa Coelho, “Curso de Direito Comercial – Direito de Empresa”, São Paulo: Saraiva, vol. 3, Capítulo 45.
Artigos: Nihil.
Aula 13
FALÊNCIA (CONTINUAÇÃO).
Lei nº 6404/76 – art. 2º § 1º.
DEVEDOR SUJEITO A FALÊNCIA:
-	a S/A. está sempre sujeita a falência, porque a sua atividade é, por força de lei, sempre comercial (leia-se: empresarial), independentemente de sua atividade (art. 2º, § 1º, LSA)
-	estará sujeita à falência aquela que desenvolver atividade “empresarial” (CC, 2002), mesmo que em seus registros conste outra coisa.
-	não estão sujeitas à falência:
1) exclusão total: (excluídos totalmente da falência)
1.1) empresas públicas (100% de capital público) e sociedades de economia mista (capital público e privado, controle é do poder público: maior parte dos acionistas tem o controle, maioria de votos); não tem falência para estas; quando a empresa pública quebra, o poder público coloca mais dinheiro púbico. Empresa pública liquida por lei, pois cria por lei.
1.2) câmaras de compensação e liquidação de papéis; 
Existem empresas que são especializadas em fazer essas atividades. 
1.3.) entidades de previdência fechada: fechada é a previdência que precisa respeitar alguns requisitos, como ser advogado.
2) exclusão parcial: (pode ter falência dessas empresas)
Algumas atividades sujeitas a registro prévio, fiscalização e possibilidade de intervenção.
Altamente “reguladas” por órgão previsto em lei
Legislação especial
Liquidação extrajudicial
2.1) as companhias de seguro (Decreto-Lei nº 73/66), pois a falência poderá ser requerida pelo interventor se na liquidação extrajudicial ficar apurado que o ativo não é suficiente para pagar pelo menos metade dos credores quirografários ou se houver indícios de crime falimentar; SUSEP
2.2.) as operadoras de planos privados de assistência à saúde (liquidação extrajudicial pela ANS – Lei nº 9.656/98, art. 23), pois a falência poderá ser requerida pelo interventor se na liquidação extrajudicial ficar apurado que o ativo não é suficiente para pagar pelo menos metade dos credores quirografários ou se houver indícios de crime falimentar; A.N.S.
2.3.) as instituições financeiras (liquidação pelo Banco Central - Lei nº 6.024/74); pedido de falência após a intervenção apenas feito pelo interventor, após autorização do BACEN; entretanto, antes de decretada a intervenção pelo BACEN, podem ter seu pedido de falência requerido; BACEN
2.4) sociedades de arrendamento mercantil (leasing) – idem instituições financeiras (Resolução BACEN nº 2.309/96); BACEN
2.5.) as administradoras de consórcios, fundos mútuos e atividades assemelhadas – idem instituições financeiras (Lei nº 5.768/71, art. 10, e Lei nº 11.795/2008); BACEN
2.6.) as entidades de previdência aberta – idem instituições financeiras, mas com liquidação feita pela SUSEP (Lei nº 6.435/77, art. 63); SUSEP
2.7.) as sociedades de capitalização – idem instituições financeiras, mas com liquidação feita pela SUSEP (Decreto-Lei nº 261/67, art. 4º); SUSEP
Legislação: Lei nº 11.101/05 (Lei de Falências e Recuperação de Empresas).
 
Doutrina (livro texto): Fábio Ulhoa Coelho, “Curso de Direito Comercial – Direito de Empresa”, São Paulo: Saraiva, vol. 3, Capítulo 45.
Artigos: Nihil.
Pedido feito pelo credor
Seguradora: não é possível, pois não está previsto na lei.
Demais atividades => apenas antes da intervenção é possível.
Art. 197 CF – 
F.G.C. – Fundo Garantidor de Créditos – é um fundo que todos os bancos contribuem, proporcionalmente. O fundo foi composto para caso algum banco quebre, indenizar os pequenos investidores (até 250 mil reais).
Prova: aula 06 (AÇÃO CAMBIAL E NOTA PROMISSÓRIA) até Aula 13 (DEVEDOR SUJEITO A FALÊNCIA).

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