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PRATICA SIMULADA II – AULA 7 CONTESTAÇÃO TRABALHISTA Mariza Lima, residente em Salvador-BA, prestou serviços como secretária para a Alfa Concessionária de Veículos Ltda, localizada na Avenida Jorge Amado, nº 100, Imbuí, Salvador, Bahia, CEP. 41.720-040, até ser imotivadamente dispensada. Dois meses após a sua dispensa, ajuizou uma reclamação trabalhista em face de seu antigo empregador, que tramita perante a 1º Vara do Trabalho de Salvador-BA, postulando horas extras, tendo em vista que, por residir em um sítio afastado, levava, a pé, meia hora na ida e meia na volta, até o local em que pegava o ônibus para ir trabalhar, caracterizando horas in itinere, sem contar as 2 (duas) horas de engarrafamento que enfrentava no trânsito dentro do ônibus, tanto para ir quanto voltar do trabalho. Sendo assim, postula o pagamento de 5 (cinco) horas extras por dia, acrescidas de 50%. Ressalte-se que, a condução (ônibus) não era fornecida pela empresa empregadora e, ainda, que Mariza trabalhava oito horas por dia, de segunda a sexta, e quatro horas no sábado. Além do pedido de horas extras, também postula equiparação salarial, porém, não indica em sua ação o empregado paradigma, a fim de consubstanciar o pedido, nos moldes do art. 461 da CLT. Diante do caso apresentado, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela Alfa Concessionária de Veículos Ltda, elabore a peça processual adequada aos interesses de seu cliente. EXECELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE SALVADOR – BAHIA Processo nº ....... ALFA CONCESSIONÁRIA DE VEICULOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº ....., com sede na Av. Jorge Amado nº 100, Imbu, Salvador, Bahia, CEP.: 41.720 – 040, neste ato representada por ......, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº ......, inscrito no CPF sob o nº ......., com endereço na rua ......., CEP.: ......., vem por seu advogado com endereço na rua ......, cep.: ......, onde recebe intimações e notificações, conforme o Art. 39, I do CPC, oferecer CONTESTAÇÃO Pelos argumentos de fato e de direito a seguir expostos: DAS PRELIMINARES DA INEPCIA DA PETIÇÃO INICIAL O pedido é juridicamente impossível diante da ausência da pessoa como paradigma, conforme art. 295 Paragrafo Único, III do CPC c/c Art. 461 § 1º da CLT. MÉRITO DAS HORAS EXTRAS A autora não faz jus ao computo das horas de deslocamento da residência para o trabalho como horas extras in itinere, tendo em vista que o art. 58 da CLT concede tal direito nas situações descritas no artigo. Inclusive o verbete da Sumula 90, I do TST confirma o que diz o art. 58 da CLT. A autora não trouxe aos autos qualquer prova da existência de um acordo coletivo, fixando remuneração para esse tipo de horário. Com isso tais pedidos de horas extras devem ser julgados improcedentes. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL A autora não faz jus, pois a equiparação salarial é possível desde que seja na mesma função exercida por pessoas diferentes e dentro da mesma empresa no mesma localidade, todavia a autora não ingressou em sua petição inicial quem é a pessoa que exerce a função igual a dela e recebe uma remuneração superior a sua, dentro da mesma empresa e na mesma localidade. A equiparação tem como alvo o empregado modelo, o que não ocorreu na petição sendo assim deve ser julgado improcedente esse pedido da autora. DOS PEDIDOS Diante do exposto requer 1 – Seja acolhida a preliminar de inépcia da Petição Inicial, indeferindo a Petição Inicial neste pedido e a extinção do processo sem resolução do mérito, conforme art. 267, I do CPC; 2 – Sejam julgados improcedentes os pedidos de horas extras e de equiparação salarial; 3 – Seja condenada a autora pelos ônus da sucumbência. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas na amplitude do art. 332 do CPC, e em especial prova documental. Nestes termos pede deferimento LOCAL / DATA ADVOGADO/ OAB
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