Buscar

EU NãO SOU SEU NEGRO (1)

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA
ADRIANA DA SILVA SANT’ANA – RA.: N2309F6
HENRIQUE GOMES DIAS – RA.: D787586
JENNIFER ROSALINO DE SANTANA – RA.: D6631E0
LAÍS SOUSA NOVAES – RA.: N323094
ROGERIO ALVES DE SOUSA – RA.: N300DJ7
PSICOLOGIA SOCIAL
“EU NÃO SOU SEU NEGRO”
SÃO PAULO
2019
Sumário
Introdução......................................................................................................... 03
Não sou o seu negro........................................................................................ 04
Conclusão........................................................................................................ 08
Referências ..................................................................................................... 09
Introdução
A Psicologia social, como um todo, estuda o comportamento social. Estuda como o comportamento do individuo são influenciados socialmente. No documentário “Não sou seu negro” nos mostra claramente o preconceito e a luta que a raça negra enfrentou e que ainda enfrenta. Onde os negros eram zombados, mortos, cuspidos, agredidos nas ruas, totalmente desrespeitados como seres humanos, e não aceitos em escolas de “brancos”.
Vemos nesse documentário o orgulho dos brancos por simplesmente serem brancos, onde levantam placas com o símbolo do nazismo dizendo “poder branco” ou “nós não iremos à escola com negros” e o sorriso em seus rostos por estarem cometendo tal ato em que seu grupo social concorda e defende. Vemos também uma passagem no documentário onde uma autoridade branca diz 
“no momento em que uma criança negra entra na escola, todo pai decente, respeitável e amoroso deve tirar seu filho branco dessa escola decadente”.
E nos mostra como o ambiente e as autoridades têm poder de influenciar pessoas.
“EU NÃO OU SEU NEGRO”
A sociedade em que vivemos nos torna quem somos, nos influenciando diariamente em nosso modo de pensar, agir, falar e defender nosso modo de enxergar certos assuntos ao nosso redor, assim, nos fazendo acreditar que nosso ponto de vista e o pensamento do nosso grupo ou meio social é o pensamento correto, como os brancos que parecem estar cegos com os horrores que cometeram. 
A epistemologia histórica já nos é apresentada no momento em que se inicia o documentário, tratando e explicando sobre os grandes líderes negros daquela época (Malcom X, Medgar Evers e Martin Luther King), traçando um ponto sobre toda as suas participações dentro do movimento “anti-racismo”, como esses ativistas tiveram de trabalhar para que o povo negro tivesse uma chance de poder viver em comunidade, como realmente pessoas normais, um exemplo de realização significativa do passado são todas as influências que essas pessoas deixaram e eventualmente as mudanças que elas por si só fizeram no futuro. Encontramos também diversas vezes dentro do documentário formas sociológicas de psicologia social, onde claramente vemos a relação de indivíduo e coletivo, buscando superar a dicotomia de que o negro era uma pessoa diferente dos que tem a cor branca, observamos a busca incessante para acabar com essa grande barreira que foi o racismo e tudo que os negros sofreram para que um dia “acabasse”. Na morte desses grandes representantes vemos que novamente brancos comemoram como se ganhassem a vitória. 
(Luther King, à sua esquerda, e Malcolm X)
Uma parte que nos chamou atenção no documentário é quando ele diz:
“No momento em que você nasce, como não sabe de nada, todos a sua volta tem o rosto branco, e como você ainda não se olhou num espelho, você acha que também é. É um grande choque quando, aos 5, 6 ou 7 anos, você descobre, vendo Gary Cooper matar os índios enquanto você torce para ele, que os índios eram você. Você tem um grande choque ao descobrir que o país em que é sua terra natal, e para o qual você deve sua vida e sua identidade, não criou em todo o seu sistema de realidade, um lugar para você. ” 
Ficou muito forte no documentário que os negros, tinham orgulho em defender a sua raça e a coragem que o grupo tinha de enfrentar autoridades, como policia em defesa da sua cor e seus direitos num espaço que também era deles. Novamente vemos a questão de ideologias, pensamentos e a força que um grupo social tem. Onde você tem como verdade, aquilo que seu meio social pensa e defende.
(Foto foi tirada em 1964 em um hotel na cidade de Saint Augustine, na FlóridaEla mostra o rosto em pânico de duas mulheres negras em uma piscina, enquanto um homem branco joga ácido clorídrico na água.)
 O Documentário “Não sou seu negro" tem como principal assunto a luta pelos direitos civis norte-americanos. Ele retrata a realidade vivida e que ainda é muito comum não só no centro do mundo, os estados unidos, como também no resto dos países e civilizações.
 Este é um assunto no qual desde os tempos primórdios, é um causador essencial quando o tema é escravidão, desigualdade social, guerras, conflitos, etc.
  Em relação ao texto “As raízes da Psicologia Social, capitulo 6”, a Individualização da psicologia social também é um assunto que a centenas de anos é discutida e abordada de diferentes maneiras em diferentes regiões do mundo. Mas essa Individualização é algo que parte dos estados unidos a partir do Positivismo.
 	Essa Individualização criou este conflito abordado, na qual "O branco é uma metáfora para o poder", diz Baldwin enquanto negros deveriam ser submetidos aos brancos que tinham a total liberdade para agir com discriminação, preconceito e violência. Na atualidade eventos como esses ainda ocorrem, as vezes com proporções menores ou de maneiras bem mais "light" como o fato de pessoas negras não conseguirem empregos por sua cor ou locais onde moram, a discriminação pelo próprio sistema que cria paradigmas nos quais pessoas negras, são alvos de rótulos de que são criminosos etc.
   Os Estados Unidos foi um grande palco de conflitos raciais expondo a fenda de uma sociedade dividida em dois mundos: o branco, com várias vantagens comparativas, e o negro, submisso às diversas formas de violências físicas e simbólicas. A brutalidade da polícia é a face primitiva dessa desigualdade de condições, que se estende para todos os principais indicadores sociais. Essa individualização é muito marcante, não apenas nos Estados Unidos e Europa, como principalmente nas culturas dos diferentes povos do mundo e como eles se comportam diante das ideologias que seus “líderes” pregam e acreditam, fazendo assim que você, ou se encaixe neste sistema ou se submeta a própria exclusão do grupo social virando alvo de discriminação, por mais que muita coisa parta a partir dos Nortes americanos os seus poderes para a Globalização mundial faz com que se implantem muito fácil e rápido.
  Com toda esta individualização causando conflitos, violência e mortes, os negros tem como exemplo pessoas que os incentivaram a se recolocarem na sociedade com seres humanos, pensantes, com sentimentos, famílias e pessoas que zelam por suas vidas, e que morreram deixando um legado e ensinamentos.
  Já no livro “Psicologia social contemporânea” o texto mostra como a psicologia social foi sendo modificada do seu começo nos Estados Unidos a atual psicologia Social do Brasil. A parte do texto que mais nos chama atenção é a referência à maneira que a história vai sendo mudada a partir do momento que vai se conhecendo os fatos históricos melhor, 
“O presente ressignifica o passado, e consequentemente muda a visão do presente, que deixa o futuro incerto”.
 
 	O documentário vai mostrando ao seu final o fato dos brancos estarem “reintegrando” os negros à sociedade e “aceitando” que eles tenham os seus locais, como as entradas e saídas destinadas a negros, bebedouros, mercados e ramo imobiliário apena para eles. Mostrando que assim, eles estão fazendo algo para os negros. Porém é principalmente nesse momento que entendemos o preconceito “light” atual, comas pessoas do poder maquiando o racismo. Com isso lembramos de um trecho do livro “O ódio que você semeia” que mostra como é diferente as pequenas coisas para branco e para negros, e em uma dessas citações fala como a mãe de um branco se despede dele para que ele vá para a aula, e como é a realidade da criança negra:
 
“Se for abordado pela polícia não faça movimentos bruscos. Deixe sempre as mãos à mostra. Só fale quando te perguntarem algo. Seja obediente. ”
No mesmo livro também fala de como essas pequenas diferenças influenciam a revolta dos negros frente a sociedade, assim como no final do documentário quando ele diz:
“A sociedade diz: você é tão amargo.
 -Bem, eu posso ou não ser amargo, mas se eu fosse, eu teria boas razões para isso. A principal delas é a cegueira americana e covardia”
(Lugares como o bebedouro e acentos separados, para brancos e negros)
Conclusão
A escravidão ocorreu a centenas de anos, e as pessoas falam que não existe mais o preconceito e descriminalização, mas a lutas pelos direitos civis norte-americanos, aconteceu no século passado, na página anterior e que ainda ocorre no Estados Unidos causando a Morte de crianças, jovens, adultos e idosos que estão vivendo apenas a vida deles. A “branquetude” tem a ideia de achar que o negro é dele, como servo, empregado, animal de estimação, o rebaixando. Mas, e o negro? Pode encara de frente a sociedade branca e dizer apontando o dedo “Não sou o SEU negro”? Ou ele tem o direito de “Ser negro” dele mesmo?  
E hoje, quando vemos os negros, morados da comunidade, pobres, etc, se tornando criminosos, será que eles têm razões para isso? E será que a razão não é a nossa sociedade covarde? 
]
Referências
LANE, S.T.M. O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BERNARDES, Jefferson de Souza. História. In STREY, M. Psicologia Social Contemporânea
FARR, R. As raízes da Psicologia Social moderna
RODRIGUES, A., ASSMAR, E.M.L., JABLONSKY, B. Psicologia Social.
Documentário: Não sou seu negro 
Livro: O ódio que você semeia THOMÁS, ANGIE

Continue navegando