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Ed - Responsabilidade Social - Simulado Parcial

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17/08/2021 Simulado Parcial
https://www.avaeduc.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=55835 2/10
a.
Ao afirmar “Nós não somos americanos”, Malcolm X indica que seu sonho de um
país integrado entre brancos e negros a partir de valores cristãos ainda estava
muito longe de se realizar.
b.
 Ao afirmar “Plymouth Rock desembarcou em nós”, Malcolm X questiona a versão
oficial da história estadunidense, que se baseia numa narrativa heroica de católicos,
perseguidos religiosos, que criaram uma terra de paz, liberdade e diversidade.
c.
Ao afirmar “... E eles olham para nós com hostilidade e inimizade”, “eles” referia-se às
divisões internas do movimento negro.
d.
Ao afirmar “hoje, nós que estamos, em certo nível, acordando, começamos a
perguntar por aquelas coisas que eles dizem supostamente ser para todos os
americanos”, Malcolm X questiona a liderança de Martin Luther King Jr., que negava
a viabilidade da integração entre brancos e negros nos EUA.
e.
Ao afirmar “Nós fomos trazidos aqui contra nossa vontade; nós não fomos trazidos
aqui para nos tornarmos cidadãos”, Malcolm X enfatiza o passado escravocrata dos
EUA. 
Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O discurso abaixo foi realizado por Malcolm X meses antes de seu assassinato. Leia-o com
atenção e responda à questão:
 
[...] é ruim que sigamos nos referindo a nós mesmos como nos chamam, “Negros”, isso é
negativo. Quando nós dizemos “nos chamam de Negros” isso é para chamar atenção para o
fato de que não somos, mas que estão dizendo que somos. Nós somos africanos, e acontece de
estarmos na América. Nós não somos americanos. Nós somos pessoas que, no passado, foram
africanos que foram sequestrados e trazidos para a América. Nossos pais ancestrais não eram
peregrinos. Nós não desembarcamos em Plymouth Rock [local onde desceram os primeiros
calvinistas ingleses considerados nos EUA como fundadores do país]: Plymouth Rock
desembarcou em nós. Nós fomos trazidos aqui contra nossa vontade; nós não fomos trazidos
aqui para nos tornarmos cidadãos. Nós não fomos trazidos aqui para gozar de benefícios
constitucionais dos quais se fala tão lindamente hoje. Porque nós não fomos trazidos aqui para
sermos feitos cidadãos - hoje, nós que estamos, em certo nível, acordando, começamos a
perguntar por aquelas coisas que eles dizem supostamente ser para todos os americanos... E
eles olham para nós com hostilidade e inimizade. (MALCOLM X, “The ballot or the bullet”, [1964],
traduzido. Disponível em:
<http://ucbhssp.berkeley.edu/sites/default/files/MLK%20and%20Malcolm%20X%20Speeches%20%205.13.08_0.doc>.
Acesso em: 02 out. 2018.) Tradução do autor.
A partir do trecho apresentado, do autor e dos impasses da luta pelos direitos civis dos negros
nos EUA, é correto afirmar que:
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17/08/2021 Simulado Parcial
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a.
A explicação para a tirinha apresentada se dá pela reprodução de lógicas racistas e
de uma sociedade desigual em que jovens negros são aqueles mais atingidos tanto
pela violência policial quanto pela criminalidade. 
b.
Diferentemente dos EUA, em que a segregação racial foi marcante e estruturou a
sociedade, o Brasil viveu a construção de uma democracia racial.
c.
A tirinha se contradiz, pois, se todos somos iguais, não há como comprovar
estatisticamente que jovens negros são os mais atingidos por armas de fogo.
d.
A tirinha apresentada parte de uma explicação vitimista que não considera os
jovens negros como responsáveis por seus próprios destinos.
e.
A explicação para a tirinha apresentada não se dá pelo racismo, mas pela
quantidade excessiva de armas disponíveis no país – sobretudo nas periferias.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
 
 
Disponível em: <www.itaucultural.org.br/ocupacao/laerte/humanista/>. Acesso em: 10 out. 2018.
A partir da tirinha apresentada e de seus estudos sobre a luta por igualdade racial na
contemporaneidade, é correto afirmar que:
Escolha uma:
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a.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
“Minha avó não é menor que Angela Davis. Ela também pavimentou a minha trajetória”
 
Professora da UFBA, Ana Flauzina lança 'Além do Espelho', documentário que estabelece uma
ponte entre os movimentos negros nos EUA e no Brasil
"Resistência é aquilo que, como mulheres, como negros vivenciamos. Minha avó é uma grande
resistente. Ela não é menor que o Martin Luther King ou que a Angela Davis. Ela também
pavimentou a minha trajetória", enuncia firme Ana Flauzina para explicar os caminhos que
guiam sua vida como acadêmica e como documentarista, entre a resistência e o debate na
militância do movimento negro. "É por isso que estamos aqui porque as pessoas resistiram e
resistem aos sistemas de opressão. A militância é a resistência politizada, é a rebeldia", seguiu a
professora do Departamento de Educação da UFBA e doutora em direito pela American
University.
Na entrevista ocorrida na terça-feira, e disponível na íntegra no vídeo acima, Flauzina explicou
sua motivação para conciliar a sala de aula e os artigos acadêmicos com a experiência de fazer
uma média: queria promover diálogo e difusão de ideias - "Um cara como Haile Gerima, que é
um dos mais importantes cineastas independentes da história, tem uma obra quase
desconhecida por aqui" - e, ao mesmo tempo, ter um produto que pudesse ser levado às salas
de aulas, aos centros comunitários, às prisões. "A plataforma do movimento negro salva vidas.
Salvou a minha e a de várias pessoas que eu acompanho. Eu digo que é um encontro
empoderado com esse espelho. É um poder ser, de fato, apesar das entranhas do racismo",
disse.
Flauzina diz: "Eu vejo muita angústia branca em torno disso e eu acho que essas pessoas têm
que buscar suas respostas em vez de onerar as pessoas negras com essa pergunta em busca
de fórmulas mágicas (sobre a participação dos brancos). Há um lugar importante e reservado
para todos e todas na luta contra o racismo", diz ela. "A covardia de gênero e raça é essa.
Podemos ser pessoas de muita boa vontade, mas seguir reproduzindo esse tipo de coisa (de
preconceito)". "Você tem um filho amanhã, coloca numa bela escola e não tem uma professora
negra e isso passa despercebido para você. O que é isso para você? Independentemente de ter
um filho branco, ir lá e falar: 'Não dá. Não quero que as percepções do meu filho sobre carinho
sejam exclusivamente acopladas a um corpo branco'. É dizer 'eu me importo com isso', 'eu me
mobilizo com isso'. Assim todos e todas nós vamos politizando esses privilégios."
Especialista em criminologia e autora de Corpo negro caído no Chão - O sistema penal e o
projeto genocida do Estado brasileiro, a professora da UFBA também criticou na conversa com
o EL PAÍS o "espetáculo" pouco efetivo da intervenção federal do Rio um dia antes dos
assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes em uma
emboscada no centro do Rio. Para ela, a crise atual acaba por escancarar o "genocídio negro":
"Enquanto a gente não desmobilizar essa dinâmica do racismo não desmantelaremos a
dinâmica da punição". "Quando a gente pensa em tortura, pensaem ditadura militar. Mas isso
é obsceno no contexto brasileiro. Qual o grande laboratório da tortura? A escravidão. Por que a
gente só registra a tortura aí? Porque neste momento histórico outros corpos adentraram
esses porões e passaram a ser torturados. Quando esses corpos saem de cena, a tortura volta a
fazer parte de uma narrativa natural da criminalização e da punição." Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/13/politica/1520968732_773735.html>. Acesso em: 07 out.
2018.
A partir da entrevista apresentada, é correto afirmar que:
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Ao afirmar “É por isso que estamos aqui porque as pessoas resistiram e resistem
aos sistemas de opressão. A militância é a resistência politizada, é a rebeldia” a
autora propõe uma perspectiva ampla de militância política. 
b.
Ao afirmar “Quando a gente pensa em tortura, pensa em ditadura militar” a
professora Flauzina repete uma visão esquerdista da história que inventou a
existência de tortura por parte da repressão no Regime militar.
c.
Ao longo da entrevista fica claro que, para a autora, o racismo no Brasil jamais será
superado por conta de nossa herança escravocrata.
d.
Ao afirmar que sua vó não “é menor que o Martin Luther King ou que a Angela
Davis”, Flauzina busca diminuir a importância dessas lideranças e seu discurso
pacifista.
e.
Quando Flauzina afirma “Eu vejo muita angústia branca em torno disso”, ela se
refere ao medo que a elite branca possui de perder determinados privilégios.
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Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se
movimenta com ela”
 
Filósofa norte-americana exortou que o feminismo negro defenda punições alternativas à
prisão. Professora defendeu que movimento no Brasil, incluindo o das domésticas, seja
referência para EUA.
As pessoas que lotavam as cadeiras [...] ouviram a filósofa e ícone da luta pelos direitos civis dos
EUA conclamar contra os que considera algozes, do Governo Trump ao sistema carcerário
mundial "depositário dos humanos considerados lixo": "Com a força e o poder das mulheres
negras desta região, nós resistiremos".
A ativista argumentou que é preciso relacionar a violência de gênero a "violências
institucionais" para buscar outras maneiras de combater o sexismo: "Não são as pessoas
individualmente que decidem que a violência é a resposta; são as instituições ao nosso redor
que estão saturadas de violência. Se o Estado usa a violência policial para solucionar problemas,
há a mensagem de que a violência também pode ser usada para resolver problemas em outras
esferas como os relacionamentos. Não podemos excluir a violência de gênero de outras
violências institucionais", pontuou a filósofa.
Presa em 1970 acusada de conspiração e homicídio após envolvimento com o movimento dos
Panteras Negras nos EUA e pesquisadora sobre o sistema carcerário, a ativista estabeleceu as
relações entre o sistema escravista e o sistema prisional. [...]
Davis lembrou a trajetória de mulheres negras brasileiras e enfatizou a sua importância na
construção de novas lideranças e de novos formatos de liderança. Questionou seu lugar como
difusora privilegiada das ideias do feminismo negro por ser norte-americana. "As mulheres dos
EUA têm muito a aprender com a longa história de luta do feminismo negro no Brasil." "Mãe
Stela de Oxossi me falou sobre a importância das mulheres negras na preservação das
tradições do candomblé. Vi a importância de Dona Dalva para manter a tradição do samba de
roda no Recôncavo Baiano", contou. Ela também elogiou o movimento organizado bem-
sucedido das trabalhadoras domésticas negras. "Nos EUA não conseguimos estruturar essa
categoria com sucesso. A liderança dessas mulheres não se estrutura naquele individualismo
carismático masculino que vimos no passado. É um tipo de liderança que enfatiza o coletivo e
as comunidades onde vivem", afirmou ela.
A professora fez questão de mencionar Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de despejo,
um diário de uma moradora de favela em São Paulo dos anos 60, para dizer que a escritora
“nos lembrou que a fome deveria nos fazer refletir sobre as crianças e o futuro”. Também disse
que a antropóloga e ativista baiana Lélia Gonzalez foi pioneira nas conexões entre raça, classe e
gênero quando pouco se falava nisso. "Ela já falava sobre os elos entre negros e indígenas na
luta por direitos. Essa é uma das lições que os EUA podem aprender com o feminismo negro
daqui.''
Davis foi ovacionada ao dizer que considera o movimento das mulheres negras o mais
importante do Brasil hoje "na busca por liberdade". Antes de Salvador, num encontro
internacional sobre feminismo negro e decolonial em Cachoeira, ela já havia defendido o poder
de transformação da mobilização: "Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da
sociedade se movimenta com ela, porque tudo é desestabilizado a partir da base da pirâmide
social onde se encontram as mulheres negras, muda-se a base do capitalismo". Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/27/politica/1501114503_610956.html>. Acesso em: 05 out.
2018.
A partir das reflexões de Angela Davis e sua atuação na luta contra a segregação nos EUA, é
correto afirmar que:
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a.
A ação de Angela Davis, como líder dos Panteras Negras, sempre foi marcada pela
violência -  postura que diferenciava o movimento de líderes passivos, como Rosa
Parks.
b.
Ao afirmar que “Mãe Stela de Oxossi me falou sobre a importância das mulheres
negras na preservação das tradições do candomblé”, Angela Davis reitera uma visão
de que a resistência da população negra nas Américas também se dá por meio da
preservação de suas culturas ancestrais. 
c.
A referência a diferentes militantes comunistas da história brasileira reitera a
percepção socialista da realidade social pretendida por Angela Davis.
d.
  Ao afirmar que “A liderança dessas mulheres não se estrutura naquele
individualismo carismático masculino que vimos no passado”, Davis questiona as
capacidades dos homens como líderes da sociedade no futuro.
e.
A relação que Davis estabelece entre Brasil e Estados Unidos só é possível por conta
do passado escravocrata dos dois países, porém, diferentemente de nosso país, os
EUA estabeleceram políticas efetivas de integração e reparação nos anos seguintes
à abolição.
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17/08/2021 Simulado Parcial
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Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Leia os dois trechos de matérias jornalísticas apresentadas:
 
Texto 1: Youtuber é acusada de racismo ao utilizar blackface em parodia de clipe
No vídeo, namorado de Kéfera Buchmann aparece com o rosto pintado para interpretar o
rapper Drake, que faz dueto com Rihanna em 'Work'  -   14/04/2016
Rio - A famosa youtuber e humoristaKéfera Buchmann vem enfrentando acusações de
racismo na Internet desde que postou, na manhã de quarta-feira, em seu canal 5inco Minutos,
uma parodia do clipe "Work", de Rihanna.
Na gravação, Kéfera, que possui mais de 8 milhões de seguidores no Youtube, aparece vestida
como a cantora e seu namorado, Gusta Stockler, representa o rapper Drake, que faz dueto com
Rihanna no clipe original. A grande repercussão do vídeo nas redes sociais se deve às críticas
sobre o uso de blackface (rosto pintado), que o rapaz utilizou para parecer negro.
Enquanto os fãs da youtuber defendem a parodia na web, alegando ser somente um vídeo
bem-humorado, muitos internautas acusam a vlogueira de racismo (...).
Disponível em: <https://odia.ig.com.br/_conteudo/diversao/2016-04-14/youtuber-e-acusada-de-
racismo-ao-utilizar-blackface-em-parodia-de-clipe.html>. Acesso em: 05 out. 2018.
 
Texto 2: Maquiar ator branco com tinta preta é uma forma de racismo?
Rebeca Campos Ferreira, 12/05/2015
O blackface é uma técnica de maquiagem teatral, na qual pessoas brancas pintam-se de
negras para imitá-las de forma caricata, o que reforça características físicas, estereotipando-as
com o intuito de fazer piadas. Uma ferramenta utilizada no teatro, no cinema e,
lamentavelmente, muito comum no carnaval.
A historicidade do blackface não é a absolvição do racismo que carrega, ao contrário, é
justamente o que permite compreender o quão ofensivo é e o motivo pelo qual deve ser
combatido nos palcos contemporâneos. Quando se pensa na origem histórica desta prática,
vê-se que o racismo sempre a embasou.
Chamando-o de “máscara do negro” da Commedia Dell’Arte, passando ou não por Othello de
Shakespeare, até consolidar-se nos shows de menestréis estadunidenses do início do século
XIX, o blackface foi amplamente utilizado por comediantes que tiravam risos do seu público-
alvo – a aristocracia branca escravocrata – ao representar a negritude de forma distorcida,
exagerada e jocosa. Na segunda metade do século XX, o blackface caiu em desuso e se
transformou em instrumento de combate ao racismo.
(...)
O blackface renova os preconceitos, essencializa estereótipos e é uma forma de exclusão, uma
vez que opera ao negar espaços a atores negros. Blackface é opressão que longe de ser uma
forma de humor, é uma forma racista que, se hoje é mais sutil, não é menos ofensivo. É mais
um mecanismo de discriminação. [...] 
As linhas entre a arte e o racismo, o humor, a liberdade de expressão e o preconceito são, de
fato, bastante tênues. Mas não se pode ignorar que essas performances do blackface
desempenharam papel importante em consolidar e proliferar imagens, atitudes e percepções
racistas no mundo e não deveriam encontrar adeptos hoje em dia.
Disponível em: <https://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/05/maquiar-ator-branco-com-tinta-
preta-e-uma-forma-de-racismo-sim.html>. Acesso em: 05 out. 2018.
 A respeito do termo blackface e seu uso como expressão artística, é correto afirmar que:
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17/08/2021 Simulado Parcial
https://www.avaeduc.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=55835 10/10
a.
 Ao afirmar “Blackface é opressão que longe de ser uma forma de humor, é uma
forma racista que, se hoje é mais sutil, não é menos ofensivo. É mais um
mecanismo de discriminação” o texto 2 questiona os críticos do vídeo apresentado
na notícia anterior (Texto 1).
b.
 Os antigos espetáculos racistas do século XIX – cujo nome originaram as Jim Crow
Laws -  são um exemplo do que o texto 2 afirma: “o blackface foi amplamente
utilizado por comediantes que tiravam risos do seu público-alvo – a aristocracia
branca escravocrata – ao representar a negritude de forma distorcida, exagerada e
jocosa”. 
c.
 O blackface não se relaciona com a história do racismo nos EUA, na medida em
que se trata apenas de uma expressão artística elogiosa da população afro-
americana.
d.
  No trecho em que afirma “A historicidade do blackface não é a absolvição do
racismo que carrega, ao contrário, é justamente o que permite compreender o
quão ofensivo é e o motivo pelo qual deve ser combatido nos palcos
contemporâneos”, a autora repete os argumentos socialistas  que embasaram a
ação política dos Panteras Negras.
e.
 Como os defensores da autora do vídeo apontaram – e o segundo texto comprova –
a blackface tem uma origem inocentemente cômica, nascida da Commedia
Dell’Arte.
Escolha uma:
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https://www.avaeduc.com.br/mod/page/view.php?id=1

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