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Economia da Engenharia 1 Microeconomia 1 Economia da Engenharia 2 Demanda, oferta e equilíbrio de mercado Fundamentos de Microeconomia Análise da Demanda de Mercado Análise da Oferta de Mercado O Equilíbrio de Mercado Economia da Engenharia 33 Fundamentos de Microeconomia Microeconomia analisa a formação de preços no mercado. Os preços formam-se com base em dois mercados: Mercado de bens e serviços Mercado dos serviços dos fatores de produção preços dos bens e serviços salários, juros, aluguéis e lucros Remuneração Remuneração Economia da Engenharia 44 coeteris Paribus Expressão latina traduzida como “ outras coisas sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. Fundamentos de Microeconomia Analisar um mercado isoladamente Supor todos os demais mercados constantes O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais. Economia da Engenharia 66 Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços. A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 7 TEORIA DO CONSUMIDOR: FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA • A evolução do estudo da teoria microeconômica teve início basicamente com a análise da demanda de bens e serviços, cujos fundamentos estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. • A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. • Como está baseada em aspectos psicológicos ou preferências, a utilidade difere de consumidor para consumidor (ex: uns preferem uísque, outros, cerveja). Economia da Engenharia 8 Teoria do valor-trabalho A teoria do valor-trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, por meio dos custos do trabalho incorporados ao bem. Os custos de produção eram representados basicamente pelo fator mão de obra, em que a terra era praticamente gratuita (abundante) e pouco significativa. Nesse sentido, a teoria do valor-trabalho é objetiva (depende de custos de produção). Pela teoria do valor-trabalho, o valor do bem surge da relação social entre homens, dependendo do tempo produtivo (em horas) que eles incorporam na produção de mercadorias. TEORIA DO CONSUMIDOR: FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA Economia da Engenharia 9 Teoria do valor-utilidade: A teoria do valor-utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Foi desenvolvida na segunda metade do século XIX pelos economistas Gossen, Jevons, Walras, Edgeworth, Antonelli, Fischer e Pareto A teoria do valor-utilidade contrapõe-se à chamada teoria do valor-trabalho, desenvolvida pelos economistas clássicos (Malthus, Adam Smith, Ricardo, Marx). Ela é, portanto, subjetiva e considera que o valor nasce da relação do homem com os objetos. Representa a chamada visão utilitarista, em que prepondera a soberania do consumidor, pilar do capitalismo. TEORIA DO CONSUMIDOR: FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA Economia da Engenharia 10 A teoria do valor-utilidade veio complementar a teoria do valor- trabalho, pois não era mais possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base nos custos sem considerar o lado da demanda (padrão de gostos, hábitos, renda, e outros). A teoria do valor-utilidade permitiu distinguir o valor de uso do valor de troca de um bem. O valor de uso é a utilidade que ele representa para o consumidor. O valor de troca se forma pelo preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem. TEORIA DO CONSUMIDOR: FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA Economia da Engenharia 1111 Análise da Demanda de Mercado Utilidade total É a satisfação Total resultante do consumo de um bem ou serviço, num determinado período de tempo. Tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou serviço. Utilidade marginal, É a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem. É decrescente, porque o consumidor vai perdendo a capacidade de percepção da utilidade proporcionada por mais uma unidade do bem, chegando à saturação. A utilidade marginal pode ser expressa pelo preço de venda do produto. Economia da Engenharia 1212 Quantidade que o consumidor deseja consumir. Utilidade Total e Utilidade Marginal Utilidade Total Quantidade Consumida Utilidade Marginal Quantidade Consumida t mag UU q ∆ = ∆ Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 13 TEORIA DO CONSUMIDOR: FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA Paradoxo da água e do diamante Ilustra a importância do conceito de utilidade marginal. Por que a água, mais necessária, é tão barata, e o diamante, supérfluo, tem preço tão elevado? Ocorre que a água tem grande utilidade total, mas baixa utilidade marginal (é abundante), enquanto o diamante, por ser escasso, tem grande utilidade marginal. Motta, Costa, et al. (2009) e Vasconcelos (2011) Economia da Engenharia 14 BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR O bem-estar econômico pode ser medido por meio da noção de excedente. Mankiw (2001) O excedente do consumidor mede o benefício econômico do consumidor por participar no mercado. O excedente do produtor mede o benefício econômico do produtor por participar no mercado Economia da Engenharia 15 BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR Mankiw (2001) Disposição a pagar: é a quantia máxima que um comprador está disposto a pagar por um produto. Mede o valor que o comprador atribui ao produto. Excedente do consumidor: é a diferença entre a quantia que o comprador está disposto a pagar por um produto e a quantia que realmente paga por ele (o preço do produto). Exemplo: Se Pedro está disposto a pagar até R$1000,00 por um aparelho de telefone celular da marca X, e o adquire por R$700,00, o seu excedente foi de R$300,00. Excedente do consumidor Economia da Engenharia 16 BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR Mankiw (2001) Para um dado preço, uma quantidade demandada positiva significa que há pessoas dispostas a pagar aquele preço. A curva de demanda representa o valor que os consumidores atribuem ao produto. A área sob a curva de demanda e acima da linha do preço mede o excedente total dos consumidores no mercado. Excedente do consumidor e a curva de demanda Economia da Engenharia 17 BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR Mankiw (2001) Custo do produtor: é o custo que o produtor teve para obter o produto. Excedente do produtor: é a diferença entre o valor que o vendedor recebe por um produto (o preço do produto) e o custo que teve para obter o produto. Exemplo: Se a Empresa X tem o custo de R$800,00 para produzir um aparelho de telefone celular, e o vende por R$1000,00, o seu excedente foi de R$200,00. Excedente do produtor Economia da Engenharia 18 BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR Mankiw (2001) Para um dado preço, uma quantidade ofertada positiva indica que há produtores dispostos a oferecer àquele preço. A curva de oferta representa o custo de produção dos produtores. A área sobre a curva de oferta e abaixo da linha do preço corresponde ao excedente total dos produtores. O excedente do produtor ea curva de oferta Economia da Engenharia 19 BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR Mankiw (2001) Excedente total Corresponde à soma do excedente total dos produtores e dos consumidores. É uma medida do bem-estar econômico dos compradores e vendedores em um mercado. Excedente do consumidor = valor do produto para os compradores – preço pago Excedente do produtor = preço recebido – custo dos produtores Excedente total = valor do produto para os compradores – custo dos produtores Economia da Engenharia 20 BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR Mankiw (2001) Mercados em equilíbrio são eficientes Mercados livres: - alocam a oferta de produtos aos compradores que atribuem maior valor aos produtos. - alocam a demanda por produtos aos vendedores que possuem os menores custos. Portanto, mercados livres produzem uma quantidade de produtos que maximiza o excedente total. Economia da Engenharia 2121 Variáveis que afetam a Demanda: • Riqueza (e sua distribuição) • Renda (e sua distribuição) • Preço do bem • Preço dos outros bens • Fatores climáticos e sazonais • Propaganda • Hábitos, gostos, preferências dos consumidores • Expectativas sobre o futuro • Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 2222 Variáveis que afetam a Demanda qdi = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i pi = preço do bem i ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes pc = preço dos bens complementares R = renda do consumidor G = gostos, hábitos e preferências do consumidor Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 2323 Formato da Curva de Demanda Calculada estatisticamente e empiricamente, através de modelos econométricos. Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc. qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R Coeficientes em relação a qdi <0 >0 <0 >0 Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 2424 Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem Supondo ps , pc , R e G constantes Função Convencional Lei Geral da Demanda Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. 0 d i i q p ∆ < ∆ ( )di iq f p= Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 25 Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem. Efeito substituição Efeito renda O bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a qtd. de demandada aumente. Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a qtd. demandada do bem deve aumentar. Análise da Demanda de Mercado Efeito preço total: Economia da Engenharia 2626 Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (coeteris paribus). Como o preço e a quantidade demandada têm relação negativa, a curva de demanda se inclina para baixo. Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) Qtd adquirida de livros Ex.Renda de R$ 2 mil qdi = 25 – 0,25pi qdi = a – b.pi 80 60 40 20 Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 2727 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou concorrente do outro. Dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina. Supondo pi , pc , R e G constantes ( ) d i sq f p= 0 d i s q p ∆ < ∆ Análise da Demanda de Mercado > Economia da Engenharia 2828 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Ex.: 1. Carne de vaca, frango e peixe. 2. Cerveja Antarctica e Brahma. 3. Coca-cola e Pepsi. Bem substituto ou concorrente 0 5000 10000 15000 20000 Preço da Coca-cola(R$) 80 60 40 20 Qtd. consumida de Coca-cola (Supondo um aumento no preço do guaraná) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 2929 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bens complementares = são bens consumidos em conjunto. qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes qdi pc < 0 Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Ex.: Computador e software. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3030 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços 1. Camisa social e gravata; 2. Pneu e câmara; 3. Pão e manteiga; 4. Sapato e meia; 5. Litro de gasolina e automóvel. Bens complementares: 0 10000 20000 30000 40000 Preço do litro de gasolina (R$) 8 6 4 2 Qtd. de litros de gasolina (Supondo um aumento no preço dos automóveis) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3131 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes Em relação à renda dos consumidores, há três situações distintas: qdi R > 0 Bem Normal: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3232 qdi R < 0 Bem Inferior: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem. Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. qdi R = 0 Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar, sal, arroz. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3333 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Essa classificação depende da classe de renda dos consumidores. Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a ser classificado como bem inferior. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3434 Bem normal Preço da carne de 1ª (R$) Qtd. de carne de 1ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D0 D1 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3535 Bem inferior Preço da carne de 2ª (R$) Qtd. de carne de 2ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D1 D0 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3636 Preço do arroz (R$) Qtd. de arroz (Supondo um aumento na renda do consumidor) Bem saciado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3737 Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G). qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens. Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3838 Campanha do tipo “beba mais leite” 0 5 1015 20 Preço do Bem (R$) Quantidade adquirida do bem 80 60 40 20 Redução Aumento D1-Cigarro D0 D1-Leite Campanha do tipo “o fumo é prejudicial à saúde” Desloca p/ direita Desloca p/ esquerda Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G). Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 3939 Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais. A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais. mercado consumidores individuais 1 para i 1, 2,3,... n i D d n = = = ∑ Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 4040 0 50 100 150 200 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Qtd - Consumidor A Preço do Bem R$) 0 100 200 300 400 Qtd - Consumidor B Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço Análise da Demanda de Mercado 80 60 40 20 Economia da Engenharia 4141 Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço 0 150 300 450 600 Preço do Bem R$) Total do Mercado 80 60 40 20 Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 4242 Importante: variações na demanda ≠ variações na quant. demandada Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus). Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 4343 Renda Preços de bens relacionados Gostos Expectativas Número de compradores Desloca a curva de demanda Variações na Quantidade Demandada Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda Variações na Demanda Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 4444 Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva Variação na quantidade demandada 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Imposto que aumenta o preço do cigarro.D 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Política de combate ao fumo. DD’ Análise da Demanda de Mercado Variação na Demanda Economia da Engenharia 4646 Paradoxo (Bem) de Giffen Comunidade Inglesa muito pobre. Ocorreu uma queda no preço da Batata. Como a população gastava a maior parte da renda com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou e como estavam saturados de batata, passaram a gas- tar com outros produtos. O preço da Batata caiu, bem como a quantidade demandada (curva positivamente inclinada). Análise da Demanda de Mercado Economia da Engenharia 4747 Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da Demanda”, em que a curva é positivamente inclinada (relação direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem. Análise da Demanda de Mercado Preço da batata (R$) Quantidade demandada de batata Economia da Engenharia 4949 Análise da Oferta de Mercado Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período. Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção. Economia da Engenharia 5050 Análise da Oferta de Mercado Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço ( )0 , , , ,i i fp nq f p p p T M= 0 quantidade ofertada do bem i preço do bem i preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) preço de outros n bens, substitutos na produção tecnologia metas e i i fp n q p p p T M = = = = = = objetivos do empresário Economia da Engenharia 5151 Análise da Oferta de Mercado Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. Função Geral da Oferta Como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, coeteris paribus. Aumentando a quantidade ofertada 0 0i i q p ∆ > ∆ Economia da Engenharia 5252 Análise da Oferta de Mercado 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros O Função Geral da Oferta Economia da Engenharia 5353 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp) Supondo pi , pn , T, M constantes Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. 0 0i fp q p ∆ < ∆ ( )0i fpq f p= Economia da Engenharia 5454 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” a) b) a) Aumento do preço do fator de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do fator de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. Economia da Engenharia 5555 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (pn) Supondo pi , pfp , T, M constantes Preço de outro bem substituto na produção (pn). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (coeteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto. ( )0i nq f p= 0 0i n q p ∆ < ∆ Economia da Engenharia 5656 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” a) b) a) Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. Economia da Engenharia 5757 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) Supondo pi , pfp , pn , M constantes Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, coeteris paribus, aumenta a oferta do bem. 0 0iq T ∆ > ∆ ( )0iq f T= Economia da Engenharia 5858 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” b) a) a) Aumento da tecnologia, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. b) Redução da tecnologia, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. Economia da Engenharia 5959 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M) Supondo pi , pfp , pn , T constantes Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a produção. ( )0iq f M= 0 0iq M ∆ >< ∆ Economia da Engenharia 6060 Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço A Oferta de Mercadoé igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. mercado firmas individuais 1 para j 1, 2,3,... n j O q n = = = ∑ Economia da Engenharia 6161 Análise da Oferta de Mercado 80 60 40 20 0 Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço 0 5 10 15 20 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida pela Firma A O 0 10 20 30 40 Preço do Bem (R$) Quantidade oferecida pela Firma B O80 60 40 20 Economia da Engenharia 6262 Análise da Oferta de Mercado 0 15 30 45 60 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida pelo mercado O Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço Economia da Engenharia 6363 Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade ofertada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris paribus). Análise da Oferta de Mercado Importante: Variações da oferta ≠ Variações da quantidade ofertada Economia da Engenharia 6464 Análise da Oferta de Mercado Variações na quantidade ofertada Preços dos Insumos Preços dos Bens Substitutos Tecnologia Objetivo do empresário Número de Vendedores Desloca a curva de oferta Preço Movimento ao longo da curva de oferta Variações na oferta Economia da Engenharia 6565 O Equilíbrio de Mercado Lei da Oferta e da Demanda O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda: Quantidade que os consumidores querem comprar = Quantidade que os produtores desejam vender Economia da Engenharia 6666 O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. Oferta Demanda Equilíbrio Economia da Engenharia 6767 O Excesso de Oferta Situação em que a quantidade oferecida (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade demandada (Ex.: 5 unidades). Excesso do Bem Fornecedores reduzem preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. O D Excesso de Oferta O Equilíbrio de Mercado Economia da Engenharia 6868 O Excesso de Demanda Situação em que a quantidade demandada (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade oferecida (Ex.: 5 unidades). Escassez do Bem Fornecedores aumentam preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado Economia da Engenharia 69 O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Oferta Economia da Engenharia 70 Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio. Ex: as pessoas passam a cultivar o hábito de leitura (coeteris paribus). 1. O “hábito” aumenta a demanda. A oferta permanece inalterada, pois este determinante não afeta diretamente as livrarias. 2. A curva de demanda se desloca para a direita. 3. O preço e a quantidade são aumentados (novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 Quantidade de livros O D2 D1 O Equilíbrio de Mercado Economia da Engenharia 7171 Como um redução na oferta afeta o equilíbrio. Ex: Um terremoto destrói várias editoras. 1. O terremoto afeta a curva de oferta. A curva de demanda permanece inalterada, pois o terremoto não muda diretamente a quantidade demandada pelos compradores. 2. A curva de oferta se desloca para a esquerda (a qualquer preço a quantidade ofertada é menor). 3. O preço aumenta e a quantidade diminui (novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 Quantidade de livros O’ D O O Equilíbrio de Mercado Economia da Engenharia 7272 Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1.Ambas as curvas se deslocam. 2.A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3.Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (a) A quantidade o preço aumentam. 0 5 7 10 15 20 Preço do Livro 80 65 40 20 Quantidade de livros O1 D2 D1 65 O2 1o1o Caso O Equilíbrio de Mercado Economia da Engenharia 7373 Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1.Ambas as curvas se deslocam. 2.A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3.Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (b) A quantidade diminui e o preço aumenta. 0 5 7 10 15 20 Preço do Livro 80 65 40 20 Quantidade de livros O1 D2D1 65 O2 1o2o Caso O Equilíbrio de Mercado Economia da Engenharia 77 Elasticidades Conceito Elasticidade-Preço da Demanda Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda Elasticidade-Renda da Demanda Elasticidade-Preço da Oferta 77 Economia da Engenharia 7878 Elasticidades Conceito É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Economia da Engenharia 7979 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Elasticidade-renda da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Economia da Engenharia 8080 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ). 1 0 1 0 0 % % d i d d d i o i i i pd d ii i i q q q q q q p qE p p pp q p p p − ∆ ∆ ∆ = = = = − ∆∆ ∆ Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. Economia da Engenharia81 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Exemplo: Calcule a Elasticidade- preço da demanda em um ponto específico. P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 0 15 30 39 50 Preço do Bem (R$) 30 20 16 8 Quantidade demandada D p1 p0 Economia da Engenharia 8282 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Solução: Variação Percentual (%) Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris paribus. 1 0 0 1 0 0 16 20 0,2 20% 20 39 30 0,3 30% 30 0,3 1,5 1,5 0,2pd pd p pp p p q qq q q E E −∆ − = = = − = − −∆ − = = = = = = − → = − Economia da Engenharia 8383 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Classificação: demanda elástica, inelástica e de elasticidade unitária. Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: |Epd |=1,5 Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. Economia da Engenharia 8484 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário, porém muito pequena. Por exemplo: |Epd|=0,4 Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido contrário) coeteris paribus. Economia da Engenharia 8585 Elasticidades Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste caso uma variação percentual no preço, implica na mesma varição percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: |Epd|=1,0 Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus. Elasticidade-preço da demanda Economia da Engenharia 8686 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Fatores que afetam: • Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse bem; • Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus; • Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda. • Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. Economia da Engenharia 88 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Interpretação geométrica A elasticidade-preço da demanda varia, ao longo de uma mesma curva de demanda. Quanto maior o preço do bem, maior a elasticidade. Preço do Bem (R$) Quantidade demandada a b c |Epd|ponto b > 1 (elástica) |Epd|ponto a = 1 (unitária) |Epd|ponto c < 1 (inelástica) Economia da Engenharia 8989 Preço do Sal (R$) Qtd adquirida de sal Preço do CD´s (R$) Qtd adquirida de CD´s Inclinação acentuada: as compras variam pouco com o aumento dos preços. (Insensível aos preços: inelástica) Inclinação pequena: as compras variam muito com o aumento dos preços. (Sensível aos preços: elástica) Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Economia da Engenharia 90 Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem Inclinação infinita: as compras não variam com o aumento dos preços. Perfeitamente Inelástica: Epd=0 (Ex.: Bens Essenciais) Inclinação zero: as compras variam muito com o aumento dos preços. Sensível aos preços. Perfeitamente Elástica: Epd=∞ (Ex.: Mercados perfeitamente competitivos) Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: casos extremos Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem Economia da Engenharia 9191 Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem? Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda *RT p q= Elasticidade-preço da demanda Economia da Engenharia 9292 a) Se a Epd for elástica: ∆% qd > ∆% p • se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá; • se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará. b) Se Epd for inelástica: ∆% qd < ∆% p • se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. • se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. c) Se Epd for unitária: ∆% qd = ∆% p • Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) permanece constante. Elasticidades Economia da Engenharia 9393 Elasticidades Conclusão: Demanda inelástica É vantajoso aumentar o preço (ou diminuir a produção) Até onde Epd = -1 Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta. Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT). Economia da Engenharia 94 Elasticidades Elasticidade-renda da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus. ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda, o consumo varia mais que proporcionalmente. Erd >0Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta. ERd<0Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta. ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o consumo do bem. Rd R qE q r = Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. Economia da Engenharia 95 Elasticidades Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. Elasticidade-renda da Demanda Economia da Engenharia 96 Elasticidades Fonte: http://www.scielo.br/pdf/ee/v37n2/04.pdf Economia da Engenharia 9797 Elasticidades Elasticidade-preço da oferta Epo>1Bem de oferta elástica. Epo<1 Bem de oferta inelástica. Epo=1 Elasticidade-preço de oferta unitária. Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. 0 0 pd qpE q p = Preço do Bem Quantidade do Bem. Epo > 1 Epo = 1 Epo < 1 Economia da Engenharia 9898 Elasticidades Elasticidade-preço cruzada da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. EpdAB > 0 A e B são substitutos (o aumento do preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus). EpdAB < 0 A e B são complementares (o aumento do preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus). 0ABpdE > Economia da Engenharia 100 Elasticidades Análise da Demanda e da Receita Total Dados os valores de preço x quantidade, calcular: • Elasticidade-preço da demanda (aéreo) em cada ponto, e no arco. • Elasticidade-preço demanda cruzada em cadaponto, e no arco (dados a quantidade de transporte aéreo e preço do modal rodoviário) Tire conclusões sobre um possível aumento da Oferta (Quantidade x preços) de transporte aéreo Q Ano Passageiros Transportados (x 1000) Aéreo Rodoviário 1995 18.860 221 110 1996 19.084 219 120 1997 20.970 207 160 1998 23.499 192 175 1999 21.773 202 180 2000 22.054 201 200 2001 28.065 163 220 2002 25.850 177 240 Preço médio [R$/u] Adaptado de Motta, Costa, et al. (2009, CAP 1) Economia da Engenharia 101 Elasticidades Análise da Demanda e da Receita Total Economia da Engenharia 102 Elasticidades Preço Qde $ 7,00 0 $ 6,00 2 $ 5,00 4 $ 4,00 6 $ 3,00 8 $ 2,00 10 $ 1,00 12 ≈ $ 0,0 ≈14 Exemplo: calcule a Receita Total considerando os preços e as quantidades do quadro. Em seguida, construa a curva de demanda em função do preço e o gráfico da Receita Total. Receita Total RT=(PxQ) 0 12 20 24 24 20 12 0 Adaptado de Mankiw (2001, p. 100) RT = Preço x Quantidade Análise da Demanda e da Receita Total Economia da Engenharia 103 Elasticidades Exercício: calcule a Receita Total considerando os preços e as quantidades do quadro. Em seguida, construa a curva de demanda em função do preço e o gráfico da Receita Total. Adaptado de Mankiw (2001, p. 100) RT = Preço x Quantidade Preço Qde $ 7,00 0 $ 6,00 2 $ 5,00 4 $ 4,00 6 $ 3,00 8 $ 2,00 10 $ 1,00 12 ≈ $ 0,0 ≈14 Receita Total RT=(PxQ) 0 12 20 24 24 20 12 0 Análise da Demanda e da Receita Total Economia da Engenharia 104 Elasticidades Preço Qde Receita Total RT=(PxQ) Receita Marginal (RT2 – RT1) Variação percentual do preço (P2 – P1)/P1 Variação percentual da quantidade (Q2 – Q1)/Q1 Elasticidade (Q2 – Q1)/Q1 (P2 – P1)/P1 Tipo de demanda $ 7,00 0 0 --- --- --- --- --- $ 6,00 2 12 12 $ 5,00 4 20 8 $ 4,00 6 24 4 $ 3,00 8 24 0 $ 2,00 10 20 -4 $ 1,00 12 12 -8 ≈ $ 0,0 ≈14 0 -12 Exercício: Calcule a Elasticidade-Preço da Demanda e a relacione com a Receita Marginal. Represente graficamente. Análise da Demanda e da Receita Total Economia da Engenharia 106106 Intervenção do governo na economia Peso morto dos Impostos Curva de Laffer Externalidades Aplicação da Análise Econômica em Políticas Públicas Economia da Engenharia 107 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS Vamos considerar dois tipos de intervenção: Controle de preços • Preços máximos • Preços mínimos Cobrança de impostos Mankiw (2001) Economia da Engenharia 108 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS Preço máximo: causa escassez de produtos no mercado Controle de preços Preço mínimo: causa excesso de oferta no mercado Mankiw (2001) Economia da Engenharia 109 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS O controle de preços impedem a maximização do excedente total! Mankiw (2001) Economia da Engenharia 110 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS Salário Mínimo x Desemprego Mankiw (2001) e Vasconcelos (2011) Economia da Engenharia 111 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS Imposto sobre o mercado Economia da Engenharia 112 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS Impacto dos impostos O ônus dos impostos é dividido entre compradores e vendedores. O comprador paga mais caro, e o vendedor recebe um valor menor. A quantidade total comprada e vendida é menor. Portanto, o excedente total é menor Mankiw (2001) Economia da Engenharia 113 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOSImpacto dos impostos Exemplo: João está disposto a comprar um kg de feijão por no máximo R$3,20. Maria vende feijão e as adquire pelo custo de R$2,80 por kg. Caso o preço estipulado para o kg do feijão seja R$3,00, Maria venderá para João, pois ambos terão excedente positivo. Se o governo estabelecer um imposto de R$0,50 sobre a produto, o menor preço que Maria pode cobrar é R$3,30, o que é maior que o valor que João está disposto a pagar. Logo, nem João terá o feijão, nem Maria venderá, nem o governo arrecadará impostos. Mankiw (2001) Economia da Engenharia 114 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS O peso morto pode ser medido pela perda no excedente total dos consumidores e produtores em decorrência dos impostos Mankiw (2001) Impostos causam um peso morto pois desincentivam compradores e vendedores a realizarem transações comerciais. Economia da Engenharia 115 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS Economia da Engenharia 116 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS Variação da receita tributária (Curva de Laffer) Mankiw (2001) O peso morto sempre aumenta com o aumento da carga tributária. A Curva de Laffer mostra que um aumento da carga tributária (maior incidência de impostos) não implica necessariamente em aumento da receita tributária, pois há uma inibição da atividade econômica. Economia da Engenharia 117 EXTERNALIDADES Mankiw (2001) Conceito: impacto da ação de um agente econômico sobre o bem-estar de outros agentes que não participam da ação. Externalidade negativa Quando o impacto é adverso, ou seja, reduz o bem-estar de terceiros (sociedade). Externalidade positiva Quando o impacto é benéfico, ou seja, aumenta o bem-estar de terceiros (sociedade). Externalidades ocorrem quando os tomadores de decisão preocupam- se somente com seus interesses pessoais, e não levam em conta os “efeitos externos” de suas ações sobre outras pessoas. Economia da Engenharia 118 Externalidade negativa Quando o impacto é adverso, ou seja, reduz o bem-estar de terceiros (sociedade). EXTERNALIDADES Economia da Engenharia 119 Mankiw (2001) Externalidade positiva Quando o impacto é benéfico, ou seja, aumenta o bem-estar de terceiros (sociedade). EXTERNALIDADES Economia da Engenharia 120 Mankiw (2001) Internalização de externalidades Chama-se de “internalização de externalidades” à criação de incentivos de forma que os agentes privados levem em conta os impactos externos de suas ações. Servem para externalidades negativas ou positivas. O governo pode “incentivar” a internalização por meio de: • Regulamentação • Impostos corretivos (impostos de Pigou) • Licenças ambientais • Subsídios EXTERNALIDADES Economia da Engenharia 121 Mankiw (2001) Regulamentação Exemplos: • Determinação de quantidades máximas de emissão de poluentes. • Leis proibindo fumar em ambientes públicos. • Rodízio de placas de veículos. EXTERNALIDADES Economia da Engenharia 122 Mankiw (2001) Impostos corretivos (Impostos de Pigou) Governo pode aplicar os impostos para mitigar os efeitos das externalidades: - Aplicar os impostos sobre carros na expansão (ou subsídio) do transporte público. - Aplicar os impostos sobre a poluição e cigarros em saneamento básico e no sistema de saúde. EXTERNALIDADES Economia da Engenharia 123 Licenças ambientais Usados para a internalização de externalidades negativas relacionadas à preservação do meio ambiente. EXTERNALIDADES Economia da Engenharia 124 Mankiw (2001) Subsídios Usados para a internalização de externalidades positivas. • Bolsas de estudos • Deduções de impostos • Doações privadas • Incentivos governamentais à inovação e ao desenvolvimento tecnológico • Sistema de patentes EXTERNALIDADES Economia da Engenharia 125 Economia de empresas Teoria da produção e dos custos de produção Produto total e produtividade média e marginal Lei dos rendimentos decrescentes Maximização do Lucro Total Isoquanta de produçãoCusto fixo médio, variável médio e total médio Economia da Engenharia 126126 Introdução Teoria da Firma Curva de Oferta Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Teoria dos Custos de produção (inclui os preços dos insumos) Economia da Engenharia 127127 Produção – Conceitos Básicos Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Insumos • Mão-de-obra • Capital Físico • Área, Terra • Matérias-primas Processo de Produção Produtos • Bens & Serviços Finais •Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de insumo; •Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de produção. Economia da Engenharia 128128 Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do produto (q) em determinado período de tempo. Produção – Conceitos Básicos ( ), ,q f N K M= onde: N = mão-de-obra utilizada / tempo K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo M = matéria-prima utilizada / tempo Observação: função de produção ≠ função de oferta •Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção. •Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos fatores de produção. Economia da Engenharia 129129 Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia. Ex: o capital físico e as instalações da empresa Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia. Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo; Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis. Produção – Conceitos Básicos Economia da Engenharia 130130 Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal PT q= Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. (produtividade média da mdo) (produtividade média do capital) N K PTPMe N PTPMe K = = Economia da Engenharia 131131 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. = ou (produtividade marginal da mdo) = ou (produtividade marginal do capital) N K PT q dqPMg N N dN PT q dqPMe K K dK ∆ ∆ = ∆ ∆ ∆ ∆ = ∆ ∆ Economia da Engenharia 132132 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal PT PT N NPMe NPMg N N PMe PMg N60 6 K N PT Pme N PMg N 10 0 0 10 1 3 3.0 3 10 2 8 4.0 5 10 3 12 4.0 4 10 4 15 3.8 3 10 5 17 3.4 2 10 6 17 2.8 0 10 7 16 2.3 -1 10 8 13 1.6 -3 OBS: O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes. Economia da Engenharia 133133 Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.” Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo). Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes Economia da Engenharia 134134 Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção. • Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção; • Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor; • Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção, neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes. Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala Economia da Engenharia 135135 Questão para debate Qual o significado da Lei dos Rendimentos Decrescentes para empresários/empreendedores e economistas? Economia da Engenharia 136136 Isoquanta: significa de igual quantidade. Pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que indicam a mesma quantidade produzida. Uma firma pode apresentar várias isoquantas de produção (mapa de produção). A escolha de uma isoquanta, corresponde à escolha que o fornecedor deseja produzir, dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto. Isoquanta de produção K N 1 1.000q = 50 80 150 2 4 6 2 2.000q = 3 3.000q = Economia da Engenharia 137137 Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem (automóvel); Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa). Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. •Externalidades positivas •Externalidades negativas Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social Economia da Engenharia 138138 Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis, depreciação, etc. Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc. Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total. Custos de Produção: Custos a Curto Prazo CT CVT CFT= + ( )CVT f q= Economia da Engenharia 139139 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custos Totais ($) q CFT CVT CT CVT CFT= + OBS: Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes Economia da Engenharia 140140 Custo Fixo Médio (CFMe): Custo Variável Médio (CVMe): Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe = CVMe + CFMe Custos de Produção: Custos a Curto Prazo CFTCFMe q = CVTCVMe q = CTCTMe q = Economia da Engenharia 141 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo O formato de U das curvas CTMe e CVMe “a curto prazo” também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou lei dos custos crescentes. Custos Médios ($) q CFMe CVMe CTMe Custos médios declinantes: Pouca mão-de-obra p/ grande capital. Vantajoso absorver mão-de-obra e aumentar a produção, pois o custo médio cai. Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de- obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar-se). Economia da Engenharia 142 Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de produto. Custos de Produção:Custos a Curto Prazo ou CT dCTCMg CMg q dq ∆ = = ∆ Custos Mg ($) q CMg OBS: Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo). Economia da Engenharia 143143 Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo) Custos Médios e Marginais ($) q CMg CTMe CVMe Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio. Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair. Economia da Engenharia 144Mankiw (2001) e Vasconcelos (2011) Relação entre o custo marginal e o custo total médio •Sempre que o custo marginal for menor que o custo total médio, este está decrescendo. •Sempre que o custo marginal for maior que o custo total médio, este está crescendo. •Quando os dois são iguais, o custo total médio é o menor possível (escala eficiente de produção) Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio, o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio. Custos de Produção: Na perspectiva da microeconomia Economia da Engenharia 145 Custos de Produção: Na perspectiva da microeconomia Exemplo: Represente graficamente CT, CF, CV, CFM, CVM, CTM e CMg Identifique o ponto de mínimo Custo Total Médio Economia da Engenharia 146 Custos de Produção: Na perspectiva da microeconomia Exemplo: Represente graficamente CT, CF, CV, CFM, CVM, CTM e CMg Identifique o ponto de mínimo Custo Total Médio CTM mínimo ⇒ CTM = CMg Economia da Engenharia 147 Estruturas de mercado Mercado em Concorrência Perfeita Categorias de estruturas de mercado Monopólio Oligopólio Concorrência Monopolística 147 Economia da Engenharia 148148 Estruturas de Mercado Introdução Um sistema de economia de mercado tem como principais metas: • a eficiente alocação dos recursos escassos, • distribuição justa da renda, • estabilidade de preços e • crescimento econômico. Economia da Engenharia 149149 Estruturas de Mercado Introdução Mas, apresenta várias contradições e falhas em seu funcionamento como, por exemplo, as imperfeições da concorrência, quase sempre configurando um cenário de concorrência imperfeita. Isso pode ser caracterizado por centralização da produção nas mãos de poucos, seja pela disparidade de preços, pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, lucros extraordinários, distribuição de renda deficiente, barreiras que impedem o desenvolvimento de concorrentes. Economia da Engenharia 150150 As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características: 1. número de empresas que compõem esse mercado; 2. tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados); 3. se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. Estruturas de Mercado Introdução Economia da Engenharia 151151 As principais características da concorrência pura são: Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado); Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado; Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. Estruturas de Mercado Concorrência Pura ou Perfeita Economia da Engenharia 152152 Estruturas de Mercado Concorrência Pura ou Perfeita A longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário. Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente. Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes. Economia da Engenharia 154 Estruturas de Mercado Categorias Fonte: Stackelberg (1952) Economia da Engenharia 155155 Características básicas: • uma única empresa produtora do bem ou serviço; • não há produtos substitutos próximos; • existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: • Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de investimento, grandes dimensões e operação de baixo custo. • Patentes: direito único de produzir o bem; • Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio; • Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura; Estruturas de Mercado: Monopólio Economia da Engenharia 156156 É uma situação de mercado na qual existem muitas firmas vendendo produtos diferenciados que sejam substitutos entre si. Há algum grau de similaridade entre os produtos concorrentes e de monopólio. Ex: pasta de dente, lâmina de barbear e refrigerantes. Concorrência Monopolística Adaptado de Mcguigan, Moyer e Harris (2004) e Stackelberg (1952) Na prática existem várias marcas, mas, ao adquirir o produto, escolhemos quase sempre uma delas. (Marcas corespondentes aos exemplos acima: Colgate, Gillete e Coca-Cola). Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística Economia da Engenharia 157157 Características básicas: • muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; • cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; • cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes. Economia da Engenharia 158158 Definido de duas formas: • oligopólio concentrado: pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística ou; • oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. Características básicas: • devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas (consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços; • no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. Estruturas de Mercado: Oligopólio Economia da Engenharia 159159 Tipos de oligopólio: • com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); • com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). OBS: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão. Formas de atuação das empresas: • concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (formade atuação pouco freqüente); • formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. Estruturas de Mercado: Oligopólio Economia da Engenharia 160 É uma situação de mercado em que uma única firma compra um produto e que não tenha substitutos próximos. Ex: prefeitura no caso da merenda escolar municipal Monopsônio É uma situação de mercado em que um pequeno número de firmas domina o mercado, controlando a demanda/compra de um produto que pode ser homogêneo ou diferenciado. Ex: grandes varejistas (Carrefour, Walmart, Pão de Açucar) na compra do leite de fazendas. Oligopsônio Adaptado de Mcguigan, Moyer e Harris (2004) e Stackelberg (1952) Estruturas de Mercado: Monopsônio e Oligopsôio Economia da Engenharia 161161 Estruturas de Mercado Quadro Resumo ESTRUTURAS DE MERCADO BARREIRAS DE ENTRADA A VENDEDORES NÚMERO DE VENDEDORES INFLUÊNCIA SOBRE O PREÇO TIPO DE PRODUTO BARREIRAS DE ENTRADA A COMPRADORES NÚMERO DE COMPRADORES Concorrência perfeita Não Muitos Nenhuma Produto homogênio Não Muitos Concorrência monopolística Não Muitos Leve Produto diferenciado Não Muitos Oligopólio Sim Poucos Considerável Homogênio ou diferenciado Não Muitos Oligopsônio Não Muitos Considerável Homogênio ou diferenciado Sim Poucos Monopólio Sim Um Forte Sem substituto próximo Não Muitos Monopsônio Não Muitos Forte Sem substituto próximo Sim Um Economia da Engenharia 162 Microeconomia Microeconomia Demanda, oferta e equilíbrio de mercado Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 6 TEORIA DO CONSUMIDOR: �FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 TEORIA DO CONSUMIDOR: FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 46 Número do slide 47 Número do slide 49 Número do slide 50 Número do slide 51 Número do slide 52 Número do slide 53 Número do slide 54 Número do slide 55 Número do slide 56 Número do slide 57 Número do slide 58 Número do slide 59 Número do slide 60 Número do slide 61 Número do slide 62 Número do slide 63 Número do slide 64 Número do slide 65 Número do slide 66 Número do slide 67 Número do slide 68 Número do slide 69 Número do slide 70 Número do slide 71 Número do slide 72 Número do slide 73 Elasticidades Número do slide 78 Número do slide 79 Número do slide 80 Número do slide 81 Número do slide 82 Número do slide 83 Número do slide 84 Número do slide 85 Número do slide 86 Número do slide 88 Número do slide 89 Número do slide 90 Número do slide 91 Número do slide 92 Número do slide 93 Número do slide 94 Número do slide 95 Número do slide 96 Número do slide 97 Número do slide 98 Número do slide 100 Número do slide 101 Número do slide 102 Número do slide 103 Número do slide 104 Número do slide 106 INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS EXTERNALIDADES Número do slide 118 Número do slide 119 Número do slide 120 Número do slide 121 Número do slide 122 Número do slide 123 Número do slide 124 Economia de empresas Número do slide 126 Número do slide 127 Número do slide 128 Número do slide 129 Número do slide 130 Número do slide 131 Número do slide 132 Número do slide 133 Número do slide 134 Número do slide 135 Número do slide 136 Número do slide 137 Número do slide 138 Número do slide 139 Número do slide 140 Número do slide 141 Número do slide 142 Número do slide 143 Número do slide 144 Número do slide 145 Número do slide 146 Estruturas de mercado Número do slide 148 Número do slide 149 Número do slide 150 Número do slide 151 Número do slide 152 Número do slide 154 Número do slide 155 Número do slide 156 Número do slide 157 Número do slide 158 Número do slide 159 Número do slide 160 Número do slide 161 Microeconomia
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